sábado, 24 de novembro de 2012

Leonardo Gonçalves - Moriá

Grupo Carisma - Crescendo em Graça

Esboço Escola Sabatina #9 Rituais e cerimônias da igreja 4º Trim 2012

Esboço Escola Sabatina #9 - Rituais e cerimônias da igreja 4º Trim/2012

Lição 9 - Rituais e cerimônias da igreja

"Ritos e rituais da Igreja" Lição 9 (jovens) 24 a 30 de nov


Lição 9
24 a 30 de novembro



Ritos e rituais da igreja






“Pedro respondeu: ‘Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo’” (At 2:38).

Prévia da semana: O batismo, o lava-pés e a Ceia do Senhor são ordenanças estabelecidas por Cristo como símbolos da participação em Seu sofrimento, aceitação de Sua morte em nosso favor e disposição de assumir uma nova vida de serviço e compromisso.

Leitura adicional: Jo 13:12-17Mt 26:26-291Co 10:16, 17O Desejado de Todas as Nações, p. 650; 659, 660

Domingo, 25 de novembro
cpb - introdução

Hora do lanche


Sendo filho de pastor, fui à igreja toda semana desde o meu nascimento até que ingressei no colégio. Estando na igreja com tanta frequência, chamavam minha atenção desde pequeno os momentos em que meus pais e os amigos deles faziam um “lanchinho” durante o culto. Eu era muito pequeno, mas isso não me impediu de sentir inveja e ficar triste quando os via comendo uma bolachinha e bebendo um pouco de suco violeta. Eu já estava enjoado dos meus sucrilhos. Queria abrir novos horizontes e experimentar algo diferente! Ainda assim, sempre me diziam que não me era permitido comer a bolacha nem beber o suco roxo. A razão tinha algo a ver com o fato de que eu ainda não era batizado. Em minha cabeça de criança, ser batizado era uma desculpa para “ir nadar” (cerimônia de batismo) durante o culto (algo que eu tinha inveja de ver meu pai pastor fazer). Não entendia por que os adultos podiam ter toda a diversão. Alguns deles não somente podiam “nadar” durante o culto, mas também tinham sua hora para “lanchar”! Tudo isso me parecia muito injusto.

Conforme cresci, minha inveja desapareceu. Mas eu ainda ficava triste por não poder ter essas regalias proibidas. Então, na quinta série, pude fazer as classes batismais e pulei diante da oferta de “ir nadar”. Não tenho certeza se o motivo pelo qual participei das classes era porque eu sabia o que significava ser batizado, ou se eu queria ser como meus amigos, ou se eu queria comer a bolacha e beber o suco violeta. Ainda assim, fiz as classes e fui batizado – para alegria dos meus pais e amigos.

Agora que olho para aqueles anos, não acho que estava pronto para ser batizado naquela ocasião. Não estava pronto para o compromisso que o batismo envolve. Ser batizado significa que você está convidando Jesus para seu coração, que você deseja que Ele o guie, e que tentará colocá-Lo em primeiro lugar em todos os aspectos de sua vida. Não entendi isso completamente quando era criança.
Agora que compreendo melhor o que esse passo monumental significa de verdade, planejo melhorar meu relacionamento com Deus e ser batizado novamente pelas razões corretas, não porque meus amigos são, nem porque eu quero comer bolachas e beber suco roxo, mas porque amo Jesus e O aceitei como meu Salvador.

Mãos à Bíblia

Os adventistas do sétimo dia consideram batismo, lava-pés e Santa Ceia como ordenanças, meios divinamente instituídos para que mostremos nossa obediência e fidelidade a Jesus como Senhor. Eles são formas simbólicas de expressar nossa fé.

1. Existe fundamento bíblico para chamar os atos sagrados de “ordenanças”? Mt 28:19, 20Jo 13:141Co 11:23-26

As ordenanças são símbolos exteriores de nosso reconhecimento do que Cristo fez por nós e da nossa união com Ele, e servem bem ao seu propósito. Elas são um meio para um fim e não um fim em si mesmas. Unicamente a morte de Jesus na cruz foi suficiente para salvar seres tão profundamente caídos como nós.


Nathan Zollman | Smithsburg, Maryland, EUA

Segunda, 26 de novembro
cpb - exposição

O poder de lembrar o que fazemos


“Nem sempre me lembro do que você pregou”, disse uma mulher para seu pastor, no fim do culto de Santa Ceia, certo dia. “Mas”, ela continuou, “sempre me lembro do que você fez.” Essa confissão revela o poder dos rituais e dos ritos. Eles proporcionam à vida espiritual significado e energia. Podem ser momentos de mudança de vida dos quais sempre nos lembraremos.

Toda sociedade e toda religião possuem tais ritos e rituais que ajudam as pessoas a passar de um estágio para o outro. Alguns iniciam o participante num novo lugar na comunidade – “ritos de passagem”. Outros confirmam o lugar permanente de alguém na comunidade. No cristianismo, temos três rituais que Deus nos deu para reforçar Seu amor por nós e nos ajudar a responder com fé: o batismo, o lava-pés e a Santa Ceia.

Batismo (At 2:3841Rm 6:3-8). O batismo é a transição das trevas para a luz – da morte para a vida. Assim como a história tem o período a.C. (antes de Cristo) e o período A.D. (Anno Domini – “Ano do Senhor”, ou d.C., depois de Cristo), o mesmo se dá com cada indivíduo cristão. Existe o tempo anterior à aceitação da presença de Cristo em nossa vida. Estávamos perdidos. Então, quando Cristo nos encontrou, numeramos os anos com base em quanto tempo O estamos servindo. Sendo que o batismo marca essa mudança em nossa vida, seria apropriado celebrar o batismo de alguém como outro nascimento porque somos nascidos de novo (veja João 3:1-21 e 
2 Coríntios 5:17).

Pedro nos fala da maravilhosa mudança que toma lugar no batismo. Em Atos 2:38, ele diz que no batismo temos o perdão dos nossos pecados. Eles são lavados na água. Apesar de que fisicamente a água batismal não parece diferente após o batismo de alguém, tornou-se, na verdade, uma fossa espiritual. Que maravilhoso é saber que são os nossos pecados que estão indo cano abaixo – para sempre, por causa da graça de Deus!

Em Romanos 6:3-8, Paulo compara o batismo à morte, ao enterro e à ressurreição de Jesus. Assim como Jesus morreu, nós também morremos para nossa velha vida de pecado. Além disso, assim como Jesus foi ressuscitado da morte, após o batismo, nós também somos ressuscitados espiritualmente para andar em novidade de vida. Nessa ilustração, Paulo declara que nossa nova vida espiritual é garantida pela morte e ressurreição de Jesus. Tudo isso se trata do que Ele fez e, por meio do batismo, podemos compartilhar Sua vida eterna.

Lava-pés (Lc 22:24-27Jo 13:1-17). Embora o batismo seja uma experiência única para a maioria das pessoas, Jesus também sabia que precisaríamos de uma limpeza contínua dos nossos pecados. Foi por isso que Ele nos instituiu a cerimônia do lava-pés. Na última noite em que esteve com Seus discípulos, eles celebraram a Páscoa. Contudo, alguém estava faltando – o escravo para lavar os pés de cada um deles. Embora cada discípulo tivesse notado que eles poderiam – e deveriam – cumprir a tarefa, nenhum deles achou que pudesse fazê-lo. Por quê? Isso responderia à pergunta que eles estavam discutindo em voz baixa quando Jesus não estava por perto: Quem deles seria o maior? Não estavam desejosos de receber o título de o “maior escravo”.

No entanto, Jesus estava feliz por aceitar esses títulos. Percebendo a situação, Ele Se levantou da mesa e circundou-a lavando os pés de cada homem, mostrando, assim, que o maior entre eles seria o escravo de todos. Esse foi o tema de Sua vida inteira, mas eles não haviam percebido. Ali estava a Sua última oportunidade de lhes mostrar seus pecados de orgulho e inveja. Após terminar de lavar os pés deles, Jesus simplesmente disse: “Vocês estão limpos.” Assim, Ele revelou o propósito purificador do serviço do lava-pés. O mesmo milagre maravilhoso ocorre toda vez que nos ajoelhamos – em Seu lugar – e lavamos os pés de um irmão ou irmã em Cristo. Ele disse que, se Ele, o Mestre, havia lavado os pés deles, também deveríamos lavar os pés uns dos outros. Os adventistas do sétimo dia entendem essas palavras como literais.

A Ceia do Senhor (Mt 26:26-29Jo 6:541Co 11:23-26). Jesus compreendeu o poder do ritual para nos ajudar a relembrar o que nós facilmente esquecemos. Assim, Ele nos deu a Santa Ceia. Jesus disse que, quando comemos o pão, lembramos Seu corpo que foi quebrado por nós. O copo nos lembra Seu sangue que foi derramado como o sangue do cordeiro sacrifical para significar perdão dos pecados. Paulo nos diz que, sem o derramamento do sangue não haveria perdão (Hb 9:22). Celebrar a Santa Ceia nos ajuda a focalizar o terrível, mas maravilhoso sacrifício que Jesus fez na cruz em nosso lugar.

Toda vez que participamos dos símbolos da paixão de Jesus – o pão e o suco de uva – isso nos ajuda a renovar nossa fé e expressar nosso amor por Ele. Oferece-nos a oportunidade de dizer “Sim!”, vez após outra. Jesus nos deu esse serviço especial para juntarmos nossa fé no que Ele já fez com a fé naquilo que Ele ainda fará. Proclamaremos “até que Ele venha”, e quando Ele vier, poderemos nos sentar à mesa com Ele para receber pão e suco de uva de Suas próprias mãos.

Mãos à Bíblia

O Novo Testamento apresenta várias imagens para descrever o que o batismo significa. Primeiro, ele simboliza a união espiritual com Cristo (Rm 6:3-8), envolvendo participação em Seu sofrimento, morte e ressurreição, bem como a renúncia ao estilo de vida anterior. Dessa forma, o batismo está relacionado ao arrependimento e ao perdão dos pecados (At 2:38), ao novo nascimento e ao recebimento do Espírito (1Co 12:13), e, consequentemente, à entrada na igreja (At 2:4147).

2. Que experiência espiritual deve ocorrer antes do batismo? Rm 10:17Lc 3:8

O batismo bíblico requer fé e arrependimento por parte dos participantes. Esses elementos são necessários para que os candidatos produzam “frutos dignos do arrependimento” (Lc 3:8) como prova de seu relacionamento com Cristo.


Franke Zollman | Smithsburg, Maryland, EUA

Terça, 27 de novembro
cpb - testemunho

Um pilar monumental


“O rito do batismo e o da Ceia do Senhor são dois monumentos comemorativos, colocados um fora e outro dentro da igreja. Sobre essas ordenanças, Cristo inscreveu o nome do Deus verdadeiro. Fazendo do batismo o sinal de entrada para Seu reino espiritual, Cristo o estabeleceu como condição positiva à qual têm de atender os que desejam ser reconhecidos como estando sob a jurisdição do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Antes que o homem possa obter abrigo na igreja, antes mesmo de transpor o limiar do reino espiritual de Deus, deve receber a impressão do nome divino – ‘O Senhor Justiça Nossa’ (Jr 23:6).

“O batismo simboliza soleníssima renúncia ao mundo. Os que, ao iniciar a carreira cristã são batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, declaram publicamente que renunciaram ao serviço de Satanás, e se tornaram membros da família real, filhos do Rei celestial. Obedeceram ao preceito que diz: ‘Saiam do meio deles, e separem-se[...] e não toquem em coisas impuras’. Cumpriu-se em relação a eles a promessa divina: ‘E Eu os receberei e lhes serei Pai e vocês serão Meus filhos e Minhas filhas, diz o Senhor Todo-poderoso’ (2Co 6:17, 18).

“Os compromissos que assumimos no ato do batismo são tremendamente amplos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo fomos sepultados com Cristo na semelhança de Sua morte e com Ele ressuscitamos na Sua ressurreição, a fim de andarmos em novidade de vida. Nossa vida está vinculada à de Cristo, e o crente deve se lembrar de que, daí por diante está consagrado a Deus, a Cristo e ao Espírito Santo. Todos os negócios deste mundo entram para segundo plano nesta sua nova posição. Publicamente, confessa não querer continuar mais uma vida de vaidade e satisfação própria. Sua conduta deve deixar de ser descuidosa e indiferente. Contraiu aliança com Deus e está morto para o mundo. Deve viver agora para o Senhor, dedicar-Lhe todas as faculdades de que dispõe, e não se esquecer de que traz o sinal de Deus, de que é súdito do reino de Cristo e participante de Sua natureza divina. Cumpre-lhe entregar a Deus tudo quanto é e possui, usando todos os seus dons para glória de Seu nome” (Ellen White, Conselhos Para a Igreja, p. 295).

Mãos à Bíblia

É difícil imaginar a angústia no coração de Jesus quando Ele, a ponto de enfrentar a cruz, a maior humilhação possível, percebeu o ciúme e a rivalidade entre Seus discípulos, acerca de quem seria o maior no Seu reino.

3. Que verdade fundamental os discípulos precisaram aprender? Lc 22:24-27Mt 18:120:21

Nenhuma palavra que Jesus tivesse dito, na última ceia, poderia transmitir com mais força a verdade do que é a real grandeza aos olhos de Deus, do que o ato de lavar os pés dos que deveriam ter beijado os dEle.

