domingo, 29 de abril de 2012

Arautos do Rei - Mensageiros

Informativo Mundial das Missões - 21 de Abril de 2012 HD

Informativo Mundial das Missões - 28 de Abril de 2012 HD

Recapitulando Com Sucesso (2o. Trim.) - Lição 5: Evangelismo e testemunh...

Esboço da Lição #05 - Evangelismo e testemunho sequenciais

Lição 05 - Evangelismo e testemunho sequenciais

Comentários Lição 05 - Evangelismo e testemunho sequenciais


Lição 5 – 28 de abril a 5 de maio de 2012


Evangelismo e testemunho sequenciais



Pr. Marcelo E. C. Dias
Professor do SALT/UNASP
Doutorando (PhD) em Missiologia pela Universidade Andrews
mecdias@hotmail.com


1. O Contexto
Um dos objetivos da missão é que a Palavra habite entre todas as famílias da humanidade hoje tão verdadeiramente como quando Jesus viveu aqui. Através do Espírito, o corpo de Cristo hoje também deve estar presente entre povos em todas as culturas e nações em todos os tempos para apresentar Jesus. Logo no início da igreja, no Pentecostes, a ação sobrenatural do Espírito Santo sendo derramado sobre os que ouviram o sermão de Pedro, que eram de muitas nacionalidades diferentes, em sua própria língua, confirma a intenção divina de que Sua igreja se espalhe nas diferentes culturas.

Missão envolve mais do que simplesmente persuadir pessoas a aceitar o evangelho intelectualmente. É necessário que o evangelho penetre em cada aspecto da vida das pessoas, individual e coletivamente – um processo dinâmico que envolve transpor as culturas.
Por isso, é imprescindível entender os elementos que influenciam a identidade das pessoas e suas comunidades, e que constituem a cultura. Paul Hiebert define cultura como “um sistema mais ou menos integrado de ideias, sentimentos e valores e os padrões de comportamento e produtos associados com eles, que é compartilhado por um grupo de pessoas” (Anthropological Insights for Missionaries, p. 30). Cada cultura ainda apresenta subculturas, associadas a regiões geográficas, dialetos, costumes, etc.

No dia a dia, essas três dimensões agem simultaneamente. As pessoas pensam a respeito de coisas, têm sentimentos sobre elas e fazem julgamentos sobre o que é certo e errado com base nos pensamentos e sentimentos. A dimensão mais profunda da cultura é acosmovisão. Esta é formada pelas pressuposições e estruturas mentais que explicam, dão significado e avaliam a realidade. Segundo Hiebert, a cosmovisão ajuda a responder as questões existenciais, dar segurança emocional, validar as normas culturais, integrar a cultura de uma pessoa, monitorar as diferenças culturais e avalizar a realidade (Transforming Worldviews, p. 30).

O que mais importa aqui são alguns princípios básicos sobre o relacionamento do cristão com a cultura. Primeiramente, vale ressaltar que nenhuma cultura está livre da influência do pecado. Por outro lado, dificilmente uma cultura está tão completamente perdida que não demonstre aspectos da bondade e graça de Deus. Em segundo lugar, Lesslie Newbigin ressalta que o evangelho sempre é expresso em termos condicionados culturalmente (Foolishness to the Greeks, p. 4), no entanto, o relacionamento entre evangelho e cultura é complexo e multidimensional. O evangelho, por exemplo, assimila alguns aspectos da cultura e rejeita outros, exortando a transformação.

Quatro passos simples para iniciar este estudopoderiam ser enumerados assim:
1. A cultura é importante para Deus;
2. A cultura deve estar sujeita ao Deus da cultura;
3. Apesar dos traços de pecado, a estrutura da cultura é utilizada por Deus para os Seus propósitos;
4. O processo de sensibilidade à cultura começa com a leitura e o estudo da Bíblia.

2. A Encarnação de Cristo
Essa relação entre o evangelho e a cultura está presente em toda a Bíblia e no processo de transmissão da mesma. Os quatro evangelhos são exemplos de esforços feitos para contar a história de Jesus para auditórios diferentes, com diferentes características culturais; Paulo explica essa relação no seu ministério: “Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (1Co 9:22).

