sábado, 27 de abril de 2013

Esboço da Escola Sabatina #05 Busque ao Senhor e Viva! (Amós) 2ºTri/2013...

Lição 05 - Busque o Senhor e viva! (Amós)

Busque ao Senhor e Viva! - 2º Trimestre/2013

Comentário - Lição 5 - Busque o Senhor e viva


Comentários

Busque ao Senhor e Viva!




Lição 5 - Busque o Senhor e viva! (Amós)

27 de abril a 4 de maio 




 

Luiz Gustavo S. Assis é formado em teologia pelo Unasp Campus 2 e atualmente exerce a função de pastor distrital no bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre, RS.


 

Ampliação





No comentário anterior, abordamos o ambiente histórico do profeta Amós bem como seus dois principais assuntos (justiça social e julgamento), principalmente entre os capítulos 1 e 4. Sendo assim, o comentário desta semana tem como foco os capítulos finais (5–9) e uma abordagem mais prática, em vez de histórica e teológica. A seguir, você poderá ler alguns dos tópicos discutidos nesta semana e suas implicações para a prática do cristianismo:

1. “Buscai o bem e não o mal” (Am 5:14): Essa frase é parte do lamento do profeta pelo povo de Israel. No verso 15, a mesma ideia é repetida e de maneira mais enfática: “aborrecei o mal, e amai o bem”. Isso foi um desafio para os leitores/ouvintes de Amós e, com certeza, também é para nós. O mal, de maneira muito estranha, se tornou interessante para nossa geração. A violência e a perversão sexual são aplaudidas em Hollywood. Sites para relacionamento extraconjugal existem aos milhares. Tornou-se natural expor-se de maneira inadequada na internet, entre outras formas de comportamento. Como viver o apelo divino de buscar o bem? Acredito que dois passos sejam fundamentais nessa caminhada:

a. Reconhecer e detestar a própria pecaminosidade (nos atos, pensamentos e motivos), e decidir seguir o divino mandamento de total liberdade moral, integridade, e pureza. (cf. Sl 51:3-6; 1Co 6:18-20; Mt 5:28; Jo 8:32-36).

As palavras do profeta Ezequiel, se referindo a esse assunto, são claras: “Então vos lembrareis dos vossos maus caminhos, e dos vossos feitos, que não foram bons; e tereis nojo em vós mesmos das vossas iniquidades e das vossas abominações.” (Ez. 36:31, RC). Somente consegue aborrecer o mal quem já experimentou o vazio que o pecado provoca no coração daquele que o pratica.

b. Consagrar e entregar a vontade (poder de escolha) para Deus a cada dia; aceitar Seu divino “transplante de coração”, habitar continuamente nEle e confiar em Seu poder protetor (cf. Sl 51:10; Pv 3:5-6; Rm 6:11-14; Jo 15:5; 1Pe 1:5; Gl 2:20; Ef 4:22-24).

“E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” (Ez 36:26, 27, RC). Esse é um dos textos mais revolucionários da Bíblia. Leia novamente com atenção a parte destacada. É o próprio Deus, através do Seu Espírito, que nos leva à obediência! Seremos capazes de amar o bem somente se experimentarmos isso diariamente. Deveríamos seguir estritamente esse conselho de Ellen White:

“Consagrem-se a Deus pela manhã; façam disso sua primeira tarefa. Seja a sua oração: "Toma-me, Senhor, para ser Teu inteiramente. Aos Teus pés deponho todos os meus projetos. Usa-me hoje em Teu serviço. Permanece comigo, e permite que toda a minha obra se faça em Ti" (Ellen White, Caminho a Cristo, p. 70).

2. Rituais vazios: Além da vida particular dos israelitas, Deus também estava preocupado com o ritualismo vazio. Acredito que seja impossível separar essas duas realidades, vida espiritual particular e  congregacional. A grande verdade é que, se eu não adoro a Deus particularmente, dificilmente serei capaz de adorá-Lo em família. E se eu não O adoro em família, dificilmente minha família e eu seremos capazes de adorá-Lo de maneira coletiva. Era exatamente isso que se via nos dias de Amós. Imagine Deus dizendo para a igreja que você frequenta: “Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembleias solenes não tenho nenhum prazer” (Am 5:21). Ou então: “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras” (vs. 23). Uma simples reunião religiosa não garante a aprovação divina. O coração deve estar em sintonia com as palavras e com a mensagem.

Se o fundamento da adoração congregacional é a vida devocional, quem sabe seja útil para você, como professor da Escola Sabatina, compartilhar sua própria experiência de comunhão com Deus e apresentar meios que ajudem seus alunos. A seguir, menciono algumas sugestões dadas pelo teólogo adventista Jon Paulien em seu livro Deus no mundo real (CPB, 2008). Procuro sempre aplicá-las à minha vida devocional:

a. Oração pessoal: Esse é o primeiro aspecto da experiência religiosa que tende a perder espaço na vida de um cristão. Podemos passar a semana inteira sem orar e ainda assim conseguirmos aparentar um bom cristianismo, de maneira externa, evidentemente. Torne isso uma prioridade. Como mencionamos no segundo comentário da lição de Oseias, encontre alguém que o(a) auxilie nessa tarefa. Esse alguém deve ser mais experiente na caminhada espiritual do que você. Lembre-se de que uma vida de oração não é o mesmo que viver em um monastério. Você pode orar enquanto está dirigindo ou dentro do ônibus para o trabalho. O importante é sempre elevar o pensamento a Deus e expor-Lhe os verdadeiros sentimentos do coração. Será que estamos ocupados demais para orar?
No entanto, o ideal é dedicar um tempo especial para orar antes de sair para as atividades do dia. Isso nos motivará a manter a atitude de comunhão com Deus ao longo dia.