4. O que podemos aprender com o lava-pés, como parte da cerimônia de comunhão? Jo 13:1-17


Andrés Sauceda | Dayton, Ohio, EUA

Quarta, 28 de novembro
cpb - evidência

Olhando para baixo


Nossa cultura não valoriza a humildade. Nenhum programa de reality show na televisão a enfatiza. Nenhuma letra de música a honra. Alguma vez você já viu um pai após um brilhante recital de piano enfatizar: “Agora seja humilde, Johnny?” O único momento em que você pode ouvir isso mencionado é quando algum time vitorioso “humilha” seu oponente.

A falta de simpatia pela humildade era muito comum nos tempos de Jesus e não havia trabalho mais humilhante do que o de lavar os pés. Quando Jesus Se ajoelhou e limpou a sujeira dos pés dos Seus amigos, a parábola que Ele estava vivendo os deixou com os olhos arregalados! Pedro foi o único que teve a ousadia de reagir verbalmente, e a resposta cuidadosa de Jesus removeu a sujeira que estava mais profunda do que o pó nos pés de Pedro.

É normal a frequência ser baixa no culto de Santa Ceia aos sábados. Alguns decidem ficar em casa por causa da programação longa. Outros podem se ausentar porque não querem tomar a comunhão “de forma indigna”, como avisado por Paulo (1Co 11:27). Seria possível que muitos de nós façamos pouco caso porque o lava-pés enfatiza a humildade? E pode ser que não seja com a humildade de Cristo que estejamos lutando tanto quanto com a humildade de Pedro?

Recentemente, nossa classe da Escola Sabatina discutiu sobre humildade e perguntei o que há no serviço de lava-pés que o torna desconfortável. Um estudante universitário respondeu com sinceridade: “Eu preferiria cem vezes lavar os pés de alguém do que deixá-lo lavar os meus!” Sim, a cultura moderna tem grande consideração por aqueles que estão envolvidos em atividades nobres. Participar de uma viagem missionária. Cavar um poço num país de terceiro mundo. Ajudar uma criança de outra etnia a aprender a ler... e receber congratulações. Prostrar-se diante de alguém para lavar os pés dele pode criar em nós uma boa sensação sobre nós mesmos. Podemos olhar para os pés sem unhas feitas e calcanhares rachados de alguém ou ver as sujeirinhas de suas meias boiando na água e nos sentirmos quase orgulhosos. Mas quando há outra pessoa ajoelhada aos nossos pés olhando para nossos calos, nos encolhemos diante da vulnerabilidade e do sentimento de fraqueza. Será que nós, como Pedro, não estamos revestidos de uma arrogância interior que achamos nos proteger da necessidade de uma limpeza mais profunda?

Mãos à Bíblia

5. Qual é o significado evidente de comer o pão e beber o vinho? Por que é importante ver isso em termos de símbolos? Mt 26:26-28

6. Que importante verdade doutrinária sobre a cruz é revelada nos símbolos da Santa Ceia? 1Co 11:24-26

Percebemos claramente o aspecto substitutivo da morte de Cristo. Seu corpo foi quebrado e Seu sangue, derramado por nós. Na cruz, Ele tomou sobre Si o que, por justiça, nos pertencia.


Kandace Zollman | Smithsburg, Maryland, EUA

Quinta, 29 de novembro
cpb - aplicação

Assuma o compromisso


A Bíblia apresenta três rituais: o batismo, o lava-pés e a Ceia do Senhor. Cada um foi designado para nos conectar com a comunidade de crentes e para aumentar nossa fé. “Como podem se tornar uma parte significativa de minha vida?”, você pode se perguntar. Aqui estão três passos que você pode dar para tornar esses rituais uma parte central de sua experiência cristã.

Siga o exemplo de Cristo. Os quatro Evangelhos relatam o batismo de Jesus. Embora João Batista se sentisse indigno, Jesus o encorajou a batizá-Lo para que Ele pudesse “cumprir toda a justiça” (Mt 3:15). Assim que foi batizado, o Espírito, na forma de uma pomba, desceu sobre Ele, mostrando a aprovação de Deus pelo que Jesus havia feito. Depois, pouco antes de Cristo ascender aos Céus, Ele ordenou a Seus seguidores que batizassem as pessoas “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:19). Ele deixou o exemplo para nós; é nosso dever segui-lo.

Humilhe-se. Lavar os pés é o sinal fundamental da humildade. No cenáculo, antes de Cristo ser crucificado, os discípulos relutaram em ocupar o lugar de servo e lavar os pés uns dos outros. Mesmo assim, o Mestre Se ajoelhou e executou a tarefa que nenhum deles desejava realizar. De idêntica maneira, precisamos nos humilhar, não apenas quando participamos do lava-pés, mas em todos os aspectos de nossa vida, assim como Cristo fez.

Lembre-se. Quando Jesus partilhou o pão e a taça na última ceia, Ele instruiu Seus discípulos, dizendo: “Façam isto em memória de Mim” (Lc 22:19). Cada vez que participamos na Ceia do Senhor, precisamos pensar no belo presente que Deus nos deu quando Ele morreu: o dom da vida eterna com Ele! Nós também podemos experimentar uma nova e maravilhosa unidade com Ele agora. Conforme refletimos nesse presente, ele muda nossa aparência completa e nossa maneira de encarar a vida.

Cristo não fez esses rituais sem pensar. Ele meditou cuidadosamente em cada um, sabendo que nos chamaria para seguir Seu exemplo. Ao participarmos em cada um deles, nossa fé se torna mais forte. Ao nos envolvermos nessas atividades, elas enriquecem nossa fé e nos ajudam a conhecer mais intimamente nosso Salvador.

Mãos à Bíblia

7. Que grande esperança é apresentada na cerimônia da Santa Ceia? 1Co 11:26

Há uma íntima ligação entre a segunda vinda de Cristo e a cerimônia da comunhão. A segunda vinda de Jesus será o ponto culminante do que aconteceu na cruz. A primeira vinda foi o que preparou o caminho para a segunda vinda.

8. Que benefício haveria na primeira vinda de Cristo sem a segunda vinda?

9. Que promessa especial deve ser lembrada quando participamos da Santa Ceia? Mt 26:29

Jesus nos prometeu que não beberia do fruto da videira até que o bebesse, novamente, conosco no reino eterno. Essa declaração aponta para a grande esperança reservada para nós, na segunda vinda de Jesus.


Allison Sauceda | Dayton, Ohio, EUA

Sexta, 30 de novembro
cpb - opinião

Pertenço para sempre a Cristo!


Fui batizado pela primeira vez quando tinha 11 anos. Lembro-me de ter saído da água sentindo-me como uma nova pessoa. Contudo, conforme cresci, tornei-me complacente em minha fé. Afastei-me da vontade de Cristo. Após alguns anos particularmente difíceis, finalmente iniciei um relacionamento autêntico com Ele. Tantas coisas aconteceram e me senti como se fosse um bebê espiritual começando tudo de novo. Sim, eu sabia que Jesus me amara durante aqueles tempos difíceis, mas porque me sentia tão “nova”, decidi que queria ser rebatizada. Alguns amigos me procuraram, preocupados, porque sabiam que eu havia sido batizada quando era mais jovem. Não compreendiam por que eu queria ser batizada novamente. Encorajaram-me a me aprofundar no estudo das Escrituras e sondar meu coração – na tentativa de averiguar se isso era algo que eu deveria fazer.

A Bíblia não dá uma posição clara sobre o rebatismo. Algumas igrejas podem olhar para ele atravessadamente, enquanto outras podem encorajar sua realização. Até mesmo podem existir opiniões diferentes entre os pastores. Contudo, ao estudar, passei a acreditar que o assunto não é se o rebatismo é certo ou errado, mas se a pessoa entregou sua vida a Cristo. Só porque você foi batizado quando jovem e não cresceu na comunhão com Ele desde então, não significa necessariamente que você não está mais coberto pelo sangue de Jesus. A linda verdade sobre o dom da salvação é que ela está ali todo o tempo – não importa o que aconteça! Não temos que ser rebatizados para reivindicá-la!

Após muita reflexão e depois de discutir com amigos e familiares, decidi que não precisava ser rebatizada, mas também não haveria problema se o houvesse feito. Eu havia dado minha vida a Jesus quando tinha 11 anos, e agora que era mais velha, entendi que precisava fazer a escolha de dar minha vida para Ele a cada dia. Todo dia envolve ações e escolhas, e precisamos deixar Jesus tomar conta delas. Fazendo isso, sou uma testemunha melhor e sou capaz de mostrar a todos com quem entro em contato que pertenço a Jesus para sempre.

Mãos à obra

– Escute o hino “Tal qual estou” e reflita na resposta que Deus deseja de nós.
– Escreva uma carta para Jesus da perspectiva de um dos discípulos, sabendo o que você sabe agora, de antemão. Reflita especificamente na experiência no cenáculo, de Jesus lavando os pés dos discípulos e a última ceia juntos. Com o que a experiência se parece? O que você sente e como lhe soa?
– Analise as diferentes formas de realização dos rituais do batismo e da Santa Ceia em diversas tradições religiosas e identifique o que é especial na maneira pela qual sua igreja pratica esses rituais.
– Formule três perguntas que você tem para Deus relacionadas a esses três rituais.


Pense nisto

– Alguma vez você já perdeu seu “primeiro amor” por Jesus? Como foi?
– Em alguma ocasião já sentiu o desejo de ser rebatizado? Por quê?
– Um amigo lhe diz que deseja ser rebatizado. Como você reage?


Denise Sanders | Washington, D.C., EUA

"Rituais e cerimônias da igreja" - Lição 9 (adultos) 24 de nov á 01 de dez


Lição 9
24 de novembro a 1º de dezembro



Rituais e cerimônias da igreja





Sábado à tarde
Ano Bíblico: 1Co 11–13

VERSO PARA MEMORIZAR: “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2:38).

Pensamento-chave: Deus instituiu ordenanças que, adequadamente compreendidas, ajudam a fortalecer nossa fé.

Muitas sociedades têm rituais de iniciação, às vezes chamados “ritos de passagem”. Em algumas culturas, ritos de passagem foram planejados para ajudar as pessoas a fazer a transição de uma fase da vida para outra. Por exemplo, os ritos da chegada à vida adulta eram realizados no início da puberdade. Esses ritos variavam de lugar para lugar, mas todos tinham o objetivo de assegurar que os membros mais jovens fossem moldados para ser indivíduos produtivos e responsáveis, orientados para a comunidade. No processo, meninos e meninas aprendiam as maneiras da vida adulta, isto é, eram orientados sobre o que era esperado deles como membros adultos da sociedade.

Na comunidade cristã, também há ritos específicos, atos que formalizam o compromisso dos indivíduos com a fé que professam. Esses atos sagrados não apenas confirmam a participação e a comunhão da pessoa na comunidade, mas, idealmente, ajudam a preparar os indivíduos para que se tornem fiéis e produtivos membros dessa comunidade. Eles também são o meio de ajudar os membros a entender o que seu compromisso com Cristo deve implicar. Nesta semana, consideraremos três ritos que expressam nossa fé: batismo, lava-pés e santa ceia.

Domingo
Ano Bíblico: 1Co 14–16


Especificando os ritos sagrados


Durante as primeiras fases da igreja cristã, os crentes do Ocidente, onde o grego era a língua comum, usavam a palavra mysterion (mistério), para descrever os sagrados ritos cristãos. Na parte oriental da igreja, onde predominava o latim, o termo utilizado era sacramento (do latim “sacramentum”). O sacramentum era um juramento feito por um soldado romano, declarando sua obediência à ordem do comandante. Os que empregavam essa palavra sentiam que ela descrevia com precisão a natureza dos ritos sagrados. Com o tempo, porém, a ideia passou a representar um ato com um poder invisível inerente. A igreja da Idade Média identificou sete desses atos, chamados “sacramentos”, que eram vistos como meio de infundir graça na pessoa.

Durante a Reforma, os sacramentos foram examinados e criticados. Na mente de muitos, o termo sacramento pareceu manchado. Consideraram conveniente utilizar um termo diferente: ordenança. A palavra ordenança vem do verbo “ordenar”. Ela identifica um ato especial que o próprio Cristo instituiu ou ordenou. Preferir o termo ordenança a sacramento significa que a pessoa participa dos atos porque eles são os meios divinamente ordenados para que mostremos nossa obediência e fidelidade a Jesus como Senhor. Os adventistas do sétimo dia consideram o batismo, o lava-pés e a santa ceia como ordenanças – atos que revelam nossa lealdade a Cristo. Eles são formas simbólicas de expressar nossa fé.

1. Existe fundamento bíblico para chamar os atos sagrados de “ordenanças”? Mt 28:19, 20Jo 13:141Co 11:23-26
Por mais importantes que consideremos as “ordenanças”, devemos sempre lembrar que elas não são condutos de graça nem meios pelos quais obtemos a salvação ou alcançamos méritos diante de Deus. O pecado é um assunto muito sério para que rituais, mesmo aqueles instituídos por Cristo, sejam capazes de nos redimir. Unicamente a morte de Jesus na cruz foi suficiente para salvar seres tão profundamente caídos como nós. Pela nossa maneira de entendê-las, as ordenanças são símbolos exteriores de nosso reconhecimento do que Cristo fez por nós, da nossa união com Ele e de tudo o que essa união implica. Elas servem bem ao seu propósito. São um meio para um fim e não um fim em si mesmas.

