sábado, 22 de setembro de 2012

Lição 13 - Conservando a Igreja Fiel - sábado, 29 de setembro de 2012


Lição 13 -- Conservando a igreja fiel (2Ts 2:13-3:18), 2012 TVNovoTempo


L13-3-2012: Conservando a igreja fiel


13- Conservando a igreja fiel - Epístolas aos Tessalonicenses - 3º Trime...


#13 - Conservando a igreja fiel - Esboço da Escola Sabatina (3Trim/12) d...


lição 13 (Jovens) Mantendo a igreja fiel

Lição 13
22 a 28 de setembro



Mantendo a igreja fiel

Casa Publicadora Brasileira – Lição dos jovens 1332012

“Irmãos, permaneçam firmes e apeguem-se às tradições que lhes foram ensinadas, quer de viva voz, quer por carta nossa” (2Ts 2:15).

Prévia da semana: Em vez de ser surpreendido e desanimado pelas dificuldades da vida cristã, o crente deve ter esperança em saber que Deus está presente com ele a fim de lhe prover a força para vencer.

Leitura adicional: 2 Tessalonicenses 2:13-17; Patriarcas e Profetas, p. 213-223

Domingo, 23 de setembro
cpb - introdução

Reflexões da infância



Quando eu tinha sete anos, minha mãe me deixou cuidando da minha irmã de três anos, enquanto ela foi buscar água num poço próximo. Ela me deu instruções claras do que fazer enquanto ela estivesse fora. Contudo, tão logo ela saiu, comecei a fazer exatamente o que eu queria. Primeiro, levei minha irmã para a cama dela e lhe disse que dormisse. Então fui brincar com meus amigos. Minha mãe voltou e encontrou minha irmã sozinha e em prantos. Quando escutei minha mãe me chamando furiosa, corri para casa tão rapidamente quanto pude, tentando pensar no que eu diria a ela.

Contudo, o ponto central da história era este: não fui fiel. Minha mãe me confiou os cuidados de minha irmã e eu havia falhado. A fidelidade das pessoas está sempre sendo posta à prova. Algumas vezes, as pessoas reprovam. Algumas vezes, elas passam. A fidelidade atravessa toda a extensão da vida humana – relacionamentos, finanças, escola, faculdade e mesmo a igreja. Como cristãos adventistas, temos uma mensagem única para ser compartilhada com o mundo. Somos favorecidos com a tarefa de ser mordomos fiéis dessa mensagem enquanto aguardamos pacientemente a vinda de Cristo. Fazemos isso para perpetuar a missão que o próprio Cristo instituiu.

A lição desta semana trata sobre maneiras pelas quais a igreja pode permanecer fiel. Em meio aos muitos desafios que enfrentamos como igreja, é nosso privilégio, como adventistas, projetar mais raios de luz nos caminhos escuros do nosso mundo. A solidariedade de adventistas ao redor do mundo é uma das marcas da nossa igreja. Que jamais nos dividamos! Que jamais percamos nosso caminho! Ao estudarmos a última palavra de Paulo aos cristãos em Tessalônica, inspiremo-nos a permanecer fiéis até que Cristo venha, não importam os desafios que tenhamos de enfrentar.

Mãos à Bíblia

1. Leia 2 Tessalonicenses 2:13-17. Por que Paulo agradeceu a Deus pelos tessalonicenses? O que ele pediu que eles fizessem? Por que essas palavras são tão apropriadas para nós hoje, ao nos aproximarmos do fim?

Para Paulo, a vida dos tessalonicenses era evidência de que eles tinham sido escolhidos como “primícias para ser salvos” (English Standard Bible). Embora a salvação seja um dom, o crente a experimenta por meio da santificação do Espírito e da fé na verdade. Por isso, Paulo estava tão preocupado em que os tessalonicenses se firmassem nas doutrinas nas quais haviam sido ensinados.

Jacqueline Achieng | Homa-bay, Quênia

Segunda, 24 de setembro
cpb - exposição

Mantendo a igreja fiel



Pregando a mensagem da verdade presente (Mt 7:24-27). Muitas pessoas acreditam que mudança frequentemente traz coisas boas. Geralmente, como cristãos, e especificamente, como adventistas, precisamos olhar para as mudanças de uma perspectiva diferente. Como a mudança causa impacto em nossa fé e na natureza do cristianismo? A parábola dos construtores sábio e tolo pinta dois cenários diferentes. Como cristão do século 21, lutando com as diversas mudanças nas áreas social, econômica, cultural e religiosa, o teste é se você está ou não efetivamente aplicando a Palavra de Deus em sua vida.

O que a Palavra de Deus faz em e por você? Podem as pessoas ver Cristo em suas ações e ouvi-Lo em suas palavras? Suas ações combinam com sua crença? Se não, estamos indo com as marés do mundo, e seremos levados pelas correntes da mudança.

Permitamos que o Construtor sábio seja nosso exemplo para que não afundemos nas tempestades que, com frequência, nos assolam.

Regras de amor (Mt 18:15-17; Lc 10:25-37). Quando amamos a Deus (os quatro primeiros dos Dez Mandamentos) aprendemos a amar os outros (os últimos seis mandamentos). Na igreja, é provável que surjam diferenças de opinião. Contudo, quando existe amor entre nós, nossas ações e palavras o revelam. Se rebaixarmos a importância do amor, perderemos nossa identidade como cristãos e traremos má reputação à nossa denominação.

Nosso amor (ou a falta dele) é visto pela nossa maneira de resolver discussões dentro e fora da igreja. Outro aspecto do amor cristão envolve nosso modo de tratar as pessoas em geral. As palavras e ações de Cristo enfatizavam que precisamos tratar todas as pessoas com amor. Então, só poderemos permanecer como igreja fiel se tivermos amor por Deus e pelos outros seres humanos. Amar de maneira semelhante à de Cristo significa que não guardamos registros negativos contra aqueles que nos feriram, porque tais assuntos foram resolvidos por Cristo na cruz. Isso nos capacita a seguir adiante como uma família unida em Cristo, não importa onde estejamos no mundo. Isso também nos habilita a ter bons relacionamentos com nossos vizinhos e com a comunidade.

Pondo a verdade à prova (At 17:11). Certos pilares da verdade definem a Igreja Adventista. Cremos que a Bíblia é a palavra oficial de Deus; que Jesus é nosso todo-suficiente Salvador; que o sétimo dia, o sábado é uma lembrança contínua de Seu amor; e que Jesus um dia voltará para levar Seus seguidores para o Lar.

É importante estudar esses pilares, porque “falsas verdades” proliferam quase todos os dias. Mesmo dentro de nossa própria igreja, falsos líderes provocam discórdia e levam as pessoas a questionar doutrinas básicas da Bíblia. Por essas razões, precisamos conhecer o que cremos. Precisamos testar outras crenças pela Palavra de Deus. “‘À lei e aos mandamentos!’ Se eles não falarem conforme esta palavra, vocês jamais verão a luz!” (Is 8:20).

Ao contrário dos judeus em Tessalônica, os judeus bereanos, em “sua prontidão para examinar o que foi proposto como verdade”,* submeteram o que escutaram ao crivo das Escrituras do Antigo Testamento. A Bíblia deve ser o campo de testes para todas as doutrinas. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça” (2Tm 3:16).

São muitos e variados os desafios que enfrentamos ao esperar a segunda vinda de Cristo. Contudo, em nosso coração, sabemos que Deus nos chamou para a nobre tarefa de dizer ao mundo escuro a verdade como ela é em Jesus. A obra de manter a igreja fiel até a vinda de Cristo depende de nosso desejo de andar nas pegadas dEle, que é o nosso exemplo.

Para que alcancemos esse grau de lealdade, precisamos encorajar uns aos outros e nos envolvermos em toda boa ação, usando sempre boas palavras. Cristo pode voltar a qualquer hora. Mas será que isso deveria nos fazer deixar todas as coisas boas que estamos fazendo agora e apenas esperar? Não! Nossas boas ações contínuas são parte do que significa ser fiel à verdade. Além disso, precisamos orar sem cessar, ser constantes em nossa crença e viver de acordo com a santa lei de amor de Deus.

* SDA Bible Commentary, v. 6, 1ª ed., p. 344.

Pense nisto

1. Como fazer o bem atrai outros para a verdade?
2. Sobre quais assuntos alguns membros têm discordado? Por que é tão importante que esses assuntos sejam compreendidos corretamente?
3. Como a igreja tem mantido sua fidelidade ao longo dos tempos?

Mãos à Bíblia

2. Leia 2 Tessalonicenses 3:1-5. Embora os desafios à nossa fé estejam sempre presentes, Paulo expressa esperança. Qual é a base dessa esperança, e qual é a condição em que podemos ter segurança para reivindicá-la? Lc 10:25-28; Dt 8:1

Nem todos os homens têm “fé”, mas o Senhor é “fiel”. Esse Senhor fiel e confiável os protegerá contra o maligno. A boa notícia é que, embora Satanás seja mais poderoso do que nós, o Senhor é mais poderoso do que ele, e podemos encontrar segurança e força no Senhor. Mesmo em meio a provações e sofrimento, as cartas de Paulo são sempre repletas de fé, certeza e esperança.

Alice Adhiambo | Nairobi, Quênia


Terça, 25 de setembro
cpb - testemunho

Quando Cristo vai voltar?


“A igreja é edificada tendo Cristo como seu fundamento; deve obedecer a Cristo como sua cabeça. Não tem de confiar em homem, nem ser por homem controlada. Muitos pretendem que uma posição de confiança na igreja lhes dá autoridade para ditar o que outros hão de crer e fazer. Essa pretensão não é sancionada por Deus. O Salvador declara: ‘Todos vós sois irmãos.’ Todos estão expostos à tentação e sujeitos ao erro. Em nenhum ser finito podemos confiar quanto à direção. A Rocha da fé é a presença viva de Cristo na igreja. Nela pode confiar o mais débil, e os que mais fortes se julgam se demonstrarão os mais fracos, a não ser que façam de Cristo Sua eficiência” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 414).