b. Cultive leituras espirituais interessantes: Sem uma vida de oração, o interesse por leituras espirituais tende a diminuir. Se isso não acontecer, a leitura bíblica se tornará incisiva, polêmica e irrelevante. Como desenvolver o hábito de leitura da Bíblia? Você pode acompanhar o movimento mundial da Igreja Adventista chamado “Reavivados por Sua Palavra”, a leitura de um capítulo por dia. Dou aqui dois conselhos: 1) não torne esse momento uma leitura teológica. Certa ocasião, tentei entender todos os tipos de sacrifícios de Levítico na minha leitura devocional. Não passou do primeiro dia! 2) Por causa disso, no começo, leia os trechos mais fáceis da Bíblia: Evangelhos, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Gênesis. Em seguida, leia o Novo Testamento inteiro. Depois, leia todo o Antigo Testamento. Ao ler Ezequiel, ou as longas porções sobre sacríficios nos livros de Levítico e Números, você poderá ter dificuldade de entender. Nesse caso, busque ajuda de pastores, anciãos e de outras literaturas teológicas. Poderá também pensar que esses trechos da Bíblia tratam apenas de informações técnicas e irrelevantes. Mas lembre-se de que toda a Bíblia é a Palavra de Deus. Somos desafiados a ler toda a Bíblia, buscando compreender sua mensagem, com a ajuda do Espírito Santo. Para isso, é preciso orar antes de ler a Bíblia, tendo respeito e devoção diante da Palavra do nosso amoroso Criador. Lembre-se: se você não adora a Deus de maneira particular, não será capaz de adorá-Lo em família.

c. Culto familiar: Culto familiar não é o culto sabático. Isso deve nos alertar sobre o perigo da demora nesse momento, especialmente para aqueles que têm filhos. Nosso culto familiar tem uma duração máxima de 20 minutos. Lemos um capítulo da Bíblia (Provérbios, Salmos, cartas de João, Colossenses, etc.) e alguns parágrafos de um livro de Ellen White (Parábolas de JesusMente, Caráter e PersonalidadeO Desejado de Todas as Nações”, etc.) e terminamos com uma oração. Lembro-me de uma família, mãe e filho, com quem convivi por quase dois meses em Tocantins. Eles não possuíam o conhecimento que eu estava adquirindo na Faculdade de Teologia, nem conheciam a gramática grega e hebraica que estavam bem claras na minha mente. No entanto, lembro-me de acordar ao som de hinos que ambos cantavam e de leituras de textos bíblicos. Por fim, não é o tanto que você sabe sobre Deus ou sobre a Bíblia que conta, mas como você vive essas verdades. Se não sabemos adorar em família, nossa adoração congregacional correrá sério risco de se tornar como a dos israelitas: vazia!

3. O Silêncio de Deus: “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a Terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão de mar a mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão” (Am 8:11, 12). Gostaria de olhar esse texto por outro ângulo. Vivemos numa geração marcada pela agilidade nas informações. Basta um clique para se descobrir informações que antigamente estavam apenas em obras de uma biblioteca universitária. No entanto, todo esse avanço trouxe séries consequências. Recentemente, tive acesso à obra “A Geração Superficial: O que a Internet Está Fazendo com o Nosso Cerébro”, de Nicholas Carr (Agir, 2012). Por meio de pesquisas recentes, o autor demonstra, entre outras coisas, como nossa capacidade de se concentrar está sendo minada graças à web; como o universo de informações diante dos nossos olhos está nos tornando cada vez mais superficiais em nossa compreensão de assuntos. Mais do que isso, como somos bombardeados por informações minuto a minuto, nosso cerébro acaba tendo dificuldade de selecionar o que é relevante e o que não é. Pior ainda, ele acaba pendendo para aquilo que é irrelevante.

Diante disso, faço duas perguntas para mim mesmo: 1) será que sentimos necessidade de buscar conhecer a vontade de Deus através da Sua Palavra?; 2) será que nosso ritmo desenfreado pode nos proporcionar a atenção necessária para entender aquilo que Deus deixou registrado em Seu livro?

Certa vez, alguém disse que um benefício do comunismo na antiga União Soviética e na China foi deixar vazios os corações dos moradores dessas nações. Por causa disso, o cristianismo cresce assustadoramente nessa parte do mundo. De maneira paralela, quando a Bíblia se torna um simples objeto, também nos tornamos vazios e corremos o risco, como Saul, de procurar respostas em locais extremamente perigosos (cf. 1 Sm 28).

Futuro glorioso: Os versos finais do livro de Amós trazem consigo a esperança de um futuro glorioso. O conhecimento de Deus seria espalhado entre os povos da Terra, não apenas no território de Israel. Foi assim que a igreja primitiva viu o cumprimento dessas palavras de Amós (cf. At 15:15-18). Durante essa semana mais de 17 milhões de adventistas espalhados ao redor do mundo estão estudando as profecias de Amós. Que melhor ilustração do que esta para demonstrar como o conhecimento de Deus não ficou limitado às fronteiras do espaço e do tempo de Israel no 8º século a.C.? Isso deve nos confortar com o pensamento de que os esforços missionários de muitas igrejas podem aparentar um fracasso, mas a Palavra de Deus age como uma bigorna, esmagando vícios, filosofias e abrindo corações para a mensagem do evangelho.

Meditação - O Bom Samaritano - 27/04/13


O Bom Samaritano – Parte 1

Sábado, 27 de abril




E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-O e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Lucas 10:25 (ver versos 30-37)

Com a respiração suspensa, o grande público esperou a resposta de Jesus. [...] Cristo, porém, o verdadeiro examinador do coração, entendeu as intenções e os propósitos de Seus inimigos. Devolveu a questão ao doutor da lei que havia feito a pergunta, dizendo: “Que está escrito na lei? Como lês?” (Lc 10:26). [...] O doutor da lei respondeu: “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo” (v. 27). [...]

O doutor da lei havia feito uma pergunta clara e categórica, e a resposta foi igualmente clara e categórica. [...] Em Sua resposta à pergunta “Que está escrito na Lei?”, Jesus passou por alto toda a multidão de preceitos cerimoniais e rituais. A estes não deu importância, mas apresentou os dois grandes princípios de que dependem toda a lei e os profetas, e, elogiando a sabedoria do homem, disse: “Faze isso e viverás” (v. 28). [...]

A fim de responder à pergunta “Quem é o meu próximo?” (v. 29), Jesus apresentou a parábola do bom samaritano. Sabia que os judeus incluíam apenas os de sua nação sob o título de “próximo”, e desprezavam os gentios, chamando-os de cães, incircuncisos, impuros e contaminados. Acima de todos os outros, menosprezavam os samaritanos. [...] No entanto, Jesus disse: “Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto” (v. 30). [...]