A missiologia vê na encarnação de Cristo o modelo missionário por excelência, a validação da importância do contexto e os princípios para o relacionamento com a cultura. O estudo sobre a historicidade e natureza de Cristo, que não é o objetivo aqui, combina o aspecto humano e o divino necessários para a missão do Messias e exalta o aspecto encarnacional do plano da salvação. Portanto, o prólogo do evangelho de João e sua revelação sobre a identificação de Deus com a humanidade através de Jesus para demonstrar  Seu amor e  Seus propósitos salvíficos lançam luz sobre esse modelo a ser imitado pelos Seus discípulos.

René Padilla sugeriu que, em certo sentido, “Deus Se contextualizou em Jesus Cristo” (Mission Between the Times, p. 83). Os evangelhos testificam de que Jesus nasceu em um tempo, lugar e cultura específicos, e que viveu, cresceu, trabalhou, ministrou e morreu como um ser humano. Na Sua humanidade, Ele foi um judeu palestino “nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4:4). Jesus participou das celebrações e tradições daquela cultura, falou aramaico, e tinha fisionomia daquela região.

Quando Jesus ensinava as verdades eternas, Ele usava, com frequência, os recursos e ilustrações locais utilizando linguagem, histórias e provérbios conhecidos, apesar de desafiá-los a um novo entendimento. Ele fala sobre pescar, semear, sal, luz, com o objetivo de apresentar os princípios do reino de Deus. E então ordena que os discípulos atentem para as necessidades das pessoas que eles encontrarão (Mt 10:8).

Essa compreensão deve resultar em maior humildade ao reconhecer o que Deus realizou através de Jesus (Fp 2:6-8) e ao se engajar na missão de Deus.

3. A Missão
O Evangelho torna-se verdadeiras boas-novas quando provê respostas para um povo particularmente vivendo em um tempo específico. O objetivo final, no entanto, não é simplesmente tornar o evangelho compreensível, mas permitir que o poder do evangelho atue naquele contexto para a transformação daquelas pessoas. Se o nascimento e vida de Jesus demonstram a importância do Seu ministério encarnacional, Sua morte e ressurreição apontam exatamente para o aspecto transformacional.

O grande perigo de não se compreender o relacionamento entre o contexto e o evangelho é que podemos ficar satisfeitos com pessoas que mudam o comportamento exterior no processo de evangelismo, mas não mudam sua cosmovisão, algo mais interior. O resultado a médio e longo prazos é que os desafios do viver diário eventualmente levam aquela pessoa a retornar à sua orientação anterior. Na prática, ou o cristianismo se estabeleceu sempre num nível muito superficial ou houve um mero sincretismo, isto é, diluição da verdade ou mistura de elementos essenciais do cristianismo com elementos pagãos.

Se a apresentação do evangelho ignorar o contexto local, seguramente aquela cultura, ou alguma característica dela, não será desafiada pela verdade bíblica. Por isso, como Paulo de Oliveira identifica, “o propósito final da missão adventista é criar uma cosmovisão moldada biblicamente em qualquer contexto cultural” (Worldview: Vital for Mission and Ministry in the 21st Century).

A cosmovisão das pessoas a ser alcançadas provê a estrutura para a comunicação, as perguntas e necessidades daquelas pessoas são um guia para a ênfase da mensagem e os dons culturais daquelas pessoas tornam-se o meio de expressão (Evangelical Dictionary of World Missions, p. 225). Daí a importância de estudar e ser sensível ao contexto. Uma vez que se conheça aqueles a quem se está pregando, será mais fácil apresentar o evangelho de forma eficaz. Esse princípio é válido para o testemunho individual e para o planejamento das igrejas.

1. Na prática, o primeiro passo é identificar os fatores básicos que informam sobre o seu público: geografia, demografia, costumes e valores, principalmente, espirituais. Pense na sua igreja e na diversidade entre os membros.
2. Em seguida, é importante analisar as maiores necessidades das pessoas, o que ajuda justamente a mostrar a relevância do evangelho para elas. Aqueles que estão em um momento de transição ou sob tensão, experimentando mudanças drásticas (divórcio, doença terminal, casamento, vícios, perda de emprego, morte de parentes próximos, problemas familiares, etc) costumam ser mais receptivos ao evangelho.
3. Finalmente, deve-se focalizar as necessidades espirituais. Cada pessoa é diferente e está num estágio diferente na jornada espiritual. Por isso, a importância daquilo que a lição chama de evangelismo sequencial. É importante dar leite àqueles que estão iniciando, mas também é importante adicionar berinjela e pimentão aos que já têm condições de desfrutar do sabor e nutrientes sofisticados desses alimentos.