“Ensinadores da mentira surgirão a fim de desviar-vos do caminho apertado e da porta estreita. Acautelai-vos com eles; conquanto ocultos em peles de ovelhas, são interiormente lobos devoradores. Jesus dá uma prova pela qual os falsos mestres se podem distinguir dos verdadeiros. ‘Por seus frutos os conhecereis’, diz Ele. ‘Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?’ (Mt 7:16).

“Não nos é recomendado que os provemos por seus belos discursos e exaltadas profissões de fé. Devem ser julgados pela Palavra de Deus. À ‘Lei, e ao Testemunho: se eles não falarem segundo esta Palavra, é porque não têm iluminação’ (Is 8:20, Trad. Trinitariana). ‘Se você parar de ouvir a instrução, Meu filho, irá afastar-se das palavras que dão conhecimento’ (Pv 19:27). Que mensagem trazem esses mestres? Acaso ela induz vocês a reverenciar e temer a Deus? A manifestar seu amor para com Ele mediante a lealdade a Seus mandamentos?” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 145).

Muitas pessoas têm deixado a igreja porque acham que a vinda de Cristo foi adiada. No entanto, estamos mais perto que nunca do grande evento. Por isso é importante continuarmos contando aos outros sobre a vinda de Jesus.

Pense nisto

1. Em sua comunidade, o que está acontecendo que pode trazer mudança em sua mente sobre a mensagem da verdade? Como a igreja e você individualmente podem combater essas mudanças a fim de permanecerem fiéis até o fim?
2. Como a igreja pode provar para o mundo que o Espírito de Profecia, que é parte de nossa mensagem, é realmente verdadeiro e válido?

Mãos à Bíblia

3. Leia 2 Tessalonicenses 3:6-8, 14. De acordo com os textos, o que Paulo incluía em seu conceito de verdade?

Na igreja cristã primitiva, os escritos dos apóstolos foram considerados totalmente iguais aos dos profetas do Antigo Testamento e podem ser chamados de “Escrituras” (2Pe 3:2, 16). Esses textos revelam a importância das ações de Paulo para os tessalonicenses. Para eles, tradição significava mais do que apenas as cartas de Paulo. Ela incluía tudo o que Paulo havia dito, enquanto esteve em Tessalônica, e também as ações dele, que deveriam ser imitadas. O apóstolo testemunhava tanto por sua vida e ações quanto por suas palavras. Nossa vida reflete as verdades que nos foram dadas?

Esther Aoko | Kisumu, Quênia

Quarta, 26 de setembro
cpb - evidência

Permanecendo fiel


Daniel é um excelente exemplo de fidelidade. Vivendo como cativo numa terra estrangeira, ele enfrentou muitos desafios por sua fé. Contudo, pela graça de Deus, ele foi capaz de permanecer leal. Por causa de sua fidelidade, o rei reconheceu os pontos fortes de Daniel e o colocou numa posição de poder.

Porém, aceitar esse poder não era sem risco. Ele encontrou forte oposição e desafios que poderiam tê-lo feito comprometer sua fé, jogando seus princípios por terra. No entanto, ele suportou cada tempestade. Por mais de seis décadas ele conquistou favor em Babilônia, usando seus talentos dados por Deus enquanto trabalhava para uma série de reis pagãos. Sim, houve desafios. Mas ele continuou sendo respeitoso, diligente e, acima de tudo, fiel a Deus.

Apesar da ameaça de morte, Daniel não se prostrou para a imagem criada pelo rei. “Com decreto ou sem decreto, esse homem de Deus sentiu que devia continuar com seu hábito regular de oração. Deus era para ele a fonte de toda a sabedoria e sucesso na vida. O favor do Céu lhe era mais precioso do que a própria vida. Sua conduta era o resultado natural de sua confiança em Deus.”*

Na época em que Daniel foi jogado na cova dos leões, ele não tinha sequer uma única vez comprometido sua fé. Ele não se prostraria diante dos deuses pagãos, mesmo quando ameaçado de morte. Que cada um de nós tenha tamanha fé e coragem! Com os desafios que frequentemente enfrentamos como igreja, também precisamos da fé que teve Daniel e de determinação para não nos poluirmos com os caminhos pecaminosos do mundo de hoje. Tal fé é possível por meio do poder incrível da oração e do Espírito Santo de Deus habitando em nós.

* SDA Bible Commentary, v. 4, p. 812.

Pense nisto

1. Quais são alguns dos principais desafios e oposição que nossa igreja enfrenta hoje?
2. Como podemos permanecer fiéis, tanto como indivíduos quanto como igreja?
3. A esperança na segunda vinda de Cristo fortalece sua fé? Como?
4. Ponderadamente, considere seus hábitos de oração. O que as seguintes passagens nos ensinam sobre oração? Sl 62:8; Fp 4:6; Hb 4:15, 16; Tg 1:5, 6; 1Pe 4:7

Mãos à Bíblia

4. Que problema específico Paulo enfrentou na igreja de Tessalônica? 2Ts 3:9-12

Na igreja de Tessalônica, um grupo significativo de membros vivia desordenadamente (2Ts 3:6, 11). De acordo com 2 Tessalonicenses 3:8, Paulo trabalhou “de noite e de dia” a fim de criar um modelo de como todos deviam cuidar de suas próprias necessidades. Nessa passagem, Paulo não estava criticando os esforços para cuidar dos necessitados. O alvo da preocupação eram pessoas voluntariamente ociosas. O apóstolo ordenou “no Senhor Jesus Cristo” que eles seguissem seu exemplo e conquistassem o direito de falar ao cuidar primeiramente de suas próprias necessidades (2Ts 3:12).

Bob Collins | Nairobi, Quênia


Quinta, 27 de setembro
cpb - aplicação

Mantendo a fidelidade


Adventista do sétimo dia. O próprio nome de nossa igreja se refere à segunda vinda de Cristo. Desde o início de nossa igreja, a vinda de Jesus tem sido uma das luzes guias de nossa igreja, distinguindo-a de muitas outras crenças. Independentemente das mudanças com que nos deparamos na sociedade, precisamos jamais perder de vista essa luz. Abaixo estão coisas que, com a ajuda de Deus, podemos fazer para permanecer fiéis e centralizados na vinda de Cristo.

Ser vigilantes. Estamos constantemente enfrentando mudanças de um tipo ou de outro que podem abalar nossa base espiritual. Isso exige vigilância para que, ao continuarmos a viver neste mundo pecaminoso, mantenhamos nossa identidade como igreja remanescente de Deus. Temos a obrigação de exercer discernimento que diferencie entre mudanças boas e ruins.

Ter consciência da presença de Deus. Apesar do dilema, lembremo-nos sempre de que Deus está ao nosso lado. Oração, estudo da Bíblia, meditar na Palavra de Deus e serviço pelos outros são coisas que nos ajudam a permanecer conectados nEle.

Nunca desistir. Não nos cansemos de esperar a vinda de Cristo. Não sejamos como as virgens que ficaram sem óleo enquanto esperavam o noivo (Mt 25:1-13). Oremos para que o Espírito Santo nos supra com óleo espiritual para nos sustentar até que chegue nosso Noivo celestial.

Confiar na Palavra de Deus. “A Tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” (Sl 119:105). Ao combatermos todas as mudanças ruins que acontecem antes da vinda de Cristo, deixemos que nossas decisões sejam guiadas pela luz constante das Escrituras.

Pense nisto

1. Como sua igreja local lida com as mudanças negativas em sua comunidade? Como você acha que a igreja mundial deveria lidar com mudanças consideradas negativas?
2. Dado o estado atual das coisas, você acha que é possível para nossa igreja manter sua fé? Explique sua resposta.

Mãos à Bíblia

5. De acordo com Mateus 18:15-17, como a igreja deve tratar uma pessoa que foi afastada da comunhão?

6. O que Paulo disse sobre disciplina na igreja? 2Ts 3:13-15

Aplicar corretamente Mateus 18 e 2 Tessalonicenses 3 à vida contemporânea é um desafio. Não há duas pessoas iguais. Não há duas situações iguais. Em alguns casos, o perdão amolece o coração de um ofensor e traz reconciliação à igreja. Em outros casos, ofensores endurecidos podem responder apenas a um amor duro o bastante para confrontar e administrar as consequências. Mas o amor severo não é uma licença para o abuso. A pessoa disciplinada ainda deve ser tratada como parte da família. A igreja deve manter a consciência de que o agressor é um irmão “pelo qual Cristo morreu” (Rm 14:15; 1Co 8:11).

George Otieno | Mbita Point, Quênia


Sexta, 28 de setembro
cpb - opinião

Devemos construir sobre a rocha?


Enquanto escrevo este artigo, estou escutando a música “My life is in Your hands” [Minha vida em Tuas mãos], de Kirk Franklin.* Estou fazendo isso para refletir no terremoto e no tsunami que mataram mais de 20 mil pessoas. Perdi mais de três familiares próximos nos últimos nove meses. Recentemente, ouvi meus colegas do escritório discutindo profecias sobre as quais eles tinham lido na internet. Uma das profecias a que eles se referiram era justamente a da segunda vinda de Cristo.

Com base em tudo que está acontecendo à nossa volta, precisamos nos perguntar se podemos ou não permanecer fiéis. Será nossa fé forte o suficiente para resistir a todos os eventos turbulentos que estão ocorrendo no mundo e, às vezes, mesmo em nossa vida pessoal? De que modo jovens lutando contra a falta de emprego podem permanecer fiéis? Como podem crer que Deus toma conta deles?

Agora, mais do que nunca, a igreja precisa de homens e mulheres leais que permaneçam fiéis a Deus, que não sejam intimidados nem vendidos por preço algum. Estou me perguntando o que exatamente preciso fazer para estar nessa categoria de homens e mulheres que permanecerão firmes em sua fé até que Cristo venha.