Segunda
Ano Bíblico: 2Co 1–4

Batismo


O Novo Testamento usa várias imagens para descrever o significado do batismo. Primeiro, ele simboliza a união espiritual com Cristo (Rm 6:3-8), envolvendo participação em Seu sofrimento, morte e ressurreição, bem como a renúncia ao estilo de vida anterior. Dessa forma, o batismo está relacionado ao arrependimento e perdão dos pecados (At 2:38), ao novo nascimento e recebimento do Espírito (1Co 12:13), e, consequentemente, à entrada na igreja (At 2:4147).

O batismo simboliza um relacionamento espiritual e de aliança com Deus, por meio de Cristo (Cl 2:11, 12). Representa o que a circuncisão significou no Antigo Testamento e, também, simboliza a transferência de lealdade, que coloca a pessoa na comunidade consagrada ao serviço de Cristo. O recebimento do Espírito no batismo capacita os crentes a servir à igreja e a trabalhar pela salvação dos que ainda não são da fé (At 1:58).

2. Que experiência espiritual deve ocorrer antes do batismo? Rm 10:17Lc 3:8

Alguns anos atrás, a Comissão Conjunta da Igreja Anglicana Sobre Batismo, Confirmação e Santa Comunhão fez uma confissão impressionante: “Os recebedores do batismo eram normalmente adultos e não crianças. Deve ser admitido que não há evidência conclusiva no Novo Testamento para o batismo de crianças” (Baptism and Confirmation Today [Batismo e Confirmação Hoje], Londres, SCM, 1955, p. 34; citado por Millard J. Erickson, Christian Theology [Teologia Cristã], Michigan, Baker Book House, 1988, p. 1102). O significado do batismo exclui crianças como candidatos legítimos, porque o batismo bíblico requer fé e arrependimento por parte dos participantes. Além disso, a ideia do papel da Palavra de Deus no desenvolvimento da fé (Rm 10:17) indica que o arrependimento deve ser combinado com instrução bíblica e espiritual. Esses elementos são necessários para que os candidatos produzam “frutos dignos do arrependimento” (Lc 3:8) como prova de seu relacionamento com Cristo.

A natureza do batismo nos ajuda a entender a diferença entre uma ordenança e um sacramento. Batismo, de acordo com os que o veem como sacramento, é o meio para gerar uma transformação na pessoa, da morte espiritual para a vida. Nessa compreensão, a idade da pessoa não importa, porque o evento é totalmente sobrenatural. Por outro lado, os que veem o batismo como ordenança entendem que ele é uma indicação ou símbolo de uma mudança interna (um evento sobrenatural), que já ocorreu na vida do crente por meio de sua experiência com Jesus.

Se você foi batizado, pense nessa experiência. Quando você entende o que isso significa, por que (em certo sentido) precisamos ser “batizados” todos os dias? Como isso pode ser feito?

Terça
Ano Bíblico: 2Co 5–7


Ordenança da humildade


É difícil imaginar a angústia no coração de Jesus, quando Ele, a ponto de enfrentar a cruz, a maior humilhação possível, viu entre Seus discípulos, ciúme e rivalidade acerca de quem seria o maior no Seu reino.

3. Que verdade fundamental os discípulos precisaram aprender? Lc 22:24-27Mt 18:120:21
Nosso mundo é tão distorcido e pervertido pelo pecado, que tudo está invertido, por mais “racional” e “sensata” que pareça essa inversão. Quem, em sã consciência, preferiria servir em lugar de ser servido? O objetivo da vida não é progredir, ficar rico, ser servido e atendido pelos outros, em vez de servir? Não é de admirar que, na última ceia, Jesus lavou os pés dos discípulos. Nenhuma palavra que Ele tivesse dito poderia transmitir com mais força a verdade sobre o que é a real grandeza aos olhos de Deus, do que o ato de lavar os pés dos que deveriam ter beijado os dEle.

4. O que podemos aprender com o lava-pés, como parte da cerimônia de comunhão? Jo 13:1-17
Uma verdade muito surpreendente ressoa através desses versos. O verso 3 diz que Jesus sabia que o Pai havia confiado tudo “às Suas mãos”. O que aconteceu depois? Sim, Jesus, sabendo muito bem que “viera de Deus, e voltava para Deus, levantou-Se da ceia” e começou “a lavar os pés aos discípulos” (v. 5). Mesmo sem saber totalmente quem Jesus realmente era, eles ficaram muito surpresos. Como poderiam eles ter deixado de perceber essa lição?

O que significa o fato de que a cerimônia do lava-pés ocorreu antes da santa ceia? Antes de reivindicar para nós tudo o que Cristo fez, é importante participar da ceia do Senhor com um senso da nossa pequenez, indignidade e necessidade da graça divina. De que pessoa você deveria lavar os pés? Isso poderia lhe trazer muitos benefícios espirituais?

Quarta
Ano Bíblico: 2Co 8–10

Ceia do Senhor


5. Qual é o significado evidente de comer o pão e beber o vinho? Por que é importante ver isso em termos de símbolos?Mt 26:26-28

A Ceia do Senhor substitui a festa da Páscoa da era da antiga aliança. A Páscoa encontrou seu cumprimento quando Cristo, o Cordeiro Pascal, deu Sua vida. Antes de Sua morte, o próprio Cristo instituiu a substituição dela, estabelecendo a grande festa da igreja do Novo Testamento sob a nova aliança. Assim como a Páscoa comemorava a libertação de Israel da escravidão do Egito, a Ceia do Senhor comemora a libertação do Egito espiritual, da escravidão do pecado.

O sangue do cordeiro pascal, aplicado à verga da porta e às ombreiras, protegia da morte os habitantes da casa. O alimento que sua carne provia lhes dava a força para escapar do Egito (Êx 12:3-8). Assim, o sacrifício de Cristo traz libertação da morte. Os crentes são salvos pela participação em Seu corpo e sangue (Jo 6:54). A Ceia do Senhor proclama que a morte de Cristo na cruz provê nossa salvação, nosso perdão, e nos promete a vitória sobre o pecado.

6. Que importante verdade doutrinária sobre a cruz é revelada nos símbolos da Santa Ceia? 1Co 11:24-26
Percebemos claramente o aspecto substitutivo da morte de Cristo. Seu corpo foi quebrado e Seu sangue derramado por nós. Na cruz Ele tomou sobre Si o que, por justiça, nos pertencia. Cada vez que participamos da Ceia do Senhor, devemos lembrar o que Cristo realizou em nosso favor.

Quando acrescentamos à Ceia do Senhor o lava-pés, que ajuda a preparar nosso coração antes de participar da cerimônia de comunhão, devemos também ter uma noção da natureza comunitária dessa ordenança. Com a cruz simbolizada de modo tão vívido, ao participarmos do pão e do vinho, somos lembrados de que, sejam quais forem as coisas terrenas que nos dividem, somos todos pecadores em constante necessidade de graça. A cerimônia de comunhão deve nos ajudar a perceber nossas obrigações, não só para com o Senhor, mas também de uns para com os outros.

Quinta
Ano Bíblico: 2Co 11–13


Esperança da segunda vinda de Cristo


7. Que grande esperança é apresentada na cerimônia da Santa Ceia? 1Co 11:26

Nessas palavras, vemos a íntima ligação entre a segunda vinda de Cristo e a cerimônia da comunhão. Isso faz muito sentido, também, porque a segunda vinda de Jesus será, realmente, o ponto culminante do que aconteceu na cruz. Podemos argumentar que a maior razão para a primeira vinda de Cristo, que incluía o sacrifício de Seu corpo e o derramamento de Seu sangue em nosso favor, foi a segunda vinda. A primeira vinda foi o que preparou o caminho para a segunda vinda.

8. Que benefício haveria na primeira vinda de Cristo sem a segunda vinda?

Em certo sentido, a cerimônia da comunhão abrange o intervalo entre o Calvário e a segunda vinda de Cristo. Cada vez que participamos da comunhão, pensamos na cruz e no que ela realizou por nós. No entanto, o que ela realizou por nós não pode ser separado da segunda vinda. Na verdade, o que Jesus fez por nós na cruz não atingirá seu ápice final até a Sua volta.

9. Que promessa especial deve ser lembrada quando participamos da Santa Ceia? Mt 26:29
Considere a promessa, certeza e esperança que o Senhor nos dá nesse texto. Essas palavras indicam a proximidade e intimidade entre os redimidos e o Redentor, que se estenderão pela eternidade. Jesus nos prometeu que não beberá desse fruto da videira até que o beba, novamente, conosco no reino eterno. Quando lembramos quem Ele é, o Criador do Universo (Cl 1:16), essa promessa é ainda mais impressionante. Assim, além de tudo que é indicado pela cerimônia da comunhão, ela também deve apontar para a grande esperança reservada para nós, na segunda vinda de Jesus.

Desanimado? Oprimido? Bem-vindo ao mundo caído. Por que, em meio a tudo o que enfrentamos, é tão importante olhar para a cruz, seu significado para nós, e para o que ela significa para o futuro?

Sexta
Ano Bíblico: Gl 1–3

Estudo adicional


Leia da Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Nisto Cremos: capítulos 15–18.

“O batismo é um rito muito importante e sagrado. Importa compreender bem seu sentido. Simboliza arrependimento do pecado e começo de uma vida nova em Cristo Jesus. Não deve haver nenhuma precipitação na administração desse rito. Pais e filhos devem avaliar os compromissos que por ele assumem” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 93).

“A Páscoa apontava para a libertação dos filhos de Israel no passado, e também era um tipo, apontando para o futuro Cristo, o Cordeiro de Deus, que seria imolado para a redenção do homem caído. O sangue aspergido nos batentes das portas prefigurava o sangue expiatório de Cristo, e também o fato de que o pecador dependeria continuamente dos méritos desse sangue para a proteção contra o poder de Satanás, e para a redenção final” (Ellen G. White, The Spirit of Prophecy [O Espírito de Profecia], v. 1, p. 201).

Perguntas para reflexão
1. Leia 1 Pedro 3:20, 21. Que analogia Pedro usou para ajudar a explicar o significado do batismo?
2. Os cristãos primitivos foram acusados de muitas coisas de que não eram culpados, incluindo canibalismo. Uma das razões foram os seguintes versos: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Pois a Minha carne é verdadeira comida, e o Meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue permanece em Mim, e Eu, nele” (Jo 6:53-56). O que Jesus ensinou com essas palavras? Por que é tão importante entender o significado espiritual de textos como esse?

Respostas sugestivas: 1. O batismo, o lava-pés e a santa ceia foram ordenados por Jesus. 2. A experiência da fé produzida pela Palavra de Deus; mostrar frutos do arrependimento. 3. O maior no reino de Deus deve ser como o menor, e o que dirige como o que serve; não devemos desejar ser servidos, mas servir. 4. Pedro não entendeu o ato de humilhação de Jesus; não entendemos a humilhação do Filho de Deus, ao deixar a glória para nos salvar; mas quando somos purificados, seguimos o exemplo de Cristo, e nos humilhamos. O ato de Cristo foi motivado por amor e pelo senso de missão; Ele sabia que a humilhação era o caminho para a presença do Pai; mesmo sendo purificados do pecado, acumulamos impurezas ao longo do caminho, e Jesus nos purifica novamente; para isso, precisamos permitir que Ele nos lave. 5. Significa alimentar o coração com a Palavra de Deus, recebendo a salvação assegurada pelo Seu corpo e pelo Seu sangue, o que nos leva a uma vida de oração e testemunho, na qual Cristo habita. 6. Na cruz, o corpo de Cristo foi partido em lugar do nosso; Seu sangue foi derramado em lugar do nosso e representa uma aliança de salvação; quando realizamos a cerimônia, relembramos Seu sacrifício no passado e Suas promessas para o futuro. 7. A esperança da volta de Jesus. 8. Nenhum benefício, porque nossa fé e esperança não teriam recompensa. 9. Jesus oferecerá uma ceia, um banquete especial no reino de Seu Pai, a todos os Seus seguidores.

Inspiração Juvenil - Novembro 2012

Inspiração Juvenil - novembro 2012


1º de janeiro domingo


O Novo Amigo de César

O homem que tem muitos amigos pode congratular-se. Provérbios 18:24 (ARC)


César olhava pela janela enquanto seu amigo Leandro estudava ali por perto. Seu olhar dirigiu-se para o estacionamento, onde alguém acabava de sair de um carro.


– Ai, não! – resmungou César. – Não quero passar perto dele!

Leandro olhou para fora e viu que um dos professores de César estava atravessando o estacionamento.

– Por que não? – perguntou Leandro.

– Ele não gosta de mim. No último trimestre do ano passado, ficou furioso por uma coisa que eu disse na aula.

– Mesmo? – Leandro deu uma risadinha. – Talvez ele pense que você não gosta dele, e por isso não está sendo amistoso. As pessoas em geral gostam de quem gosta delas. Por que você não desce e vai lá falar com ele?

– Tá brincando?

– Claro que não! Vá e tente!

“Talvez Leandro saiba o que está dizendo”, pensou César. “Afinal de contas, ele é um dos garotos mais populares da escola.”

– Acho que vou tentar, sim! – disse César, dando um sorrisinho nervoso. – Vamos ver se você tem razão.