Um dos maiores erros cometidos nesse sentido é imaginar que todos são iguais e que existe um método “tamanho único”. Isso implica em ignorar o papel do cristão nesse processo de aplicar o evangelho à sua vida, interagir com seu próximo e apresentá-lo como um testemunho vivo, que é a resposta para o vazio e os problemas específicos de cada um. Esse processo não pode ser engessado em programas, mas estimulado através deles, para que cada membro possa exercer seu ministério. Explorando um pouco mais a ilustração da alimentação, verifica-se que na sociedade de hoje, a insistência no alimento enlatado se tornou a norma, mas o plano de Deus envolve uma refeição caseira.

“A igreja, através do Espírito Santo, continuamente desafia, incorpora e transforma elementos da cultura para que esteja sob o senhorio de Cristo” (Evangelical Dictionary  of World Missions, p. 225). Como disse Orlando Costas, o teste final é articular “a fé de maneira que seja não apenas intelectualmente coerente, mas espiritualmente elevadora, e portanto capaz de levar o povo de Deus a ser transformado na sua maneira de viver e estar comprometido com a missão de Deus ao mundo” (citado em Contextualization in the New Testament, p. 305).

As orientações oficiais da igreja sobre esse assunto destacam que a contextualização é motivada pela responsabilidade de cumprir a comissão evangélica em um mundo diverso, sendo fiel às Escrituras e significativo para a nova cultura. A contextualização intencional é bíblica, legítima e necessária. Sem ela a igreja corre os riscos de má comunicação e incompreensão, perda de identidade e sincretismo. A unidade da igreja global requer exposição regular de uns aos outros, à cultura dos outros e à compreensão dos outros, “a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundida do amor de Cristo” (Ef 3:18) (http://www.adventist.org/beliefs/guidelines/main-guide7.html).

Apocalipse 5:9 é uma descrição do encontro futuro dos salvos que representa a missão encarnacional de Deus, através do Seu Espírito e da Sua igreja, em todas as culturas.

4. O Meu Contexto
Testemunhar envolve contar a sua história de transformação, como foi abordado na primeira lição, um processo para a vida toda. Por isso, é importante começar estudando a própria cultura (e subculturas), já que ninguém consegue se divorciar dela, e tentar descobrir por que as coisas são feitas do jeito que são feitas. O que é que nunca foi desafiado pelo evangelho na minha maneira de pensar e agir? Quais são os costumes culturais que nunca foram tocados pela verdade bíblica? Será que existe alguma parte do “jeitinho brasileiro” que colocamos numa categoria intocável pela Bíblia?

Algumas perguntas que você pode se fazer, especialmente aplicadas à religião:

O que o brasileiro (você) faz (comportamento)?
O que o brasileiro acha bom ou melhor (valores)?
O que o brasileiro pensa ser verdadeiro (crenças)?
O que o brasileiro pensa ser real (cosmovisão)?

Depois desse exercício diário de humildade e santidade, devemos nos colocar nas mãos de Deus para o Seu propósito de nos tornar agentes de transformação.

Apesar de a missão ser inclusiva (a todo o mundo e todos os grupos étnicos), em geral, será mais natural, para você, testemunhar àqueles com quem você tem mais identificação cultural. Pessoas da sua região, estado, cidade, bairro, seguramente têm mais em comum do que as demais.

Lembre-se de como você pensava antes de aceitar a Jesus e tornar-se membro da igreja.  Quanto mais tempo passa, menos a gente pensa como antes – o que, em alguns aspectos, é muito positivo, pois representa uma transformação.

Portanto, o cristão mantém sua identidade como um indígena, no sentido de pertencer àquela cultura, e ao mesmo tempo umperegrino, porque sua identidade suprema está no reino de Deus.

Ellen G. White afirmou que “muitos não compreendem a necessidade de se adaptarem às circunstâncias, e ir ao encontro do povo. Não se identificam com aqueles a quem desejam auxiliar em atingir a norma bíblica do cristianismo. Alguns deixam de ter êxito, porque confiam unicamente no poder do argumento, e não clamam sinceramente a Deus em busca de Sua sabedoria para dirigi-los, e de Sua graça para lhes santificar os esforços (Obreiros Evangélicos, p. 381).

“A transformação de uma cultura ocorre quando o povo de Deus vive no temor do Senhor e caminha na luz da Palavra de Deus” (Sherwood Lingenfelter, Transforming Culture, p. 180). O Pacto de Lausanne afirma que “Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura local”. “Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.”