Uma coisa sobre a qual Paulo admoestou os tessalonicenses foi a ociosidade. Ociosidade relativa ao trabalho físico e mental pode ser um impedimento à fidelidade. Precisamos adotar o espírito do construtor sábio. Precisamos escolher Cristo como nosso Salvador e permanecer nEle até o fim. Evitando mentes e mãos preguiçosas e abraçando o hábito da oração persistente e atividade positiva, podemos alcançar nosso objetivo de fidelidade.

Concordo com o conselho de Paulo aos tessalonicenses sobre não ser ocioso. Satanás pode rapidamente encher a mente preguiçosa com todo tipo de ideias e planos maus. Ele sabe que o tempo dele está cada vez mais curto porque a vinda de Cristo está cada vez mais próxima. O inimigo está constantemente tentando nos enganar. Contudo, quando preenchermos a mente com as promessas e a verdade de Deus; quando desenvolvermos ao máximo nossos dons espirituais, então teremos uma razão para sorrir quando nosso Salvador aparecer para nos levar para casa.

* Para ler esse texto, acesse http://www.azlyrics.com/lyrics/kirkfranklin/mylifeisinyourhands.html [tradução em português: http://letras.terra.com.br/kirk-franklin/195872/traducao.html].

Mãos à obra

1. Pense nos tipos de situações em que é um desafio ser fiel a Deus e saber o que é certo. Planeje como você pode se fortalecer para se deparar com essas situações e sair vitorioso, ou como você pode evitá-las inteiramente.
2. Encontre promessas bíblicas para aqueles que permanecem fiéis. Parafraseie-as em suas próprias palavras num caderno atrativo ou no computador.
3. Escute ou cante a canção mencionada pelo autor da lição de hoje, “My life is in Your hands”. Discuta com os outros a mensagem dessa canção.
4. Pense em passos concretos que você pode dar para colocar sua fé em prática. Por exemplo, que ministérios/departamentos em sua igreja podem usar seus talentos? Como poderia sua comunidade ser beneficiada por seus talentos?
5. Inicie um bom hábito como, por exemplo, exercitar-se diariamente. Desenvolva disciplina e peça ajuda a Deus para permanecer fiel a esse hábito. Se possível, peça aos seus amigos que o encorajem.

Ann Adoyo | Kisumu, Quênia

Lição 13 (adultos) "Conservando a Igreja Fiel"

Lição 13
22 a 29 de setembro



Conservando a igreja fiel (2Ts 2:13-3:18)

Casa Publicadora Brasileira – Lição 1332012




Sábado à tarde
Ano Bíblico: Obadias e Jonas

VERSO PARA MEMORIZAR: “Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa” (2Ts 2:15).

Leituras da semana: 2Ts 2:13-3:18; At 17:11; Lc 10:25-28; Mt 7:24-27; 18:15-17

Pensamento-chave: Na igreja, mesmo com todas as grandes e gloriosas promessas para o futuro, temos que enfrentar lutas e desafios diários. A igreja de Tessalônica não foi exceção.

As igrejas são muito parecidas com as plantas. Se uma planta não crescer, morrerá. Em outras palavras, a mudança está relacionada à forma pela qual as plantas foram projetadas por Deus. De igual maneira, uma igreja que não mudar nem crescer, também morrerá. Mas nem todas as mudanças são boas. A mudança pode nos afastar daquilo que somos. Ela pode nos levar a perder o contato com o propósito de Deus para nós. A Igreja Adventista do Sétimo Dia deve estar especialmente atenta porque, além de nós, ninguém está proclamando a mensagem da verdade presente! Essa é uma pesada responsabilidade, da qual jamais devemos nos esquecer.

Por meio da revelação e da harmonia promovida pelo Espírito Santo, Deus conduziu a igreja a uma luz ainda maior. A luz do passado ajuda a igreja a navegar pelas águas perigosas da mudança. As palavras finais de Paulo aos tessalonicenses nos dão orientação inspirada quanto a essa questão decisiva.

Domingo
Ano Bíblico: Mq 1–4


Fiéis por escolha divina (2Ts 2:13-17)


Alinguagem desta seção relembra a oração no início de 1 Tessalonicenses. É quase como se Paulo estivesse retornando ao lugar em que começou, criando uma conclusão natural para essas duas cartas. Paulo expressou a preocupação de que os crentes em Tessalônica não se desviassem do caminho no qual ele os havia conduzido.

1. Leia 2 Tessalonicenses 2:13-17. Por que Paulo agradeceu a Deus pelos tessalonicenses? O que ele pediu que eles fizessem? Por que essas palavras são tão apropriadas para nós hoje, ao nos aproximarmos do fim?

Para Paulo, a vida dos tessalonicenses era evidência de que eles tinham sido escolhidos como “primícias para ser salvos” (English Standard Bible). Em algumas traduções, as palavras são: “desde o princípio”. Embora a salvação seja um dom, o crente a experimenta por meio da santificação do Espírito Santo e fé na verdade. A vida do cristão, em lugar de ser apenas uma experiência subjetiva, está solidamente fundamentada na verdade.

Por isso, Paulo estava tão preocupado em que os tessalonicenses se firmassem nas doutrinas nas quais haviam sido ensinados, tanto por carta quanto pela palavra falada. Com o tempo, muitas vezes, muda a compreensão que as pessoas têm da verdade. Por isso precisamos ser sempre confirmados pelos que pregam e nos ensinam.

Nos primeiros dias da igreja, havia até mesmo uma preferência pela tradição oral sobre a tradição escrita. A tradição oral é menos sujeita à distorção involuntária. Tom de voz e gestos comunicam significado com mais precisão do que palavras em uma página. Por isso, a pregação como método de comunicação jamais envelhece.

Mas a tradição escrita, como nas cartas de Paulo, é menos sujeita a distorções intencionais por aqueles que alteram o evangelho segundo seus próprios interesses. A palavra escrita oferece uma norma segura e imutável pela qual podem ser postas à prova as mensagens orais que surgem por meio da pregação. No livro de Atos, os bereanos foram elogiados porque combinaram a atenção às mensagens orais com o exame cuidadoso das Escrituras (At 17:11).

Leia novamente os textos para hoje. Tantas forças estão sempre tentando nos afastar da verdade! Considere como você mudou ao longo do tempo. Essas mudanças revelam uma lenta e constante adequação à verdade ou o movimento lento, constante para longe dela? Em outras palavras, em que direção sua vida está se movendo?

Segunda
Ano Bíblico: Mq 5–7


Confiança diante do mal (2Ts 3:1-5)


No mundo de hoje, muitas pessoas riem da ideia de um Satanás literal. Na mente delas, ele é um mito, um resquício de uma era supersticiosa e pré-científica. Elas acham que o bem e o mal são simplesmente consequências aleatórias de causa e efeito. Na mente de algumas pessoas, o bem e o mal são apenas conceitos construídos culturalmente em relação a tempos e lugares específicos, nada mais.

Mas a Bíblia afirma claramente que Satanás é real. E, muitas vezes, em algumas partes do mundo, para ele é vantajoso se esconder ou até mesmo permitir que as pessoas zombem dele e o representem na forma de um diabo vermelho com chifres. Essa caricatura alcança muito sucesso em fazer com que as pessoas pensem que ele não é real, o que é exatamente o desejo dele.

2. Leia 2 Tessalonicenses 3:1-5. Embora os desafios à nossa fé estejam por aí, Paulo expressa esperança. Qual é a base dessa esperança, e qual é a condição em que podemos ter segurança para reivindicá-la? Lc 10:25-28; Dt 8:1

Paulo começa esse texto com um pedido de oração (como em 1Ts 5:25) para que o evangelho se espalhe rapidamente e seja honrado por meio de seu trabalho. Paulo também quer que eles orem para que ele seja liberto dos homens maus (2Ts 3:2). A expressão aqui implica que ele tinha em mente indivíduos específicos que os destinatários da carta podiam até não conhecer.

Em seguida, Paulo usa um jogo de palavras (2Ts 3:2, 3). Nem todos os homens têm “fé” (confiança em, ou compromisso com Deus), mas o Senhor é “fiel” (confiável, alguém que inspira fé e comprometimento). Esse Senhor fiel e confiável os protegerá contra o maligno, ou Satanás. A boa notícia é que, embora Satanás seja mais poderoso do que nós, o Senhor é mais poderoso do que Satanás, e nEle podemos encontrar segurança e força.

Paulo termina esse texto (2Ts 3:4, 5) elogiando mais uma vez os tessalonicenses e oferecendo uma oração em seu favor. Ele estava seguro de que eles estavam fazendo o que ele havia pedido e de que continuariam a proceder assim, apesar da oposição de Satanás e das pessoas que ele inspirava. Ele expressa o desejo de que o Senhor dirija a atenção deles ao “amor de Deus” e à “constância de Cristo”.

Como podemos aprender a ter fé, esperança e certeza, independentemente das circunstâncias difíceis?

Terça
Ano Bíblico: Naum


As Escrituras e a tradição (2Ts 3:6-8)


Quando Jesus andou na Terra, não havia o Novo Testamento. A Bíblia de Jesus era o “Antigo Testamento”. Mas, desde o início, a obediência às palavras faladas de Jesus foi a atitude sábia manifestada por Seus seguidores (Mt 7:24-27).

As palavras e ações de Jesus continuaram a ser autoritativas para a igreja nos anos que se seguiram (1Ts 4:15; At 20:35; 1Co 11:23-26). Por meio da inspiração do Espírito Santo, os apóstolos foram guiados a uma interpretação correta das Suas palavras e do significado de Suas ações (Jo 15:26, 27; 16:13-15). E antes que a primeira geração de cristãos saísse de cena, os escritos dos apóstolos foram considerados totalmente iguais aos dos profetas do Antigo Testamento e podem ser chamados de “Escrituras” (2Pe 3:2, 16).

