sábado, 7 de julho de 2012

Opinião pública e gestão da imagem - parte 1

"Forte sou contigo Pai" com Alice Camilo

02 "Preservando relacionamentos" Comentário Pr. Edson Rosa

Lição 02 - "Preservando relacionamentos" - Código Aberto

02. Preservando relacionamentos

Comentários Lição 2 "Preservando Relacionamentos"



Lição 2 – Comentários
“PRESERVANDO RELACIONAMENTOS”

Uma das grandes realizações do ministério pastoral, talvez a maior, é o privilégio de estabelecer relacionamentos significativos e duradouros. Paulo, transformado de perseguidor cruel em pastor amoroso, deixou-nos lições preciosas sobre os nobres sentimentos que mantinha pelas pessoas que levou aos pés da cruz.

Nesta semana, ao preparar a matéria da lição, trago bem nítidas na memória, imagens dos locais mencionados, muitos dos quais tive a chance de percorrer, repetindo o mesmo trajeto da viagem do apóstolo na Grécia, séculos antes. Atualmente, claro, em estradas de ferro e amplas rodovias asfaltadas. Cidades como Kavala (Filipos), Salônica, a Via Inácia, Véria (Bereia), Atenas, o Porto de Pireu, Corinto, etc., são fontes de gratas recordações e inspiração para o estudante da Bíblia.

Povoada por gente de várias nacionalidades, Tessalônica abrigava uma considerável colônia judaica. Os discípulos se hospedaram na casa de Jason. Os primeiros tempos ali devem ter sido muito difíceis como revelam 1Tessalonicenses 2:9 e 2Tessalonicenses 3:8.
 
Por três sábados, os apóstolos tiveram oportunidade de pregar na sinagoga. Como resultado, “alguns deles creram”. A mensagem foi acolhida no coração de “
gregos religiosos, grande multidão, e mulheres nobres, não poucas” (At 17:4).

Oposição em Tessalônica
O rápido “sucesso” de Paulo nessa cidade criou ciúmes e exaltou os ânimos daqueles judeus não convertidos. Novamente, como em Antioquia da Pisídia, o zelo equivocado de alguns entrou em erupção. Não encontrando Paulo nem seus associados, arremeteram contra a casa de Jason e o levaram prisioneiro diante das autoridades, acusando-o de subversão. Porém, esses judeus não se inflamaram tanto como os de Filipos, pois logo “
tendo recebido satisfação de Jason e dos demais os soltaram” (At 17:9).

Durante a noite, temerosos pela possibilidade de violência posterior, os irmãos enviaram, Paulo e Silas a Bereia. Timóteo permaneceu em Tessalônica para atender o nascente interesse evangelístico.

Em Bereia
Bereia era uma cidade muito menor que Tessalônica, situada a uns 80 quilômetros a sudoeste, na encosta oriental do Olimpo, o sagrado monte grego.

A Escritura afirma que os habitantes de Bereia foram mais nobres que os de Tessalônica (At 17:11). Aceitaram a verdade que ouviram, comparando-a com a Palavra de Deus. Em outras palavras, os bereanos acolheram avidamente a mensagem, estudando todos os dias as Escrituras para comprovar se o que Paulo ensinava era verdade.

Propositalmente, destaquei essa característica dos crentes de Bereia porque nisso eles são exemplo para nós. Hoje, quando alguns na igreja apreciam contestar, criticar, promover dissenções e dissidências, é de suprema importância que sejamos cristãos que busquem, no estudo assíduo da Palavra revelada, a solidificação da estrutura espiritual de nossa vida religiosa.

Todavia, como havia acontecido antes em Listra, os judeus de Tessalônica não descansaram. Um grupo deles viajou até Bereia e promoveu ali grande agitação pública com o intuito de expulsar dali os pregadores. Conseguiram que Paulo saísse da cidade.
Enquanto Paulo era acompanhado por alguns irmãos a Atenas, Silas e Timóteo (chegado de Tessalônica) permaneceram em Bereia.

Em Atenas – Atos 17:15-34.
Se Paulo realizou a viagem por mar, ele gastou uns quatro dias. Se foi por terra, atravessando a Tessália, deve ter dispendido quase duas semanas. Ao chegar à capital cultural do mundo antigo, ele se sentiu tremendamente só. E através dos bereanos que regressaram, mandou chamar seus companheiros, mas o esperado encontro só aconteceu mais tarde em Corinto.

Em Atenas, Paulo encontrou uma população culta e instruída. Escreveu Ellen White: “A cidade de Atenas era a metrópole do paganismo. Aí Paulo não se encontrou com uma população crédula e ignorante, como em Listra, mas   um povo famoso por sua inteligência e cultura. Em todos os lugares estavam à vista estátuas de seus deuses e heróis divinizados da história e da poesia, enquanto magnificentes arquiteturas e pinturas representavam a glória nacional e o culto popular de deidades pagãs. O senso do povo estava empolgado com o esplendor e a beleza da arte. De todos os lados santuários, altares e templos representando enorme despesa, exibiam   sua formas maciças. Vitórias das armas e feitos de homens célebres eram comemorados pela escultura, relicários e placas. Tudo isso fez de Atenas uma vasta galeria de arte” (
Atos dos Apóstolos, p. 233, 234).

A permanência de Paulo em Atenas de modo nenhum foi ociosa. Na sinagoga e na praça pública, ele disputava poderosamente com os que estivessem dispostos a escutá-lo. Logo, os grandes homens de Atenas ouviram acerca dele. Alguns filósofos epicureus e estoicos foram em sua busca com a evidente intenção de ridicularizá-lo como alguém que estivesse muito abaixo deles, tanto intelectual como socialmente. Porém tiveram uma surpresa. Logo viram que ele tinha um conhecimento muito superior ao deles. Sua capacidade intelectual impunha respeito aos letrados, ao passo que seu fervoroso e lógico raciocínio e seu poder de oratória captavam a atenção de todo o auditório (
Atos dos Apóstolos, p. 235).

Finalmente, decidiram dar a Paulo a oportunidade de se dirigir à elite da cidade. A reunião aconteceu no histórico cenário do Areópago, ou Colina de Marte, localizado próximo à entrada monumental da Acrópole ateniense. O discurso que Paulo proferiu ali é uma obra-prima de eloquência. Foi ouvido com atenção comovida, e muitos sentiram a ação do Espírito Santo em sua mente. Porém, quando falou da ressurreição dos mortos, negada pela filosofia grega em voga, os ouvintes encontraram a escusa para não mais o escutarem.

“Terminou assim o trabalho do apóstolo em Atenas, o centro da cultura pagã; pois os atenienses, apegando-se persistentemente à sua idolatria, viraram as costas à luz da verdadeira religião. Quando um povo está inteiramente satisfeito com suas próprias realizações, pouco mais se pode esperar dele” (
Atos dos Apóstolos, p. 239).

Quando as grandes verdades da Palavra nos são apresentadas, é muito perigoso fazer como fizeram aqueles filósofos: “Nós o ouviremos em outra ocasião sobre este assunto” (At 17:32).

Esses gregos, talvez, nunca mais tivessem outro encontro como aquele na Colina de Marte. E se o tiveram, jamais ouviram Paulo pregar outra vez. Tanto quanto se sabe, o apóstolo não mais pregou na capital grega, embora deva ter passado por ali mais tarde. A mente humana, como no cultivo da terra, tem estações favoráveis. Em relação ao Evangelho e à vida eterna, a estação favorável é sempre
hoje.