César sentiu-se um tanto sem graça enquanto atravessava o estacionamento para alcançar o professor. E se o professor o ignorasse ou fizesse algum comentário acerca do seu comportamento no ano anterior?

– Olá, professor! – disse César. – Como foram suas férias de verão?

– Oi, César! Que bom vê-lo por aqui! – disse o professor com um sorriso. – Foram ótimas! E as suas férias, como foram?

César ajustou-se às passadas do professor enquanto caminhavam pelas ensolaradas alamedas da escola. César sentiu um calorzinho por dentro. Era aceito. Havia acabado de fazer uma nova amizade!

– Funciona mesmo! – confessou ele mais tarde para Leandro.

– Claro que funciona! – concordou Leandro. – As pessoas não estão julgando você quando o encontram. Estão é preocupadas com o julgamento que você está fazendo delas! As pessoas precisam entrar em contato uma com as outras. Querem amizades. Se tomamos a iniciativa, elas quase sempre corresponderão à nossa afabilidade. Tenha interesse pelas pessoas, e elas se interessarão por você. Aquilo que você dá é o que você recebe.





2 de janeiro segunda

Convidando Tony

Não se esqueçam de ser bondosos com os estranhos. Hebreus 13:2 (A Bíblia Viva)

– Você convidou o Tony para sua festa de aniversário? – perguntou mamãe a Patrícia na hora do desjejum.

– Ah, mãe, não quero convidar o Tony! – exclamou Patrícia. – Ele é estranho e não conversa com ninguém!

– Simplesmente é tímido – contrariou a mãe. – Você também seria, se, como ele, tivesse vindo de outro país e não conhecesse ninguém. Já li que 80% das pessoas ficam tímidas quando enfrentam situações novas.

– Mamãe, preciso mesmo convidá-lo?

– Não, você não precisa, mas acho que deveria dar-lhe uma oportunidade. Você bem poderia estar fazendo uma nova amizade!

Patrícia pensou nessas palavras o dia inteiro. Por fim, preparou o convite para Tony. “Provavelmente ele nem venha mesmo”, pensou ela.

Acontece que Tony foi um dos primeiros a chegar para a festinha de Patrícia. Ele sorriu enquanto lhe entregava um presente enfeitado com um grande laço vermelho. Pouco depois, Tony se alegrou ainda mais, quando Patrícia abriu o pacote e viu a delicada blusa lá dentro.

– Foi minha mãe quem a fez! – disse Tony.

O cartão que vinha junto com o presente dizia: Buon Cumpleano!

– Quer dizer “Feliz Aniversário” em italiano – explicou Tony.

– E como é que se diz “muito obrigada” em sua língua? – perguntou Patrícia.


– Grazie.

– Grazie! – repetiu Patrícia, segurando o presente. – Grazie!

– Ensine mais algumas palavras para a gente! – pediu uma das meninas. – Como se diz “bom-dia”?

– Buon giorno – respondeu Tony.

As crianças se divertiram bastante aprendendo palavras em italiano, enquanto comiam bolo com sorvete.

– Alguém sugere um jogo ou brincadeira? – perguntou Patrícia, quando acabaram os doces e salgadinhos.

– Aprendi alguns jogos na Itália – sugeriu Tony.

– Queremos aprender! – Os amigos de Patrícia reuniram-se em volta dele. – Vai ser divertido, Tony. Ensine alguns para nós.

Naquela noite, enquanto ajudava sua mãe a limpar a sala, depois da festa, Patrícia confessou:

– Foi bom mesmo ter convidado Tony para minha festa. Ele pode ser tímido, mas é muito divertido!






3 de janeiro terça

O Medo de Rosalynn

Porque estava nu, tive medo, e me escondi. Gênesis 3:10


Por que às vezes é tão difícil fazer amizade? Podemos encontrar uma resposta na história de Adão e Eva. Deus veio à procura deles, querendo ser Seu amigo. Mas eles fugiram e se esconderam porque estavam envergonhados e com medo daquilo que Ele diria.

Desde aquela época, as pessoas passaram a esconder-se. Nós nos escondemos não apenas de Deus, mas uns dos outros. Temos medo de rejeição. Pensamos: “E se ele não gostar de mim? E se ela não quiser ser minha amiga?” Ser rejeitado dói, e assim nos escondemos para evitar a dor.

Rosalynn Smith era como a maioria das pessoas. Queria ser aceita. Fazia o seu melhor para ter certeza de que era o tipo de garota que os outros escolheriam como amiga.

Sua casa ficava a apenas dois quarteirões da escola. Todos os dias, ela passava pela oficina de seu pai para almoçar em casa.

Um dia, enquanto ela passava pela frente da oficina, ele a chamou:

– Rosalynn, aonde você está indo?

– Almoçar em casa – respondeu Rosalynn.

O Sr. Smith deu uma risadinha. Largou as ferramentas e riu mais alto.

– Qual foi a graça? – perguntou ela.

– Ainda não é hora de almoço – disse ele, olhando para o relógio. – É hora do recreio!

Rosalynn desatou em prantos.

– Sou tão boba! Agora todo mundo vai rir de mim! Estou com tanta vergonha! Vou para casa.

– Não seja tonta! – disse o pai dela. – Qual é o problema se derem risada? Você vai voltar já para a escola, onde deveria estar a esta hora.

– Por favor, papai, não!

Mas o Sr. Smith foi firme, e Rosalynn voltou para a escola, onde todos riram dela mais uma vez. Rosalynn sentiu-se humilhada e teve certeza de que nunca mais teria uma amiga, enquanto vivesse.

Agora que Rosalynn é adulta e se tornou Rosalynn Carter, esposa do ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, ela sabe que seus temores eram infundados. Seus amigos gostaram da brincadeira, mas ainda assim eram seus amigos.







4 de janeiro quarta

A Paciência de George

Quando o caminho é áspero, a perseverança de vocês tem uma oportunidade de crescer. Tiago 1:3 (A Bíblia Viva)


– Volte para a África! – George Haley fingiu não ter ouvido nada. Caminhava rapidamente pelos corredores cheios de estudantes brancos. Podia sentir o ódio deles, e isso doía muito.

George, um dos primeiros alunos negros matriculados em escola de brancos, nos Estados Unidos, fora aceito pelos professores, mas não pelos estudantes! Mandavam-lhe bilhetes desaforados. Deixavam-no constrangido. Recusavam-se a sentar perto dele.

Certo dia, numa esquina, um carro cheio de estudantes tentou atropelá-lo. George desviou-se com um salto, caindo com o rosto na sarjeta. Acima do ruído do carro, ele ouviu: “Ei, elo perdido, por que não caminha com as quatro patas?”

Era o ano de 1949, e George havia decidido frequentar aquela escola porque queria ajudar a derrubar o muro do preconceito entre brancos e negros. Queria ser amigo dos alunos brancos, mas estes não o aceitavam. Finalmente, George escreveu para seu pai, contando-lhe as frustrações que sentia.

Seu pai respondeu: “Eles agem dessa maneira por causa do medo. Seja paciente com eles. Dê-lhes a oportunidade de conhecerem você.”

Foi difícil ser paciente, mas George continuou tentando. As coisas melhoraram no segundo ano. Mas foi somente no terceiro ano que ele reuniu coragem para ir ao refeitório da escola.

Ao aproximar-se da mesa, alguém esbarrou nele, fazendo voar sua bandeja. Parecia que todos estavam rindo enquanto ele recolhia a refeição espalhada.

Mas houve um que não riu. Miller Williams aproximou-­se dele.

– Eu gostaria de almoçar com você – disse ele, sorrindo. – O que acontece aqui não está certo, e vou ficar do seu lado.

Aquele foi o ponto decisivo na vida de George Haley. Miller apresentou seus amigos a George. Começaram a perceber que o preconceito os havia impedido de conhecer um rapaz verdadeiramente bom. Em pouco tempo, George viu-se rodeado de amigos. Durante seu último ano acadêmico, foi escolhido como redator do jornal da escola.






5 de janeiro quinta

Os Amigos não Têm Medo

O perfeito amor lança fora o medo. 1 João 4:18


Don Bartlett não podia evitar que as pessoas tivessem medo dele. Nascera com apenas a metade do nariz, não tinha o lábio superior e ainda possuía o céu da boca partido. Ninguém conseguia entender o que ele falava. Além disso, era índio e nascera numa família que não tinha dinheiro para ajudá-lo.

Seus colegas de escola demonstravam medo, recusando-se a brincar com ele no recreio. Procuravam afastá-lo com insultos: “Nariz chato, nariz chato, você não sabe falar!” ou então “Índio malcheiroso” ou “Pato Donald, diga quac, quac”.

Os professores também pareciam temê-lo. Um dia, ele ouviu um professor dizer:

– Por que o diretor o colocou justamente na minha sala?

– Também não o quero na minha! – respondeu outro.

“Eu anelava por alguém que fosse meu amigo, me aceitasse, me amasse e me ajudasse a aprender a falar!” dizia Don acerca do seu tempo de infância.

Então, um dia, uma senhora culta, que morava numa bela casa, mandou chamá-lo.

– Quero que você lave meu carro – disse ela com um sorriso que revelava receptividade.

Don ficou ali parado, sem fala, e sem saber o que fazer. “Eu nunca tinha feito aquilo”, conta ele. “Nem mesmo sabia que saía água de uma torneira.”

A senhora entendeu. Ela tomou Don gentilmente pela mão e levou-o até à torneira, mostrando-lhe como fazer. Mais uma vez, colocou a mão sobre a dele e lhe mostrou como lavar o carro.

“Não sei descrever exatamente o que senti quando ela me tocou a mão”, diz Don. “Ela me aceitava. Entrou em minha vida solitária.”

A nova amiga de Don continuou a ajudá-lo. Ensinou-o a falar. Quando necessário, colocava os dedos dela na boca de Don para mostrar-lhe como mexer a língua. Devido ao incentivo que ela lhe dava, Don continuou os estudos. Concluiu o curso universitário com o título de Doutor em Filosofia. Acabou tornando-se um conhecido orador, na área das necessidades dos deficientes.

Onde quer que se apresente, Don Bartlett conta da senhora que não teve medo de aceitá-lo, a despeito de sua deficiência.






6 de janeiro sexta

Jesus nos Aceita

O que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora. João 6:37


Wendy encontrava-se num ginásio de Londres, ouvindo Billy Graham falar acerca de seu melhor amigo, Jesus.

“Jesus nunca irá lançá-lo fora, não importa o que tenha feito”, dizia o Pastor Graham. “Ele é um Amigo que jamais nos rejeita. Ele nos aceita assim como somos. Você não quer vir a Ele hoje?”

Wendy achava difícil acreditar que Jesus a aceitaria realmente depois de todas as coisas más que ela havia feito. Ruth Graham, a esposa do evangelista, procurava ajudá-la. Certa noite, antes da reunião, Ruth disse a Wendy: “Algum dia você vai encontrar uma dificuldade em sua vida. Você vai ter que escolher se voltará para as drogas ou então irá se comprometer Cristo.”

Vários dias mais tarde, Ruth estava sentada no ginásio quando alguém lhe entregou um bilhete de Wendy. “Estou envolvida com as drogas de novo”, dizia a nota. “Venha ajudar-me.”

Ruth levantou-se e saiu à procura de Wendy. Encontrou-a com outra garota perto da entrada do ginásio.

– A melhor amiga de Wendy morreu hoje à tarde por causa de uma overdose – explicou a garota. – Ela está muito abalada.

– Wendy, Wendy! – Ruth pôs o braço nos ombros da garota drogada, mas não houve reação. Então abriu a bolsa procurando um papel onde pudesse escrever um bilhetinho. Tudo o que encontrou foi um pacote de lenços de papel. Ela tirou a embalagem de papelão e escreveu rapidamente: “Deus me ama. Jesus morreu por mim. Não importa o que eu tenha feito, se me confessar a Ele, Ele me perdoará.”

Enfiou o papelão no bolso de Wendy e pediu que um dos voluntários da campanha evangelística levasse a menina para casa.

Um ano mais tarde, Ruth Graham estava em Londres novamente. Uma senhorita cumprimentou-a.

– Sou Wendy – disse a moça. – Lembra-se do bilhete que colocou no meu bolso? Pois eu li aquilo repetidas vezes. Foi a minha ligação com Deus. Aceitei Jesus como meu Amigo e Ele tem feito toda a diferença!






7 de janeiro sábado

Jeanne Era Diferente

Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos. Romanos 10:12


Todos ficaram olhando enquanto Jeanne Wakatsuki entrava na sala do sétimo ano. Jeanne sorriu. “Espero que gostem de mim”, pensou ela, enquanto olhava timidamente em torno da sala.

Ninguém sorriu para ela. Ninguém conversou com ela durante o recreio. Ficou sozinha, esperando que alguém a convidasse para fazer parte de algum grupo. Ninguém a convidou. “Por que será que ninguém conversa comigo?” pensou ela. Naquela tarde, Jeanne descobriu por quê.

Aconteceu durante a hora de leitura.

– Por favor, leia a página seguinte, Jeanne – disse a professora.

Todos se viraram para olhar enquanto ela lia. Jeanne leu claramente, sem cometer erros.

Nadine, a menina que sentava na frente de Jeanne, virou-­se e cochichou:

– Eu não sabia que você falava inglês!