Estando ainda caído o sofredor, aproximou-se um sacerdote. Este, porém, mal olhou para o homem ferido, e, por não querer se dar ao trabalho e assumir a despesa de ajudá-lo, passou para o outro lado. Apareceu em seguida o levita. Curioso de saber o que havia acontecido, deteve-se e contemplou a vítima, mas não apresentou qualquer sentimento de compaixão que o despertasse a ajudar o homem prestes a morrer. Preferiu eximir-se do trabalho e, julgando não ser de sua responsabilidade, também passou de largo. Ambos estavam no ofício sagrado, e alegavam conhecer e explicar as Escrituras. Educados na escola do fanatismo social, haviam-se tornado egoístas, limitados e exclusivistas, e não sentiam qualquer compaixão por alguém, a menos que pertencesse aos judeus. Ao olhar para o homem ferido, não podiam dizer se pertencia à sua nação. Pensaram que talvez fosse samaritano e se afastaram (Signs of the Times, 16 de julho de 1894).

Meditação da Mulher - Planos Melhores - 27/04/13


Planos melhores

Sábado, 27 de abril




“Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês”, diz o Senhor, “planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.” Jeremias 29:11

No último ano da universidade, enquanto me preparava para obter meu diploma em administração, decidi que queria ser professora e pesquisadora. Tão logo terminei a faculdade, planejei fazer mestrado. Apenas uma instituição, onde eu morava, oferecia o mestrado em administração. Havia sido realizado apenas um processo de seleção desde que o curso fora aberto, e isso ocorrera enquanto eu ainda concluía o curso universitário. Mesmo assim, liguei para a instituição e deixei meu nome para o grupo da pré-seleção da turma seguinte do mestrado.

A seleção para a turma do mestrado não ocorreu durante o ano, e questionei a Deus. Hoje imagino que Deus tenha olhado para baixo, com Sua sabedoria, e sorrido ao ver Sua filha tão impaciente e incrédula.

Não encontrei outras alternativas para o programa de mestrado. Eu queria deixar esse problema com Deus, mas não conseguia. Meus amigos sugeriam que eu precisava colocar o plano nas mãos de Deus. Entregá-lo a Deus significava dizer: “Senhor, quero obter o título de mestrado. Queres isso para mim?”

Demorou um pouco para que eu fizesse essa oração, mas me cansei de lutar sozinha. Quando, finalmente, entreguei meus planos a Deus, a paz chegou. Decidi estudar inglês, já que isso era algo que eu também desejava fazer, e essa matéria me ajudaria no programa de mestrado.

Um dia, enquanto navegava na internet, encontrei um programa de mestrado na Universidade Federal. A inscrição estava aberta para o título em psicologia, de modo que telefonei para a universidade acerca da inscrição, já que minha formação universitária não era na área da psicologia. Para minha surpresa, eu estava qualificada a me inscrever.

Após obter as informações necessárias, fiz a inscrição. Estudei para o exame, passei no teste de inglês e no teste para a área específica. Depois da entrevista, fui aceita e também recebi uma bolsa de estudos, de modo que poderia dedicar-me em tempo integral à especialização!

Mais tarde, descobri que o mestrado na outra escola, na qual eu quisera estudar, estava enfrentando dificuldades para ser reconhecido junto ao Ministério da Educação. Se tivesse feito lá o mestrado, teria desperdiçado tempo e dinheiro. Em lugar disso, eu estudava numa escola oficialmente reconhecida – e tinha bolsa de estudos! Deus me deu muito mais do que eu havia esperado.

Iani Dias Lauer-Leite

Inspiração - Igreja Submersa - 27/04/13


Igreja Submersa

Sábado, 27 de abril




Como Deus é maravilhoso no Seu templo! Salmo 68:35

Feche os olhos e imagine uma cena. As montanhas com picos nevados se elevam no horizonte. Em outros montes mais próximos, as colinas se revestem de verde. Olhando para cima, você vê céu azul e o Sol radiante. Em frente, está um imenso lago que mais parece um espelho de cristal. Suas águas plácidas parecem esticadas por mãos invisíveis em uma película impressionantemente lisa. Tudo está perfeito, salvo por um elemento constrangedor, transtornando completamente a paisagem. No meio da lagoa, surge do nada uma enorme torre de igreja. É um campanário de tijolos velhos com uma cruz de ferro fixada no topo, despontando de dentro das águas.

Nós estamos no Lago di Resia, perto de Tirol, na Itália. Nos anos 1940, uma empresa elétrica decidiu fazer uma enorme barragem para construir uma hidrelétrica. Essa intervenção inundou uma imensa área habitada por várias vilas e povoados. Obviamente, as famílias foram relocadas, mesmo a contragosto. Porém, quando as águas invadiram tudo, a charmosa igreja principal foi para baixo do lago. Como a torre do sino era a construção mais alta da vila, ficou para fora da água.

É muito curioso ver esta cena: uma igreja mergulhada na água. No inverno, quando o lago inteiro se congela, é possível ir caminhando sobre o gelo até o viajante encostar no solitário campanário. Não há mais sino lá dentro, mas a nostalgia do local surpreende.

Falando em igreja, até que ponto a religião sobreviverá no mundo de hoje? Não parece que, às vezes, o mal tem se elevado tanto a ponto de inundar até os planos de Deus? Neste sábado, vou lhe garantir uma coisa: caiam os céus ou a Terra, a soberania do Senhor permanecerá intacta. Se o pecado afetou a paz do Universo, a cruz esmagou de uma vez por todas a cabeça do inimigo de Deus.

Um templo pode ser feito de pedras e tijolos, mas a igreja mais importante é aquela feita de gente como eu e você – filhos de um Deus que nos ama demais. A verdadeira igreja de Cristo jamais ficará debaixo das águas!

Lição 5 Busque o Senhor e viva


Lições Adultos

Busque ao Senhor e Viva!




Lição 5 - Busque o Senhor e viva! (Amós)

27 de abril a 4 de maio 




Sábado à tarde

Ano Bíblico: 2Rs 18, 19 



VERSO PARA MEMORIZAR:

“Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e, assim, o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis” (Am 5:14).



Leituras da Semana:

Pensamento-chave: Amós nos lembra que existe vida apenas quando buscamos o Senhor.