Ilustração
Certa vez, uma menina explicou a encarnação desta maneira: “Algumas pessoas não estavam ouvindo os sussurros de Deus, então Ele enviou Jesus para proclamar a salvação em alta voz.” O pensamento do cientista J. Robert Oppenheimer de que  “a melhor maneira de transmitir uma ideia é embalá-la em uma pessoa” complementa a explicação.

Certamente a humanidade tem se apresentado ensurdecida pelos altos sons competidores e pelas consequências inflamatórias das próprias decisões. A mensagem da salvação em Cristo precisa ser dada com a clareza e eloquência encontradas no testemunho de um discípulo de Jesus, como você.

Evangelismo e Testemunho Sucessivo - Lição 05 Escola Sabatina Jovens(Leitura)


Lição 5
28 de abril a 4 de maio



Evangelismo e testemunho sucessivo


Casa Publicadora Brasileira – Lição dos jovens 522012



“Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo” (1Co 3:2).

Prévia da semana: Devemos apresentar as verdades do evangelho que primeiramente levam as pessoas a um amoroso e salvífico relacionamento com Cristo e, em seguida, desafiar os novos cristãos ao compromisso e à obediência.

Domingo, 29 de abril
cpb - introdução

Vivendo a verdade


A passagem de hoje não termina num tom feliz. Bem, você pode estar pensando, talvez João 6:54-66 esteja nos dizendo o que não fazer quando se trata de testemunhar. Mas esses versos estão falando do evangelismo e do testemunho de Jesus. Então, o testemunho dEle foi falho? Se sim, o restante de nós está em sérios apuros. O que Jesus disse que levou tantos a abandoná-Lo?

Primeiramente, Jesus disse que todo aquele que comesse a carne dEle viveria para sempre. Obviamente, Jesus não estava encorajando o canibalismo. De acordo com Andrew Fountain, o sangue é uma metáfora para a morte violenta. Ele explica que, no Salmo 27:2, “Davi está falando sobre o mal que está vindo contra ele. ‘Quando homens maus avançarem contra mim para destruir-me, eles, meus inimigos e meus adversários, é que tropeçarão e cairão.’ Eles planejavam matar Davi porque queriam obter algum tipo de benefício. Esse exemplo do Antigo Testamento nos dá uma visão do que Jesus quis dizer com comer Sua carne – que significa beneficiar-se de Sua morte na cruz. Quando [Jesus] Se referiu a comer Sua carne e beber Seu sangue, estava falando sobre apreciar os benefícios que vêm da morte dEle.”*

Até esse ponto, as pessoas ainda enxergavam Jesus como seu rei terrestre. Então Ele falou sobre obter benefícios de Sua morte. Mas a morte dEle não fazia parte do plano daquelas pessoas, e elas começaram a reclamar. Ele perguntou se Sua verdadeira missão as ofendia (Jo 6:61). Então, Ele disse que alguns ainda não acreditavam nEle (v. 64) e acrescentou: “Ninguém pode vir a Mim, a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai” (Jo 6:65). Estava feito. Jesus não somente estava Se recusando a ser o Messias terrestre deles; Ele estava lhes dizendo que eles não criam. Assim, muitas pessoas deixaram de segui-Lo.

Então Jesus disse aos Seus seguidores a coisa mais controversa que nossa cultura enfrenta hoje: a verdade. Nossa missão é viver aquela verdade; apreciar os benefícios de Sua morte; viver o evangelho em nossa vida diária, e reparti-lo com os outros, quando a oportunidade surgir. Jesus passou a vida testemunhando e evangelizando. Ele passou a vida vivendo a verdade e compartilhando-a com outros, e é isso o que Ele nos chama a fazer hoje.

* Andrew M. Fountain, Eating Christ’s Flesh and Drinking His Blood [http://loveintruth.com/amf-docs/flesh1.htm].

Mãos à Bíblia

1. Quais eram as duas necessidades que Jesus desejava suprir? Como podemos fazer o mesmo por aqueles que almejamos alcançar? Lc 9:11

2. Quais são as cinco necessidades atendidas pelos justos e abençoados? Levamos a sério essa missão ou achamos que isso é apenas uma metáfora? Se realmente aceitarmos esse dever, que diferença haverá em nossas ações? Mt 25:35-40