A maioria dos ouvintes de Paulo no Areópago zombou dele ou procrastinou uma possível aceitação do Evangelho. Porém, houve pelo menos duas pessoas que aceitaram e se uniram ao apóstolo e sua mensagem: Dionísio, um membro da corte que administrava os eventos da Colina de Marte, “e uma mulher por nome Dâmaris” (At 17:34).

Por que esses dois ouvintes creram, enquanto todos os outros zombaram e adiaram uma aceitação?  A única resposta que podemos encontrar é que o vento do Espírito Santo estava soprando naquele dia histórico sobre a Colina de Marte, e usou a pregação de Paulo, para lançar sementes de arrependimento e de vida eterna no coração de Dionísio e Dâmaris.

Pense nisto: pelo menos um daqueles filósofos poderia ser lembrado hoje pelo nome? Como se chamavam aqueles que convidaram Paulo para discursar no Areópago de Atenas? Nenhum deles é lembrado. Ficaram esquecidos na poeira do tempo. Mas o nome de Dionísio e o nome de Dâmaris, que escolheram Cristo, ainda vivem. E viverão para sempre, pois são nomes que estão escritos no livro da Vida do Cordeiro.

Chegada em Corinto – At 18:1-18.
Corinto era a metrópole comercial e política da Grécia. Seu nome era sinônimo de libertinagem. Chegando a essa cidade, Paulo se hospedou na casa de Áquila e Priscila, um casal de judeus vindos de Roma, havia pouco. Eram nativos do Ponto, e tinham vivido um tempo em Roma até que foram alcançados pela expulsão dos judeus, ordenada pelo imperador Cláudio (49 d.C).

Lucas não diz se já eram cristãos ou se Paulo os levou à conversão. O certo é que em seu lar, Paulo encontrou o descanso que anelava para seu corpo cansado e para seu espírito abatido pelo que havia ocorrido em Atenas.

Situada no istmo homônimo, a uns 65 km de Atenas, Corinto era uma cidade cosmopolita, de grande atividade comercial. Porém, seus habitantes eram completamente idólatras, e o culto a Afrodite havia chegado a degradá-los a tal ponto que, mesmo entre pagãos era proverbial sua imoralidade.

F. Godet escreveu: “No alto da Acrópole resplandecia o templo de Vênus, onde se oferecia a seus habitantes e aos estrangeiros, todos os meios de desordem. O povo da nova Corinto sobrepujava em corrupção a qualquer outro, a tal ponto que a expressão ‘viver à coríntia’ indicava o gênero de vida mais dissoluto possível. ‘Banquete coríntio’ e ‘bebedor coríntio’ eram frases proverbiais” (citado por Treiyer).

A permanência de Paulo em Corinto se prolongou por algo mais de um ano e meio. Em seu trabalho, ele usou um método distinto daquele que empregou em Atenas:
 “Resolveu evitar todas as discussões e argumentos complicados, e nada saber entre os coríntios, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. Iria pregar-lhes não com palavras persuasivas de humana sabedoria, mas em demonstração de Espírito e de poder” (1Co 2:2, 4; Atos dos Apóstolos, p. 244).

Os fatos de maior destaque em Corinto foram:

a. Labores entre os judeus: seguindo seu plano habitual, primeiramente pregou aos sábados nas sinagogas e durante a semana trabalhava em seu ofício de tecer tendas a fim de ganhar o sustento. No tempo em que Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, a resistência dos judeus inconversos se havia tornado agressiva. O apóstolo se voltou então para os gentios. Porém, “a impiedade que via e ouvia nessa corrupta cidade quase o desanimava. A depravação que presenciava entre os gentios, e o desprezo e insulto dos judeus lhe traziam grande angústia. Duvidou da sabedoria de procurar estabelecer uma igreja com o material que ali se encontrava” (Atos dos Apóstolos, p. 250).

b. Uma visão animadora: quando Paulo começou a planejar sua partida para um lugar mais promissor, o Senhor lhe disse em visão:“não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto Eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (At 18:9, 10).

c. Atentado dos judeus: entre os conversos de Paulo estava Justo, cuja casa estava ao lado da sinagoga, e Crispo, que antes de sua conversão havia sido o chefe da sinagoga. Ainda gente de destaque social como Gaio e a filha de Estéfanas, e outros mais. Certo dia, os judeus se levantaram contra Paulo e o levaram preso perante Gálio, o procônsul da Acaia. A acusação era séria, já que apresentaram Paulo como agitador. Porém, Gálio era homem íntegro e não se deixou enganar pelos judeus irados e cruéis. Aborrecido pelo fanatismo e justiça própria deles, não quis dar lugar à acusação. Os judeus, desconcertados, foram expulsos do tribunal, e a multidão que os havia apoiado, compreendendo a verdade da situação, voltou-se contra eles, agredindo Sóstenes, sucessor de Crispo como principal da sinagoga. Parece provável que, depois desse incidente, Sóstenes tenha se convertido (1Co 1:1). Isso deu mais prestígio ao cristianismo (veja Atos dos Apóstolos, p. 252, 253).

d. Envio das duas cartas aos Tessalonicenses: os dois fiéis colaboradores de Paulo, que haviam chegado de Tessalônica, informaram-no acerca de alguns problemas que estavam sacudindo a igreja. Havia alguns irmãos muito abatidos pela morte de seus amados, sem um conceito claro da ressurreição. Outros, fanáticos, aconselhavam a não trabalharem mais, diante da proximidade da vinda de Cristo. Ainda outros estavam caindo em imoralidade, e havia quem não reconhecia plenamente as autoridades da igreja. A todos eles escreveu o apóstolo, animando e corrigindo. É bastante provável que o portador de ambas as cartas tenha sido Timóteo.

Paulo revela sua afeição
Depois da partida forçada de Tessalônica, Paulo expressou sua amorosa preocupação pelos irmãos que havia deixado para    trás. Nesse ponto, o estilo do apóstolo se tornou intensamente emocional. Até mesmo as palavras parecem tremer. A razão para o profundo sentimento que Paulo transpira aqui provavelmente seja que os inimigos da fé tivessem insinuado que a súbita partida dos missionários era prova da falta de genuína preocupação pelas pessoas a quem enganaram. Em contrapartida a tal acusação Paulo enfatizou que, para os missionários, a separação que surgiu foi por eles sentida como nada menos do que terem sido arrancados daqueles a quem      amavam com tanta ternura” (Hendriksen, p. 90).
            
Claramente e com muito sentimento, o apóstolo expressou seu amor pelos leitores, a quem chamou de
 “nossa esperança ou alegria ou coroa da glória na presença de nosso Senhor Jesus Cristo em Sua vinda”. Declarou que ele e seus companheiros foram “arrancados” dos irmãos.: Repetidas vezes “nos esforçamos com a máxima diligência por ver a vossa face com intensa saudade”. Mas eles foram impedidos por Satanás (1Ts 2:17-20).

“As cartas paulinas são um claro testemunho do coração pastoral do apóstolo. Paulo não era um teólogo erudito, distante das realidades da vida da igreja; ao contrário, a preocupação com as igrejas foi o trampolim para a sua teologia. Paulo também não era evangelista de um único interesse, dedicado apenas a conquistar pessoas para Jesus Cristo; mais exatamente, ele se preocupava em continuar a se relacionar com as igrejas que fundara” (Dicionário de Paulo, p. 911).