Jeanne sorriu também, mas lá no íntimo começou a entender o que era ser a única japonesa na classe. Sentiu-se rejeitada, desprezada.

Não era bom ser vista como estrangeira, alguém diferente, alguém que não tinha a ver com aquele grupo.

Jeanne decidiu esforçar-se ainda mais para ser aceita. Tornou-se ótima aluna e uma estrela no atletismo. Colaborava com o jornal e o anuário da escola. Era bondosa, prestativa e amiga para com todos.

Nadine, sua melhor amiga, pertencia ao clube das escoteiras. “Como eu queria que Nadine me convidasse para o clube também!” pensava Jeanne. Mas Nadine jamais a convidou. Assim, Jeanne decidiu puxar o assunto.

– Eu gostaria de fazer parte do clube de escoteiras – disse ela. – Será que posso?

O rosto amigo de Nadine enrugou-se.

– Não sei. Mas vamos descobrir. Minha mãe é diretora-­associada.

No dia seguinte, ela relatou:

– Jeanne, minha mãe disse que não. Sinto muito.

– Tudo bem – respondeu Jeanne com um sorriso. Mas lá dentro ela se sentia zangada e magoada. Havia pensado que Nadine era sua amiga. Por que as pessoas precisavam afastá-la, só porque era de uma etnia, nacionalidade e cultura diferentes?





8 de janeiro domingo

O Vestido Lilás de Márcia

O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração. 1 Samuel 16:7


Márcia observava enquanto sua avó costurava os babados na barra do vestido de tafetá lilás. Estava encantada com a aparência lustrosa do tecido e com o ruído que ele produzia.

– Quem dera que fosse novo! – suspirou a avó. – Cortei um dos meus vestidos velhos para fazê-lo.

– Mas é lindo! – exclamou Márcia. – Vou parecer uma estrela de cinema no domingo!

– A roupa não é tudo! – admoestou vovó. – É melhor você estudar sua parte para o programa!

Mas durante alguns dias, tudo o que ocupava o pensamento de Márcia era o maravilhoso vestido lilás com os babados. “As outras garotas vão querer ser minhas amigas quando virem meu vestido novo”, pensava ela.

Márcia imaginava as pessoas aglomerando-se ao seu redor após o programa para dizer: “Márcia, como você está linda!”

Quando o domingo chegou, entretanto, o vestido não produziu a mágica que Márcia havia previsto. As meninas davam risadinhas por causa do ruído que o vestido fazia, enquanto Márcia se esgueirava entre elas para apresentar sua parte. Sentiu a igreja cheia de olhares que se fixavam em suas pernas finas e no vestido da senhora idosa que havia sido cortado. Seus joelhos tremeram, e as mãos ficaram frias e suadas.

– Eu não vim para ficar… para ficar… para ficar…

Márcia sentiu um vazio na memória. Seu rosto ardia, e ela não conseguia lembrar-se do restante da frase. Seus olhos procuraram os da esposa do pastor. Ela não estava rindo. “Só vim para dizer que é Domingo da Páscoa”, ajudou a esposa do pastor.

Márcia repetiu as palavras com uma voz que não passava de sussurro e depois saiu em disparada da plataforma, passando pelas meninas que riam. Envergonhada, não parou enquanto não chegou a sua casa.

À semelhança de Márcia, geralmente damos valor exagerado às roupas. Conhecemos a verdade, mas ainda assim invejamos alguém que parece ter saído de uma revista de modas. Por isso mesmo, podemos estar deixando de conhecer pessoas realmente encantadoras, só porque elas parecem estar vestindo algo tirado da prateleira da assistência social.






9 de janeiro segunda

A Perna Mecânica de Ted

Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo. Atos 10:28

Como é ser adolescente tendo uma perna só? Como você se sentiria se tivesse câncer, perdesse o cabelo durante a quimioterapia e tivesse de retornar à escola praticamente careca?

Ted Kennedy Jr. sabe que isso não é divertido. As pessoas olham para você, cochicham por trás de você e agem como se o câncer fosse contagioso e sua perna artificial fosse perigosa para a saúde dos outros.

– As pessoas aprendem que devemos ter uma aparência perfeita – disse Ted a um entrevistador. – Vemos esse tipo de propaganda na televisão. Achei que nunca mais iria sair com uma garota na minha vida. Pensava: “Que menina gostaria de sair com um rapaz de uma perna só?”

Ted teve a sorte de pertencer a uma família que o aceitou do jeito que era, faltando uma perna, mas que apesar disso era divertido e tinha bom humor.

Certo dia, Ted andava de carona na bicicleta de um amigo, quando a roda da frente bateu numa saliência, fazendo tombar a bicicleta e jogando longe os dois rapazes. Quando Ted se ergueu, seu pé mecânico estava apontando para trás.

Ele abaixou-se, virou-o para a posição certa e saiu caminhando. As pessoas ficaram embasbacadas, sem acreditar no que viam. Ele e seu amigo deram uma boa gargalhada diante do incidente!

A família e os amigos de Ted não deixavam que ele tivesse pena de si mesmo. Incluíam-no em todas as atividades, desde passeios de esqui até jogos de futebol. Seus primos lhe jogavam a bola com a mesma força com que a jogavam para qualquer outra pessoa. Não permitiam nunca que ele se sentisse diferente, impedido de fazer as coisas por causa de sua deficiência.

Naturalmente Ted perdeu alguns amigos, sim, por causa do câncer. Algumas pessoas cochichavam por trás dele e faziam comentários negativos. Outras se desviavam para não passar perto dele. Algumas deixaram de convidá-lo para suas festas.

Acerca da perda de amigos, Ted diz: “Para início de conversa, as pessoas que agem dessa maneira nunca foram realmente suas amigas. Os amigos de verdade aceitam você.”





10 de janeiro terça

Entender os Sentimentos

Não julgueis. Mateus 7:1


Sílvia tinha perdido seu melhor amigo e precisava desabafar com alguém. Escolheu o pastor de sua igreja, Jim Conway, porque sabia que ele entenderia seus sentimentos sem criticá-­la. Sentaram-se, um em cada lado da confortável sala da casa do pastor.

– Conte-me sobre a perda de seu amigo – disse Jim.

Sílvia começou a chorar. Seu corpo todo tremia e para ela foi difícil começar a falar.

Jim atravessou a sala e sentou-se no chão, aos pés de Sílvia.

– Está bem – disse ele. – Chore o quanto quiser.

Depois que ela terminou de contar a história, Jim disse:

– Você deve estar sentindo que ninguém mais vai querer ser seu amigo daqui para a frente. Você talvez ache que tudo é culpa sua e que você simplesmente não sabe ser amiga. Sem dúvida, também está se perguntando se vai acabar sozinha no mundo, sem amizade.

– É isso mesmo! – concordou Sílvia. – É exatamente assim que me sinto. Acho que ninguém mais vai me querer como amiga. – Parou de chorar e suspirou. – Muito obrigada por entender como me sinto – disse ela, sorrindo por fim.

– Conheço um amigo que a ama muito – continuou Jim. – Jesus a ama exatamente como você é e deseja ser seu amigo. Ele compreende como se sente e pode ajudá-la a encontrar outro amigo.

Sílvia concordou mais uma vez e sorriu.

– Eu sei. Poderia orar por mim, por favor?

Jim orou. Sílvia foi embora sentindo-se muito melhor, porque alguém havia compreendido seus sentimentos, sem julgá-la nem criticá-la. É isso o que os amigos fazem uns pelos outros.

Foi isto o que Jim Conway escreveu em seu livro Friendship [Amizade]: “Ser amigo não é sentar-se como um juiz atrás de uma mesa grande, enquanto seu amigo expõe pateticamente os sentimentos perante você. Amizade é sentar-se de pernas cruzadas no chão, no mesmo nível de seu amigo, enxergando as coisas através do olhar de seu amigo e entendendo o que ele sente.”






11 de janeiro quarta

Aceitar os Temperamentos

Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem. Gênesis 1:27


Encontrava-me na plataforma da estação ferroviária de Bangalore, na Índia, esperando meu esposo, Ron. O trem estava atrasado, e eu caminhava de um lado para outro, pela plataforma, ficando mais aborrecida a cada minuto. Por fim o trem apareceu, resfolegando. No momento em que meu marido saltou do trem, minha paciência tinha acabado.

– Achei que você nunca fosse chegar! – disse eu, carrancuda.

– Por quê? O que há de errado?

– Tudo! – reclamei. – Mas principalmente os garotos. – E recitei minhas queixas enquanto nos dirigíamos para casa, enquanto ele tomava banho e enquanto tomava sua refeição.

– Sabe qual é o seu problema, Dorothy? – perguntou ele.

– O quê? Meu problema? – Olhei para ele, com ar de incredulidade.

– Sim, Dorothy, seu problema! – Ron deu uma risadinha. – Você está tentando desempenhar a função de Deus em relação a nossos filhos. Está querendo criá-los à sua própria imagem. Nossos filhos não se transformarão de jeito nenhum no tipo de pessoa séria, trabalhadora e perfeccionista que você é. Eles não foram feitos assim. Por que, então, não para de querer mudá-los?

– Hum! Talvez você tenha razão – resmunguei.

Detestei admiti-lo, mas era exatamente isso que eu estava tentando fazer – recriar meus filhos à minha imagem. Quão ridículo, quando eram todos tão diferentes!

As coisas melhoraram bastante quando parei de tentar mudar meus filhos e comecei a apreciá-los por serem as pessoas especiais que realmente eram.

Tive de aprender que o fato de as pessoas serem diferentes não significa que estejam erradas. A maneira como cada um de nós encara a vida, nossos temperamentos e personalidades particulares têm muito a ver com nossa estrutura genética, a forma como nosso DNA é constituído. Em outras palavras, foi assim que Deus nos criou.

Procure as seguintes palavras no dicionário: Sanguíneo, Colérico, Fleumático e Melancólico. As definições não o fazem lembrar-se de alguém que você conhece? Procure descobrir mais coisas sobre os temperamentos.





12 de janeiro quinta

Filhotinhos na Cama

Com amor eterno Eu te amei. Jeremias 31:3


Enquanto Darlene tentava dormir, teve uma ideia maravilhosa. Jogou a coberta para o lado, saiu do quarto na ponta dos pés e abriu cuidadosamente a porta da sala. Podia ouvir o rádio. Seu pai devia estar sentado na poltrona preferida, escutando as notícias. Ouviu também sua mãe, falando ao telefone, na cozinha.

Darlene desceu lenta e silenciosamente a escada para o porão, onde sua cadelinha de estimação, Frisky, cuidava de seis filhotinhos numa caixa de madeira. Darlene pegou dois filhotinhos. Segurando-os junto ao peito, subiu a escada, voltou para seu quarto, fechou a porta em silêncio e foi para a cama com os dois cachorrinhos. Que divertido! Suas patinhas minúsculas faziam cócegas quando subiam pelo seu corpo. Darlene ria em voz baixa.

Nesse momento, ouviu o som de passos na escada. “Ah, não!”, pensou ela. “É mamãe, que vem dizer boa-noite. Que é que vou fazer?”

Empurrou os filhotinhos para os pés da cama, puxou a coberta até o queixo e fingiu estar dormindo.

Mamãe abriu a porta e acendeu a luz.

– Que é que você está fazendo, Darlene? – perguntou ela.

– Dormindo, mamãe! – Nesse instante, os cachorrinhos começaram a se remexer.

– O que é que está acontecendo aí embaixo? – A voz de mamãe revelava que ela estava suspeitando de alguma coisa.

– Nada! Meus dedos dos pés estão coçando, só isso – disse Darlene, esfregando-os ardorosamente sob a coberta.

Mamãe levantou o cobertor, pegou os dois cachorrinhos e deu uma risada.

– Mas como são engraçados os seus pés! – disse ela.

“Agora vou ver o que é bom”, pensou Darlene. “Fiz o que não devia, e mamãe vai me castigar com certeza.”

Sua mãe se abaixou e deu um beijo nela.

– Eu amo você, filha. Boa-noite. Vá dormir. E agora, nada de brincadeiras!

Depois que mamãe saiu, Darlene sentiu-se bem. Sua mãe a amava, embora ela tivesse feito algo errado. “Mamãe é minha melhor amiga!”, pensou ela, enquanto adormecia.





13 de janeiro sexta

Religião Feliz

Mas a todos que O receberam, Ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. Tudo o que eles precisavam fazer era confiar nEle como Salvador. João 1:12 (A Bíblia Viva)


Era o ano de 1757. Francis Asbury, de 13 anos de idade, tinha a curiosidade de saber por que os metodistas eram tão felizes. Ele achava que ir à igreja era muito monótono. Não se sentia feliz ouvindo pregações sobre pecadores que seriam destruídos. Religião não era coisa divertida mesmo.

Seu amigo George o desafiou a espionar os metodistas, para descobrir-lhes o segredo. Após várias semanas, Francis relatou:

– Já descobri por que os metodistas são felizes.

– Então me conte, rápido! – insistiu George.

– É porque eles sabem com certeza que são filhos de Deus. Estão certos de que vão para o Céu!

– Ninguém pode ter certeza disso! – exclamou George. – Nem mesmo se você fosse à igreja todas as semanas!