Anna Bartlett – Collegedale, Tennessee, EUA


Segunda, 30 de abril

As primeiras coisas primeiro


Comer carne e beber sangue? (Jo 3:116:54-66). O sucesso do evangelismo começa com você. Se você não tem Jesus, certamente não poderá compartilhá-Lo. Primeiramente, é preciso devorar a carne dEle e beber Seu sangue. Esse pensamento fez com que muitos dos discípulos de Jesus se afastassem, porque isso lhes pareceu algo muito difícil (v. 6066). Por quê? É necessário dedicação para se tornar como Jesus. O próprio Jesus gastou horas em oração e estudo do Antigo Testamento. Nós também precisamos passar tempo em oração e estudo da Bíblia. A carne e o sangue de Jesus são Suas palavras. Ao dedicarmos tempo para estar com Ele em oração e estudo, nos tornamos como Ele em caráter e ações. Compartilhamos as coisas “que conhecemos e testemunhamos do que vimos” (Jo 3:11).

Os sacerdotes do tempo de Jesus não puderam ajudar as pessoas porque eles não conheciam a Deus. Tinham muitas tradições, programas e atividades para realizar, mas isso não preenchia as necessidades das pessoas. Os outros não se beneficiam em nada se nós mesmos não conhecemos a Deus; se o Espírito Santo não está em nosso coração.

Prepare o caminho (Lc 8:4-151Co 3:1-31Pe 2:1, 2). De que forma conhecer Jesus faz diferença em nossa vida? A parábola do semeador descreve tipos diferentes de solo. Que tipo de solo é você? Se você ainda é egoísta com seu dinheiro (a sedução das riquezas) ou distraído com muitas responsabilidades (os cuidados desta vida), você tem alguma “capina” para fazer; o solo não está pronto. Se não compreende o motivo de suas crenças, então você tem algum estudo para fazer. Como você pode contar aos outros sobre Jesus se você não O compreende o suficiente para amá-Lo e segui-Lo?

Precisamos nos tornar abnegados assim como é Jesus. Para testemunhar, precisamos colocar de lado o ciúme, a discussão e os sentimentos feridos. Quando o fazemos, nossos olhos podem ser abertos para as coisas espirituais. Livre-se de todas essas coisas (1Pe 2:1, 2) e desenvolva um desejo insaciável por santidade (Mt 5:6). Anseie por leite verdadeiro (a verdade) para que você cresça. Então, ao crescer, Deus lhe dará coisas para compartilhar e o desejo de compartilhar. Constantemente trabalhe o “solo” em seu coração. Arranque as ervas daninhas. Jogue fora as pedras. Então, quando as palavras de Jesus estiverem plantadas em seu coração por meio do estudo diário, elas produzirão fruto.

Ame ao seu próximo como a si mesmo (Is 58Mt 25:35-40). Qual é esse fruto que todos desejamos produzir? Alguns de nós o confundem com o número de pessoas que temos levado ao batismo. Contudo, o fruto pelo qual somos responsáveis é o traço de caráter que formamos em nossa própria vida. Jesus sugere que a “ovelha” alimente o faminto, dê água ao sedento e abrigo ao pobre, vista o nu, cuide do enfermo e visite os que estão na prisão. Em Isaías 58, o fruto é definido como libertar pessoas injustamente colocadas na prisão, ser justo, cuidar de sua família, não usar bajulação, falar bondosamente, não apontar o dedo para os outros, e cuidar das necessidades de todos os que realmente precisam.

Crie a sede (1Co 3:1-31Pe 2:1, 2). Como você reparte comida e bebida espiritual quando um “bebê” cristão apenas cospe tudo de volta? É amando ao seu próximo como a você mesmo. O fruto de seu próprio relacionamento com Jesus começa na próxima fase do evangelismo, o testemunho. Outros verão a beleza do amor de Jesus em sua vida e o desejarão para si mesmos. As pessoas não querem apenas doutrinas. Elas querem saber que diferença as doutrinas farão na vida delas, e vão querer conhecer Jesus. As pessoas querem ver a diferença que as doutrinas e o evangelho podem fazer em sua vida, na vida de sua família e na vida de sua igreja. Essa diferença é um testemunho do qual vale a pena falar.