3. De acordo com 2 Tessalonicenses 3:6-8, 14, o que Paulo incluía em seu conceito de verdade?


Quando Paulo chegou a Tessalônica, a igreja primitiva considerava as palavras de Jesus e os ensinamentos dos apóstolos como suprema autoridade. Nos tempos do Novo Testamento, “tradição” não era necessariamente uma palavra ofensiva, mas podia se referir à memória das palavras e ações de Jesus e podia incluir os ensinamentos orais e os escritos dos apóstolos. A tradição era para eles equivalente ao que as Escrituras são para nós. Ela podia ser ordenada e devia ser obedecida.

Para os tessalonicenses, tradição significava mais do que apenas as cartas de Paulo. Incluía tudo o que Paulo havia dito, enquanto estivera em Tessalônica e também as suas ações, que deviam ser imitadas. O fato de que Paulo havia trabalhado arduamente para se sustentar em Tessalônica não demonstrava apenas que ele se importava com eles (1Ts 2:9); isso era uma “tradição” que ele esperava que eles aplicassem na própria vida.

Paulo trabalhou “dia e noite” para não ser um fardo a ninguém. E qualquer pessoa em Tessalônica que vivesse de maneira diferente estaria com problemas. Assim, a definição de Paulo sobre as pessoas desordeiras não se limitava aos perturbadores na igreja ou na comunidade; ela incluía todos os que não seguissem os ensinamentos ou práticas dos apóstolos.

Paulo testemunhava tanto por sua vida e ações quanto por suas palavras. Nossa vida reflete as verdades que nos foram dadas?

Quarta
Ano Bíblico: Habacuque

Trabalhar e comer (2Ts 3:9-12)


4. Que tipo único de problema Paulo enfrentou na igreja de Tessalônica? 2Ts 3:9-12


Nesses versos, Paulo aplica a uma situação específica, a tradição do que ele faz e diz. Um grupo significativo de membros vivia desordenamente (2Ts 3:6, 11). Na carta anterior, Paulo havia mencionado o problema e o havia abordado de modo gentil (1Ts 4:11, 12; 5:14). Mas, dessa vez, ele usou uma linguagem muito mais forte.

Como apóstolo, Paulo poderia ter exigido que a igreja lhe oferecesse salário, habitação e alimentação. Mas em 1 Tessalonicenses ele tinha dado o exemplo de trabalhar noite e dia a fim de não ser um fardo para eles (1Ts 2:9). Esse foi um exemplo de amor. Mas, de acordo com 2 Tessalonicenses 3:8, ele também trabalhou “de noite e de dia” a fim de criar um modelo de como todos deviam cuidar de suas próprias necessidades, tanto quanto possível.

Se Paulo tivesse apenas dado um exemplo, alguns poderiam ter respondido que a tradição não estava clara. Mas ele havia também abordado essa questão com palavras. Durante o curto período em que esteve com eles (como é sugerido pelo pretérito imperfeito no grego), o apóstolo frequentemente havia pronunciado um ditado popular como uma ordem: “Se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2Ts 3:10).

Nesse texto, Paulo não está criticando os esforços para cuidar dos necessitados, aqueles que não podem cuidar de si mesmos. Afinal, o próprio Jesus deixou um exemplo poderoso de compaixão para com aqueles cujas circunstâncias os haviam deixado desamparados ou necessitados.

Em vez disso, o alvo da preocupação de Paulo eram as pessoas voluntariamente ociosas. Elas eram intrometidas e cuidavam dos negócios de todas as pessoas, exceto dos seus próprios (2Ts 3:11). Como alguns dos filósofos populares no mundo antigo, elas preferiam uma vida de comodidade em lugar do trabalho. Talvez passassem o tempo discutindo teologia ou criticando o comportamento alheio, em vez de obter a própria subsistência. Paulo, ordenou “no Senhor Jesus Cristo”, que elas seguissem seu exemplo e conquistassem o direito de falar ao cuidar primeiramente de suas próprias necessidades (2Ts 3:12).

É incrível que, logo no começo da história da igreja, Paulo tivesse que lidar com tantos problemas entre os membros. Como isso deve nos proteger (e especialmente os novos membros) da expectativa de que nossas igrejas estejam cheias de pessoas santas? Mais importante ainda, como podemos ser uma força positiva na igreja local, apesar das nossas falhas e fraquezas?

Quinta
Ano Bíblico: Sofonias


Amor severo (2Ts 3:13-15)


5. De acordo com Mateus 18:15-17, como a igreja deve tratar uma pessoa que foi afastada da comunhão?

A questão da disciplina é um dos assuntos mais difíceis que a igreja local enfrenta. Muitas vezes, um membro errante é irmão, mãe, filho, primo ou melhor amigo de outro membro da igreja. Alguns membros preferem nunca disciplinar ninguém. Outros preferem sanções duras. Como a igreja pode encontrar a vontade de Deus no meio de tantos interesses conflitantes?

Mateus 18 sugere um processo claro e simples. Primeiro, uma conversa pessoal entre o ofensor e o ofendido. O contexto indica que o perdão deve ser o objetivo da conversa, sempre que possível (Mt 18:21-35). Segundo, o membro ofendido deve levar com ele uma ou duas pessoas para evitar confusão quanto ao que for dito por uma parte ou outra. Somente depois que essas duas primeiras etapas forem seguidas cuidadosamente, o processo deve ir para a comissão da igreja. Então, se o ofensor não responder à igreja como um todo, deve ser tratado como “gentio e publicano” (Mt 18:17).

Aqui está o problema. O que significa tratar alguém como gentio e publicano? Há pelo menos duas possibilidades diferentes. Por um lado, Jesus poderia estar chamando a igreja para se afastar do infrator do modo como os gentios e cobradores de impostos eram evitados na sociedade em que Ele cresceu. Por outro lado, poderia ser um chamado para tratar os desprezados assim como Jesus tratava os gentios e cobradores de impostos (com perdão e compaixão).

6. O que Paulo disse sobre disciplina na igreja? 2Ts 3:13-15

Aplicar corretamente Mateus 18 e 2 Tessalonicenses 3 à vida contemporânea é um desafio. Não há duas pessoas iguais. Não há duas situações iguais. Em alguns casos, o perdão amolece o coração de um ofensor e traz reconciliação à igreja. Em outros casos, ofensores endurecidos podem responder apenas a um amor duro o bastante para confrontar e administrar as consequências. Por isso, a Associação Geral não desliga nenhuma pessoa. Tais processos delicados são mais bem tratados pela igreja local, onde o ofensor é mais conhecido.

O amor severo não é uma licença para o abuso. De acordo com o verso 15, a pessoa disciplinada ainda deve ser tratada como parte da família. A igreja deve manter a consciência de que o agressor é um irmão “pelo qual Cristo morreu” (Rm 14:15; 1Co 8:11).

Que experiências você teve com a disciplina da igreja? Como a igreja pode manter um equilíbrio entre o confronto e a aceitação?

Sexta
Ano Bíblico: Ageu


Estudo adicional


Os crentes de Tessalônica eram muito incomodados por homens que chegaram ao seu meio com opiniões e doutrinas fanáticas. Alguns andavam “desordenadamente, não trabalhando; antes, se [intrometendo] na vida alheia” (2Ts 3:11). A igreja havia sido devidamente organizada, e tinham sido designados oficiais a fim de agir como pastores e diáconos. Mas havia alguns rebeldes e impetuosos, que não se sujeitavam aos que exerciam os cargos de autoridade na igreja” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 261).

“Paulo não dependeu inteiramente do trabalho de suas mãos para se manter enquanto esteve em Tessalônica... (Fp 4:16). Não obstante o fato de haver recebido esse auxílio, ele foi cuidadoso em dar aos tessalonicenses um exemplo de diligência, para que ninguém pudesse com razão acusá-lo de cobiça e também para que os que mantinham pontos de vistas fanáticos referentes ao trabalho manual recebessem uma reprovação prática” (Ibid., p. 348, 349).

“O costume de apoiar homens e mulheres ociosos por meio de dádivas particulares ou dinheiro da igreja os encoraja em hábitos pecaminosos, e esse caminho deve ser conscientemente evitado” (Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 7, p. 912).

Perguntas para reflexão
1. Como a igreja pode manter o equilíbrio entre manter as verdades confirmadas no passado e seguir a crescente luz divina?
2. Como podemos lidar com os rebeldes e problemáticos na igreja, que sempre parecem estar reclamando de alguma coisa? E quanto aos que estão expressando preocupações sobre problemas reais?
3. Resuma a mensagem de Paulo aos tessalonicenses nessas duas cartas, de uma forma que as torne relevantes para a situação da nossa igreja.

Resumo: As duas cartas de Paulo aos Tessalonicenses nos ensinam muito acerca de como ser uma igreja em um ambiente difícil. Por mais diferente que tenha sido o contexto imediato com que ele lidou, em relação ao nosso, os princípios que ele defendeu são duradouros e eternos, porque são inspirados pelo próprio Senhor.

Respostas sugestivas: 1: Porque Deus os havia escolhido para salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade; mediante o evangelho eles foram chamados para alcançar a glória de Cristo; pediu que permanecessem firmes e guardassem as tradições ensinadas pelos apóstolos. 2: O Senhor é fiel; Ele nos confirmará e guardará do maligno; os cristãos deviam continuar praticando as coisas ordenadas pelos apóstolos, permitindo que o Senhor conduzisse seu coração ao amor divino. 3: O dever de manter a vida em ordem e de obedecer às tradições recebidas dos mensageiros de Deus; o dever de garantir a própria subsistência. 4: Pessoas que andavam de modo desordenado: comiam o pão adquirido pelo trabalho dos outros, se intrometiam na vida alheia e se metiam em problemas. 5: Como gentio e publicano; como um pecador que precisa de perdão, amor e salvação; devemos buscar e acolher a pessoa, dando-lhe a certeza de que não há lugar melhor do que na companhia dos amados irmãos. 6: Precisamos sempre fazer o bem; os obedientes devem se afastar dos desobedientes, a fim de que se sintam envergonhados e voltem ao caminho certo; mas não devem considerá-los inimigos, e sim irmãos.



sábado, 15 de setembro de 2012

Lição 12 -- O Anticristo (2Ts 2:1-12), 2012 TV NovoTempo


Third Day cantando em portugues no Adora Heavens Festival


Third Day - Children of God (Filhos de Deus) - Legendado


Meditação da Mulher / 15 a 30 de setembro

Meditação da Mulher
 
 

15 de setembro sábado

Mal posso esperar!