Francis pensou por um momento e depois replicou:

– Quando o rei George I morreu, o dever do primeiro-ministro foi informar ao príncipe de Gales que ele seria o novo rei. Quando chegou ao local onde estava o príncipe, ele e a esposa já tinham ido dormir. Assim, o primeiro-­ministro foi aos seus aposentos para despertá-lo. Ajoelhado, anunciou: “Majestade, agora sois o rei George II!” O novo rei bocejou e respondeu: “Isso é uma grande mentira!” E o primeiro-ministro teve de repetir a mensagem.

– Mas o que é que essa história tem a ver com a felicidade dos metodistas? – perguntou George.

– A Bíblia diz que tudo o que precisamos fazer é confiar em Cristo, e seremos salvos. No momento em que O aceitamos, podemos ter a certeza de ir para o Céu. A maioria das pessoas fica dizendo por aí: “Isso é uma grande mentira.” A verdade é que os metodistas creem nisso e são felizes!

Quando Francis estava com 15 anos, ouviu Alexander Mather pregar acerca da maravilhosa graça de Deus, que nos aceita apesar daquilo que tenhamos feito. Naquela noite, ele aceitou a Cristo como seu Salvador. Pela primeira vez na vida, sentiu-se verdadeiramente feliz!

Francis teve a impressão de estar voando com as asas do amor. Em seu íntimo, sentiu-se aceito e feliz. Sabia agora que Deus era seu Amigo.






14 de janeiro sábado

A Amizade Toma Tempo

Mas o fruto do Espírito é: amor. Gálatas 5:22


“Bem que eu gostaria que eles fossem embora”, pensou Edith Hugoniot, enquanto fazia a limpeza após o desjejum. “Estou cansada desses 30 pares de olhos observando tudo o que faço.”


Os olhos pertenciam ao povo Taru, em Santpur, Índia, onde Edith morava numa casa de barro de dois cômodos e cobertura de palha.

Ela e seu esposo eram tradutores da Bíblia, e tinham vindo para partilhar as boas-novas do amor de Deus.

– Olhe só todas as panelas que eles têm – comentou uma das crianças, olhando pela porta aberta.

– Sim – concordou outra. – Olhe todas as coisas que eles têm!

Edith tentou não demonstrar o quanto ficava ressentida com aqueles comentários. “Nós não temos mais coisas”, pensava ela. “Só temos coisas diferentes.”

Depois que a casa ficou limpa, Edith chamou seus dois filhos pequenos, Kenny e David, para uma caminhada. Mas, naturalmente, aqueles olhos que tinham pés foram atrás deles, formando um desfile atrás de Kenny.

Kenny parou.

– Mamãe, será que essas crianças precisam seguir-nos por toda parte? – perguntou ele.

Edith orou enquanto pensava na resposta. Não queria passar para os meninos os seus próprios sentimentos.

– Você sabe, Kenny – disse ela por fim –, quando Jesus viveu aqui na Terra, havia sempre uma multidão atrás dEle. Nem uma única vez

Ele ordenou que as pessoas fossem embora. Simplesmente as amava.

Satisfeitos, os meninos continuaram a caminhada, mas Edith ainda se sentia aborrecida com a situação. Mais tarde, sozinha no quarto, fechou a cortina para que ninguém pudesse ver lá dentro. Depois deitou-se na cama e chorou.

“Senhor”, orou Edith, “não consigo amar essas pessoas. Para falar a verdade, mal consigo tolerar a maneira como ficam olhando para nós.

Sei que desejas que mostremos o Teu amor a elas, mas simplesmente não consigo.”

Então, numa voz mansa e suave, Deus falou com ela. “‘O fruto do Espírito é amor.’ Os frutos levam tempo para crescer.”

Por estar disposta, com o tempo Edith sentiu que crescia dentro de seu coração o amor pelo povo Taru.






15 de janeiro domingo

Abençoando a Titia

Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Mateus 5:44


– Titia é impossível! – confidenciou Ellen a sua amiga

Catherine Marshall. – Põe defeito nas crianças e me aborrece o tempo todo. Não suporto vê-la por perto.

– Já orou sobre isso? – perguntou Catherine.

– Lógico! Oro todos os dias para que Deus mude a titia e torne mais fácil a convivência com ela – respondeu Ellen. – Mas não funciona.

Ela está pior do que antes!

– Que tal tentar esquecer de mudar a titia? – sugeriu

Catherine. – Por que não pedir que Deus simplesmente a abençoe e a torne feliz?

– Mas ela não o merece! – explodiu Ellen.

Catherine sorriu enquanto Ellen ruminava a ideia de abençoar uma tia velha e mesquinha que não merecia nada. De repente, um sorriso estampou-se no rosto de Ellen.

– Acho que nenhum de nós merece algo de Deus, não é mesmo? – disse ela.

– Nada do que possamos fazer seria suficientemente bom para merecer uma migalha de Suas mãos – disse Catherine. – Eu, com toda a certeza, não mereço Seu amor constante e Sua bondade.

– Estou disposta a tentar sua sugestão – disse Ellen. – Podemos orar sobre isso agora?

Juntas, as duas amigas ajoelharam-se para orar pela tia que punha defeito em tudo. A oração de Ellen foi mais ou menos assim: “Senhor, por favor, abençoa a titia. Dá-lhe tudo de que ela necessita. Torna-a feliz. Ajuda para que as crianças possam amá-la. Ajuda-me também a ser mais bondosa com ela. Desejo alegria, felicidade e todas as coisas boas para titia.

Alguns dias mais tarde, Ellen telefonou para Catherine.

– Você não vai acreditar. Titia está agindo de modo muito diferente! Essa ideia da bênção é dinamite! Nunca vi titia tão feliz, e na verdade estamos gostando mesmo de tê-la por perto!

Todos nós temos pessoas que nos incomodam. Parece até que algumas nasceram com o propósito de perturbar nossa vida. Não gostamos de estar por perto de gente que faz coisas más contra nós. Contudo, são exatamente essas pessoas que Deus deseja tornar nossas amigas. Podemos fazer nossa parte, desejando-lhes alegria e pedindo que Deus as torne felizes.




16 de janeiro segunda

Um Estranho na Praia

Amai, pois, o estrangeiro. Deuteronômio 10:19


Júlia e Janete Hedstrom correram para a praia. Pararam ao ver que o homem barbudo estava sentado lá de novo, como nos outros dias.

O estranho não nadava, não pescava, não saía de barco. Nunca falava nem lia. Simplesmente ficava ali sentado, sem fazer nada.

– Por que é que ele não vai embora? – reclamou Júlia. – Eu queria vir aqui uma vez só e não encontrá-lo!

O dia era escaldante e as meninas queriam nadar, mas não com aquele homem estranho ali sentado. Finalmente, sua mãe as persuadiu a ficarem sentadas na praia, lendo, enquanto ela entrava na água. O dia ficou mais quente ainda, e Janete e Júlia foram vestir seus maiôs.

Enquanto estavam ausentes, o homem falou.

– Acho que suas filhas têm medo de mim – disse ele. – Não vou machucá-las.

– O pai delas morreu há dois anos – disse a mãe. – Não estão acostumadas com a presença de homens.

– Cinco meses atrás, um motorista embriagado matou minha esposa, meu filho e minha filha – disse o homem em voz baixa.

– Lamento muito! – respondeu a mãe, sentindo-se de repente culpada por todas as coisas que ela e as meninas haviam dito a respeito dele durante os últimos dias. Haviam concluído que ele era rico, preguiçoso e sem disposição para fazer alguma coisa boa. – Posso imaginar a dor que o senhor está sentindo! – acrescentou ela. – Perder meu esposo também foi difícil.

O homem enxugou algumas lágrimas e continuou, com a voz entrecortada:

– Na segunda-feira passada, o médico me disse que estou com câncer e tenho só três meses de vida.

“Ah, meu Deus, isso é dor demais para uma pessoa suportar!”, pensou a Sra. Hedstrom. E procurou palavras que pudessem ajudá-lo.

– Eu encontrei paz com Deus na Bíblia – disse ela. – Desejo isso para o senhor também.

Ela se afastou para esconder as lágrimas que agora corriam rapidamente. “E pensar que fizemos gracejos acerca de uma pessoa que estava sofrendo tanto!”






17 de janeiro terça

O Plano de Peggy

Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Mateus 5:44


Peggy Winters era negra, e alguns de seus colegas acharam que isso era razão suficiente para tratá-la mal. Um dia, quando os alunos entraram na sala, depois do recreio, viram que alguém havia escrito uma palavra feia no desenho de Peggy, no quadro de anúncios.

A professora retirou o desenho e observou Peggy para ver como estava reagindo. Peggy estava com o rosto curvado sobre a carteira, lendo um livrinho.

Depois da aula, a professora inspecionou as carteiras e descobriu o livro de Peggy, um Novo Testamento. Na primeira página, estava escrita uma frase: “Lembre-se de Mateus 5:44. Com carinho, papai.”

A professora leu o texto, que dizia: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.”

Na manhã seguinte, Peggy chegou toda sorridente.

– Tenho surpresas para todos – contou ela à professora. – Posso entregá-las agora?

A professora concordou. Peggy abriu uma caixa e deu uma caneta para cada colega. Na parte superior, havia uma bolha de líquido e um minúsculo navio flutuando lá dentro.

Depois da aula, outro dia, Peggy aproximou-se da mesa da professora.

– Preciso falar com a senhora.

A professora fechou o caderno que estava corrigindo e olhou para Peggy, ali parada, torcendo a trança em volta do dedo.

– A senhora não pode obrigá-los a gostarem de mim – começou ela.

– Eu sei – concordou a professora. – Mas posso tentar. Eles não devem tratá-la mal.

– Tenho um plano – disse Peggy. – É o plano O.P.T. Papai o ensinou para mim. A senhora sabe de que estou falando?

– Não – admitiu a professora.

– Oração, paciência e tempo. Quero que gostem de mim, mas preciso ter paciência e dar tempo. Enquanto isso, posso orar por eles.

– Certo – concordou a professora.

Peggy virou-se para sair, mas tinha mais uma coisa que queria dizer à professora.

– Quando amamos nossos inimigos como a Bíblia diz, então às vezes eles deixam de ser inimigos.





18 de janeiro quarta

O Milagre de Lobo

Seu propósito era adotar-nos como filhos. Gálatas 4:5 (ICB)


Tiago, de oito anos de idade; Clara, de seis anos; e Laura, de quatro, sabiam bem o que era sentir-se deslocados. Quando a mãe deles morreu num acidente, foram colocados em lares de outras pessoas, antes que Donald e Sharon Dykhouse decidissem adotá-los. Tiago,

Clara e Laura ficariam juntos. Tornar-­se-iam os filhos de Donald e Sharon. Pertenceriam a alguém.

Mas as crianças não entendiam. Haviam sido colocadas em muitas casas. Não acreditavam que daquela vez era para valer. Não permitiriam que Donald e Sharon as amassem.

Foi então que o casal Dykhouse decidiu adotar também o Lobo, um grande cão de pelo preto, liso e sedoso que precisava de uma casa.

Logo depois de chegar, Lobo, já tinha decidido fazer amizade com as crianças.

Quando Laura chorava, Lobo lhe lambia o rosto e deixava evidente que queria brincar com ela. Em pouco tempo, Laura estava rindo e perseguindo o cachorro ao redor da casa. Lobo ensinou Tiago a brincadeira de jogar algo para que ele fosse apanhar e trazer de volta, e todos os dias divertiam-se juntos. Quando Clara se sentia triste, procurava Lobo, e o cão simplesmente se deitava para que ela o abraçasse e chorasse junto dele.

Pouco a pouco, Lobo operou um milagre de amor entre as três crianças. Brincava com elas, acompanhava-as por toda parte e as aceitava como eram. Não importava se elas riam ou choravam. Ele estava ali para fazer companhia. As crianças começaram a sentir que a casa era sua; que elas faziam parte da família Dykhouse.

Um dia, Laura perguntou à nova mãe:

– O Lobo é um cachorro de criação ou um cachorro adotado?

– Adotado – respondeu sua mãe. – Isso significa que não estamos apenas cuidando dele. Ele pertence a nós. Faz parte da família.

– E se ele for desobediente? Vai mandá-lo embora? – perguntou Laura.

– Nunca!

– Nós também fomos adotados – disse Tiago.

– Com certeza! – completou Sharon com um sorriso.

– Vocês são nossos filhos. Jamais mandaremos vocês embora. A casa de vocês é aqui.





19 de janeiro quinta

O Novo Amigo de Lass

Eu vos serei propício, diz o Senhor Deus. Ezequiel 43:27


Filipe Keller encontrou Lass acorrentada pela coleira a um poste de aço e presa com outra corrente que ia do pescoço à perna traseira. O animal revolvia-se no chão. Depois, com as orelhas para trás, ladrava e avançava para morder.

– Não consigo fazer nada com ela! – disse o proprietário. – Ela pula cercas, persegue carros e inferniza a vizinhança.

Filipe observou a cadela de expressão triste. Era da raça collie e tinha dois anos de idade – possivelmente além de qualquer esperança.

Filipe olhou dentro de seus olhos e pensou: “Você é um animal inteligente. Tenho pena da maneira como está sendo tratada. Poderia ser uma excelente ovelheira. Acho que vou tentar ajudá-la.”

Lass não demonstrou gratidão. No trajeto para a casa dele, ficou o tempo todo sob o assento do carro e rosnava, mostrando os dentes quando Filipe tentava tocá-la.