Houvessem os filhos de Israel sido leais ao Senhor, Ele teria cumprido Seu desígnio, honrando-os e exaltando-os. Houvessem andado nos caminhos da obediência, Ele os teria exaltado “sobre todas as nações que fez, para louvor, e para fama, e para glória” (Dt 26:19, RC). “Todos os povos da Terra verão que és chamado pelo nome do Senhor”, disse Moisés, “e terão temor de ti” (Dt 28:10, RC). “Os povos [...] ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande povo é gente sábia e inteligente” (Dt 4:6). Devido a sua infidelidade, porém, o desígnio de Deus só pôde ser executado por meio de contínua adversidade e humilhação (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 28).

Nesta semana, enquanto continuamos a estudar o livro de Amós, veremos ainda mais as maneiras pelas quais o Senhor apelou ao Seu povo para abandonar seus pecados e voltar a Ele, a única verdadeira fonte de vida. No fim, temos apenas uma entre duas opções: vida ou morte. Não há meio termo. Amós nos mostra um pouco mais sobre as grandes diferenças entre essas escolhas.




Domingo

Ano Bíblico: 2Rs 20, 21 



Odiar o mal, amar o bem


As coisas tinham se tornado muito ruins em Israel. Havia corrupção, opressão e pecado. Chegou o momento em que a própria sobrevivência da nação estava em jogo. Por essa razão, Amós compôs um cântico fúnebre para lamentar a iminente morte de Israel (Am 5:1-15). Muitas vezes, nos livros proféticos, não se faz distinção entre a palavra do profeta e a palavra do Senhor. Assim, a lamentação de Amós é também a lamentação de Deus sobre Israel.

O objetivo desse cântico fúnebre era estimular as pessoas a encarar a realidade. Se elas persistissem em seus pecados, certamente morreriam. Se, por outro lado, rejeitassem o mal e voltassem para Deus, viveriam. Em Sua perfeição de caráter, o Senhor espera de Seu povo conformidade com a Sua vontade.

1. Como se aprende a odiar o mal e amar o bem? Am 5:14, 15Hb 5:14Rm 12:9Pv 8:36

Amós convida as pessoas não apenas a parar de procurar o mal, mas também a odiá-lo e amar o bem. Nesta seção, as ordens são progressivas. Na Bíblia, os verbos amar e odiar (em hebraico ‘ahav e śane’), muitas vezes se referem a decisões e ações, e não simplesmente a sentimentos e atitudes. Em outras palavras, a mudança na atitude das pessoas leva à mudança em suas ações.

2. Nesse contexto, que advertência é encontrada em Isaías 5:20?

“Todo o que nesse dia mau se dispuser a servir a Deus com destemor, segundo os ditames de sua consciência, necessitará de coragem, firmeza e conhecimento de Deus e Sua Palavra. Os que forem fiéis a Deus serão perseguidos, seus motivos impugnados, desvirtuados seus melhores esforços e seus nomes repudiados como perversos. Satanás trabalhará com todo o seu poder enganador para influenciar o coração e obscurecer o entendimento, a fim de que o mal pareça bem, e o bem mal” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 431).

Se podemos ser levados a chamar o mal bem e o bem mal, como podemos aprender a amar o bem e odiar o mal? Qual é a nossa única proteção contra esse engano?




Segunda

Ano Bíblico: 2Rs 22, 23 



Religião habitual


3. Leia Amós 5:23, 24Oseias 6:6Mateus 9:13 e Salmo 51:17. Qual é o princípio apresentado nesses textos e como aplicá-lo na vida espiritual? Podemos ser culpados de fazer exatamente o que devemos evitar?

Mais do que a maioria dos outros livros da Bíblia, Amós focaliza a injustiça, crueldade e desumanidade. Ele também apresenta a perspectiva divina sobre tais práticas. Amós pregou que Deus desprezava os rituais vazios do formalismo morto das pessoas, e Ele as chamava para a reforma. O Senhor não estava satisfeito com as formas de adoração exteriores e vazias oferecidas a Ele por aqueles que, ao mesmo tempo, estavam oprimindo os semelhantes para obter ganho pessoal. A vida deles revelava que haviam perdido de vista a essência do que significa seguir ao Senhor. Eles também tiveram uma compreensão totalmente errada do significado mais profundo de Sua lei.

Na verdade, Deus rejeitou seus rituais religiosos porque não procediam da fé. As palavras mais importantes de Amós 5:1-15 estão na ordem para buscar ao Senhor e viver (Am 5:6). A atitude de buscar ao Senhor é contrastada com o ato de fazer peregrinações aos famosos centros religiosos em Betel, Gilgal, e Berseba (Am 5:5), três cidades com santuários que estavam destinados à destruição.

O que Deus realmente queria era justiça e retidão na Terra. A ordem de “buscar ao Senhor” é paralela à ordem de “buscar o bem”. O Senhor chamou o remanescente a se distanciar das más práticas, do formalismo religioso, e deixar que a retidão corra como um rio; e a justiça, como um ribeiro perene. Embora a justiça envolva o estabelecimento do que é certo diante de Deus, a retidão é a qualidade de vida em relação a Deus e aos outros na comunidade. A imagem aqui apresentada é a de um povo religioso, cuja religião tinha sido degenerada em nada, senão formas e ritos sem a mudança de coração que deve acompanhar a verdadeira fé (Dt 10:16). Devemos ter muito cuidado!




Terça

Ano Bíblico: 2Rs 24, 25 



Chamado para ser profeta


Amós era de Tecoa, em Judá, mas Deus o enviou para profetizar em Israel. Ele foi ao reino do norte e pregou com tal poder que a terra não podia “sofrer todas as suas palavras” (Am 7:10). Certamente, muitos israelitas olharam para Amós com suspeita e o rejeitaram como mensageiro de Deus. Apesar da rejeição, ele cumpriu fielmente seu ministério profético.

4. Leia Amós 7:10-17. Como o profeta foi recebido? Que outros exemplos bíblicos revelam a mesma atitude? O que aprendemos com esses exemplos?