O Senhor lhe apareceu no passado, dizendo: “Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atraí.” Jeremias 31:3, NVI

Nossos primeiros netos foram os filhos de nossa filha Heidi e de seu esposo, Dan. Passamos pelas “primeiras vezes” que os avós novatos experimentam, arranjando um tempinho, sempre que possível, para ir à casa do pequenino Ryan a fim de ver que coisas novas e interessantes nosso neto primogênito havia aprendido. Então, com o passar do tempo, Ryan foi abençoado com uma irmãzinha e um irmão caçula – Heather e Eric. Seria aquele o número total de nossos netos? Só nos restava esperar para ver.

Então, após uma seca de 11 anos no cenário, recebemos a emocionante notícia de que nosso filho, Todd, e sua esposa, Leesa, fariam um acréscimo à nossa bendita antologia de netos. Seria uma menina ou um garoto? Então Leesa passou por um exame de ultrassom e voltou para casa com a notícia de que enriqueceria a família com o neto número três – Clay.

Fico muito feliz por morar perto de nossos netos e poder vê-los com frequência. Enquanto escrevo este devocional, Clay, aos 7 anos, é aluno da segunda série, e nós aprendemos a apreciar imensamente a companhia um do outro. Recentemente, num dia em que eu levava Clay para casa após a aula de natação, ele estava num estado de espírito particularmente amoroso.

E justo quando eu achava que ele cairia no sono, deitado no banco traseiro, ouvi sua voz sonolenta dizer: “Vovó, mal posso esperar para que estejamos juntos de novo!” Acho que nunca ouvi palavras mais doces! Voltei para casa e contei ao avô de Clay sobre aquela frase de valor inestimável, e ele concordou com a ideia de que eu havia desfrutado um momento muito terno com aquele que, tudo indica, é o último dos nossos netos.

Ardis Stenbakken, a compiladora destes livros devocionais para mulheres, havia solicitado que eu escrevesse um devocional, mas fiquei confusa. Não sabia sobre o que escrever. E quando Clay me presenteou com suas doces palavras, eu soube que ele me havia dado a razão para escrever. Quase pude ouvir meu Pai celestial dizendo para mim: “Mal posso esperar para que estejamos juntos de novo!” E são esses os meus pensamentos quando me lembro dEle e do meu neto, porque anseio com expectativa passar a eternidade com eles!

Rose Otis

16 de setembro domingo

Provas e mentiras

Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia! 1 Coríntios 10:1, 2, NVI

Aos 12 anos de idade, tomei a decisão de entregar minha vida a Deus, e fui batizada. Foi num belo dia de verão, e o batismo ocorreu ao ar livre, num pitoresco lago finlandês. Minha melhor amiga, a filha do pastor, e eu entramos na água juntas, numa longa fila de candidatos ao batismo. Eu transbordava de alegria ao seguir as pegadas de Jesus.

Minha amiga e eu, com frequência, dormíamos na casa uma da outra. Estávamos na mesma série da escola pública e todos sabiam que éramos cristãs.

Tínhamos uma professora muito exigente, de gramática e língua. Ela apavorava todos os alunos. Perto do fim do semestre, teríamos uma grande prova na segunda-feira de manhã. A professora nos avisou que devíamos levar lápis e papel para a prova, e que não haveria misericórdia se deixássemos de fazê-lo.

Naquele domingo, dormi na casa da minha amiga. Nós nos divertimos muito. Na segunda-feira de manhã, em nossa correria para chegar à escola em tempo, nos esquecemos de que era necessário levar papel e lápis. Quando a professora viu que não tínhamos nada, dissemos que nossos pais não estavam em casa e que não nos fora possível adquirir papel e lápis para a prova. Ela fez mais algumas perguntas e nós inventamos algumas outras “mentiras brancas”.

As provas foram, posteriormente, devolvidas a nós e nada mais se disse, mas as minhas orações à noite pareciam hipócritas e minha consciência me incomodava. Sofri durante o verão inteiro, até que finalmente reuni coragem e escrevi um cartão para a professora, confessando toda a história. Agora, com a consciência tranquila, me esqueci do incidente. Quando as aulas começaram e voltei para a escola, a professora me “encurralou” e quis saber se meus pais me haviam ordenado que escrevesse o cartão. Contei que meus pais não sabiam nada a respeito. Eu esperei que ela me elogiasse por ter-me explicado, mas ela simplesmente me olhou e aceitou a resposta.

Esse incidente me ensinou uma lição para a vida toda. A honestidade é a melhor prática. Espera-se que seja, simplesmente, um modo de vida para os filhos de Deus, nada extraordinariamente digno de louvor. E a jornada de fé deve ser um compromisso diário com a vigilância; caso contrário, acharemos que a vida espiritual é algo automático e cairemos.

Sinikka Dixon

17 de setembro segunda

O que eu sei

Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões – pela graça vocês são salvos. Efésios 2:4, 5, NVI

Dizem que você deve escrever a respeito daquilo que você sabe. Então me perguntei: “O que é que eu sei?” Eu sei que, quando deixo o leite sobre o balcão pela manhã, e volto do trabalho nove horas depois, ele estará azedo. Sei que, se deixar de pagar uma conta no dia do vencimento, certamente receberei a cobrança. Também sei, sem sombra de dúvida, que devo pagar os impostos cada ano, para evitar a visita de um funcionário da Receita Federal. Sei que a cada ano fico mais velha, mais baixa, mais esquecida e mais lerda. Sei todas essas coisas e muitas outras.

Por outro lado, há milhões de coisas que não sei e que provavelmente nunca saberei, até que Jesus volte. Mas uma coisa engraçada que acabo de aprender é que, se você estiver sentada e girar seu pé direito no sentido horário, e depois fizer o número seis no ar, com a mão direita, seu pé direito vai automaticamente mudar de direção. Estranho, mas é verdade.

Deixe-me contar algumas outras coisas que sei com certeza. Sei que Jesus Cristo me ama. Sei isso por causa do que a Bíblia diz. Deus é amor e estará comigo (2 Coríntios 13:11). Deus me ama embora eu ainda seja pecadora (Efésios 2:4, 5). Nada me pode separar do amor de Deus (Romanos 8:35, 38, 39). Deus me conhecia antes que eu nascesse, enquanto eu ainda estava sendo tecida no ventre de minha mãe (Salmo 139:13). Deus deu Seu Filho único para que eu pudesse viver para sempre com Ele (João 3:16). A soberania de Deus limita minhas crises e dá sentido aos meus problemas (Jó 1:12; 2:6). Deus me consola em minhas provações e não necessariamente me livra delas (2 Coríntios 1:4). Deus diz em Sua palavra: “Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês [...], planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro” (Jeremias 29:11, NVI). E: “O Senhor é o meu auxílio” (Hebreus 13:6).

Depois de ler essas afirmações bíblicas, você se sentiu animada? Você apenas leu as palavras ou as absorveu? Assim, você vê que todas “sabemos” alguma coisa. Mas o melhor é saber que Jesus a ama, que Ele morreu por você, lhe dá o perdão e voltará em breve para buscá-la – e a mim também!

Cathy Evenson Roberts


18 de setembro terça

Os dois vestidinhos

O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês. Filipenses 4:19, NVI

Meu escritório fica perto da extremidade da cidade, onde se concentram as lojinhas de artigos baratos. Umas oito delas se amontoam, enfileiradas, como se procurassem aconchego e consolo uma da outra, quase constrangidas em mostrar sua fachada entre as lojas de mais classe, lojas “de verdade”.

Sou mais pobre do que orgulhosa, e gosto de perambular por essas lojas, em busca de algumas surpresas. Mas deve ter sido Deus quem me encaminhou para a porta da segunda dessas lojinhas num dia de abril.

Encontrei dois livros que procurava fazia muito tempo. Depois, olhando na direção do fundo da loja, vi dois vestidos floridos para meninas, que combinavam entre si, pendurados na parede. Eu poderia facilmente ter ido embora sem dar uma segunda olhada, porque precisava voltar ao escritório, mas o casamento da nossa filha se aproximava e nosso orçamento era muito apertado. Eu estava costurando seu vestido, mas não tinha tempo de sobra para fazer os vestidos das daminhas, e não sabíamos o que fazer.

Algo – Alguém – me sussurrou ao coração que eu devia olhar melhor aqueles vestidos na parede dos fundos. Vi que a cor predominante era vinho, uma das cores que Bethany escolhera para o casamento, e as saias tinham estilo semelhante ao do vestido da noiva, com camadas de tule fino sobre uma seda marfim. Parecia que nunca haviam sido usados, e custavam um quinto do preço dos vestidos mais baratos que tínhamos visto. Os tamanhos eram para uma menina de 11 e uma de 7 anos. Eu sabia que a menina mais velha, Asha, tinha quase 11 anos, mas não conhecia a menina menor, Alex. Minha ideia era que tivesse uns 4 ou 5 anos. Tentei ligar para minha filha, mas seu celular estava desligado. Então, orei e comprei os vestidos.