Nas páginas que se seguem, quero oferecer ao estudioso destas lições algumas informações que podem ajudá-lo numa compreensão mais efetiva dos temas do trimestre (Material adaptado de “Epístolas do NT” de Humberto Treiyer).

INTRODUÇAO  GERAL  AO  ESTUDO  DAS  EPÍSTOLAS

O estudo das epístolas do Novo Testamento pode apresentar certas dificuldades, caso não se levem em conta alguns princípios gerais que ajudam em sua compreensão. Por isso, seria de grande proveito analisar, ainda que rapidamente, as características de maior destaque do conjunto desses escritos.

As 21 epístolas do Novo Testamento foram escritas por cinco autores; o mais prolífero deles e o que nos atrai a atenção neste estudo é o apóstolo Paulo. De seu punho procedem 14 cartas, dois terços do total. Elas contêm a essência doutrinal do cristianismo, daí a importância de seu estudo. A igreja cristã não pode prescindir de nenhuma delas.

Características distintivas das epístolas

1. Existe uma harmonia essencial entre as epístolas e os livros históricos do Novo Testamento
Os ensinos de Jesus, registrados nos evangelhos, e as pregações apostólicas, conservadas em
 Atos dos Apóstolos, constituem as sementes doutrinárias, que se enraízam, crescem e frutificam nas epístolas. Uma única Mente, a divina e infinita, moveu os autores do Novo Testamento. As epístolas não apenas apresentam uma complementação maravilhosa, mas a ausência de contradições. Falam da mesma fonte de Inspiração: “os santos homens de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1:21).

2. Sua forma de redação é epistolar
Enquanto os profetas do Antigo Testamento entregavam suas mensagens em forma de oráculos, cheios de advertências acerca dos juízos de Deus, os apóstolos recorreram ao gênero epistolar, ou seja, cartas compostas conforme o estilo da época. Talvez o estilo que melhor se preste para ensinar, corrigir problemas concretos, expressar sentimentos e elaborar planos de ação. Seus autores estavam conscientes da forma pela qual escreviam.

Os discursos registrados em
 Atos dos Apóstolos, com poucas exceções, dirigem-se a pessoas não cristãs. Por outro lado, as epístolas são enviadas a crentes, seja a igrejas organizadas, ou mensageiros da Palavra.

Ao escrever as cartas, os apóstolos expressavam a plenitude de suas explicações e podiam extravasar-se em sentimentos próprios do gênero epistolar.

Os tratados sistemáticos, como os que escreveram os retóricos e filósofos dessa época, não teriam conseguido fazer a obra que realizaram as cartas familiares e flexíveis. Nelas os apóstolos não trataram de itens imaginários, mas casos reais, erros ou tendências como os que surgiram nas igrejas.

Os apóstolos escreveram acerca de incompreensões e perversões da verdade, dificuldades que surgiram no trato com os pagãos, de abusos que se efetuavam no culto e nas práticas da vida, de questões e tendências da mente humana que haviam de se apresentar na igreja de Deus e muito mais.

3. Estão intimamente relacionadas com o Antigo Testamento
No conteúdo das epístolas, são abundantes citações e expressões dos profetas do Antigo Testamento. Pelo menos 250 referências textuais e outras tantas alusões entrelaçam harmonicamente as duas porções das Sagradas Escrituras. Isaías, Oseias, Salmos, Habacuque, Levítico, etc. aparecem frequentemente nos escritos de Paulo. Não é exagero afirmar que as epístolas estão saturadas do espírito e pensamento e, às vezes, das palavras do Antigo Testamento. Os Testamentos não foram revelações independentes, e não se pode descartar um sem debilitar o outro.

4. Apresentam unidade doutrinária em seus conteúdos
Em todos os autores das epístolas encontramos o mesmo tema recorrente: Cristo, como Salvador do ser humano, em outras palavras, a salvação mediante Jesus Cristo. Eles apresentam o bendito efeito da morte expiatória de Cristo e Sua ressurreição triunfante.

Descrevem também a origem da igreja, sua unidade, suas relações, sua condição, deveres e destino. Desvendam o fato assombroso de que os crentes são chamados à imortalidade no glorioso destino que lhes espera quando terminar a história de pecado neste mundo.
Acima de tudo, não são revelações independentes. Estão na mais estreita relação com as anteriores revelações inspiradas.

5. São Didáticas
Destinadas a
 “ensinar... redarguir... corrigir... instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito, inteiramente instruído para toda boa obra” (2Tm 3:16, 17).

Estilos, vocabulário e construções gramaticais diferem entre si, denotando as modalidades individuais. Porém, a doutrina se mantém invariável. Unidade na variedade tem sido sempre o método de trabalho Divino e há de ser visto também nos instrumentos de Deus.

6. São similares em sua apresentação
As epístolas têm início com uma introdução ou preâmbulo, na qual aparece o nome do autor e seus companheiros (embora nem sempre), e os daqueles a quem se dirigiram, geralmente em forma global.

Segue-se o corpo doutrinário, onde a verdade que se quer ensinar é apresentada e ilustrada.

Terminam com uma conclusão característica; algumas vezes com notícias pessoais, outras com recomendações em favor do portador, saudações e uma bênção final.

Pr. JSilvio.
Ministerial - Paulistana.

Lição 02 Jovens - "Preservando Relacionamentos" 07 a 13 de julho



Lição 2                                 7 a 13 de julho


Preservando relacionamentos





“Quem é a nossa esperança, alegria ou coroa em que nos gloriamos perante o Senhor Jesus na Sua vinda? Não são vocês? De fato, vocês são a nossa glória e a nossa alegria.” (1Ts 2:19, 20)

Prévia da semana: Desenvolver relacionamentos estreitos com as pessoas a quem estamos ministrando é o resultado do verdadeiro evangelismo.

Leitura adicional: Provérbios 17:1718:2427:17; Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 27; O Maior Discurso de Cristo, p. 192, 193

Domingo, 8 de julho
A beleza do discipulado

Ter um bom amigo é importante. Alguém que deseje estar ao seu lado, não importando pelo que você esteja passando – alguém que possa encorajá-lo quando estiver desanimado, que goste de sair com você, porém, mais importante, alguém que sempre o relembre da bondade de Cristo.

Durante meu último ano do ensino médio, me foi pedido que realizasse um encontro evangelístico. Fiquei animada. Eu estaria tocando a vida das pessoas e com esperança conduzindo-as a Cristo. A campanha seria numa igreja perto da casa da minha tia. Pessoas que eu conhecia me apoiaram. O mais importante, elas haviam ido para ouvir a Palavra de Deus. Foi maravilhoso ver os tipos de relacionamentos que estavam sendo desenvolvidos durante a campanha! Nós cantamos e jogamos jogos bíblicos. Se o sermão fosse especialmente tocante, chorávamos juntos. Construímos relacionamentos maravilhosos durante esses encontros – amizades solidificadas em amor, confiança e encorajamento.

Apesar de nossa amizade ter crescido forte, sabíamos que os encontros logo terminariam. Não mais nos veríamos toda noite, nem passaríamos incontáveis horas na companhia uns dos outros. Contudo, embora a série estivesse terminando, eu ainda mantinha o coração cheio de alegria porque sabia que muitos dos participantes tinham se aproximado de Cristo, não somente por causa dos encontros, mas por causa de nosso profundo relacionamento. Muitos deles até mesmo me contaram sobre a transformação que Deus havia operado na vida deles. Assim, soube em meu coração que muitos deles haviam encontrado Cristo e tinham percebido que a vida sem Ele é vazia.

As amizades são essenciais para o discipulado. Em Seu próprio ministério, Cristo demonstrou a importância do discipulado por meio da amizade. Ele mostrou que a única maneira de ter discípulos constantes é construir amizades duradouras com outros cristãos e, é claro, com Cristo.

Está você construindo amizades? Está você verdadeiramente levantando aqueles a quem ministra ou está deixando passar oportunidades de amizade?

A Palavra do Senhor nos encoraja a nos envolvermos em amizade ao dizer: “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro” (Pv 27:17). Se vamos discipular outros, precisamos “afiar” uns aos outros por meio da amizade e do amor.

Mãos à Bíblia

1. Qual foi a principal motivação para a oposição à mensagem de Paulo? Que declarações seus oponentes fizeram para que as autoridades da cidade se interessassem no caso? Como essas autoridades responderam? At 17:5-9

Os líderes da cidade responderam de forma imparcial (compare com At 16:22-24). Eles se certificaram de que Paulo e Silas haviam deixado a cidade (At 17:10). Eles também exigiram uma quantidade significativa de dinheiro dos novos cristãos como garantia de que Paulo não seria causa de novas perturbações. Então, os líderes permitiram a saída de todos.


Heather Hyde Thompson – Guanaja, Honduras

Segunda, 9 de julho
Entre uma rocha e um lugar difícil

Na passagem bíblica desta semana, Paulo expressa sua preocupação sobre a fidelidade dos crentes tessalonicenses. Em 1 Coríntios 1:18-25, lemos que o evangelho é um “escândalo” para os judeus e “loucura” para os gentios, especificamente aqui para os gregos. A narrativa em Atos mostra que isso era, de fato, a causa. Mas por quê? Primeiramente, o assunto tinha que ver com a obsessão judaica por “pureza”. Pureza se tratava da correta observância dos rituais que distinguiam o “limpo” do “impuro”. Tal pureza os levou a se sentir separados e superiores aos outros. Eles desenvolveram regras de pureza para quase todo aspecto da vida, incluindo como pegar uma unha.¹ Jesus e Seus seguidores minaram essas regras. Todos são iguais em Cristo.² Com isso em mente, é fácil enxergar como o evangelho seria um obstáculo.

Em que sentido o evangelho era loucura para os gentios? Para responder a essa pergunta, precisamos compreender Platão, que lançou as bases do pensamento grego. Platão ensinava que havia dois mundos: (1) o mundo dos ideais, perfeito e destituído de matéria, e (2) o mundo físico que nos aprisiona. A morte é uma libertação desse mundo para o mundo dos ideais. Tal pensamento torna a ressurreição tanto obsoleta quanto ridícula.³ Por que você quereria ficar preso em seu corpo?

Então havia os estoicos e os epicuristas com quem Paulo debateu no Areópago. Os epicuristas rejeitavam os ensinos de Platão. Eles acreditavam que não havia absolutamente nada após a morte – nenhum julgamento, nenhuma punição para os ímpios, e nenhuma ressurreição. Na verdade, a maior parte da mensagem cristã conflitava com o epicurismo.4 Os estoicos ensinavam que, por ser a alma de alguma forma parte de Deus, não há como manter a identidade além da sepultura e não existe ressurreição para o corpo físico.5 Então, fosse judeu ou grego, um cristão poderia esperar perseguição e escárnio, o que explica a preocupação de Paulo com o grupo de fiéis em Tessalônica.

1. William A. Simmons, Peoples of the New Testament World (Peabody, MA: Hendrickson Publishers, 2008), p. 60.
2. Ibidem, p. 62.
3. Vincent P. Branick, Understanding Paul and His Letters (Mahwah, NJ: Pauloist Press, 2009), p. 40.
4. Simmons, p. 297.
5. Ibidem, p. 303.

Mãos à Bíblia

2. Qual foi a diferença entre a experiência de Paulo em Bereia e em Tessalônica? O que aprendemos com essa diferença?At 17:10-15

Os bereanos estavam ávidos para conhecer mais sobre Deus e para entender melhor as Escrituras. Ainda que perturbadores de Tessalônica logo tivessem se intrometido na situação de Bereia, os judeus ali não fecharam a mente para a nova mensagem. Na verdade, “creram muitos dentre os judeus” (v. 12). Embora tivessem achado oportuno que Paulo seguisse para Atenas, permitiram que Silas e Timóteo permanecessem em Bereia a fim de incentivar e fortalecer os novos crentes.


Jonathan Gardner – Collegedale, Tennessee, EUA

Terça, 10 de julho
Relacionamentos eternos

Lindsey estava ansiosa para começar a faculdade. Seus olhos se iluminaram quando ela cruzou o lindo campus com todos os calouros que pareciam tão novos quanto ela. É difícil ser um novo estudante – não conhecer ninguém. Felizmente, a universidade tinha muitas atividades para ajudá-los a se conhecer uns aos outros.

A primeira semana foi maravilhosa! Ela encontrou muitas pessoas e se familiarizou com elas rapidamente. Ela gostou de Brittney mais do que todos. Elas se identificaram e faziam tudo juntas, nas primeiras semanas. Almoçavam juntas. Iam ao shopping juntas e, nos fins de semana, iam ao centro da cidade com outros amigos para passear. Estavam tendo ótimos momentos.

Lindsey estava realmente ansiosa pelo restante do ano escolar com seus novos amigos e sua nova vida. Após algum tempo, contudo, seus amigos começaram a ser um pouco mais cautelosos sobre o tempo que passavam socializando-se. Mesmo Brittney passou a gastar menos tempo com Lindsey porque seus estudos estavam difíceis e também havia um novo namorado com quem queria passar mais tempo. Lindsey estava tendo dias difíceis. Então, seu pai ligou e lhe disse que sua avó havia falecido.

O primeiro ano na faculdade é empolgante, seja você calouro ou um aluno transferido de outro lugar. É o início de novos relacionamentos quando todos experimentam a emoção da vida universitária. Mais cedo ou mais tarde, porém, as matérias ficam mais difíceis e alguns amigos são substituídos por outros “mais compatíveis”. Além disso, é preciso tirar boas notas, trabalhar meio período ou, infelizmente, lamentar a perda de um membro querido da família. O tempo passa e os relacionamentos de antes se limitam aos apressados “ois” pelos corredores. Relacionamentos vão e vêm, especialmente quando não há solo em que possam criar raízes. Foi isso o que aconteceu na vida de Lindsey. Quando ela precisou do conforto de um amigo, não o teve porque os relacionamentos uma vez estabelecidos tinham se acabado.

Como formamos relacionamentos duradouros? A primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses nos revela o segredo para verdadeiros relacionamentos e como preservá-los. Paulo e seus companheiros deixaram um grande exemplo de como eles estabeleceram um relacionamento duradouro com os tessalonicenses. Apresentam a base para relacionamentos verdadeiros, piedosos que não durarão somente algumas poucas semanas, mas, sim, por toda a eternidade.

O relacionamento principal (1Ts 2:3-5). Sendo um evangelista para Cristo, Paulo desejava que todas as pessoas tivessem um relacionamento com o Salvador porque ele sabia o que era encontrá-Lo. Aqui, Paulo afirmou que estava em sintonia com Deus. Disse que estava “aprovado por Deus” e mostrou a importância de ter um relacionamento com Ele. Ele afirmou que não podia mentir. Não podia pintar um quadro falso do que ele era porque sua vida estava em sintonia com Deus. O Senhor, que era sua “testemunha”, controlava a consciência dele.

Neste mundo em que mentir é normal para o propósito de ganho próprio, o caráter de Paulo é um grande contraste. Ele não vivia para si mesmo, mas para a aprovação de Deus. Seu relacionamento com Deus o capacitava a estabelecer relacionamentos significativos com aqueles ao seu redor.

Motivação piedosa por trás dos relacionamentos (1Ts 2:19, 20). Há um grande contraste entre a maneira pela qual o mundo é motivado a estabelecer seus relacionamentos e o modelo que Paulo deu aos cristãos. Esse relacionamento é baseado na esperança de que, um dia, todos juntos nos encontraremos na segunda vinda de Jesus Cristo, quando será confirmado que essa relação durará pela eternidade.
A motivação de Paulo por trás dos relacionamentos que ele construiu era a salvação e o bem-estar deles. Paulo buscava a conquista daqueles ao seu redor e desejava que os tessalonicenses sentissem a alegria que vem somente por meio de Jesus. Paulo, como ministro de Cristo, tinha pessoalmente experimentado o amor de Cristo. Essa experiência o levou a compartilhar o evangelho com as pessoas à sua volta.

Mantendo relacionamentos fortes (1Ts 2:3-7). Quase todas as pessoas buscam lucro egoísta. Estabelecem relacionamentos que beneficiem seus próprios desejos. São manipuladoras e enganam, buscando estabilidade econômica, prazer e popularidade.

Em seu relacionamento com os tessalonicenses, Paulo garantiu que eles soubessem que ele não estava se conectando com eles para benefício próprio. Ele estava lá porque desejava o bem deles. Estava lá porque desejava que a vontade de Deus se cumprisse na vida deles. Estava lá porque desejava que eles estivessem com ele ao lado de Jesus.

Pense nisto

1. Quais motivos o levam a formar relacionamentos?
2. Como você pode construir relacionamentos que durem pela eternidade?
3. Como sua experiência com Jesus tem ajudado a edificar relacionamentos duradouros?


Mãos à Bíblia

3. Ao falar aos judeus, em Atos 17:2, 3, Paulo começou com o tema do Messias no Antigo Testamento. Ao falar aos filósofos pagãos de Atenas (At 17:16-34), em que ponto ele começou? O que podemos aprender com essas abordagens?

Paulo começou seu discurso aos intelectuais de Atenas com observações sobre sua cidade e religiões. Seu ponto de partida teológico foi a criação, um tópico em que tanto ele quanto os atenienses estavam interessados. Em contraste com sua abordagem na sinagoga, ele não defendeu sua causa a partir das Escrituras, mas a partir de escritos com os quais eles estavam familiarizados (At 17:27, 28 ecoam e citam escritores gregos). Mas, quando ele entrou no território que ia além dos limites em que eles se sentiam intelectualmente confortáveis, parece que os filósofos encerraram abruptamente a discussão. Alguns indivíduos, no entanto, continuaram a conversar com Paulo e se tornaram cristãos.


Alejandro Sarria – Collegedale, Tennessee, EUA

Quarta, 11 de julho
O valor de um amigo verdadeiro

“Hão de sobrevir dificuldades a cada um; toda pessoa será pressionada pela tristeza e o desânimo; então, uma presença pessoal, um amigo que conforte e comunique força resistirá aos dardos do inimigo, destinados a destruir. Os amigos cristãos não são nem a metade em número, do que deviam ser. Nas horas da tentação, em uma crise, de que valor é um amigo verdadeiro! Em tais ocasiões, Satanás manda seus agentes para fazer com que tropecem os membros trementes; mas os amigos genuínos que aconselham, que comunicam esperança atraente, a fé calma que ergue a pessoa – oh, um tal auxílio vale mais que pérolas preciosas!” (Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 161).

Nesta semana, estamos discutindo a importância de preservar relacionamentos. Preservar algo significa fazer com que dure. No contexto de nosso estudo, isso significa que queremos construir e nutrir relacionamentos duradouros. O oposto, logicamente, seria construir relacionamentos superficiais que não podem sobreviver ao teste do tempo, às dificuldades e aos obstáculos. Infelizmente, a cultura em que muitos de nós vivem tem pavimentado o caminho para relacionamentos superficiais. Nossas páginas no Facebook possuem listas de amigos que ultrapassam duas mil pessoas e, contudo, quantos de nós podem dizer que cada um deles é um verdadeiro amigo?

Nada é mais importante que um amigo verdadeiro. “Um forte, cordial aperto de mão de um verdadeiro amigo vale mais que ouro e prata” (Ibidem). A Bíblia também afirma essa verdade ao nos dizer que “é melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se! E se dois dormirem juntos, vão manter-se aquecidos. Como, porém, manter-se aquecido sozinho? Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade” (Ec 4:9-12).

Pense nisto

1. Você possui amigos que o encorajam a se aproximar de Jesus? Se não, que passos você pode dar para garantir isso?
2. Alguma vez você já esteve numa situação tão estressante que desejou ter um amigo para ajudá-lo a passar por isso? Como foi? Escreva alguns pensamentos e compartilhe-os com seu grupo.


Mãos à Bíblia

4. Qual foi a diferença entre a estratégia missionária de Paulo em Atenas e em Corinto? 1Co 1:18–2:2

Paulo não deve ter ficado satisfeito com o resultado de seu encontro com os filósofos de Atenas, pois em Corinto ele decidiu utilizar uma abordagem mais direta para a mente grega. Ao fazer isso, ele não estava rejeitando a ideia de “alcançar as pessoas onde elas estão”, pois ele claramente promoveu esse tipo de abordagem na mesma carta (1Co 9:19-23). O que ele demonstrou em Atenas e Corinto foi que o processo de alcançar as pessoas onde elas estão não é uma ciência exata, mas exige constante aprendizado e adaptação. Paulo não usou a mesma abordagem em todas as cidades. Ele era muito sensível às mudanças dos tempos, culturas e circunstâncias.


Marcos David Torres – Collegedale, Tennessee, EUA

Quinta, 12 de julho
Ficando juntos a qualquer preço

A entrada do pecado no mundo criou separação entre nós e Deus e entre nós e nossos semelhantes. Naturalmente, olhamos para as diferenças em cada um. Competimos uns com os outros, esperando conseguir vantagem. O pecado nos programou para pensarmos que não precisamos uns dos outros para ter vida saudável. Somos egoístas por natureza, preocupando-nos somente conosco (Sl 51:5).

Contudo, ter relacionamentos saudáveis com nossos semelhantes é vital para nosso bem-estar espiritual (Hb 13:1-3). O diabo está envolvido pessoalmente em atrapalhar nossos relacionamentos (1Ts 2:18) porque, quanto mais próximos estivermos uns dos outros, mais compartilharemos nosso testemunho sobre o amor de Deus (Ap 12:11). É por isso que Jesus orou para que todos sejamos um (Jo 17:20, 21). Como estabelecemos e mantemos esses relacionamentos de união? Aqui vão alguns pontos a ser considerados:

Dedique tempo de propósito para os outros. Empregar propositalmente tempo de qualidade com outros é uma excelente maneira de cultivar relacionamentos melhores. Ao passar tempo juntos podemos aprender e ajudar a encontrar as necessidades emocionais e espirituais daqueles que estão em agonia.

Passe tempo socializando-se. Jesus visitou Zaqueu na casa dele (Lc 19:5). Ele também desejou passar tempo de qualidade com Maria, Marta e Lázaro (Lc 10:38, 39Jo 12:1-3). E Ele apreciava uma boa festa de casamento, tanto quanto qualquer outra pessoa (Jo 2:1, 2).

Seja bondoso e amigável. Manter conexão com os outros é importante, tanto para dar quanto para receber ajuda. Comunique-se. Ligue, envie e-mail, tenha conversas cara a cara. Fale bondosamente (Pv 15:1). Seja educado e amigo (Pv 18:24).

Encorajem uns aos outros. Simplesmente dizer as palavras “Vai ficar tudo bem” e mostrar que você se importa, são atitudes que podem diminuir o fardo de uma situação ruim. Compartilhe palavras compreensivas de conforto, tanto na alegria quanto nas dificuldades (Ef 5:19-21). Orem uns pelos outros e uns com os outros (Tg 5:16).

Mãos à Bíblia

5. Como eram o relacionamento e a ligação emocional de Paulo com os crentes de Tessalônica? O que isso nos ensina a respeito de como devemos nos relacionar com aqueles a quem ministramos a Palavra? 1Ts 2:17–3:10

Na passagem acima, Paulo revelou suas emoções. Ele sentia falta e intensa saudade dos irmãos de Tessalônica. O desejo de Paulo era, na volta de Jesus, apresentar a Ele os crentes de Tessalônica como frutos de seu ministério. Ele queria evidências de que sua vida havia feito diferença permanente para o reino de Deus. No entanto, não podendo estar pessoalmente com os tessalonicenses, Paulo enviou primeiro um mensageiro, Timóteo, e depois se comunicou com eles por carta. Essas cartas fazem parte do Novo Testamento.


Richard Floyd McNeil – Collegedale, Tennessee, EUA

Sexta, 13 de julho
Torcer pelo “azarado”

Não seria difícil encontrar um grupo de jovens cristãos em algum lugar ao redor do mundo torcendo por um time que está fadado a perder. Existe algo em nossa natureza humana que nos leva a querer a vitória do menor. Gritaremos, cantaremos ou faremos qualquer coisa que pudermos para ajudar nosso time a encontrar força necessária para se superar. Contudo, na maior batalha já travada, há poucos torcendo pelos membros do que parece ser a minoria.

Na atual cultura pós-moderna, parece que o cristão é o azarado. A sociedade tem obstáculos para o jovem crente superar a cada volta. Da música à televisão, passando por livros e outdoors, parece que todos os cartazes levam a uma vida sem um Deus santo. Como pode um jovem cristão vencer? Com amizades, bons exemplos e oração! Fomos encarregados de ajudar uns aos outros a chegar ao Céu. Devemos incentivar uns aos outros, encorajar uns aos outros a confiar em Deus e em Sua Palavra. Precisamos ajudar uns aos outros a acreditar que o pecado pode ser vencido pelo poder do Espírito Santo e que, como seguidores de Cristo, possuímos, na verdade, vantagem sobre os poderes do príncipe deste mundo.

Como Paulo, deveríamos orar por nossos amigos “noite e dia” para que Deus repare “as deficiências da vossa fé” (1Ts 3:10). Nossa esperança e alegria devem residir em ver alcançando a vitória em Jesus aqueles a quem Deus colocou em nossa vida. Nada é mais importante do que se preocupar com a salvação dos outros. Essa preocupação deveria ser evidente em nossas orações, pensamentos e ações.

Peço que você considere hoje aqueles em sua vida a quem você ama e guarda em seu coração. Como seria a vida sem eles? Como será o Céu sem eles? O que você está fazendo para garantir que eles sejam uma parte do corpo de Cristo? Quando oramos, tendemos a pensar mais em nossa salvação. Isso não parece um pouco egoísta? Precisamos orar e encorajar outros a permanecer fiéis. Enquanto fizermos isso, Deus trabalhará em nossas deficiências. Devemos nos tornar protetores de nossos irmãos e irmãs!

Pense nisto

Em Êxodo 32:32, Moisés pediu a Deus que riscasse seu nome do Livro em lugar dos filhos de Israel. Por quê? Seria esse o amor fraternal sobre o qual Paulo pregou aos tessalonicenses? Explique sua resposta.


Mãos à obra

1. Escreva uma oração pedindo a Deus que coloque amigos em seu caminho que o aproximarão dEle. Guarde essa oração em sua Bíblia e faça-a com frequência.
2. Convide alguns amigos e inicie um estudo bíblico ou um pequeno grupo. Isso o ajudará não somente a conhecer melhor a Deus, mas o levará a ter amizade com outros que buscam algumas das mesmas coisas que você.
3. Envie um e-mail ou escreva uma carta a um amigo de quem há tempo você não tem notícia, para reatar contato com ele novamente.


Robert Dabney Jr. – Collegedale, Tennessee, EUA 

Lição 02 - "Preservando Relacionamentos" - 07 a 14 de julho




Lição 02                        07 a 14 de julho


Preservando relacionamentos





Sábado à tarde
Ano Bíblico: Sl 135–139

VERSO PARA MEMORIZAR: “Quem é a nossa esperança, alegria ou coroa em que nos gloriamos perante o Senhor Jesus na Sua vinda? Não são vocês? De fato, vocês são a nossa glória e a nossa alegria” (1Ts 2:19, 20, NVI).

Leituras da semana: At 17:5-341Co 1:18–2:21Ts 2:17–3:10

Pensamento-chave: O verdadeiro evangelismo leva a relacionamentos que podem resistir ao teste do tempo e durar pela eternidade.

Durante três semanas Paulo realizou uma série de reuniões evangelísticas em Tessalônica. Foi uma série muito animada, mas incitou a oposição dos líderes religiosos locais e de um grupo de malfeitores. Finalmente, Paulo foi expulso pelas autoridades da cidade, que também procuraram impedir seu retorno.

Esta lição fala das consequências da tentativa de Paulo de evangelizar Tessalônica. Para Paulo, depois dessa experiência, teria sido fácil focalizar a oposição e outros obstáculos do caminho. Em vez disso, a mente dele estava concentrada principalmente nos relacionamentos que tinha desenvolvido com os membros da nova comunidade cristã de Tessalônica.

Paulo ficou triste por não poder permanecer mais tempo com aqueles cristãos. Ele sabia que a brevidade do tempo que tinha passado com eles os tornaria mais vulneráveis ao desânimo e às influências negativas. Não podendo lhes falar pessoalmente, ele foi inspirado pelo Espírito Santo a lhes escrever duas cartas, as quais fazem parte do Novo Testamento.

Domingo
Ano Bíblico: Sl 140–144

Oposição em Tessalônica

1. Qual foi a principal motivação para a oposição à mensagem de Paulo? Que declarações seus oponentes fizeram para que as autoridades locais se interessassem no caso? Como essas autoridades responderam? At 17:5-9

Quando alguém prega novos ensinamentos e as pessoas ficam entusiasmadas, os líderes e mestres dos outros grupos religiosos podem ficar com ciúmes.

A atenção que antes era dirigida a eles se volta para outros. Como resultado, eles podem se comportar de forma irracional a fim de reduzir a influência do novo mestre.

De acordo com o historiador romano Tácito, pouco antes dos eventos descritos em Atos 17, surgiu um conflito entre os judeus de Roma sobre um homem que Tácito chama de “Cresto”. Esse termo provavelmente reflita uma incompreensão romana do conceito judaico acerca do Messias, ou, em grego, “o Cristo.” Aparentemente, a pregação do evangelho, realizada por alguma pessoa, tinha dividido a comunidade judaica de Roma.

Para os oficiais romanos, o debate sobre o Messias soava como preparação para o estabelecimento de um novo rei no trono de Roma (At 17:7). Provavelmente, por essa razão, o imperador tenha expulsado todos os judeus de sua capital (At 18:2). Alguns desses exilados se estabeleceram em Tessalônica, ou passaram por ali, levando o conhecimento desses eventos para a cidade. Visto que o evangelho havia colocado de cabeça para baixo o mundo dos judeus de Roma, os líderes religiosos de Tessalônica estavam determinados a impedir que algo semelhante acontecesse ali.

Tessalônica era governada por um conselho municipal possivelmente de cinco ou seis “prefeitos” que tomavam decisões em grupo. Essa organização permitia considerável independência em relação a Roma, o que eles não gostariam de perder. Nessas circunstâncias, o comportamento dos oficiais da cidade foi bastante impressivo. A semelhança com os acontecimentos recentes em Roma poderia ter exigido severa punição física para os novos cristãos. Em vez disso, os líderes da cidade responderam de forma imparcial (compare com At 16:22-24). Eles se certificaram de que Paulo e Silas deixassem a cidade (At 17:10). Também exigiram uma quantidade significativa de dinheiro dos novos cristãos como garantia de que Paulo não seria causa de novas perturbações. Então, os líderes permitiram a saída de todos.

O ciúme e a inveja podem nos destruir. O que podemos aprender com a vida e os ensinamentos de Jesus para nos ajudar a vencer esses sentimentos fatais?

Segunda
Ano Bíblico: Sl 145–150

O episódio em Bereia

Aperseguição pode ser uma via de mão dupla. Muitas vezes, ela é provocada pela calúnia contra os que não fizeram nada de errado. Mas também pode ser provocada por ações inadequadas dos cristãos (1Pe 3:13-164:12-16). É muito provável que o tumulto em Tessalônica tenha sido motivado não só pela inveja dos adversários de Paulo, mas também pelas ações inadequadas dos novos crentes. As duas cartas aos Tessalonicenses revelam que Paulo tinha grandes preocupações acerca do comportamento público inadequado de alguns cristãos.

Paulo exortou os cristãos de Tessalônica a viver de modo tranquilo e a se comportar adequadamente entre os vizinhos gentios (1Ts 4:11, 12). Ele aconselhou os rebeldes entre eles (1Ts 5:14). Ordenou que eles se afastassem dos que andavam desordenadamente (2Ts 3:6, 7). Observou que alguns membros da igreja não apenas andavam de modo desordenado e ocioso, mas se haviam tornado “intrometidos” (2Ts 3:11). Assim, alguns membros eram um incômodo não apenas para a igreja, mas também para a sociedade. A perseguição em Tessalônica foi perversa, mas houve também comportamento censurável entre alguns novos cristãos.

2. Qual foi a diferença entre a experiência de Paulo em Bereia e em Tessalônica? O que aprendemos com essa diferença? At 17:10-15

Os bereanos estavam ávidos para conhecer mais sobre Deus e para entender melhor as Escrituras. Mas, embora tivessem ouvido com muita receptividade, eles também punham à prova tudo o que ouviam dos apóstolos com base no que encontravam em seu próprio estudo do Antigo Testamento.

Esse é um exemplo para nós. Podemos estar abertos a novas ideias, mas devemos sempre confrontá-las com base nos ensinamentos da Bíblia. Temos muitas coisas para aprender e muitas para desaprender. Ao mesmo tempo, devemos ter cuidado para evitar erros, uma vez que eles nos afastam da verdade.

Ainda que perturbadores de Tessalônica logo tivessem se intrometido na situação de Bereia, os judeus ali não fecharam a mente para a nova mensagem. Na verdade, “creram muitos dentre os judeus” (v. 12). Embora tivessem achado oportuno que Paulo seguisse para Atenas, permitiram que Silas e Timóteo permanecessem em Bereia a fim de incentivar e fortalecer os novos crentes.

Que exemplos temos em que a igreja cristã agiu de maneira claramente errada? Que lições podemos aprender com esses erros? Comente com a classe suas respostas.

Terça
Ano Bíblico: Pv 1–3

Interlúdio em Atenas

De acordo com Atos 17:14-16, Silas e Timóteo ficaram em Bereia, enquanto Paulo foi acompanhado até Atenas. Paulo instruiu seus acompanhantes a fazer com que Silas e Timóteo se juntassem a ele em Atenas, mas não há nenhuma menção de que eles tivessem feito isso. Por outro lado, em 1 Tessalonicenses 3:1, 2, vemos que Paulo enviou Timóteo de volta de Atenas a Tessalônica. Assim, pelo menos Timóteo parece ter se unido a ele ali por um curto período.

3. Ao falar aos judeus em Atos 17:2, 3, Paulo começou com o tema do Messias no Antigo Testamento. Ao falar aos filósofos pagãos de Atenas (At 17:16-34), em que ponto ele começou? O que podemos aprender com essas abordagens diferentes?

Em lugar de ter simplesmente entrado em Atenas, ido até o Areópago (também conhecido como Colina de Marte) e envolvido os filósofos ali, Paulo primeiramente andou pela cidade durante algum tempo e fez observações. Ele também envolveu os judeus de Atenas e alguns gregos da sinagoga de lá. Além de evangelizá-los em sua maneira habitual (At 17:2, 3), ele também deve ter aprendido sobre a cultura dominante na cidade. O primeiro passo em qualquer esforço missionário é ouvir e aprender sobre a fé e os pontos de vista das pessoas que estamos tentando alcançar.

Paulo também passou algum tempo no mercado de Atenas (que ficava abaixo e à vista do Areópago, ou Colina de Marte), argumentando com todos os que estivessem dispostos a conversar com ele. No processo, ele provocou a curiosidade de alguns filósofos epicureus e estoicos, que o convidaram para discursar a eles no lugar tradicional para tais discussões.

Ele começou seu discurso aos intelectuais de Atenas com observações sobre sua cidade e religiões. Seu ponto de partida teológico foi a criação, um tópico em que tanto ele quanto eles estavam interessados. Em contraste com sua abordagem à sinagoga, ele não defendeu sua causa a partir das Escrituras, mas a partir de escritos com os quais eles estavam familiarizados (At 17:27, 28 ecoa e cita escritores gregos). Mas quando ele entrou no território que ia além dos limites em que eles estavam intelectualmente à vontade, parece que os filósofos encerraram abruptamente a discussão. Alguns indivíduos, no entanto, continuaram a conversar com Paulo e se tornaram cristãos.

Compreendemos bem as opiniões e crenças dos que nos cercam? Por que é importante conhecer um pouco dessas coisas enquanto procuramos testemunhar?

Quarta
Ano Bíblico: Pv 4–7

Chegada a Corinto

Atos 18:1-18 contém duas importantes interseções com a história secular. A primeira é a expulsão dos judeus de Roma durante o reinado de Cláudio (At 18:2). Informações de fontes extrabíblicas colocam esse evento em 49 d.C. A outra importante interseção é a menção do procônsul Gálio (At 18:12). Visto que os procônsules em Corinto eram nomeados para períodos de um ano, a informação de inscrições e outros dados indicam que o mandato de Gálio ocorreu entre 50 e 51 d.C. Estudiosos críticos, muitas vezes duvidam da historicidade do livro de Atos, mas há muitas referências casuais como essas que confirmam sua descrição da história.

Timóteo deve ter viajado de Tessalônica para Bereia com Paulo e Silas (At 17:1014, 15), após sua expulsão de Tessalônica. Depois, se encontrou com Paulo em Atenas e foi enviado de lá para Tessalônica (1Ts 3:1, 2). Ali, ele se juntou a Silas (At 18:5) e, finalmente, viajou para se unir a Paulo em Corinto. A primeira epístola aos Tessalonicenses deve ter sido escrita de Corinto, logo após a chegada de Timóteo. Paulo sabia o que as pessoas estavam pensando na Acaia, onde Corinto estava localizada (1Ts 1:7, 8), e em 1 Tessalonicenses, ele estava respondendo às informações trazidas por Timóteo (1Ts 3:5, 6).

4. Qual foi o assunto principal da pregação de Paulo nessa passagem? Qual foi a diferença entre a estratégia missionária de Paulo em Atenas e em Corinto? 1Co 1:18–2:2

Paulo não deve ter ficado satisfeito com o resultado de seu encontro com os filósofos de Atenas, pois em Corinto ele decidiu utilizar uma abordagem mais direta para a mente grega. Ao fazer isso, ele não estava rejeitando a ideia de “alcançar as pessoas onde elas estão”, pois ele claramente promoveu esse tipo de abordagem na mesma carta (1Co 9:19-23). O que ele demonstrou em Atenas e Corinto foi que o processo de alcançar pessoas onde elas estão não é uma ciência exata, mas exige constante aprendizado e adaptação. Paulo não usou a mesma abordagem em todas as cidades. Ele era muito sensível às mudanças dos tempos, culturas e circunstâncias.

Qual é a relevância da mensagem da cruz para nós hoje, visto que a “sabedoria” do mundo muitas vezes se choca com a “loucura da cruz”?

Quinta
Ano Bíblico: Pv 8–11

Paulo revela sua afeição

5. Como era o relacionamento e a ligação emocional de Paulo com os crentes de Tessalônica? O que isso nos ensina a respeito de como devemos nos relacionar com aqueles a quem ministramos? 1Ts 2:17–3:10

A profundidade do pensamento de Paulo e o tom de confronto (veja, por exemplo, Gl 1:6, 7;. 3:1-44:9-11), às vezes fazem com que ele pareça desprezar os sentimentos e relacionamentos pessoais. Mas esse agradável interlúdio em 1 Tessalonicenses mostra o contrário. Ele era um evangelista intensamente relacional, de acordo com a grande comissão, que enfatiza principalmente a formação de discípulos (Mt 28:19, 20).

Na passagem acima, Paulo revelou suas emoções. Ele sentia falta e “intensa saudade” dos irmãos tessalonicenses. Paulo disse que, ao Jesus voltar, pretendia apresentar a Ele os crentes de Tessalônica como frutos de seu ministério. Paulo não ficaria contente apenas em ser salvo no fim do tempo. Ele queria evidências de que sua vida havia feito uma diferença permanente para o reino de Deus.

Quando Paulo não mais pôde suportar o desejo intenso de encontrar os tessalonicenses, enviou um amigo em comum para verificar como eles estavam. Paulo temia que, de alguma forma, Satanás os afastasse de suas convicções originais. Mas ele foi grandemente consolado quando Timóteo informou que eles estavam firmes na fé.

Há uma interessante sugestão de uma dinâmica mais profunda em 1 Tessalonicenses 3:6. Paulo se regozijou com o relatório de Timóteo de que eles mantinham um bom conceito a respeito dele e de que eles estavam ansiosos para vê-lo tanto quanto ele estava ansioso para encontrá-los. A partida de Paulo de Tessalônica havia sido repentina, e parece que ele tinha alguma incerteza sobre a maneira pela qual eles consideravam sua pessoa e sua ausência. A fidelidade dos tessalonicences fez grande diferença para Paulo. Talvez, o senso de valor pessoal de Paulo estivesse, até certo ponto, ligado ao sucesso de sua missão. Afinal, ele era apenas humano.

O relatório de Timóteo trouxe a Paulo uma intensa experiência de alegria em suas orações a Deus. Mas essa alegria não acabou com seu intenso desejo de vê-­los face a face e completar a educação deles na caminhada cristã. No entanto, não podendo estar pessoalmente com eles, Paulo enviou primeiro um mensageiro, Timóteo, e depois se comunicou por meio de cartas. Essas cartas fazem parte do Novo Testamento.

Sexta
Ano Bíblico: Pv 12–15

Estudo adicional

Se nos humilhássemos perante Deus e fôssemos bondosos e corteses, compassivos e piedosos, haveria uma centena de conversões à verdade onde agora há apenas uma. Mas, professando ser convertidos, levamos conosco uma carga de egoísmo que consideramos excessivamente preciosa para ser abandonada. É nosso privilégio depositar esse fardo aos pés de Jesus, assumindo em seu lugar o caráter e a semelhança de Cristo. O Salvador está esperando que assim procedamos” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 189, 190).

“Durante Seu ministério, Jesus tinha conservado constantemente perante os discípulos o fato de que eles deviam ser um com Ele em Sua obra de resgatar o mundo da escravidão do pecado... Em toda a Sua obra Ele os estava preparando para o trabalho individual, que devia ser expandido à medida que seu número aumentasse” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 32).

Perguntas para reflexão
1. Que erros no comportamento dos cristãos dificultam o esforço para alcançar as pessoas?
2. Em Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 189 (veja acima), Ellen G. White identifica o “egoísmo” como obstáculo à conversão de mais pessoas. De que forma o “egoísmo” se manifesta? Como podemos aprender a morrer para o eu?
3. O foco central da grande comissão (Mt 28:19, 20) é fazer discípulos. Compartilhe algumas de suas próprias experiências em ser ou em fazer discípulos. Até que ponto o discipulado de sua própria igreja está orientado?
4. Como você pode explicar a alguém a “loucura” da cruz? Por que Paulo usou essa terminologia? O que isso nos diz sobre a limitação da nossa compreensão da realidade?

Resumo: Em apenas três semanas, Paulo se havia tornado intensamente ligado aos novos crentes em Tessalônica. Não podendo voltar a eles, ele primeiramente lhes enviou Timóteo. Sob o poder do Espírito Santo, ele também colocou seu coração em duas cartas. O evangelismo significativo não deve se contentar com a simples aceitação das crenças cristãs. A vida física, mental e emocional está envolvida na fé cristã.

Respostas sugestivas: 1: Inveja; disseram que os apóstolos transtornavam o mundo, procediam contra os decretos de César e afirmavam que Jesus era rei; as autoridades receberam a fiança e os soltaram. 2: Os judeus de Tessalônica não aceitaram o evangelho e perseguiram os mensageiros; os de Bereia receberam a Palavra com avidez; na missão de pregar o evangelho precisamos aprender a enfrentar reações diferentes. 3: Mostrou que a religião deles de alguma forma se relacionava com o evangelho; com base em escritos conhecidos pelos atenienses, apresentou o Deus criador. 4: Jesus Cristo crucificado, a sabedoria divina que parece loucura para os homens; em Atenas, Paulo argumentou com base na religião e cultura do local. 5: Era semelhante ao relacionamento entre pai filho: profunda amizade, saudade e preocupação com o bem-estar mútuo.