Entre os que não gostaram da pregação de Amós estava Amazias, sacerdote de Betel, que acusou o profeta de conspiração contra o rei de Israel. Betel foi um dos dois santuários reais, os próprios centros do culto apóstata. Amós havia predito em público que, se Israel não se arrependesse, seu rei morreria pela espada e o povo seria levado cativo. Amazias ordenou que Amós voltasse para a terra de Judá, onde suas mensagens contra Israel seriam mais populares.

Em sua resposta ao sacerdote, Amós afirmou que seu chamado profético viera de Deus. Alegou que não era um profeta profissional que podia ser contratado para profetizar. Amós se distanciou dos profetas profissionais que profetizavam em busca de ganho.

Falar a verdade não garante a aceitação, porque a verdade às vezes pode ser desconfortável e, se ela perturba os que estão no poder, pode despertar séria oposição. O chamado de Deus impeliu Amós a pregar de maneira tão franca e corajosa contra os pecados do rei e da nobreza do reino do norte que ele foi acusado de traição.

Qual é a nossa atitude quando ouvimos que nossas ações e nosso estilo de vida são pecaminosos e trarão punição sobre nós? O que nossa resposta diz sobre nós mesmos e sobre a necessidade de uma mudança de coração e atitude?




Quarta

Ano Bíblico: 1Cr 1–3 



O pior tipo de fome


5. “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a Terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão de mar a mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão” (Am 8:11, 12). Como devemos entender esses versos?

Em Amós 8, o profeta descreve os efeitos devastadores do juízo de Deus sobre o Israel impenitente. Deus punirá o povo por seus pecados enviando fome sobre a Terra. Mas nos versos 11 e 12, o profeta fala de fome e sede da Palavra de Deus. Essa tragédia se destacará acima de todas as outras, porque Ele ficará em silêncio, e nenhuma outra fome poderá ser pior.

Muitas vezes, quando o povo de Israel experimentava grande angústia, ele se voltava para o Senhor em busca de uma palavra profética, na esperança de orientação. Dessa vez, a resposta de Deus consistirá no silêncio. Uma parte do juízo de Deus sobre Seu povo será a retirada de Sua Palavra por meio dos Seus profetas.

Se o povo de Deus continuar a ser desobediente, diz o profeta, virá o tempo em que eles estarão ansiosos para ouvir a mensagem, mas será tarde demais para voltar à Palavra de Deus, na esperança de escapar do juízo. Esse é o resultado da recusa persistente de Israel em ouvir a mensagem de Deus por intermédio de Amós. Como Saul antes de sua última batalha (1 Sm 28:6), as pessoas um dia perceberão o quanto precisam da Palavra de Deus.

Uma população inteira procurará freneticamente a Palavra de Deus, a mesma Palavra que foi ignorada no tempo do profeta. Os jovens serão especialmente afetados. Enquanto as gerações anteriores tinham ouvido e rejeitado a Palavra de Deus, os jovens nunca terão a oportunidade de ouvir a proclamação profética.

6. Quais são os efeitos terríveis do silêncio de Deus? 1Sm 14:37Sl 74:9Pv 1:28Lm 2:9Os 5:6Mq 3:5-7

De que forma é possível silenciar a voz de Deus em nossa vida? Por mais assustador que seja esse pensamento, reflita sobre suas implicações. Como podemos ter certeza de que isso não acontecerá conosco?




Quinta

Ano Bíblico: 1Cr 4–6 


 

A restauração de Judá


O profeta se voltou da imagem obscura do pecado do povo e juízos resultantes para as promessas gloriosas da futura restauração (Am 9:11-15). O dia do Senhor, anteriormente descrito como dia do castigo (Am 5:18), agora é um dia de salvação, porque salvação, não punição, é a última palavra de Deus para Seu povo. No entanto, a salvação virá depois da punição, não em lugar dela.

Em meio a toda escuridão e destruição, Amós encerrou seu livro com uma mensagem de esperança. Diante da perspectiva de um exílio imediato, a dinastia de Davi havia caído tão fundo que já não podia ser chamada de casa, mas de cabana. Porém, o reino de Davi seria renovado e unido sob um único governante. Para além das fronteiras de Israel, outras nações invocariam o nome de Deus e desfrutariam de Suas bênçãos, juntamente com Israel. O livro termina com essa nota feliz e esperançosa.

Os profetas bíblicos não ensinaram que a punição divina existia por causa da punição em si. Por trás de quase todas as advertências estava o chamado para salvação. Embora a ameaça de exílio fosse iminente, o Senhor encorajou o remanescente com a promessa de restauração para a Terra. O remanescente desfrutaria da renovação da aliança. Os que experimentassem o juízo veriam Deus agindo para salvar e restaurar.

7. Qual é o cumprimento final das promessas de Amós sobre a restauração do povo de Deus? Lc 1:32, 33At 15:13-18

Muitos professores judeus consideravam Amós 9:11 uma promessa messiânica dada a Abrão, reafirmada a Davi, e expressa ao longo do Antigo Testamento. O novo rei da linhagem de Davi reinará sobre muitas nações, em cumprimento da promessa de Deus a Abrão (Gn 12:1-3). O Messias reinará até mesmo sobre os inimigos, como Edom. As ruínas restauradas do povo de Deus nunca mais serão destruídas.

Por meio da vinda de Jesus Cristo, o maior Filho de Davi, Deus cumpriu Sua bondosa promessa. Tiago citou essa passagem de Amós para mostrar que a porta da salvação está aberta para que os gentios participem plenamente dos privilégios da aliança confiada à igreja. No Messias prometido, descendente de Abraão e Davi, Deus ofereceria Suas bênçãos redentoras a judeus e gentios.

O cumprimento final dessas promessas a todos os que as aceitam, judeus ou gentios, será visto apenas na segunda vinda de Cristo. Como podemos manter viva essa esperança e promessa, não permitindo que ela desapareça em meio às tensões da vida?




Sexta

Ano Bíblico: 1Cr 7–9 



Estudo adicional


Nossa posição diante de Deus depende, não da quantidade de luz que temos recebido, mas do uso que fazemos da que possuímos. Assim, mesmo o pagão que prefere o direito, na proporção em que lhe é possível distingui-lo, acha-se em condições mais favoráveis do que os que têm grande luz e professam servir a Deus, mas desatendem a essa luz e, por sua vida diária, contradizem sua profissão de fé” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 239).