Ensine-os ao estar prontos (1Co 3:1-31Pe 2:1, 2). Quando você se torna o semeador, pode repartir suas experiências genuínas. Pode encorajar e mostrar aos outros como devem trabalhar o solo do coração, porque você fez o mesmo e alcançou êxito. Você conhece os desafios e tentações, e sua experiência é sabedoria inestimável que pode ser repartida. Você sabe que eles precisam eliminar o orgulho, a inveja, o egoísmo antes que estejam prontos para as responsabilidades mais difíceis na igreja. Acima de tudo, você tem aquele amor profundo e atrativo de Jesus em seu coração que lhe dará paciência quando estiver lidando com seus desafios e dificuldades. Comece com o amor de Jesus e como confiar nEle na vida diária. Ensine-os a estudar por si mesmos. Passe tempo em oração com eles e por eles. Oriente-os no serviço pelos outros, assim também eles experimentarão a alegria da generosidade. E quando estiverem prontos, compartilhe as verdades mais profundas e desafiadoras.

Mãos à Bíblia

3. Teologicamente, qual é o significado para leite, alimento sólido e crescimento espiritual? Quais são os sinais de deficiência no crescimento espiritual? 1Co 3:1-31Pe 2:2

Paulo não pregaria sobre os temas mais profundos enquanto as pessoas não tivessem maturidade espiritual suficiente para compreendê-los. Devemos levar as pessoas a se entregarem a Cristo. Depois podemos esperar que elas aceitem as verdades profundas de Sua Palavra.

4. Por que Jesus não apresentava toda a verdade de uma só vez? Como podemos aplicar esse princípio em nossa maneira de lidar com os outros? Jo 16:12


Judy Bartlett – Robersonville, Carolina do Norte, EUA

Terça, 1º de maio
cpb - testemunho

Um exemplo desprendido


“O Príncipe do Céu, o Comandante do exército celestial desceu de Sua alta posição, depôs Sua vestimenta real e Sua majestosa coroa, e revestiu de humanidade a Sua divindade, para que pudesse tornar-Se o divino Mestre de todas as classes de homens e levar diante dos seres humanos uma vida isenta de todo egoísmo e pecado, dando-lhes um exemplo do que, mediante Sua graça, eles podem tornar-se” (Ellen G. White, Este Dia com Deus, p. 371).

“Antes de ascender ao Céu, Cristo deu aos discípulos uma comissão. Disse-lhes que eles deviam ser os executores do testamento no qual Ele legava ao mundo os tesouros da vida eterna. Vocês têm sido testemunhas de Minha vida de sacrifício em favor do mundo, disse. [...] Viram que todos os que vieram a Mim confessando seus pecados, Eu os recebi livremente. [...] A vocês, Meus discípulos, Eu entrego esta mensagem de misericórdia” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 27, 28).

Assim como os discípulos do Novo Testamento, também somos chamados a fazer da comissão de Jesus um estilo de vida. Jesus nos deu uma mensagem a repartir com o mundo, e da maneira como vivemos nossa vida, podemos compartilhar essa mensagem e ajudar o mundo que precisa desesperadamente da misericórdia de Deus. Não precisamos esperar uma grande oportunidade ou uma viagem missionária importante ou mesmo um programa de evangelização. Cada momento que vivemos e interagimos com os outros deve ser evangelismo.

“Os discípulos deviam levar avante sua obra no nome de Cristo. Cada uma de suas palavras e cada ato devia atrair a atenção sobre Seu nome. [...] Quanto menor fosse a ostentação e exibicionismo, maior seria sua influência para o bem. Os discípulos deviam falar com a mesma simplicidade com que Cristo havia falado. Deviam imprimir no coração dos ouvintes as mesmas lições que lhes havia ensinado” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 28).

Jesus nos mostrou através de Seu próprio exemplo que o mais simples e eficaz método de evangelismo envolve o que dizemos e vivemos.

Mãos à Bíblia

5. Que verdade decisiva fez com que alguns se afastassem de Jesus? Que lição podemos aprender com esse fato? Que “verdades decisivas” ainda precisam ser aceitas para que assumamos um compromisso total com Jesus? Jo 6:54-66

6. Como é posta à prova a autenticidade do amor? Como nos saímos nesse teste? Jo 14:15

Os que afirmam amar Jesus são desafiados a considerar seriamente seu comprometimento com Ele. Mais cedo ou mais tarde, virá o tempo em que uma professa crença será posta à prova pelo chamado à ação. Embora o dom da graça seja gratuito, o compromisso que resulta de aceitar esse dom às vezes pode cobrar um preço alto.