Naquela noite, mostrei a Bethany os vestidos, através da câmera do meu laptop. A menina mais nova tinha 7 anos. Não encontramos nenhum outro vestido que fosse mais perfeito para o casamento. Uma noiva os havia comprado; depois se inspirou a mudar de ideia e a levá-los para a lojinha de artigos baratos. Uma funcionária foi inspirada a pendurar os vestidos juntos, contra a parede do fundo, e eu fui inspirada a entrar e olhar ao redor. Outro milagre “da água para o vinho” no casamento da nossa filha.

Karen Holford

19 de setembro quarta

Alvorada

Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração. 2 Pedro 1:19

O nascer do sol! Deus Se importa! Estávamos sentados na varanda da frente da casa, meu esposo, Joe, e eu. Moramos em Serra Leoa. De nossa bela casa se descortina o vasto oceano à esquerda. À frente, correntes de água fluem por um vale profundo e, acima dele, uma queda d´água jorra durante a estação chuvosa. Lindas colinas verdes com uma cobertura de nuvens brancas nos saúdam à direita. A brisa gentil nos acariciava com ar puro o rosto sorridente. Joe e eu prorrompemos em canção toda manhã, ao recebermos no coração e em nosso lar o Rei dos reis.

Mais tarde, indo de carro para o trabalho, a cidade toda parece iluminada com a luz de Deus, o Sol. Os raios resplandecentes nos fazem lembrar do brilho que Deus põe em nossos olhos, para iluminar o rosto e reabastecer nosso tanque espiritual. Temos esperança de que o dia seja cheio de vida, e, sejam quais forem os desafios que enfrentarmos no trabalho, teremos a segura palavra da profecia. Ele nos diz que, se a atendermos, brilharemos para Jesus como luz que brilha em lugar tenebroso. Nosso Deus é o sempre presente decorador de interiores da Terra; Ele oferece beleza para nossa apreciação, e o sol nascente é um lembrete constante de Sua presença. Quando O conhecemos, vemos na alvorada a Estrela da Manhã brilhando em nosso coração.

Jesus, com frequência, ia a lugares bonitos para orar. Muitas vezes, mandava as multidões para ambientes naturais, onde podiam tocar flores, observar rios fluindo e ver a paisagem do alto dos montes. A noite do mundo já quase se foi, e o dia está chegando. Deve ser o romper da manhã. Mas, antes que o dia desponte, Deus ainda tem outro lembrete de Seu amor por nós. O sol se põe; belas aves brancas, com um longo e estreito bico, retornam para a casa de onde partiram pela manhã. A quietude da paisagem nos permite ouvir o bater de suas asas, enquanto voam acima da nossa cabeça. Elas também conhecem seu Mestre, e vão dormir até o outro alvorecer. Apreciamos Sua beleza, mas, principalmente, ansiamos pelo dia em que Ele nos levará para nosso lar definitivo. Até lá, que a Estrela da Alva nasça em nosso coração a cada amanhecer!

Beryl Aseno Nyamwange

20 de setembro quinta

Alguém a observa

Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons. Provérbios 15:3

Logo depois de sua aposentadoria como diretor do Laboratório de Saúde Pública em Hamilton, Ontário, Canadá, meu esposo aceitou uma incumbência como palestrante para alunos do curso de pré-medicina da Universidade da Guiana, na América do Sul.

Sabendo que ele ficaria fora por duas semanas, animadamente tomei providências para que um pedreiro trocasse o piso da cozinha, do banheiro dos hóspedes e do corredor. Eu trabalhava fora o dia todo, e o pedreiro tinha um emprego em tempo integral, de modo que planejamos fazer o trabalho nos fins de tarde.

Algumas vezes, o trabalho continuava noite adentro. Mas o pedreiro trouxe dois ajudantes e o trabalho progrediu bem. A limpeza foi feita na noite anterior ao retorno do meu esposo para casa.

Os homens, que eram membros da minha igreja, regozijaram-se comigo. Fiquei tão feliz com minha planejada surpresa para meu marido que decidi visitar a vizinha da frente, convidando-a para ver o que havia sido realizado durante a ausência do meu esposo.

Quando me aproximei da casa dela, a vi atravessando a rua para me encontrar. Antes que eu lhe dissesse por que vinha falar com ela, ela exclamou: “Pauline, notei que havia homens na sua casa todas as noites!” É claro que ela sabia que meu esposo tinha viajado e, como é natural, questionava por que eu recebia homens todas as noites.

Fiquei feliz em responder: “Marie, vim convidá-la para ver o que fiz em casa durante a ausência do meu marido.” Quando ela descobriu a razão pela qual havia homens na minha casa cada noite, deu um suspiro de alívio. Agora ela sabia que eu não me comportaria de forma que ofendesse meu esposo.

Esse incidente me fez entender que nunca sabemos quem nos observa e, ao mesmo tempo, julga nossa conduta. Dei graças a Deus por não ter dado à vizinha nenhum motivo para duvidar de minha fidelidade para com meu cônjuge.

Os versos bíblicos que me animaram naquele dia foram: “Eu o instruirei e o ensinarei no caminho que você deve seguir; Eu o aconselharei e cuidarei de você” (Provérbios 32:8), e também: “Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos dAquele a quem havemos de prestar contas” (Hebreus 4:13, NVI).

Pauline Belle

21 de setembro sexta

Cheiro de limpeza

Tira de mim o meu pecado, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve. Salmo 51:7, NTLH

Na primeira vez em que vi Ramesh, ele ia mancando por uma estrada poeirenta que cortava uma vila no sul da Índia. Ele tentava acompanhar as outras crianças que corriam na direção do nosso carro. Por alguma razão, aquele menino me intrigou.

Uma das coisas mais maravilhosas ao visitar as vilas indianas são as crianças, e aquela vila não foi exceção. Elas rapidamente cercaram o carro, e eu precisei abrir cuidadosamente a porta. Imediatamente, as mãos das crianças se estenderam para me tocar. Elas sorriam e ecoavam meu “Olá”, “Olá”, enquanto me apertavam a mão. Que maravilhosa comissão de recepção!

Olhei para as crianças, procurando o menino que eu vira mancando pelo caminho. Não o encontrei em lugar nenhum. Olhei para a estrada, mas ele não estava lá. Então senti um toque suave no braço e olhei para baixo, para o rosto sorridente e os olhos brilhantes de Ramesh. Tudo o que pude fazer foi abraçá-lo. Ele cheirava a urina, sujeira e suor, mas não me importei. Aquele garoto me havia roubado o coração.

Cada vez que eu visitava a vila, Ramesh corria até o carro e caminhávamos juntos. Tornamo-nos amigos rapidamente. Eu andava um pouco mais devagar, a propósito, e ele ia mancando tão rapidamente quanto podia. Ramesh havia tido pólio, mas isso não tinha lhe afetado a atitude nem a determinação.

Um ano depois, retornei à vila. Eu pensava em Ramesh com frequência, e contei sua história para outras pessoas. Assim que o carro parou, esforcei-me para ver se o avistava. Como fiquei feliz ao vê-lo correndo na direção do carro. Sim, ele ainda mancava, mas, por algum motivo, seus passos pareciam mais leves e rápidos. Ramesh tinha o mesmo sorriso maravilhoso e seus olhos brilhavam enquanto me contou que havia sido batizado. Em meio a lágrimas, murmurei uma oração de agradecimento a Deus. Então me adiantei e o abracei. Mas dessa vez, quando o abracei, ele tinha cheiro de limpeza.

O cheiro de limpeza me fez lembrar de que Deus nos recebe, imundos e infelizes pecadores, e nos limpa, tornando nosso coração pecaminoso mais branco do que a neve. Espero que, ao me abraçar, Deus também sinta cheiro de limpeza.

Candy Zook

22 de setembro sábado

Ônibus errado

Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Tiago 1:5, NVI

Após um longo dia de viagem, eu queria chegar à minha casa. Um ônibus do aeroporto me levaria 145 quilômetros mais perto do meu destino.

A partir daquele ponto, eu dirigiria mais 55 quilômetros até minha casa. Havia sido um dia de frustrações no aeroporto: perdi o voo, fiquei em pé em várias filas longas e, por fim, meu voo foi cancelado.

“É melhor correr se você quiser pegar aquele ônibus!” disse o porteiro quando entrei no terminal dos ônibus. Perguntei-lhe qual deles me levaria a South Bend. “Direto em frente”, respondeu ele.

Embarquei no ônibus à minha frente e disse ao motorista que estava indo para South Bend. Ele respondeu que o ônibus pararia em Portage, e que acreditava que o ônibus atrás dele me levaria ao meu destino. Corri para o outro ônibus. O motorista ainda não havia entrado, então perguntei a uma passageira para onde ela ia. “Michigan City”, respondeu ela. Para mim, estava bom. O ônibus para South Bend geralmente parava em Michigan City.

Mental e fisicamente cansada, me surpreendi um pouco quando o motorista não passou para recolher ou vender as passagens. Mesmo assim, estávamos a caminho e logo chegamos à última estação de venda de passagens para South Bend. “Senhoras e senhores, esta é nossa última estação de conexões. As duas paradas seguintes serão Portage e depois Michigan City. Mas, e South Bend? Entendi que precisava falar com o motorista.

“Quando foi que a senhora embarcou neste ônibus? A senhora tem a passagem?” Depois de garantir ao motorista que eu não havia entrado propositalmente como clandestina no seu ônibus, comprei o bilhete e aguardei o ônibus seguinte, que me levaria ao meu destino.

No aeroporto, eu estava com tanta pressa de embarcar no ônibus que não me informara corretamente sobre qual deles tomar. Também confiei numa informação limitada e não consultei a fonte correta. É confortador saber que quando Deus nos dá orientações, Ele é a fonte confiável; Ele é a fonte de toda sabedoria. Eu precisaria ter-me acalmado, feito as perguntas certas e conferido as informações antes de agir. Compete-nos ouvir, conferir e depois ter certeza de que estamos no caminho certo, por Sua graça.

Faith-Ann McGarrell

23 de setembro domingo

A generosidade de Deus

Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento. Provérbios 3:5, NVI

Nosso grupo de estudos bíblicos de mulheres estava estudando o livro The Organic God [O Deus Orgânico], de Margaret Feinberg. Tínhamos acabado o capítulo sobre a impactante generosidade de Deus. Aprendemos que Deus Se alegra quando nós também damos liberalmente, e a autora conta sobre a abundante generosidade que Deus derrama sobre nós o tempo todo.

Na semana seguinte, houve um bazar no conjunto residencial para aposentados onde moro. Minha amiga Diane estaria vendendo cartões feitos à mão e outros objetos. Charla, uma amiga dela com quem dividia seu espaço, vendia belos álbuns tipo sanfona para fotos, em miniatura. Ela os havia feito especificamente para vender e arrecadar fundos para a viagem missionária do seu neto, e me contaram que ela havia orado para que Deus a ajudasse a vendê-los. Ela pedia 15 dólares por unidade, mas ninguém estava comprando.

Enquanto eu estava parada ali, admirando os sofisticados detalhes daqueles álbuns, imaginei como poderia utilizar um. Finalmente, decidi comprar apenas um para ajudá-la. Ela vibrou! Anunciou que eu fui a resposta às suas orações. Percebendo o que a venda tinha representado para ela, decidi comprar mais um.

Eu não havia levado dinheiro, e assim, enquanto Diane ia comigo até meu apartamento para buscá-lo, ela explicou que Charla estava desanimada e se perguntava por que Deus não lhe respondia às orações. Diane lhe havia dito que não desistisse, e dentro de cinco minutos eu aparecera e fizera as compras. Ouvi, e pensei em quantas vezes ajudo os jovens em suas viagens missionárias. Por que não ajudar este? Então, acrescentei 50 dólares ao cheque, enviei-o por intermédio de Diane e disse: “Diga a Charla que não chore.”

Tenho certeza de que houve lágrimas de alegria e gratidão. Alguns dias depois, recebi um lindo cartão de agradecimento e a notícia de que o neto pôde fazer sua viagem missionária. Deus havia respondido às orações dela!

O simples ato de partilhar os recursos de Deus me fez perceber Sua enorme generosidade. Esse tipo de dádiva funciona num círculo de amor. Deus dá e dá e torna a dar. E quem recebe a maior bênção? Todos no círculo. Por isso, Deus nos disse que mais bem-aventurado é dar que receber.

Mary Paulson-Lauda

24 de setembro segunda

Portas

Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo. Apocalipse 3:20, NVI

Alguma vez você já notou como algo pode sair das laterais de sua atenção para ocupar o lugar principal quando você está precisando? Foi o que aconteceu quando precisamos substituir a porta da frente de nossa casa.

Não estou dizendo que as portas não nos rodeavam antes. Usamos maçanetas em casa, em escritórios, nos restaurantes e em outros incontáveis lugares, para entrar e sair, mas então, de repente, aonde quer que fôssemos, notávamos as portas. Antes disso, se elas estivessem abertas, simplesmente passávamos por elas, mal parando para observar sua apresentação, cor, dimensões, material ou qualquer outra característica. Eram, simplesmente, um caminho por onde passar. Agora, ao pesquisarmos o mercado em busca de uma porta nova, tudo assumia um novo significado. A maçaneta para abrir a porta, a maneira de fixá-la no seu lugar, se abria para dentro ou para fora, cada coisa era algo a observar.

Também havia considerações importantes: portas duplas versus portas simples, portas vendidas em antiquários, portas francesas, portas de vidro, portas de madeira nobre, de acrílico, pré-fabricadas versus portas feitas por encomenda. Tantos tipos! Algumas pareciam ser feitas para a entrada de um castelo. Para complicar ainda mais as coisas, sendo que as portas de que precisávamos eram as da frente, exigia-se uma licença e inspeção relacionadas com o código de segurança contra furacões. Quem poderia saber?

Uma porta proporciona proteção e segurança para aqueles que estão dentro de um recinto, em relação ao mundo do lado de fora. Uma porta separa e divide. Seu propósito é controlar o acesso. Então, como é que se entra por ela? É possível usar a força – arrombá-la. Usar uma chave para destrancá-la e entrar é outra opção. E, naturalmente, alguém pode abri-la e convidar você para entrar e ser bem recebida. Gosto da disposição de Jesus de ficar à porta do nosso coração e bater. Ele espera que Lhe permitamos entrar em nosso coração – sem forçar, mas batendo com perseverança. Que nós O atendamos e O recebamos hoje!

Querido Senhor, hoje abro a porta e Te recebo no coração – para que ele seja Tua morada.

Maxine Williams Allen

25 de setembro terça

Livre do cativeiro

Vocês Me procurarão e Me acharão quando Me procurarem de todo o coração. Jeremias 29:13 NVI

A letra de um hino diz: “Vou contar-vos o que penso de meu Mestre, como dEle recebi a luz e a paz; Ele mudou-me, eu bem sei, completamente; só Jesus a minha alma satisfaz.” Se você é cristã, reconhece que essas palavras exemplificam o relacionamento que uma pessoa convertida tem com Deus. A conversão, porém, não é uma experiência instantânea. Saulo não se tornou Paulo de repente, na estrada de Damasco. Os discípulos tiveram que estar na presença de Jesus antes de poder compreender e receber o Espírito Santo.

Não sei dizer quando senti a primeira inclinação religiosa na vida, mas me lembro da minha primeira comunhão, quando tinha 6 anos de idade. Eu estava toda vestida de branco: usava vestido e véu brancos, meias e sapatos brancos e levava um rosário e uma Bíblia brancos. Lembro-me de ter sentido como se estivesse me casando com Jesus. Sabia eu realmente quem era Jesus? Infelizmente, não! O amor de Jesus nunca me foi ensinado; eu ouvia só condenação. Acreditava que precisava ser uma boa menina e não pecar – tudo por minha conta.

Não entendia como o pecado podia levar alguém, numa espiral, para as profundezas do desespero. Mas me lembro, sim, de quando me tornei cativa de um pecado particular. Quando eu tinha 21 anos, fiz algo que me removeu do status de “boa menina”. Acreditei que estava manchada para o resto da vida. Envergonhada demais, virei as costas para Jesus e continuei procurando o amor em todos os lugares errados. O Espírito Santo precisou me conduzir a um ponto em que eu estivesse pronta para aceitar a verdade do amor de Deus.
Eu precisava ser ensinada a respeito de Sua compaixão, Seu perdão, Sua misericórdia e graça. Eu necessitava de conversão!

Se você me perguntasse quando assumi a minha posição ao lado de Jesus e fui batizada, posso dizer onde, quando e como. Mas, se você me perguntasse quando me converti e me tornei cristã, não sei expressar em que momento ocorreu. Só posso testemunhar que em algum ponto, ao longo da minha jornada na vida, eu O busquei e O encontrei mediante o poder do Espírito Santo e, ao fazê-lo, encontrei paz. Encontrei perdão. Encontrei cura. Encontrei o verdadeiro amor. Sim! Saí do cativeiro e entrei na gloriosa luz de Jesus Cristo. A boa notícia é que você também pode! Vamos cantar juntas!

Evelyn Gertrude Greenwade Boltwood

26 de setembro quarta

A história da cascavel

Maldita é você entre todos os rebanhos domésticos e entre todos os animais selvagens! Sobre o seu ventre você rastejará, e pó
comerá todos os dias da sua vida. Gênesis 3:14, NVI

Durante algum tempo, quando minha irmã Jane e eu estávamos no ensino médio, moramos com nossos avós numa antiga casa de fazenda. Ainda sinto o gosto do mingau de aveia que vovô preparava para nós todas as manhãs. Mas era a vovó que colocava uma deliciosa refeição quente sobre a mesa, antes de sairmos com o ônibus escolar. Certo dia voltei para casa, entrei pela porta da frente, deixei os livros sobre o sofá, passei pela cozinha, saí pela porta dos fundos e fui à latrina do lado de fora. Considerando os animais rastejantes que podiam estar escondidos ali, entrei e saí rapidamente.

Então eu vi algo estendido, atravessado na metade do caminho. Como era algo que estava perto da sucata que vovô colecionava, achei que podia ser algum tipo de ferramenta de ferro. Ou um galho de árvore caído. Ou, quem sabe, o poste que segurava o varal da vovó. Então percebi: tinha olhos e estava olhando para mim – uma cobra! Não moveu um músculo, e me convenci de que devia estar morta. Meus joelhos enfraqueceram e senti um pouco de náusea.

Fui para a cozinha e vi que tinham começado a refeição sem mim. Sabendo que era deselegante interromper, hesitantemente perguntei: “Vovô, o senhor matou uma cobra hoje?”

Jane disse: “Não fique falando essas coisas quando estou tentando comer.” Mas eu sabia que, se ela tivesse visto aquilo, também teria dito algo. Vovô foi ao armário ao pé da escada, pegou a arma e verificou se estava em ordem. Eu disse: “Vou mostrar onde está.” Mas ele balançou a cabeça. “Só diga.” Inútil dizer. A cobra havia se movido, mas meu avô, sem duvidar da minha palavra, se pôs no meio da pilha de ferro-velho, prestando atenção, até perceber um movimento, e então explodiu a serpente. Era uma cascavel – com dois metros e meio de comprimento, e 18 guizos na cauda.

Vovô já faleceu, mas sempre sinto algo especial ao compreender que ele arriscou a vida por nós, por mim. Lembro-me de Alguém que não só arriscou a vida pelos outros, mas a entregou livremente. A morte, porém, não conseguiu segurá-Lo. Ele ressurgiu e voltou para Seu lar. Mas prometeu vir outra vez, sobre nuvens de glória, para poder nos levar com Ele. Quero estar pronta quando Jesus vier. E você?

Carol Wiggins Gigante

27 de setembro quinta

Bonança antes da tempestade

Dando graças constantemente a Deus pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Efésios 5:20, NVI

Era grande minha expectativa de assistir à reunião na América do Sul. O convite para fazer uma apresentação me fora estendido quase dois anos antes do evento científico, e eu estava eufórica pela perspectiva de ver colegas e amigos depois de mais de 30 anos. Fiz um preparo diligente: pesquisas adequadas sobre o assunto, junto com nosso próprio trabalho no cenário nacional. Minha ex-aluna e protegida, como é costume, ajudou-me a desenvolver uma ótima seleção de material pertinente em PowerPoint. Li um pouco sobre a história e a situação corrente (econômica, política e cultural) do país a ser visitado, e fiz a lista de pessoas que esperava ver nesse encontro.

O dia da viagem começou um pouco nublado, com pancadas de chuva, mas ficou limpo bem no horário da decolagem, com um voo sem novidades – na minha opinião, o melhor – até o país de destino. Na chegada, eu e outros delegados fomos recebidos pelos colaboradores do congresso (cientistas, profissionais, estudantes de medicina), fizemos um tour pela cidade, com parada para lanche, e depois fomos levados ao hotel, que tinha ótimas acomodações. Afinal, era o local do congresso. As coisas estavam marchando bem.

Os quatro dias seguintes foram cheios de atividades do encontro, com uma brilhante e impressiva cerimônia de abertura, numerosas reuniões e apresentações, almoços com professores universitários e visitas a locais de interesse, como jardins botânicos, e um desfile municipal. Nós, delegados, éramos o alvo de todo tipo de atenção, e fomos cumulados com vários souvenirs do evento. Na verdade, foi uma experiência notável e totalmente satisfatória, tanto sob o aspecto cultural quanto científico. Voltei para casa com boa saúde e muito satisfeita com tudo o que havia ocorrido.

Até aí, tudo bem. Então, sem aviso, uma enfermidade levantou sua cabeça indesejável, forçando-me a ser hospitalizada em duas ocasiões diferentes em menos de um mês. Enquanto me retorcia de dor e me sentia totalmente aflita, ponderei que, se tivesse que adoecer, era muito melhor estar em casa para ter o apoio da família e estar perto do meu médico particular, e não em outro país. A calma anterior me ajudou a enfrentar a tormenta, e por isso me sinto agradecida. Sou levada a dizer, como o apóstolo Paulo: “Em tudo dai graças.”

Marion V. Clarke Martin

28 de setembro sexta

Semeadura feita por avioneta

E será que, antes que clamem, Eu responderei; estando eles ainda falando, Eu os ouvirei. Isaías 65:24

Alguns anos atrás, fizemos algo um pouco diferente na fazenda. Em vez de passar aqueles costumeiros dias preparando o solo, plantando e esperando que a chuva se atrasasse um pouco, espalhamos as sementes do trigo de inverno com uma avioneta. Quando meu esposo encomendou o serviço, disseram que não era possível dar uma data exata.

Cerca de uma semana mais tarde, nossa filha e sua amiga passaram para nos visitar. Nossa sobrinha e seus dois filhos pequenos também nos visitavam. Estávamos todos no quintal, apreciando o belo clima de outono, quando ouvimos um ronco abafado à distância. Meu esposo observou que, provavelmente, fosse nosso trigo chegando. Dito e feito. Enquanto a avioneta voava em círculos para alinhar-se com o chão, minha sobrinha levantou Zachary, que ainda não tinha dois anos, e apontou para o ar. Ele olhou, assim como nós, enquanto o avião descia perigosamente para perto do chão e começava a espalhar as sementes sobre o campo. A aeronave estava vindo em nossa direção e soava cada vez mais alto. Com um olhar aterrorizado, Zach escondeu o rosto no pescoço da mamãe e gritou: “Um abraço, um abraço!” Enquanto o avião sobrevoava nossa casa e se afastava, Zach mais uma vez observou enquanto ele deu a volta, mas, ao vir em nossa direção, mais uma vez repetiu: “Um abraço, um abraço!” Todos sorrimos e achamos engraçado. Quero fazer uma comparação.

Satanás também está ocupado numa plantação. Está fazendo o melhor que pode. Você ouve seus roncos barulhentos e observa suas estratégias ao redor do mundo. Pode vê-lo trabalhando por toda a volta, e seus círculos chegam cada vez mais perto. Você observa enquanto ele rodeia seus amigos, vizinhos e queridos, lançando o tempo todo sementes de dor, dúvida e desespero, enquanto o barulho se avoluma. Então, um dia, você olha para cima e ele está vindo em sua direção. Com terror nos olhos, você percebe que não há para onde correr e nenhum lugar em que se esconder. Não é maravilhoso que, num momento como esse, você possa simplesmente virar o rosto na direção do Céu e dizer a seu Pai: “Um abraço, um abraço”?

Ele não só espera para nos dar um abraço hoje mesmo, como também já estava pronto para fazê-lo antes mesmo que pensássemos em pedir.

Diana Inman

29 de setembro sábado

Retratos do Mestre

E todos nós [...] somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. 2 Coríntios 3:18

Tenho visitado muitos museus e galerias, e fico sempre fascinada diante da enorme diversidade de cores, estilos e temas escolhidos pelos artistas ao se expressarem. Cada pintura revela, sutilmente, algo acerca de seu criador. Certa vez, li a respeito de um artista que declarou: “Pinto meu retrato cada dia.” Na verdade, uma obra de arte é uma declaração feita pelo artista, usando tinta, lápis, argila, pedra ou palavras. Alguém poderia dizer que é a vida dessa pessoa criativa sendo visualmente expressa através do meio escolhido.

Enquanto pensava nas palavras desse artista, considerei como Deus exibe Sua arte de modo tão magnificente através da natureza. Todavia, Sua obra preferida é pintar Seu retrato em vidas humanas. Ele é o Mestre Pintor e nós somos Sua escolhida forma de expressão. Deus usa uma variedade insondável em Sua arte criativa. Nenhum de Seus “retratos” é igual a outro. Cada um tem sua própria personalidade, estilo e talento, e reflete o Artista de modo exclusivo.

Assim como o artista trabalha para obter a mistura precisa de cores, a qualidade correta de luz e sombra, e a perfeita expressão no rosto de um retrato, o Artista celestial também trabalha incansavelmente. Deus pinta de dentro para fora. Através do Espírito Santo, nossos pensamentos, motivos e desejos são purificados. A vida interior comanda as ações externas.

Deus não começou, simplesmente, a pintar Seu retrato em nós quando nascemos – ou após nosso novo nascimento em Jesus. Suas pinceladas continuam a transformar-nos, daquilo que éramos anteriormente para aquilo que Ele deseja que sejamos hoje. Em nosso texto, o apóstolo Paulo nos dá uma ideia quando declara que, ao contemplarmos o Senhor, somos transformados à Sua imagem pelo Espírito.

Anos, e até séculos, podem passar antes que a obra de um pintor seja verdadeiramente valorizada. Mesmo assim, os artistas não desistem. Continuam a produzir arte. Deus, do mesmo modo, é incansável em aplicar Seu poder criador em nós. Ele não desiste porque você e eu ainda não somos tudo o que Ele deseja que sejamos. Com paciência, Ele cria em nós Sua arte, sabendo que, se Lhe concedermos liberdade criativa para trabalhar em nossa vida, as obras-primas que Ele planejou emergirão e nos tornarão retratos do próprio Mestre.

Rosemeyre Gianne Pereira

30 de setembro domingo

Da morte para a vida

Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro. Jeremias 29:11, NVI

“Ai, não! Matei minha buganvília!” Já tive, antes, plantas que morreram, mas essa era especial. Minha mãe me havia dado uma muda de sua planta viçosa, e eu me lastimava por ver a minha tão raquítica. Durante anos ela produzira folhas verdes e saudáveis, mas agora estava perdendo folhas de modo alarmante. Quando eu sacudia os caules, quase todas as folhas acabavam indo parar no chão. Dentro de dias, tudo o que permaneceu foram ramos esguios, apontando para um lado e para outro, enquanto uma folha ou outra resistia tenazmente. A planta parecia tão triste!

Isso me fez pensar em minha vida. Havia sido plena – uma vida rica de família e amigos; tudo parecia bem com o mundo. Eu me sentia contente, feliz e em paz. Quão rapidamente mudaram as coisas! Tínhamos, recentemente, perdido nossa casa devido a uma falência, e meu esposo me deixara por causa de outra mulher. Assim como a minha buganvília, eu me sentia seca, feia, exposta e de pouco valor, mas procurava, tenazmente, resistir.

Por alguma razão, continuei regando minha planta. Embora parecesse qualquer coisa, menos viva, eu simplesmente não suportava a ideia de jogá-la fora. Ainda era preciosa para mim. Mal sabia eu o que aconteceria a seguir. Contei à minha mãe o que ocorria e ela sugeriu que eu fosse paciente e aguardasse a surpresa.

Para meu grande deleite, descobri brotos na planta. Acordei, certa manhã, e encontrei uma linda flor em tom vermelho escuro sobre um ramo despido. Era fina como papel, e tão translúcida que se podia quase ler através das pétalas. Dentro de uma semana, a planta estava coberta de flores, e as folhas começaram a voltar, mais densas e cheias do que antes. Uma vez mais, Deus me mostrava visualmente Seu amor. Como desejei morrer durante aquele período doloroso! (De fato, cheguei a pensar que estava morrendo.) Mas Deus tinha planos diferentes para a minha vida – planos que, em comparação, deixavam pálida a minha vida anterior. Não, Ele não me descartou quando minha aparência era feia e eu me sentia sem valor para os outros. Ele me sustentou e apascentou com Seu amor e terno cuidado.

Hoje posso dizer que desabrochei e me transformei na mulher que Ele sempre quis que eu fosse. Louvado seja Deus!

Jill Rhynard