Perguntas para reflexão

1. Você odeia o mal e ama o bem, ou chama o mal bem e o bem mal? Por que esse perigo prevalece especialmente quando a cultura e a sociedade começam a mudar seus valores de forma a aceitar determinados comportamentos, estilos de vida e atitudes claramente condenadas na Bíblia? Não somos imunes às tendências culturais e sociais em que estamos imersos, não é verdade? Pense nas mudanças que aconteceram em sua cultura e sociedade ao longo dos anos. Por exemplo, que coisas antes consideradas vergonhosas e proibidas, agora são abertamente expressas, praticadas e consideradas boas ou, pelo menos, “não estão erradas”? Como essas mudanças afetaram as atitudes da igreja em relação a essas coisas? O que podemos fazer para não cair na armadilha perigosa de chamar o mal bem? Ao mesmo tempo, que mudanças culturais para o bem têm influenciado a igreja em um bom caminho, um modo que reflita mais de perto os princípios de amor e aceitação revelados pela vida de Jesus?

2. Pense mais na ideia de “fome” da Palavra de Deus. De que modo é provável que isso aconteça? Será que o Senhor esconderá propositalmente a verdade das pessoas, ou será que as atitudes delas as tornarão totalmente fechadas à Palavra?

3. Como adventistas do sétimo dia que têm tantos motivos para acreditar nas verdades recebidas, não estamos em perigo de pensar que nosso conhecimento dessas verdades é tudo de que precisamos? Como as verdades com as quais fomos abençoados devem afetar nossa maneira de viver e interagir com os outros, na igreja e em nossa comunidade? Como podemos viver as verdades que nos foram confiadas? Por que isso é tão importante?

Respostas sugestivas: 1. Procurando o bem e não o mal; estabelecendo a justiça; crescendo espiritualmente pelo conhecimento e prática da Palavra de Deus; apegando-se ao bem e à sabedoria. 2. “Ai dos que ao mal chamam bem [...]; que fazem da escuridade luz [...]; põem o amargo por doce [...]” 3. Se não praticamos a justiça, o som dos cânticos de louvor e dos instrumentos musicais não têm valor diante de Deus; misericórdia e conhecimento de Deus são mais importantes do que sacrifícios; arrependimento tem mais valor do que aparência de justiça. 4. Foi perseguido e acusado de conspiração. Jeremias, Zacarias (2Cr 24) e Elias também foram rejeitados, porque as pessoas não queriam ouvir a mensagem de Deus. 5. O Senhor deixaria de Se revelar ao povo, indicando Sua separação do povo rebelde. No futuro, o Espírito Santo será retirado dos pecadores impenitentes. 6. Saul não obteve resposta de Deus. O rompimento da comunicação com Deus destrói a prosperidade material; os que rejeitam a Deus, depois O procuram e não encontram; os profetas ficarão envergonhados. 7. O reinado do Messias sobre Israel e todas as nações que O aceitarem. 

Lição Adultos - Busquem o Senhor e Viva!


Lições Adultos

Busque ao Senhor e Viva!




Lição 5 - Busque o Senhor e viva! (Amós)

27 de abril a 4 de maio 




Sábado à tarde

Ano Bíblico: 2Rs 18, 19 



VERSO PARA MEMORIZAR:

“Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e, assim, o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis” (Am 5:14).



Leituras da Semana:

Pensamento-chave: Amós nos lembra que existe vida apenas quando buscamos o Senhor.

Houvessem os filhos de Israel sido leais ao Senhor, Ele teria cumprido Seu desígnio, honrando-os e exaltando-os. Houvessem andado nos caminhos da obediência, Ele os teria exaltado “sobre todas as nações que fez, para louvor, e para fama, e para glória” (Dt 26:19, RC). “Todos os povos da Terra verão que és chamado pelo nome do Senhor”, disse Moisés, “e terão temor de ti” (Dt 28:10, RC). “Os povos [...] ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande povo é gente sábia e inteligente” (Dt 4:6). Devido a sua infidelidade, porém, o desígnio de Deus só pôde ser executado por meio de contínua adversidade e humilhação (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 28).

Nesta semana, enquanto continuamos a estudar o livro de Amós, veremos ainda mais as maneiras pelas quais o Senhor apelou ao Seu povo para abandonar seus pecados e voltar a Ele, a única verdadeira fonte de vida. No fim, temos apenas uma entre duas opções: vida ou morte. Não há meio termo. Amós nos mostra um pouco mais sobre as grandes diferenças entre essas escolhas.




Domingo

Ano Bíblico: 2Rs 20, 21 



Odiar o mal, amar o bem


As coisas tinham se tornado muito ruins em Israel. Havia corrupção, opressão e pecado. Chegou o momento em que a própria sobrevivência da nação estava em jogo. Por essa razão, Amós compôs um cântico fúnebre para lamentar a iminente morte de Israel (Am 5:1-15). Muitas vezes, nos livros proféticos, não se faz distinção entre a palavra do profeta e a palavra do Senhor. Assim, a lamentação de Amós é também a lamentação de Deus sobre Israel.

O objetivo desse cântico fúnebre era estimular as pessoas a encarar a realidade. Se elas persistissem em seus pecados, certamente morreriam. Se, por outro lado, rejeitassem o mal e voltassem para Deus, viveriam. Em Sua perfeição de caráter, o Senhor espera de Seu povo conformidade com a Sua vontade.

1. Como se aprende a odiar o mal e amar o bem? Am 5:14, 15Hb 5:14Rm 12:9Pv 8:36

Amós convida as pessoas não apenas a parar de procurar o mal, mas também a odiá-lo e amar o bem. Nesta seção, as ordens são progressivas. Na Bíblia, os verbos amar e odiar (em hebraico ‘ahav e śane’), muitas vezes se referem a decisões e ações, e não simplesmente a sentimentos e atitudes. Em outras palavras, a mudança na atitude das pessoas leva à mudança em suas ações.

2. Nesse contexto, que advertência é encontrada em Isaías 5:20?

“Todo o que nesse dia mau se dispuser a servir a Deus com destemor, segundo os ditames de sua consciência, necessitará de coragem, firmeza e conhecimento de Deus e Sua Palavra. Os que forem fiéis a Deus serão perseguidos, seus motivos impugnados, desvirtuados seus melhores esforços e seus nomes repudiados como perversos. Satanás trabalhará com todo o seu poder enganador para influenciar o coração e obscurecer o entendimento, a fim de que o mal pareça bem, e o bem mal” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 431).