Amanda Ernst – Matthews, Carolina do Norte, EUA


Quarta, 2 de maio
cpb - evidência

Crescimento e maturidade


Ao visitar novamente algumas igrejas, Paulo descobriu que muitos dos membros não haviam crescido em sua jornada espiritual. Não se haviam aplicado ao estudo da Palavra de Deus para uma compreensão profunda. Os coríntios eram imaturos e incapazes de apreciar e compreender os assuntos mais profundos de sua vida espiritual. Primeira carta aos Coríntios 3:1-3 “[relaciona] diretamente dieta espiritual para crescer em compreensão, comportamento e atitude”.1

No verso 2, vemos que esses novos crentes estavam sendo alimentados “com leite e não com alimento sólido”. Essa dieta “produziu conflitos e discórdia na congregação, provando que as pessoas eram muito mais carnais do que convertidas”.2

À luz de um evangelismo sequencial, alguém poderia dizer que Paulo não se havia concentrado nas necessidades do público-alvo naquelas regiões. Havia aqueles que tinham ouvido a verdade apresentada e a tinham abraçado, mas não existia ninguém que os ensinasse após a partida de Paulo. Dessa experiência, podemos ver quanto é importante não somente encontrar as necessidades do momento, mas continuar a instrução em verdade e graça.

“A Bíblia provê ampla evidência de que uma dieta espiritual pobre resulta numa espiritualidade fraca e numa pessoa enferma, assim como uma dieta física pobre corrói e eventualmente destrói a vitalidade física da pessoa. Semelhantemente, podemos ver que uma pessoa está em boa saúde espiritual e acabar perdendo isso pela preguiça ou outra forma de negligência. Assim como um adulto maduro precisa de alimentação sólida e boa para manter sua vitalidade e permanecer livre de doenças, isso também ocorre no âmbito espiritual. Para crescer em maturidade e vitalidade espiritual, a pessoa precisa de nutrição espiritual sólida, ativamente assimilada e aplicada, a fim de continuar crescendo e prevenindo o retrocesso.”3

Como cristãos, precisamos estudar a Palavra de Deus por nós mesmos e alcançar os maiores pensamentos que Ele tem para nós.

1. Bible Tools, 1 Coríntios 3:1 [http://www.bibletools.org/index.cfm/fuseaction/Bible.show/sVerseID/28412/eVerseID/28414].
2. Ibidem.
3. Ibidem.

Mãos à Bíblia

Estudos bíblicos e outras apresentações evangelísticas devem ser planejados em uma sequência lógica. Primeiramente, são apresentados os estudos mais simples e fáceis. Depois, os mais complexos. Ao longo de cada estudo, é importante fazer perguntas de avaliação para medir a compreensão e o crescimento espiritual.

7. Por que um Deus que conhece tudo faria perguntas específicas? Fazer perguntas pode ajudar as pessoas a crescer na graça de Deus? Gn 3:913Mt 16:13-1522:41-46Mc 9:33Lc 2:46


Kevin Pires – Lexington, Carolina do Sul, EUA

Quinta, 3 de maio
cpb - aplicação

Jardineiros de Deus


Deus, o Jardineiro Mestre, deu a nós, Seus jardineiros em treinamento, sementes da verdade num pacote rotulado “Bíblia”. Na Bíblia, encontramos instruções de como preparar o solo, plantar as sementes e cuidar das plantas que brotam. Ele também nos deu biografias (os Evangelhos) de Seu Filho para que possamos melhor compreender a “arte” de nos tornar bons jardineiros.

Como Jardineiro Mestre, Deus sabe que é boa coisa sermos capazes de falar com outros jardineiros e compartilhar dicas de como fazer o jardim crescer. Então Ele nos organizou num “clube de jardinagem” que Ele chama de “igreja”. Um dos objetivos desse clube de jardinagem é plantar as sementes da Bíblia ao redor do mundo.

Nas biografias do Filho do nosso Professor, encontramos passos simples, práticos de como podemos melhor alcançar nosso objetivo.

Prepare o solo. Quando você quer compartilhar algo com alguém, geralmente não o faz a uma pessoa aleatória na rua. Ao contrário, você o faz com alguém a quem conhece e por quem se preocupa. Essa pessoa não apenas estará mais propensa a aceitar seu presente, como também a usá-lo. Semelhantemente, quando repartimos o que Deus fez por nós pessoalmente, o processo é mais fácil e mais efetivo com as pessoas de quem somos amigos (Mc 5:18, 19).

Semeie a semente. Não é algo incomum convidar seus amigos para uma festa ou para estar juntos. Então, por que não convidá-los para um estudo bíblico? Convide-­os para trazer um amigo e prepare comes e bebes. Fale e tenha um momento agradável enquanto compartilha algumas das coisas que Deus tem feito em sua vida (Mt 9:10).

Plante o broto. Após falar por um tempo com seus amigos sobre Deus, convide-os para ir à igreja. Dessa maneira, eles verão o que é o clube de jardinagem de Deus e poderão decidir se também querem se tornar jardineiros (Jo 1:40-42).

Não desanime se as sementes que você plantar não germinarem imediatamente. As sementes precisam de tempo e do ambiente certo para a germinação. Algumas sementes permanecem dormentes por anos. Seu trabalho é plantar a semente.
E é o trabalho do Espírito Santo fazê-­la crescer.

Mãos à Bíblia

Conduzir uma pessoa em sua jornada espiritual é semelhante à preparação para a colheita. A horta deve ser cultivada desde o preparo do solo. Há necessidade de muito cuidado até que chegue o momento de colher. Para pessoas na jornada espiritual, um processo semelhante começa antes do batismo e deve continuar posteriormente. O ideal é que a pessoa seja alimentada até que seja capaz de começar a nutrir outras pessoas.

8. Qual é o nosso desafio com relação à nutrição da semente lançada em terra boa? Que passos devemos dar e qual deve ser o objetivo final do processo? Lc 8:4-15Jo 16:7, 813


Emily Bartlett – Robersonville, Carolina do Norte, EUA

Sexta, 4 de maio
cpb - opinião

Crescer... crescer... crescer...


Os recém-nascidos precisam ser alimentados com comida apropriada para a idade deles. Ao crescerem, seu corpo pede alimentos diferentes. Existe uma ordem que os ajudará a crescer até a maioridade completa. Na vida cristã, descobrimos que existem passos para se tornar cristão maduro. Quando uma igreja está considerando um programa de testemunho, o evangelismo sequencial ajudará a colocar esses passos em ordem.

Comece com um seminário de dons espirituais. Ajude os membros de sua igreja a compreender quais dons espirituais Deus lhes deu e como podem repartir esses dons com os outros.

Inicie uma escola bíblica. Comece a compartilhar com os outros respondendo suas perguntas bíblicas.

Organize programas de alcance. Reúnam-se semanalmente e passem tempo em nova visitação, dando estudos bíblicos e orando.

“Basicamente, o evangelismo com oração consiste em falar a Deus sobre as pessoas antes de falar às pessoas sobre Deus. Isso permite que o Espírito Santo esteja no controle dos resultados. Lucas 10 apresenta quatro passos simples de evangelismo-oração que precisam ser seguidos numa ordem sequencial para mudar o clima espiritual de uma cidade, estado ou nação: abençoá-los; ter comunhão com eles; ministrar para as necessidades sentidas; proclamar.”1

Organize programas comunitários. Mostre para sua comunidade que você se importa com as pessoas, oferecendo-lhes classes de culinária, curso como deixar de fumar, ou outro tipo de classe de saúde.2

Convide seus amigos para essas classes. Isso lhe dará um grupo de pessoas com as quais trabalhar para suas séries evangelísticas. Convide-os para jantar com você antes dos encontros. Então leve-os às reuniões. Sente-se com eles durante a programação. Deixe-os saber que você se importa. Ajude com as tarefas dos encontros e, quando apropriado, convide seus visitantes para que ajudem também. Isso fará com que se sintam necessários.

Após o batismo, dê aos novos membros algo para fazer. Quando participamos na criação da experiência de adoração da nossa igreja, conseguimos mais. Então, após o batismo, dê aos novos membros algo útil para fazer que se encaixe em suas habilidades. Ajude seus “novos bebês” a crescer na Palavra de Deus e na vida cristã.

1. Transformation Virginia, Prayer Evangelism [http://transformationvirginia.com/about-us/prayer-evangelism].
2. Life Discovery Series [http://lifediscoveryministries.com/pre-series-preparation].

Mãos à obra

1. Escreva uma carta ou um e-mail de agradecimento a três pessoas diferentes que “alimentaram” sua fé em três pontos significativos em seu desenvolvimento espiritual.
2. Crie uma gravação sequencial ou playlist de hinos e canções de louvor/adoração que ilustram o desenvolvimento do crescimento de uma pessoa em Cristo.
3. Prepare uma “cesta de alimento” espiritual para um jovem cristão que você conheça. Inclua itens que nutrirão o crescimento dessa pessoa em Cristo, tais como livros, devocionais, Lição da Escola Sabatina, cartões de promessas, CDs, etc.


Karen Pires – Lexington, Carolina do Sul, EUA