Em casa, na fazenda, ele preparou um confortável canil, bom alimento, água limpa e uma longa corrente, para que Lass pudesse movimentar-se. Ela recusou-se, entretanto, a entrar no canil. Rejeitou alimento e água, e não permitiu que Filipe a acariciasse. Começou a perder peso.

Compreendendo o desejo de Lass, Filipe soltou-a. Ela disparou para dentro do mato. Por vários dias, permaneceu escondida. Então, numa tardezinha, Lass apareceu no topo de uma rocha, atrás da casa.

Filipe a chamou pelo nome, mas ela correu. Ele levou alimento e água para a rocha. Na manhã seguinte, não havia mais nada. Durante

várias semanas, Filipe deixou comida e água para ela. Desaparecia tudo cada noite.

“Como eu gostaria que ela ficasse!” pensou Filipe. “Gostaria que ela me conhecesse, confiasse em mim, aprendesse a me amar, a trabalhar comigo e a ser minha amiga.”

Então, ao entardecer de certo dia, Filipe estava do lado de fora da casa, observando as ovelhas no pasto, ao crepúsculo dourado. Era um lindo cenário, e Filipe o contemplava extasiado, com as mãos atrás das costas.

De repente, sentiu um focinho morno tocando suas mãos. Lass tinha vindo para casa. Ela o havia aceitado como amigo.





20 de janeiro sexta

O Fio Verde

Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça. 2 Pedro 3:9


“Não estou pronta para a volta de Jesus”, pensou a jovem Ellen Harmon, aos 15 anos de idade. “Ah, que coisa terrível é estar perdida!”

Durante três semanas, Ellen sentiu-se deprimida, achando que Deus a rejeitara. Então um sonho lhe deu esperanças.

Parecia estar sentada com as mãos no rosto, refletindo assim: “Se Jesus estivesse na Terra, eu iria a Ele, lançar-me-ia a Seus pés, e contar-Lhe-ia todos os meus sofrimentos. Ele […] teria misericórdia de mim.”

Então uma porta se abriu e um anjo falou com ela. “Desejas ver a Jesus? […] Toma tudo que possuis e segue-me.”
Com grande alegria, Ellen juntou suas posses e seguiu seu guia. Ele a conduziu a uma escada íngreme. “Conserve o olhar fixo para cima, a fim de que não fique atordoada e caia.”

No último degrau, o anjo disse: “Você deve deixar tudo aqui.” Ellen deixou todos os seus tesouros e seguiu o guia por uma porta aberta.

Lá estava Jesus, mais glorioso do que ela podia imaginar. Acerca dessa experiência, ela escreveu mais tarde:

“Vi logo que Ele estava familiarizado com todos os acontecimentos de minha vida e todos os meus íntimos pensamentos e sentimentos.

“Procurei furtar-me ao Seu olhar, sentindo-me incapaz de suportá-lo por ser tão penetrante; Ele, porém, Se aproximou com um sorriso, e, pondo a mão sobre minha cabeça, disse: ‘Não temas.’ O som de Sua doce voz agitou-me o coração com uma felicidade que nunca antes experimentara” (Primeiros Escritos, p. 79, 80).

Seu guia abriu a porta e mandou-a tomar de novo todos os seus tesouros. Entregou-lhe um fio verde muito bem enovelado e disse:

“Coloque-o perto do coração, e quando quiser ver a Jesus, tire-o de lá e estire-o inteiramente.”

O sonho deu esperança a Ellen. Ela ficou sabendo que Deus a amava. O fio verde representava fé para seu coração, e ela viu quão fácil era confiar em Deus.






21 de janeiro sábado

Amor num Olhar

Então, voltando-Se o Senhor, fixou os olhos em Pedro. Lucas 22:61


O frio era terrível no Norte do estado da Virgínia, EUA. Um idoso senhor, agarrado ao seu agasalho, encontrava-se junto à margem do rio. Do outro lado, o calor de uma lareira o aguardava, mas não havia um barco ali, e nem uma ponte para atravessar o rio.

“Parece que alguns cavalos se aproximam”, falou o velho homem para o vento. “Talvez um dos cavaleiros me dê uma carona para atravessar o rio.”

Na verdade, cinco cavaleiros chegaram galopando, e depois reduziram a velocidade ao se aproximarem do rio.

O primeiro cavaleiro conduziu seu cavalo para dentro do rio gelado sem dar atenção ao homem, e este não disse nada. Ele deixou que o segundo cavaleiro também passasse, depois o terceiro e o quarto.

Quando o quinto se aproximou, o velho disse:

– Senhor, poderia fazer a gentileza de dar-me uma carona para o outro lado do rio?

– É claro!

O estranho parou e ajudou o velhinho a subir para sua garupa. Em pouco tempo, haviam feito a travessia, e o idoso senhor desceu para o chão.

– Desculpe-me, senhor – disse o quinto cavaleiro. – Por que não pediu carona aos outros cavaleiros que já passaram?

– Simplesmente olhei para os olhos de cada um e neles não vi amor – respondeu o velho. – Sabia que seria inútil pedir carona. Quando olhei nos seus olhos, vi a disposição de ajudar. Percebi que não recusaria meu pedido.

– Interessante! – disse o cavalheiro. – Obrigado por me contar isso. – E acenando com seu chapéu, o Presidente Thomas Jefferson seguiu para a Casa Branca.

Os especialistas em comunicação concordam em que o rosto é a mais importante fonte de informação acerca das emoções.

Especialmente os olhos falam com clareza sobre aquilo que está no coração de uma pessoa.

Pedro experimentou essa verdade na noite em que negou que conhecia a Jesus. No momento em que o galo cantava, Jesus olhou para Pedro. Naquele olhar, Pedro viu amor e aceitação. Entendendo que Jesus ainda o amava, apesar do que havia feito, Pedro sentiu-se envergonhado. Aquele olhar de amor transformou a vida de Pedro.






22 de janeiro domingo

Linguagem Corporal

Compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. Lucas 15:20


Esse verso descreve a linguagem corporal do pai do filho pródigo. É a linguagem corporal do amor. Braços abertos comunicam aceitação.

Você consegue imaginar como teria sido a linguagem corporal do irmão mais velho? Posso vê-lo parado atrás de seu pai, com os braços cruzados e um olhar carrancudo de desaprovação.

Pernas ou braços cruzados comunicam desagrado ou falta de receptividade. Pessoas com os braços cruzados estão transmitindo a mensagem segundo a qual desejam que você fique a distância. É sua forma de proteger-se de sua aproximação. Braços cruzados comunicam rejeição.

Melissa era casada com um evangelista que viajava bastante. Visitavam uma igreja diferente quase a cada sábado. Já que seu esposo em geral estava pregando, Melissa ficava sentada sozinha na congregação.

“Por que será que ninguém se senta ao meu lado?” refletia ela, enquanto semana após semana ficava num banco vazio. “Parece que as pessoas me evitam por alguma razão.”

Um dia, então, ela percebeu sua linguagem corporal. Estava sentada no final do banco, tendo as pernas e os braços cruzados firmemente. Por sua escolha da extremidade do banco e por suas pernas e braços cruzados, ela estava inconscientemente afastando as pessoas.

Sua linguagem corporal dizia a todos: “Mantenham distância! Não quero que se sentem aqui comigo. Este banco é só para mim!”

Na semana seguinte, Melissa fez uma experiência na área da comunicação. Sentou-se perto do centro do banco. Descruzou braços e pernas, deixando-os numa posição descontraída. Sorria e acenava levemente com a cabeça quando as pessoas olhavam na sua direção.

O banco se encheu de pessoas à sua esquerda e à sua direita.

Agora sua linguagem corporal dizia: “Por favor, fiquem junto comigo! Gostaria que vocês ficassem neste banco. Gostaria de ser sua amiga.”

Se um rapaz está em pé junto à parede com os braços cruzados, provavelmente não seja hora de convidá-lo para jogar uma partida. Se uma garota estiver sentada numa posição fechada, provavelmente dirá “não” a um rapaz que a convide para um passeio.






23 de janeiro segunda

Mensagens dos Olhos

Vem, meçamos armas. 2 Reis 14:8


Nosso cachorro perdigueiro, Matt, é bem inteligente! Ele sabe que o contato dos olhos é importante na comunicação. Outro dia, observei enquanto ele procurava obter a atenção de meu esposo, que lia o jornal.

Matt sentou-se na frente de Ron e emitiu uma espécie de ganido que ele dá quando quer ir para fora.

– Oi, Matt! – disse Ron, sem tirar os olhos do jornal.

Matt levantou-se e correu para a porta, ganindo um pouco mais alto.

Nenhuma resposta de seu dono!

Matt retornou e sentou-se na frente de Ron, olhando fixamente para o jornal por um momento, aquele jornal que o impedia de fazer chegar sua mensagem. Estendeu então uma pata e tirou o jornal das mãos de Ron!

– Matt! – repreendeu Ron.

– Arf, arf! – respondeu Matt, correndo na direção da porta.

– Ah, você quer sair; é isso? – perguntou Ron, levantando-­se finalmente.

Matt revirou os olhos para Ron, como se estivesse dizendo: “Rapaz, como você é lerdo! O que é que você acha que estive tentando dizer nos últimos três minutos?”

O nível do olhar também é importante. Se você deseja dar uma mensagem amistosa e receptiva, precisa colocar-se no mesmo nível do olhar de seu amigo. Se você se coloca acima dele, olhando para baixo, está passando uma mensagem de superioridade, de querer

exercer o controle.

Até nosso cachorro Matt sabe disso acerca da amizade! Muitas vezes, nós o levamos para uma caminhada, numa trilha ao longo de um rio que passa perto de nossa casa. Geralmente encontramos várias pessoas que também estão caminhando com seus cães. Quando Matt vê que outro cão se aproxima, imediatamente se deita com o focinho no chão, abaixando-se o máximo possível. Isso transmite uma mensagem de amizade e aceitação para o outro cachorro.

Está você querendo transmitir uma mensagem para uma criancinha? Não dê a impressão de que você é um gigante ameaçador, olhando lá de cima. Abaixe-se até ficar no mesmo nível de seu olhar, e dê a mensagem. É certo que a criança vai achar você o máximo!




24 de janeiro terça

Postura de Aceitação

Não me ocultes o rosto; […] inclina-me os ouvidos. Salmo 102:2


O salmista está pedindo que Deus assuma uma postura de aceitação. Vamos descrever uma postura amigável.

1. Face a face. Se você quer mostrar que está interessado em alguém, fixe os olhos no rosto da pessoa que está falando e fique face a face, ombro a ombro.

2. Posição aberta. Uma pessoa amiga conserva as pernas e os braços descruzados.

3. Inclinação para a frente. Você pode comunicar aceitação e interesse, inclinando o corpo um pouquinho na direção da pessoa que está falando. Pense numa partida de futebol. Quando o jogo está “esquentando”, qual é a postura dos torcedores? Eles ficam na extremidade do assento, inclinados para a frente, numa posição de expectativa.
Inclinar-se para trás quer dizer: “Não concordo com você” ou então “Não tenho interesse naquilo que você quer dizer” ou ainda “Não quero aproximar-me de você”.

4. Contato do olhar. Para muitos de nós é difícil estabelecer contato através dos olhos. Olhamos em volta da sala, para o chão ou para alguma outra coisa que está acontecendo. Quando não olhamos para o rosto da pessoa, estamos dizendo: “Não estou muito interessado naquilo que você tem a dizer. Eu gostaria de sair daqui o mais rápido possível.”
Inconscientemente interpretamos a falta de contato visual como hostilidade. Não ficamos junto de pessoas que se recusam a nos olhar dentro dos olhos.

5. Músculos relaxados. Músculos tensos dizem às pessoas que temos medo delas, que não confiamos nelas. Uma postura relaxada comunica que nos sentimos à vontade com a pessoa, felizes por estar na sua companhia ou que confiamos nela.






25 de janeiro quarta

O Toque do Amor

E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe. Mateus 8:3


Quando Jesus tocou o homem leproso, este foi curado. Quando Jesus tocou o cego, este pôde ver. Quando Jesus tocou a menina morta, ela retornou à vida. Há um poder operador de milagres no toque do amor.

Certa vez, Helen Colton, repórter do New York Times, entrevistou Marilyn Monroe, popular atriz de cinema há algumas décadas. Marilyn contou acerca de sua infância, quando passava de uma casa para outra como filha de criação, sem nunca sentir-se realmente aceita.

– Você alguma vez se sentiu amada por alguma das famílias com quem morou? – perguntou Helen.

– Uma vez, quando eu tinha oito anos de idade – respondeu Marilyn. – A senhora com quem eu morava estava fazendo sua maquiagem enquanto eu a observava. Ela virou-se e deu uma batidinha nas minhas faces com sua esponjinha do pó de arroz. Naquele momento, eu me senti amada por ela.

Marilyn pegou então uma pluminha de pó de arroz de sua penteadeira e passou-a no rosto, ilustrando o que havia acontecido. Lágrimas lhe encheram os olhos. A lembrança daquele toque de amor fora poderosa.

Um toque suave comunica amor e aceitação. Um leve toque no braço, uma batidinha nas costas, um braço em volta do ombro ou um gentil aperto de mãos quer dizer: “Estou interessado em você. Quero ser seu amigo.”