Se podemos ser levados a chamar o mal bem e o bem mal, como podemos aprender a amar o bem e odiar o mal? Qual é a nossa única proteção contra esse engano?




Segunda

Ano Bíblico: 2Rs 22, 23 



Religião habitual


3. Leia Amós 5:23, 24Oseias 6:6Mateus 9:13 e Salmo 51:17. Qual é o princípio apresentado nesses textos e como aplicá-lo na vida espiritual? Podemos ser culpados de fazer exatamente o que devemos evitar?

Mais do que a maioria dos outros livros da Bíblia, Amós focaliza a injustiça, crueldade e desumanidade. Ele também apresenta a perspectiva divina sobre tais práticas. Amós pregou que Deus desprezava os rituais vazios do formalismo morto das pessoas, e Ele as chamava para a reforma. O Senhor não estava satisfeito com as formas de adoração exteriores e vazias oferecidas a Ele por aqueles que, ao mesmo tempo, estavam oprimindo os semelhantes para obter ganho pessoal. A vida deles revelava que haviam perdido de vista a essência do que significa seguir ao Senhor. Eles também tiveram uma compreensão totalmente errada do significado mais profundo de Sua lei.

Na verdade, Deus rejeitou seus rituais religiosos porque não procediam da fé. As palavras mais importantes de Amós 5:1-15 estão na ordem para buscar ao Senhor e viver (Am 5:6). A atitude de buscar ao Senhor é contrastada com o ato de fazer peregrinações aos famosos centros religiosos em Betel, Gilgal, e Berseba (Am 5:5), três cidades com santuários que estavam destinados à destruição.

O que Deus realmente queria era justiça e retidão na Terra. A ordem de “buscar ao Senhor” é paralela à ordem de “buscar o bem”. O Senhor chamou o remanescente a se distanciar das más práticas, do formalismo religioso, e deixar que a retidão corra como um rio; e a justiça, como um ribeiro perene. Embora a justiça envolva o estabelecimento do que é certo diante de Deus, a retidão é a qualidade de vida em relação a Deus e aos outros na comunidade. A imagem aqui apresentada é a de um povo religioso, cuja religião tinha sido degenerada em nada, senão formas e ritos sem a mudança de coração que deve acompanhar a verdadeira fé (Dt 10:16). Devemos ter muito cuidado!




Terça

Ano Bíblico: 2Rs 24, 25 



Chamado para ser profeta


Amós era de Tecoa, em Judá, mas Deus o enviou para profetizar em Israel. Ele foi ao reino do norte e pregou com tal poder que a terra não podia “sofrer todas as suas palavras” (Am 7:10). Certamente, muitos israelitas olharam para Amós com suspeita e o rejeitaram como mensageiro de Deus. Apesar da rejeição, ele cumpriu fielmente seu ministério profético.

4. Leia Amós 7:10-17. Como o profeta foi recebido? Que outros exemplos bíblicos revelam a mesma atitude? O que aprendemos com esses exemplos?

Entre os que não gostaram da pregação de Amós estava Amazias, sacerdote de Betel, que acusou o profeta de conspiração contra o rei de Israel. Betel foi um dos dois santuários reais, os próprios centros do culto apóstata. Amós havia predito em público que, se Israel não se arrependesse, seu rei morreria pela espada e o povo seria levado cativo. Amazias ordenou que Amós voltasse para a terra de Judá, onde suas mensagens contra Israel seriam mais populares.

Em sua resposta ao sacerdote, Amós afirmou que seu chamado profético viera de Deus. Alegou que não era um profeta profissional que podia ser contratado para profetizar. Amós se distanciou dos profetas profissionais que profetizavam em busca de ganho.

Falar a verdade não garante a aceitação, porque a verdade às vezes pode ser desconfortável e, se ela perturba os que estão no poder, pode despertar séria oposição. O chamado de Deus impeliu Amós a pregar de maneira tão franca e corajosa contra os pecados do rei e da nobreza do reino do norte que ele foi acusado de traição.

Qual é a nossa atitude quando ouvimos que nossas ações e nosso estilo de vida são pecaminosos e trarão punição sobre nós? O que nossa resposta diz sobre nós mesmos e sobre a necessidade de uma mudança de coração e atitude?




Quarta

Ano Bíblico: 1Cr 1–3 



O pior tipo de fome


5. “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a Terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão de mar a mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão” (Am 8:11, 12). Como devemos entender esses versos?

Em Amós 8, o profeta descreve os efeitos devastadores do juízo de Deus sobre o Israel impenitente. Deus punirá o povo por seus pecados enviando fome sobre a Terra. Mas nos versos 11 e 12, o profeta fala de fome e sede da Palavra de Deus. Essa tragédia se destacará acima de todas as outras, porque Ele ficará em silêncio, e nenhuma outra fome poderá ser pior.

Muitas vezes, quando o povo de Israel experimentava grande angústia, ele se voltava para o Senhor em busca de uma palavra profética, na esperança de orientação. Dessa vez, a resposta de Deus consistirá no silêncio. Uma parte do juízo de Deus sobre Seu povo será a retirada de Sua Palavra por meio dos Seus profetas.

Se o povo de Deus continuar a ser desobediente, diz o profeta, virá o tempo em que eles estarão ansiosos para ouvir a mensagem, mas será tarde demais para voltar à Palavra de Deus, na esperança de escapar do juízo. Esse é o resultado da recusa persistente de Israel em ouvir a mensagem de Deus por intermédio de Amós. Como Saul antes de sua última batalha (1 Sm 28:6), as pessoas um dia perceberão o quanto precisam da Palavra de Deus.

Uma população inteira procurará freneticamente a Palavra de Deus, a mesma Palavra que foi ignorada no tempo do profeta. Os jovens serão especialmente afetados. Enquanto as gerações anteriores tinham ouvido e rejeitado a Palavra de Deus, os jovens nunca terão a oportunidade de ouvir a proclamação profética.

6. Quais são os efeitos terríveis do silêncio de Deus? 1Sm 14:37Sl 74:9Pv 1:28Lm 2:9Os 5:6Mq 3:5-7

De que forma é possível silenciar a voz de Deus em nossa vida? Por mais assustador que seja esse pensamento, reflita sobre suas implicações. Como podemos ter certeza de que isso não acontecerá conosco?




Quinta

Ano Bíblico: 1Cr 4–6 


 

A restauração de Judá


O profeta se voltou da imagem obscura do pecado do povo e juízos resultantes para as promessas gloriosas da futura restauração (Am 9:11-15). O dia do Senhor, anteriormente descrito como dia do castigo (Am 5:18), agora é um dia de salvação, porque salvação, não punição, é a última palavra de Deus para Seu povo. No entanto, a salvação virá depois da punição, não em lugar dela.

Em meio a toda escuridão e destruição, Amós encerrou seu livro com uma mensagem de esperança. Diante da perspectiva de um exílio imediato, a dinastia de Davi havia caído tão fundo que já não podia ser chamada de casa, mas de cabana. Porém, o reino de Davi seria renovado e unido sob um único governante. Para além das fronteiras de Israel, outras nações invocariam o nome de Deus e desfrutariam de Suas bênçãos, juntamente com Israel. O livro termina com essa nota feliz e esperançosa.

Os profetas bíblicos não ensinaram que a punição divina existia por causa da punição em si. Por trás de quase todas as advertências estava o chamado para salvação. Embora a ameaça de exílio fosse iminente, o Senhor encorajou o remanescente com a promessa de restauração para a Terra. O remanescente desfrutaria da renovação da aliança. Os que experimentassem o juízo veriam Deus agindo para salvar e restaurar.

7. Qual é o cumprimento final das promessas de Amós sobre a restauração do povo de Deus? Lc 1:32, 33At 15:13-18

Muitos professores judeus consideravam Amós 9:11 uma promessa messiânica dada a Abrão, reafirmada a Davi, e expressa ao longo do Antigo Testamento. O novo rei da linhagem de Davi reinará sobre muitas nações, em cumprimento da promessa de Deus a Abrão (Gn 12:1-3). O Messias reinará até mesmo sobre os inimigos, como Edom. As ruínas restauradas do povo de Deus nunca mais serão destruídas.

Por meio da vinda de Jesus Cristo, o maior Filho de Davi, Deus cumpriu Sua bondosa promessa. Tiago citou essa passagem de Amós para mostrar que a porta da salvação está aberta para que os gentios participem plenamente dos privilégios da aliança confiada à igreja. No Messias prometido, descendente de Abraão e Davi, Deus ofereceria Suas bênçãos redentoras a judeus e gentios.

O cumprimento final dessas promessas a todos os que as aceitam, judeus ou gentios, será visto apenas na segunda vinda de Cristo. Como podemos manter viva essa esperança e promessa, não permitindo que ela desapareça em meio às tensões da vida?




Sexta

Ano Bíblico: 1Cr 7–9 



Estudo adicional


Nossa posição diante de Deus depende, não da quantidade de luz que temos recebido, mas do uso que fazemos da que possuímos. Assim, mesmo o pagão que prefere o direito, na proporção em que lhe é possível distingui-lo, acha-se em condições mais favoráveis do que os que têm grande luz e professam servir a Deus, mas desatendem a essa luz e, por sua vida diária, contradizem sua profissão de fé” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 239).

Perguntas para reflexão

1. Você odeia o mal e ama o bem, ou chama o mal bem e o bem mal? Por que esse perigo prevalece especialmente quando a cultura e a sociedade começam a mudar seus valores de forma a aceitar determinados comportamentos, estilos de vida e atitudes claramente condenadas na Bíblia? Não somos imunes às tendências culturais e sociais em que estamos imersos, não é verdade? Pense nas mudanças que aconteceram em sua cultura e sociedade ao longo dos anos. Por exemplo, que coisas antes consideradas vergonhosas e proibidas, agora são abertamente expressas, praticadas e consideradas boas ou, pelo menos, “não estão erradas”? Como essas mudanças afetaram as atitudes da igreja em relação a essas coisas? O que podemos fazer para não cair na armadilha perigosa de chamar o mal bem? Ao mesmo tempo, que mudanças culturais para o bem têm influenciado a igreja em um bom caminho, um modo que reflita mais de perto os princípios de amor e aceitação revelados pela vida de Jesus?

2. Pense mais na ideia de “fome” da Palavra de Deus. De que modo é provável que isso aconteça? Será que o Senhor esconderá propositalmente a verdade das pessoas, ou será que as atitudes delas as tornarão totalmente fechadas à Palavra?

3. Como adventistas do sétimo dia que têm tantos motivos para acreditar nas verdades recebidas, não estamos em perigo de pensar que nosso conhecimento dessas verdades é tudo de que precisamos? Como as verdades com as quais fomos abençoados devem afetar nossa maneira de viver e interagir com os outros, na igreja e em nossa comunidade? Como podemos viver as verdades que nos foram confiadas? Por que isso é tão importante?

Respostas sugestivas: 1. Procurando o bem e não o mal; estabelecendo a justiça; crescendo espiritualmente pelo conhecimento e prática da Palavra de Deus; apegando-se ao bem e à sabedoria. 2. “Ai dos que ao mal chamam bem [...]; que fazem da escuridade luz [...]; põem o amargo por doce [...]” 3. Se não praticamos a justiça, o som dos cânticos de louvor e dos instrumentos musicais não têm valor diante de Deus; misericórdia e conhecimento de Deus são mais importantes do que sacrifícios; arrependimento tem mais valor do que aparência de justiça. 4. Foi perseguido e acusado de conspiração. Jeremias, Zacarias (2Cr 24) e Elias também foram rejeitados, porque as pessoas não queriam ouvir a mensagem de Deus. 5. O Senhor deixaria de Se revelar ao povo, indicando Sua separação do povo rebelde. No futuro, o Espírito Santo será retirado dos pecadores impenitentes. 6. Saul não obteve resposta de Deus. O rompimento da comunicação com Deus destrói a prosperidade material; os que rejeitam a Deus, depois O procuram e não encontram; os profetas ficarão envergonhados. 7. O reinado do Messias sobre Israel e todas as nações que O aceitarem.