Tente pensar em pelo menos três pessoas a quem você poderia fazer feliz por um toque de amor. Aqui estão algumas ideias:

1. Seus pais. Quanto tempo faz que você não abraça seu pai ou passa a mão nas costas de sua mãe? Um beliscãozinho no braço antes de sair correndo poderia fazer maravilhas nas relações familiares!

2. Pessoas idosas. Lembre-se de alguém no seu quarteirão, num asilo ou na igreja. Crie a oportunidade de dar um abraço em alguém esta semana. Não se surpreenda se a pessoa começar a chorar!

3. Pessoas deficientes. Em geral, evitamos tocar pessoas que estão em cadeira de rodas. Elas têm as mesmas necessidades que as outras. Você poderia fazer a diferença, pondo a mão no ombro delas e dizendo “Oi!”





26 de janeiro quinta

Tipos de Abraços

Tendo Labão ouvido as novas de Jacó, filho de sua irmã,
correu-lhe ao encontro, abraçou-o, beijou-o e o levou para casa. Gênesis 29:13

Tenho a curiosidade de saber que tipo de abraço Labão deu em Jacó. Aqui estão algumas possibilidades:

1. Abraço em Forma de A. As duas pessoas inclinam-se, uma para a outra, tocando somente a parte superior de seus corpos.

2. Abraço Arroto de Bebê. A pessoa bate rapidamente em suas costas, como se você fosse um bebê precisando arrotar. Esse abraço dá a impressão de que a pessoa está fazendo aquilo porque é necessário.

3. Abraço Toque de Pandeiro. A pessoa nervosamente faz um rá-tá-tá-tá nas suas costas com os dedos. Parece que ela quer se desincumbir de algo o mais depressa possível.

4. Abraço Chimpanzé. A pessoa bate alternadamente a mão direita e a esquerda, de leve, em suas costas. Parece que a pessoa não se sente à vontade.

5. Abraço de Corpo Inteiro e Palmas Inteiras. Acontece quando a pessoa aperta as palmas de suas mãos, com os dedos juntos, nas suas costas, ou passa as mãos gentilmente para cima e para baixo nas suas costas. Esse carinho faz bem. É como se dissesse: “Sou seu amigo.

Gosto de estar perto de você.” Quando queremos ter a sensação de proximidade com nossos familiares, como numa ocasião de crise emocional ou num funeral, damos esse tipo de abraço.

Tente o seguinte: faça um teste de abraços com os membros de sua família, como se fosse um jogo. Exagere os movimentos de seu corpo, dedos e mãos. Experimente os cinco estilos de abraço. Peça-lhes que adivinhem que tipo de abraço você está dando. Qual é a reação deles em cada tipo? Que estilo você prefere?

Virgínia Cason, filha do falecido pastor H. M. S. Richards, fundador e orador da Voz da Profecia, nos Estados Unidos, gosta de lembrar-se dos abraços do seu pai. Recorda que muitas vezes ele colocava o braço ao redor dos ombros dela, apertando-a contra si e dizendo:

“Filhinha, sua mãe e eu a amamos muito. Deus também a ama. Estamos pedindo ao bom Senhor que a ajude a tomar as decisões acertadas.”







27 de janeiro sexta

O Medo de Martinho

O Senhor é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades.
Salmo 103:8, 10


– Martinho, venha cá! – A Sra. Lutero estava carrancuda e segurava um chicote na mão.

– Sim, mamãe. – Martinho tremia enquanto se aproximava da zangada senhora.

– Você pegou uma noz da cozinha. Isso é furtar! Nenhum filho meu vai ser um ladrão! – A Sra. Lutero gritava, batendo com o chicote nas pernas e costas de Martinho.

– Me perdoe, mamãe! Não vou fazer isso de novo! – gritava Martinho, mas ela continuou o espancamento até o sangue começar a correr.

– Isso deve ensinar-lhe uma boa lição, rapazinho! – disse ela, colocando o chicote de lado. – Seu pai vai ficar sabendo.

Durante o dia inteiro, Martinho ficou preocupado com o que aconteceria quando seu pai voltasse para casa. “Ele provavelmente vai me dar outra surra”, pensou Martinho. “Não vou levar mais uma. Vou fugir desta cidade. Vou para tão longe, que eles nunca mais me encontrarão.”

Martinho escapuliu de casa e correu pelas ruas estreitas. Passou correndo pelas minas e fornalhas fumegantes do outro lado da cidade.

Viu árvores e campos a distância, mas estava ficando escuro, e ele se sentia cansado.

“Vou procurar um lugar onde dormir agora”, pensou ele. “Amanhã de manhã vou para o campo.” Olhando ao redor, descobriu uma velha casa. Parecia que ninguém morava ali. Martinho encolheu-se ao lado da casa e tentou dormir.

Já estava escuro quando seus pais perceberam sua ausência. Procuraram-no por toda parte, achando que poderia estar escondido dentro de casa. Quando não o encontraram, pediram que os vizinhos os ajudassem a procurar pela cidade. Por fim encontraram Martinho – com frio, fome e medo – perto da velha cabana.

Voltou para casa com eles, mas depois daquilo empenhou-se por ser bom, a fim de não ser castigado de novo. Tinha medo de seus pais e de Deus. Achava que Deus era mesquinho e cruel, como seus pais. Quando cresceu, Martinho Lutero descobriu que Deus não é assim, de jeito nenhum!





28 de janeiro sábado

O Menino que Perdeu o Nome

Chamei-te pelo teu nome, tu és Meu. Isaías 43:1


– Eu não quero fazer oração! – reclamou o pequeno Daniel, de três anos de idade, na hora de dormir.

– Vamos lá! – a mãe tentou persuadi-lo.

– Não mesmo! Não quero! – E Daniel pulou para a cama, cruzou os braços e fez cara feia.

Mamãe sentou-se na cama dele.

– Você sabe por que escolhemos o nome Daniel para você? – perguntou ela.

Daniel balançou a cabeça.

– Porque Daniel foi um homem que sempre orava. Lembra-se de que ele foi jogado na cova dos leões porque queria continuar fazendo oração? Deus o livrou porque ele orava.

– Não me importo – retrucou Daniel. – Não quero fazer oração.

– Está bem – disse a mamãe, levantando-se. – Acho que não poderemos mais chamá-lo de Daniel daqui para a frente. Você será apenas um menino sem nome.

Na manhã seguinte, quando Daniel apareceu para o desjejum, ouviu a seguinte saudação:

– Oi, garoto! Sente-se aqui e tome o seu leite.

– Meu nome não é garoto; é Daniel – disse ele, mas sua mãe fez de conta que não ouviu.

– Quer uma torradinha, garoto? – perguntou ela.

Durante todo aquele dia, ninguém o chamou pelo nome. Ele começou a ficar com pena de si mesmo. Finalmente, decidiu fazer oração – e obteve seu nome de volta.

Não são apenas os meninos de três anos que querem ser chamados por seu nome; todos, de 3 a 93, acham que seu nome é o som mais doce na face da Terra!

Nosso nome nos distingue de todas as demais pessoas. Ser chamado pelo nome faz com que nos sintamos reconhecidos como um indivíduo, alguém importante.

Gostamos das pessoas que se lembram do nosso nome. Quando esquecem, concluímos que não se importam muito conosco.

Aqui estão algumas formas de recordar nomes:

1. Certifique-se de ter entendido bem o nome na primeira vez em que o ouve. Não hesite em pedir que a pessoa o repita.

2. Use o nome imediatamente, na conversa.

3. Anote o nome, por escrito.

4. No fim do dia, procure relacionar nomes e fisionomias.

5. Use o nome da pessoa, cada vez que for cumprimentá-­la.





29 de janeiro domingo

Arno Cedeu

Não seguirás a multidão para fazeres mal. Êxodo 23:2


Arno Shipowick conheceu um pouco da tristeza que o álcool pode causar. Seu pai havia desperdiçado com bebidas alcoólicas muito do seu dinheiro adquirido com sacrifício. Aos 14 anos de idade, Arno decidiu que nunca beberia.

Mas as coisas podem mudar em dois anos. Certa noite, seus amigos o convidaram para uma comemoração no barzinho da cidade.

“Não preciso tomar nada”, disse Arno para si mesmo. “Vou junto só para me divertir.”

Uma vez lá dentro, as bebidas começaram a ser servidas. Alguém colocou uma taça na mão de Arno. Por um momento, ele hesitou.

Lembrou-se de sua decisão de jamais beber. Mas depois viu que seus amigos olhavam para ele, esperando sua reação.

“Todos estão bebendo”, pensou Arno. “Esperam que eu me divirta, que beba e dê risada com os demais.” Aceitou a taça e a bebeu, estendendo-a para uma nova dose.

O calorzinho da bebida chegando ao cérebro silenciou qualquer resistência que ele ainda tivesse. Se era necessário fazer aquilo para ser aceito, então ele o faria.

O resto da noite foi um pouco confuso. Arno despertou na manhã seguinte com o estômago indisposto, boca amarga e uma tremenda dor de cabeça.

– Preparei um bule de chá para você – disse sua mãe. – Tome um pouco. Sei que vai ajudar.

– Ah, mamãe! Fiquei bêbado ontem à noite, não foi? Sinto muito. – Arno olhou para os escuros e tristes olhos dela. – Simplesmente não consegui evitar. Todos queriam que eu bebesse junto e… e… bem, eu queria tanto fazer parte…

– Eu sei – disse a Sra. Shipowick, acariciando o cabelo do filho. – Você queria fazer parte do grupo. Tinha a intenção de parar depois de um ou dois, mas eles continuaram oferecendo os drinques e você não pôde recusar.
Arno olhou espantado para sua mãe.

– Foi exatamente assim! Como eu queria ter tido forças para dizer Não!




30 de janeiro segunda

A Decisão de Roberto

Aos que Me honram, honrarei. 1 Samuel 2:30


Roberto estava em Hong Kong pela primeira vez. Como capitão de um navio, esperava conseguir alguns parceiros de comércio.

“Se eu tão somente encontrar as pessoas certas”, pensava ele, “estarei a caminho do sucesso!” Olhando ao redor, no saguão do hotel, Roberto viu um executivo de meia-idade, aparentando ser próspero. “Bem que eu poderia começar por ele!” Roberto aproximou-se e se apresentou.

– Então você está aqui para negociar? – perguntou o homem.

– É por isso que estou aqui – concordou Roberto com um aceno de cabeça. – Espero fazer um bom negócio transportando mercadorias entre Hong Kong e São Francisco.

– Vamos tomar alguma coisa enquanto você me conta seus planos – disse o comerciante, indicando a direção do bar.

– Lamento, senhor – disse Roberto. – É muita bondade sua, mas não bebo.

O comerciante ergueu as sobrancelhas.

– Você não pode estar falando sério! É assim que se realizam os negócios aqui. Muitos contratos são feitos junto a uma garrafa de uísque.

– Sim, senhor. Estou falando sério – sorriu Roberto. – De qualquer maneira, gostaria de conversar com o senhor a respeito dos meus planos. Poderíamos sentar aqui?

Encontraram um sofá e o senhor de mais idade continuou:

– Permita-me dar-lhe um conselho, rapaz. Você é novo nos negócios. Se quiser ser aceito, terá de beber socialmente aqui e ali com os parceiros comerciais. Espera-se isso de você. Não precisa beber muito. Apenas um drinquezinho ou dois para mostrar que deseja fazer amizade.

– Não posso fazer isso, senhor – insistiu Roberto. – Seria contrariar minha crença. Vou descobrir outra forma de ser amigável sem sacrificar meus princípios.

– E o seu negócio? Não quer ser bem-sucedido?

– É lógico – respondeu Roberto. – Deus me ajudará.

– Se o seu plano é esse, Deus terá de ajudá-lo mesmo! – riu o comerciante.

E Deus ajudou Roberto. O Capitão Roberto Dollar tornou-­se proprietário de uma grande frota de cargueiros, com o escritório-sede dando vista para a Baía de São Francisco. Empreendeu negócios no Pacífico, fazendo amizades onde quer que estivesse.




31 de janeiro terça

Teste de Aceitação

Tudo posso nAquele que me fortalece. Filipenses 4:13


Avalie suas próprias habilidades no terreno social. Em que áreas precisa da ajuda de Deus para melhorar?

1. Tomo a iniciativa de fazer novas amizades.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

2. Aceito pessoas de todas as etnias, culturas e nacionalidades.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

3. Faço amizade com pessoas que têm necessidades especiais.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

4. Aceito as pessoas como elas são, sem esperar que façam qualquer mudança.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

5. Aceito as pessoas sem considerar seu visual.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

6. Dou aos meus amigos a liberdade de expressarem seus sentimentos, sem o medo de que eu vá criticá-los.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

7. Não procuro identificar-me com o temperamento de alguém, nem espero que os outros se amoldem ao meu.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

8. Oro pelas pessoas que não aprecio e pelas que fazem coisas más contra mim.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

9. Tiro minhas conclusões sobre as pessoas somente depois de descobrir quem realmente são.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

10. Uso a linguagem corporal da aceitação: face a face, posição aberta, inclinação para a frente, contato dos olhos e músculos relaxados.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

11. Uso o toque para comunicar aceitação.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

12. Memorizo o nome das pessoas e uso-o na conversação.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

13. Para mim é mais importante saber que sou aceito por Deus do que por meus amigos. Consigo apegar-me aos meus princípios diante de uma multidão.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

14. Creio que Deus me aceita assim como sou. Creio que Ele me ama, não importa o que eu tenha feito.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre