terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Lição 12 -- As últimas coisas: Jesus e os salvos, 4ºTRIM 2012

Lição 12 - As últimas coisas: JESUS e os salvos

Esboço da Escola Sabatina #12 - As últimas coisas: Jesus e os salvos - 4...

Comentário nº12 "As últimas coisas: Jesus e os salvos"


As últimas coisas: Jesus e os salvos



Felippe Amorim
Professor de História, Ensino Básico Iaene e Graduando em Teologia, Salt-Iaene, 2012
Otoniel de Lima Ferreira
D.Min. Professor de Evangelismo e Crescimento de Igreja Salt-Iaene


O santuário celestial
No plano da redenção, a morte e ressurreição de Cristo são os eventos mais importantes. Foi no monte Calvário que o problema do pecado foi definitivamente resolvido. Tendo o sangue expiatório de Jesus sido derramado sobre aquele madeiro, a justiça de Deus foi satisfeita e os seres humanos poderiam desfrutar novamente da vida eterna.

Porém, a justiça de Cristo e Seus méritos precisam ser aplicados a cada pecador arrependido. Por isso Jesus Se dirigiu para o santuário celestial após a ressurreição. Lá, Ele faz o trabalho de intercessor em favor de cada pecador que aceitar Seu sacrifício.

Para entender o trabalho de Cristo no santuário celestial é necessário entender primeiro os rituais do santuário do Antigo Testamento. Todos os dias eram sacrificados animais que apontavam para a morte do Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo (Jo 1:29).

Na Bíblia não encontramos uma explicação para a origem do sistema sacrifical. A primeira vez que ele aparece (Gn 4:2-5) já acontece como se fosse bastante conhecido dos homens.

Muitos personagens bíblicos fizeram sacrifícios. Caim e Abel (Gn 4:3), Noé (Gn 8:20), Abraão (Gn 22) e muitos outros. Portanto, a ideia de um substituto para o pecado do homem é tão antiga quanto o próprio homem.

No pátio do santuário havia um altar de sacrifícios, ao lado de uma bacia de bronze que era utilizada para que os sacerdotes lavassem as mãos. No lugar santo havia uma mesa sobre a qual ficavam doze pães. Em frente à mesa ficava o candelabro de ouro. Ainda no lugar santo ficava o altar de incenso, diante do véu do santíssimo.  No lugar santíssimo ficava a arca da aliança, dentro da qual estavam as tábuas dos dez mandamentos. Sobre a arca havia o propiciatório.

À medida que os sacrifícios eram feitos no pátio, o santuário ficava impuro e uma vez por ano o sumo sacerdote entrava em todos os compartimentos do santuário para fazer sua purificação.

Todo esse ritual era uma figura que apontava para o santuário real que existia (e existe) no Céu. Diz o autor de Hebreus sobre Jesus: “Ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem (Hb 8:2).

O livro de Hebreus apresenta diversas evidências da existência do santuário celestial. Encontramos, por exemplo, que o santuário é um lugar real e que Cristo entrou nele após Sua ascensão (Hb 4:14-16; 6:19-20; 9:24; 10:12) e lá está realizando uma obra sacerdotal (7:27).

“Seguindo os ensinos do Antigo Testamento, Hebreus defende a existência de um santuário real no Céu. As passagens que parecem sugerir uma interpretação metafórica do santuário celestial, quando examinadas mais detidamente, apoiam uma interpretação literal” (Tratado de Teologia Adventista, p. 436).

O que está acontecendo no santuário celestial desde 22/10/1844, de acordo com a profecia de Daniel 8:14, é o grande dia da expiação, que é o antítipo do dia da expiação no santuário terrestre. Jesus está, portanto, está diante do Pai, intercedendo em favor de cada um de nós.

A segunda vinda de Cristo
Quando Cristo terminar Seu ministério sumo sacerdotal no santuário celestial, voltará finalmente para buscar todos aqueles que aceitaram Seu sacrifício expiatório. Essa é a grande promessa da Bíblia, apresentada em João 14: 1-3.

Existem muitos motivos para ser cristão: A tradição da família, os princípios cristãos que nos ajudam a viver em paz neste mundo conturbado, o hábito e outros motivos que nos levam a frequentar a igreja. A despeito de todos os motivos acima mencionados, nenhum é mais importante para justificar a vida cristã do que a esperança da volta de Jesus.

As palavras de João 14:1-3  foram proferidas por Jesus aos Seus discípulos quando eles estavam angustiados pela iminência da separação de seu Mestre. Eles ainda não compreendiam muito bem as palavras de Jesus a respeito dos acontecimentos que em breve ocorreriam e ficaram amedrontados ao pensar que teriam que continuar o trabalho sem seu Senhor.

Nesse contexto, Jesus fez a mais linda e importante promessa da Bíblia: A Sua segunda vinda. É a mais importante promessa das Escrituras, primeiramente porque é o motivo da nossa jornada cristã. A existência de escolas, hospitais e igrejas adventistas só se justifica se o pano de fundo for a esperança da volta de Jesus. Se essas instituições perderem esse foco, perderão também o razão de existir.

Outro motivo que torna a promessa de João 14:1-3 o mais importante tema da Bíblia é que esta é a única e realmente eficiente solução para os problemas do mundo. Por mais que tenhamos estratégias para combater a violência, a destruição do meio ambiente, a corrupção e outros problemas que têm afetado cada um de nós, nenhuma delas é absoluta. Somente a vinda de Jesus dará a solução final para os problemas da humanidade.

O primeiro grande ensinamento dessa promessa é que crer é o segredo para a tranquilidade. Os discípulos estavam com o coração agitado, cheios de perguntas sem respostas, cheios de medos e incertezas. Assim como, às vezes, acontece conosco hoje, eles não conseguiam viver com tranquilidade. Jesus, então, lhes deu a receita infalível para uma vida de paz: “credes em Deus, crede também em Mim”. A fé, a entrega de nossa vida a Deus em atitude de completa confiança, é a única maneira de vivermos em paz em meio às tempestades. A primeira parte da promessa garante que podemos viver um vislumbre do Céu na Terra quando cremos no Senhor.

O Salvador continuou Sua preciosa promessa falando do lugar para o qual iremos. A expressão usada é muito interessante. Ele disse que na “casa do Pai” há muitas moradas e que iria preparar um lugar para nós. No Céu não haverá pessoas que morarão mais próximas do trono de Deus e outras mais distantes. Não haverá periferia no Céu. Todos moraremos na mesma casa, sem distinção, sem classificação, todos teremos um quarto dentro da casa do Pai.

Existe, porém, a parte central da promessa. Jesus disse: “Voltarei”. Todas as palavras de Jesus não teriam sentido se não existisse essa parte. Só podemos viver tranquilos e sonhando com a casa do Pai porque Jesus prometeu voltar. Essa é a maior e mais importante doutrina Bíblica e, consequentemente, motivo maior da existência da Igreja Adventista do Sétimo Dia.. O nome nosso já diz isso: Somos adventistas.

Essa esperança moveu os nossos pioneiros. O ano de 1844 é, sem dúvida, um marco na nossa história. Naquele ano, milhares de pessoas aguardaram a vinda de Jesus para o dia 22 de outubro. A vontade de ver o Senhor era tão grande que para eles não havia assunto mais importante do que esse. Em qualquer momento e para qualquer pessoa eles falavam sobre esse evento.

Nos meses que antecederam a data marcada, os adventistas milleritas venderam tudo o que tinham e investiram na pregação sobre a vinda de Jesus. O evento era prioridade para eles, portanto, não mediam esforços para proclamá-lo.

O dia 22 de outubro de 1844 chegou e com ele uma alegria que não cabia no coração. Era o dia do encontro com o Salvador. O líder do movimento, Guilherme Miller, havia trabalhado arduamente para pregar a mensagem da vinda de Cristo e muitas pessoas também desejavam ver Jesus nas nuvens dos céus. O dia passou, a noite chegou e Jesus não veio. Ocorreu um grande desapontamento.

Não seria diferente para Miller, era a segunda vez que ele se decepcionava. Muitos zombaram dele e sua vida se tornou dolorosa. Mas, em vez de desanimar, ele afirmou que tinha uma nova data para a vinda do Senhor. Ele disse que aguardaria Jesus para “hoje, hoje e hoje, até que Ele [viesse]”. Que fé!

Mais de 160 anos já se passaram desde aqueles dias e, infelizmente, alguns adventistas do sétimo dia não mais têm acesa em seu coração a chama da crença na vinda de Jesus. Vivem como se não tivessem essa esperança. Não falam, não sonham e não se preparam para esse evento. Parece que este mundo está bom demais para que desejem sair dele.

Não existe real motivo para a vida cristã se não arder em nosso coração o anseio pela vinda de Jesus. Parece estar demorando, mas o tempo é de Deus, não nosso. Nossa preocupação deve estar na nossa condição. O “quando” é de Deus. Precisamos voltar a ter a chama da fé na vinda de Jesus em nosso coração. Não podemos nos deixar abater por causa do tempo. Devemos fazer como Guilherme Miller: aguardar Jesus para “hoje, hoje e hoje, até que Ele venha”. A chama não pode se apagar!

Ellen White faz um alerta sobre esse assunto: “Por que a doutrina e pregação da segunda vinda de Cristo foram tão mal recebidas pelas igrejas? Enquanto que, para os ímpios, o advento do Senhor traz miséria e desolação, para os justos está repleto de alegria e esperança. [...] Foi o compassivo Salvador que, antecipando-Se aos sentimentos de solidão e tristeza de Seus seguidores, incumbiu anjos de confortá-los com a certeza de que Ele viria outra vez, em pessoa, assim como foi para o Céu. [...] Não se regozijavam porque Jesus deles Se houvesse separado, e tivessem sido deixados a lutar com as provações e tentações do mundo, mas pela certeza dada pelo anjo de que Ele viria outra vez.

“A proclamação da vinda de Cristo deveria ser agora, como quando foi feita pelos anjos aos pastores de Belém: boas-novas de grande alegria. Os que realmente amam o Salvador saúdam com alegria o anúncio da Palavra de Deus, de que Aquele em quem se centralizam as esperanças de vida eterna, virá outra vez, não para ser insultado, desprezado e rejeitado, como se deu no primeiro advento, mas com poder e glória, para remir Seu povo. Os que não amam o Salvador é que não desejam Sua vinda. E não poderá haver prova mais conclusiva de que as igrejas se afastaram de Deus do que a irritação e a animosidade despertada por esta mensagem enviada pelo Céu” (Cristo em Seu Santuário, p. 63).

Morte e ressurreição
No mundo há muita controvérsia a respeito da morte. A doutrina espírita tem invadido cada vez mais o pensamento ocidental. A imortalidade da alma foi a primeira mentira dita neste planeta. Por meio da serpente, Satanás disse para Eva: “Certamente não morrereis” (Gn 3:4). Essa filosofia aos poucos invadiu o mundo religioso e tem entrado com muita força no mundo cristão. Muitas das grandes denominações religiosas do cristianismo já defendem a imortalidade da alma.

A doutrina espírita dispensa a necessidade humana de um salvador, pois por si mesma a alma humana vai reencarnando até chegar ao ponto da perfeição. Quanto mais a doutrina espírita afetar a igreja cristã, mais distante de Jesus estarão aqueles que assim acreditam.

O espiritismo está muito difundido no mundo. Quase todos os filmes produzidos pela indústria cinematográfica têm algum elemento de espiritismo. Os desenhos animados há muito tempo deixaram de ser inocentes entretenimentos. Hoje, eles servem como um dos maiores formadores de futuros espíritas, ao colocarem as crianças em contato com a doutrina da vida após a morte de uma forma bem “divertida”.

“[...] A Palavra de Deus declara que os mortos não sabem coisa nenhuma; até seu ódio e seu amor já pereceram. Temos de recorrer à segura palavra da profecia como nossa fonte de autoridade. A menos que sejamos versados nas Escrituras, quando esse extraordinário poder satânico de realizar milagres for manifesto em nosso mundo, poderá acontecer de sermos enganados e atribuirmos a Deus os enganos! [...] Se Satanás conseguir fazer-nos crer que existem na Palavra de Deus porções não inspiradas, ele estará, então, preparado para enlaçar-nos. Não teremos segurança, nem certeza no momento mesmo em que precisarmos saber qual é a verdade” (Review and Herald, 18 de dezembro de 1888).

A Bíblia é clara a respeito do estado dos mortos. Eclesiastes 9:5 é apenas um dos diversos textos que falam a respeito da mortalidade da alma. Do ponto de vista bíblico, portanto, a verdade de Deus é que todos os que morrem estão em um estado semelhante ao de um sono profundo, esperando o dia da ressurreição, “os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5 29).

Ellen White descreve o momento da ressurreição dos justos: “O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus se enrolam como um pergaminho, a Terra treme diante dEle e todas as montanhas e ilhas se movem de seu lugar. [...]

"[...] a voz do Filho de Deus chama os santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos justos e, levantando as mãos para o céu, brada: ‘Despertai, despertai, despertai, vós que dormis no pó, e surgi!’ Por todo o comprimento e largura da Terra, os mortos ouvirão aquela voz, e os que ouvirem viverão. E a Terra inteira ressoará com o passar do exército extraordinariamente grande de toda nação, tribo, língua e povo. Do cárcere da morte eles vêm revestidos de glória imortal, clamando: ‘Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?’ (1Co 15:55). E os vivos justos e os santos ressuscitados unem as vozes em prolongada e jubilosa aclamação de vitória.

“Todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram. [...] Todos, porém, surgem com a vivacidade e o vigor de eterna juventude. [...] As formas mortais, corruptíveis, destituídas de vigor, poluídas pelo pecado, se tornam perfeitas, belas e imortais. Todos os defeitos e deformidades são deixados no túmulo. [...]

“Os justos vivos são transformados ‘num momento, num abrir e fechar de olhos’. À voz de Deus eles foram glorificados; então se tornam imortais e, com os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares. Os anjos ‘ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus’ (Mt 24:31) [...] Amigos há muito separados pela morte se reúnem para nunca mais se separarem e, com cânticos de alegria, ascendem juntamente para a cidade de Deus” (O Grande Conflito, p. 641, 642, 644 e 645).

Que esse dia chegue logo e todos nós estejamos preparados!

Lição 12 (Jovens) "Últimas coisas - Jesus e o salvo" 15 a 21 dezembro


Lição 12
15 a 21 de dezembro



Últimas coisas – Jesus e o salvo





“Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados, para que venham tempos de descanso da parte do Senhor, e Ele mande o Cristo, o qual lhes foi designado, Jesus. É necessário que Ele permaneça no Céu até que chegue o tempo em que Deus restaurará todas as coisas, como falou há muito tempo, por meio dos Seus santos profetas” (At 3:19-21).

Prévia da semana: Após resgatar Seus amados na cruz, Cristo intercede por eles como seu sumo sacerdote celestial. Ele purifica o santuário celestial e, em seguida, volta à Terra para levar Seu povo para viver com Ele.

Leitura adicional: Êx 25-28; Hb 1:32:16, 174:14-168:1-59:11-2810:19-22Parábolas de Jesus, “A Recompensa Merecida”, p. 405-421; Nisto Cremos, “O Ministério de Cristo no Santuário Celestial”, p. 385-408

Domingo, 16 de dezembro
cpb - introdução

Arranjos pré-nupciais


Estava se aproximando o grande dia para o casal “atar o nó”. Marion e eu tínhamos sido selecionados pelo comitê para liderar as atividades no último dia. Sendo a coordenadora, Marion estava ocupada com ensaios. Como organizador, assegurei-me de que nada anormal ocorresse no grande dia para Sarah e Jack. Enquanto Marion se concentrava nas marchas, nos instrumentos e na coordenação de pessoas e coros convidados, certifiquei-me de que, de minha parte, os detalhes estariam em harmonia com cada atividade, tomando lugar conforme o planejado.

Com somente três dias para o casamento, fomos pressionados com preparos e arranjos que resultariam numa cerimônia perfeita e numa celebração tranquila. Onde foram necessárias, correções e substituições foram feitas. Todos desejavam parecer perfeitos para refletir o clima que envolveria o dia movimentado.

Esses tipos de preparações são típicas para grandes ocasiões, como casamentos, funerais ou atividades religiosas. Grandes cerimônias, grandes preparações. Essas experiências me levam ao centro do nosso estudo desta semana.

Como cristãos, existem pilares extraordinários que nos definem e distinguem do restante do mundo. Após aceitarmos Cristo como nosso Salvador pessoal, é importante fortalecer nosso relacionamento com Ele dia a dia, enquanto fixamos os olhos no alvo final da vida eterna. Com o passar dos dias e a aproximação do fim da história da Terra, o demônio tem intensificado a guerra contra os cristãos, numa tentativa de enganar os fiéis.

Em resumo, os eventos finais estão à vista. Como numa cerimônia de casamento, que deve ser realizada num curto espaço de tempo, as preparações deveriam estar sendo feitas para solidificar a relação entre nós e nosso Salvador. Para que isso aconteça, precisamos cavar fundo a verdade sobre a obra intercessora de Cristo no santuário celestial. Novamente, precisamos encarar o fato de Sua vinda iminente com paciência renovada, vigilância e esperança; então esse evento provará que a espera valeu a pena. Finalmente, a ressurreição dos mortos fiéis e o encontro subsequente nos ares com o Salvador serão o clímax da jornada para os seguidores de Cristo.

O estudo desta semana tem quatro partes, que cobrem o santuário celestial, a segunda vinda de Cristo, nossa paciência e esperança em esperar por Ele e a ressurreição dos fiéis.

Mãos à Bíblia

A crença fundamental número 24 começa com as seguintes palavras: “Há um santuário no Céu, o verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem” (Hb 8:2). Um dos fatos pressupostos na Bíblia é a existência de um santuário celestial (Sl 11:4).

1. Leia Hebreus 8:1-5. Qual é o ponto principal ensinado nesses versos?

O santuário terrestre é descrito como um tipo ou modelo do celestial. Pela eficácia do sacrifício e ministério sacerdotal, o modelo terreno nos ensinou sobre as realidades do santuário celestial. O ministério do santuário terrestre era o meio divino de ensinar os princípios da salvação ao povo de Deus, um prenúncio da “realidade”, que é o ministério de Cristo (Hb 9:9-15), por meio de Sua morte e intercessão no santuário celestial.


Silas Onyango | Nairobi, Quênia

Segunda, 17 de dezembro
cpb - evidência

O processo de nos tornar perfeitos


A obra de Cristo no santuário celestial nos ensina que o propósito de Deus em habitar em cada ser humano era o de torná-los moralmente perfeitos. No tabernáculo terrestre, o sangue dos cabritos e bezerros era aspergido para purificação cerimonial. Contudo, quando Cristo entrou no santuário celestial, isso indicou que a perfeição moral podia ser obtida somente por meio do ministério de Cristo como sumo sacerdote. A perfeição moral limpa nossa consciência da culpa do pecado, que, de outra maneira, seria impossível sem a intervenção do próprio Cristo.

Como sabemos, a consciência é o conhecimento ou senso do certo e errado, com o desejo de fazer o correto. É o julgamento moral que se opõe à transgressão da lei e resulta em culpa, se a violarmos. Em Seu ministério no santuário celestial, Cristo faz essa obra perfeita. Assim, o santuário terrestre foi somente uma representação do que Cristo faz no santuário celestial.

Por essa razão, a ressurreição de Cristo significa muito na vida do cristão fiel. Se Jesus não tivesse ressuscitado e subido ao Céu como nosso sumo sacerdote, nossa esperança como cristãos teria sido inútil. Podemos descansar certos de que, no lugar santíssimo do santuário celestial, Jesus está ocupado na obra de mediação (1Tm 2:5), purificação (Ml. 3:1-4) e no juízo. O processo todo leva ao esquecimento dos pecados daqueles que foram previamente perdoados.

“No grande dia da recompensa final, os mortos devem ser ‘julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras’ (Ap 20:12). Então, pela virtude do sangue expiatório de Cristo, os pecados de todo verdadeiro arrependido serão eliminados dos livros do Céu. Assim o santuário estará livre ou purificado do registro de pecado” (Ellen White, Patriarcas e Profetas, p. 357, 358).

A obra sacerdotal de Cristo no santuário celestial conduz à purificação do santuário e à transferência de todos os pecados para Satanás. Com o término de Suas tarefas sacerdotais, Cristo Se regozijará de que o plano original para os humanos viverem na presença de Deus será restaurado com a finalização de Suas obrigações sacerdotais.

Mãos à Bíblia

O ritual do santuário terrestre revelava três fases da salvação: sacrifício substitutivo, mediação sacerdotal e juízo. A Bíblia ensina que as três fases da salvação são incorporadas ao ministério de Cristo em favor dos pecadores.

2. Como a morte de Cristo na cruz satisfaz o aspecto substitutivo da salvação? Is 53:6Rm 3:24, 252Co 5:21
3. O que a Bíblia diz a respeito de Cristo e da mediação em favor dos pecadores? 1Tm 2:5Hb 7:25
4. Como a purificação das coisas celestiais se relaciona com a obra sacerdotal no santuário terrestre, no Dia da Expiação? Hb 9:23


Goretty Akinyi | Homa Bay, Quênia

Terça, 18 de dezembro
cpb - exposição

Mensagem de esperança


O sacrifício de Cristo (Jo 3:16). Depois de Adão e Eva terem cometido pecado no Jardim do Éden, Deus ofereceu perdão à humanidade (Jo 3:16). Cristo foi o cordeiro substituto, cujo sangue foi derramado para lavar nossos pecados. Por meio dEle, fomos justificados livremente pela graça de Deus. Se acreditamos em Cristo, nossos pecados e nomes podem ser apagados do livro da morte. Como resultado desse encontro, o ser humano desfrutaria do relacionamento cordial que teve com Deus antes do pecado.

O Cristo sem pecado veio à Terra para Se identificar conosco em nosso estado pecaminoso. A morte de Cristo Lhe permitiu restaurar o ser humano à justiça. Ele entrou no santuário celestial com Seu próprio sangue uma vez por todas. A limpeza final do santuário celestial é o último processo na purificação do povo de Deus. Por essa razão, Cristo Se tornou o único mediador entre Deus e nós.

A segunda vinda de Cristo (Jó 19:25Sl 50:3Mt 24:27-31). O clímax dos eventos aqui na Terra é a segunda vinda de Cristo. Essa promessa tem sido a bem-­aventurada esperança de todos os crentes fiéis desde o dia em que Ele ascendeu ao Céu. Os profetas a anunciaram no Antigo Testamento e o evangelho no Novo Testamento a confirmou (Mt 24:27-31).

Enquanto tudo isso acontece, o inimigo da verdade também trabalha com empenho para anuviar a mente de muitas pessoas com respeito à vinda de Cristo. Satanás usa inovações tecnológicas para criar mais decadência espiritual e causar reações mistas nas pessoas ao redor do mundo. Alguns dizem que Jesus já veio! Outros declaram que Ele está vivendo aqui conosco! Outros ainda não têm certeza sobre Ele nem sobre a vinda dEle.

Contudo, em meio a todas as teorias e fantasias a respeito da segunda vinda de Cristo, a Bíblia nos guia claramente para esse evento. Se Jó, em meio às tribulações sucessivas deste mundo, ainda expressou forte otimismo com respeito à segunda vinda de Cristo, por que nós deveríamos perder a esperança? Mesmo vivendo neste mundo pecaminoso, com suas tribulações diárias, podemos ir para a cama no fim de cada dia com a esperança da segunda vinda de Cristo.

Esperando a vinda de Cristo (Mt 25:1-13). Muitas pessoas se perguntam se a segunda vinda de Cristo vale a espera. Como humanos, pensamos e raciocinamos com mentes finitas. Em resultado disso, alguns dos assuntos divinos não nos atraem. Cristo usou histórias, chamadas parábolas, para nos ajudar a compreender melhor os assuntos espirituais. A parábola das dez virgens ilustra os graus de preparo que devemos ter enquanto esperamos a vinda de Cristo.

Podemos esperar, mas pode ser que não tenhamos o poder de enfrentar o frio e noites sem dormir, até que o Noivo venha. Neste mundo repleto de todos os tipos de prazeres, temos o desafio de ir contra a maré mundana. Ainda que “durmamos” antes que Ele venha, nossas lâmpadas terão óleo espiritual suficiente para nos dar luz imediata quando Jesus aparecer? A Bíblia é clara quanto ao fato de que não sabermos o dia nem a hora, mas nosso preparo é importante para garantir que não ficaremos atordoados com o som da última trombeta.

Assim como as cinco virgens sábias, nossa lealdade deve ser fundamentada em Cristo para que Sua vinda não nos pegue de surpresa nem com medo. Ao contrário, esse grande dia deveria significar alívio e libertação do fiel povo de Deus, porque temos o necessário em termos de preparo e vigilância.

Mãos à Bíblia

5. Como o cancelamento dos pecados se relaciona com a purificação do santuário? At 3:19-21

O processo de lidar com o problema do pecado é algo que Cristo começou com Seu sacrifício na cruz. Essa obra atinge sua consumação quando, após a “purificação do santuário”, o cancelamento do pecado dos justos, Ele “aparecerá segunda vez [...] para a salvação” (Hb 9:2628). De fato, sem a segunda vinda, e a ressurreição que ela trará, o que a promessa da salvação significaria para nós? (1Ts 4:16-18).


Seline Khavesta | Nairobi, Quênia

Quarta, 19 de dezembro
cpb - testemunho

Cristo, nosso exemplo


Cristo é nosso exemplo do que Deus pode realizar em nós. Como Seus seguidores, temos muito que aprender sobre a vida de Cristo, Sua morte, ressurreição e ascensão ao Céu. O ponto principal desses eventos é a ressonante vitória de Cristo sobre a morte na ressurreição.

“‘Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a Sua voz e sairão;’ (Jo 5:28, 29). Essa voz ressoará em breve por todas as hostes dos mortos, e todo santo que dorme em Jesus despertará e deixará sua prisão” (Ellen White, Eventos Finais, p. 276).

“Para o crente, Cristo é a ressurreição e a vida. Em nosso Salvador é restaurada a vida que se perdeu mediante o pecado; pois Ele possui vida em Si mesmo, para vivificar a quem quer. Acha-Se investido do direito de conceder a imortalidade.

A vida que Ele depusera como homem, Ele reassumiu e concedeu aos homens. ‘Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.’ ‘Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.’ ‘Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia’ (Jo 10:104:146:54)” (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 786).

“Os preciosos mortos, desde Adão aos últimos santos que morrerem, hão de ouvir a voz do Filho de Deus, e sairão dos sepulcros para a vida imortal” (Ibidem, p. 606).

“Demoro-me com prazer sobre a ressurreição dos justos, os quais sairão de todas as partes da Terra, de cavernas rochosas, de calabouços, das covas da Terra, das águas do mar. Ninguém é passado por alto. Todos ouvirão Sua voz. Eles sairão com regozijo e vitória” (Ellen White, Eventos Finais, p. 278).

“Então os justos mortos ressuscitarão incorruptíveis, e os vivos serão trasladados para o Céu, sem ver a morte. [...] Por Suas palavras e obras, [Jesus] Se declarou o Autor da ressurreição” (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 530).

Mãos à Bíblia

6. Quais serão as diferenças entre os salvos e os perdidos no tempo da vinda de Jesus? Qual é a importância dessa mensagem para nós? Como essas palavras podem nos ajudar em nossa vida prática? 1Ts 5:1-11

Certamente, precisamos ser sóbrios e vigilantes para que aquele dia não nos surpreenda como um ladrão de noite. Mas também devemos estar cheios de fé, amor e esperança, porque “quer vigiemos, quer durmamos” (isto é, quer morramos antes de Sua vinda ou estejamos vivos quando Ele vier), temos a promessa de vida eterna com Ele.

7. Qual é o propósito dos “sinais dos tempos”? Jo 13:1914:29

As predições sobre o fim dos tempos não foram dadas para satisfazer a curiosidade dos fiéis, mas para estimulá-los a continuar vigiando (Mt 24:32-44).


Hellen Atieno | Rongo Township, Quênia

Quinta, 20 de dezembro
cpb - aplicação

Condições para nossa perfeição


O ministério de Cristo no santuário celestial, Sua segunda vinda e a ressurreição especial dos mortos fiéis são três aspectos da mesma verdade. Esses três eventos ocorrerão para restaurar o pecador ao estado original sem pecado. Deus, por causa do Seu amor pela humanidade, enviou Seu único Filho para que pudesse nos restaurar à justiça.

O que Cristo está fazendo no santuário celestial nesse instante está intimamente ligado com Sua segunda vinda e a ressurreição. Pois Ele voltará somente depois que o julgamento tiver sido completado e os pecadores perdoados se tornarem livres de culpa.

Fazia parte do plano original de Deus a perfeição moral e a santidade do Seu povo, e Ele toma a responsabilidade por meio de Cristo para nos fazer moralmente perfeitos. Contudo, Deus não pode fazer isso sem nossa cooperação decidida. Como Ellen White diz: “Ele não tem prazer na obediência forçada; e a todos concede vontade livre, para que Lhe possam prestar serviço voluntário” (Ellen White, Patriarcas e Profetas, p. 34).

Então, como cristãos vivendo no século 21, o que precisamos fazer enquanto os eventos finais do mundo acontecem? O que Deus espera de nós?

Precisamos nascer de novo. Não podemos alcançar a perfeição pelo ministério de Cristo no santuário celestial se não nos permitirmos nascer de novo por meio do batismo, e então obter crescimento espiritual por meio do Espírito (Jo 3:3).

Precisamos comer o Pergaminho. A Palavra de Deus escrita é capaz de transformar nossas atitudes, nossas ações e nossa maneira de nos relacionarmos com Deus e com nossos semelhantes (Ez 3:12Tm 3:16, 17).

Precisamos ser santificados diariamente. Dia a dia precisamos nos assemelhar mais e mais à imagem de Cristo, viver por Deus e evitar o mal. Precisamos negar a nós mesmos os prazeres deste mundo e focalizar nossa atenção somente em Cristo e em Sua justiça (Lc 9:23, 241Pe 4:1).

Mãos à Bíblia

No Novo Testamento, um dos eventos relacionados com a segunda vinda de Cristo é a ressurreição dos que morreram crendo nEle. Na verdade, no que diz respeito à maioria dos crentes, essa é a parte mais importante da segunda vinda, porque a maioria dos seguidores de Cristo estará morta quando Ele voltar.

8. O que a Bíblia ensina sobre a ressurreição no momento da vinda de Cristo? 1Ts 4:13-161Co 15:13-25Rm 8:11Fp 3:20, 21

9. Sendo que a ressurreição significa a destruição do poder da morte, por que só é possível alcançá-la “em Cristo”?2Tm 1:8-10


Mary Ndunge | Makueni, Quênia

Sexta, 21 de dezembro
cpb - opinião

O Rei vem vindo – e daí?


Como cristão, sustento a crença de que Cristo virá outra vez como Rei. Desde o dia de Sua ascensão, os cristãos têm guardado no coração a promessa de que Jesus voltará para Seus seguidores.

Como jovem adulto, adotando a mentalidade pós-moderna, o assunto da segunda vinda de Cristo é algo que eu desejo estudar mais profundamente. Que diferença a segunda vinda de Cristo fará em mim?

Minha vida está envolvida com assuntos que giram em torno de educação, finanças, relacionamentos e carreiras. Com o avanço das inovações tecnológicas, estamos vivendo numa aldeia global em que a rede social foi muito aprimorada. Para a maioria de nós, o tempo passa depressa e os dias rapidamente se tornam em anos, enquanto nos tornamos ocupados com os assuntos temporais deste mundo. Frequentemente não nos lembramos da obra que Cristo está realizando em nosso favor. Mal reconhecemos que nossas provações terminarão em breve.

Exatamente agora ainda vivemos juntos como habitantes deste mundo, como grão e palha em um mesmo recipiente. No entanto, logo Cristo separará o grão da palha. Ellen White escreve: “Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida, ou para a morte. O tempo da graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu” (O Grande Conflito, p. 490).

Minhas ações neste mundo pecaminoso deveriam refletir as de uma pessoa transformada que está olhando em direção à segunda vinda de Cristo. Convivendo com outros pecadores que não aceitaram a Cristo, minha oração por eles é que reconheçam Cristo na cruz e submetam a vida a Ele para herdarem o reino de Deus. Vamos nos unir como cristãos, agir como adventistas do sétimo dia e aceitar o dom gratuito da salvação para que, quando Cristo vier novamente, não sejamos encontrados em falta. Está você comigo?

Pense nisto

– Qual é a melhor maneira de lutar contra o pecado neste mundo em que vivemos?
– Antes que Cristo venha, o que você pode dizer sobre si mesmo: está você limpo ou sujo? Qual é a razão para sua resposta?


Mãos à obra

– Pesquise o significado das seguintes peças de mobília do santuário: altar de sacrifício, lavatório, pão sagrado, candelabros, altar de incenso e arca da aliança.
– Discuta com um amigo a relevância da obra de Jesus como nosso sumo sacerdote no santuário celestial.
– Leia Mateus 25:1-13. Reescreva a parábola num contexto moderno, levando em conta que Jesus estava pintando um quadro de Seu povo nos últimos dias da história.
– Crie uma lista “obrigatória” de personagens bíblicos que você quer encontrar no Céu. Por que é tão importante para você encontrar essas pessoas?
– Faça esta pergunta a cinco pessoas: “Você gostaria que Jesus retornasse hoje? Se sim, por quê?” Acrescente sua própria resposta.
– Reflita sobre o que você precisa fazer em sua vida para se preparar para a vinda de Cristo. Escreva seus pensamentos em seu diário de oração.


Norbet Kurema | Thika, Quênia


Lição 12 "As últimas coisas: Jesus e os Salvos" 15 a 22 dezembro


Lição 12
15 a 22 de dezembro



As últimas coisas: Jesus e os salvos





Sábado à tarde
Ano Bíblico: Hb 10, 11

VERSO PARA MEMORIZAR: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. E envie Ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado, o qual convém que o Céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os Seus santos profetas, desde o princípio”(At 3:19-21, RC).

Leituras da semana: Hb 8:1-5Is 53:6Rm 3:24, 251Tm 2:5Hb 9:23At 3:19-21

Pensamento-chave: O ensino bíblico sobre o ministério de Cristo no santuário celestial, Sua segunda vinda e a ressurreição dos mortos estão juntos como uma mensagem de esperança para os que colocaram nEle sua confiança.

A história do grande conflito entre o bem e o mal teve muitos momentos decisivos, mas seu clímax foi na cruz, na qual a derrota final e destruição de Satanás foram asseguradas. Ao mesmo tempo, a profecia bíblica aponta para um “tempo do fim” (Dn 12:49), um período na história da salvação com seu próprio significado em termos do relacionamento entre o Senhor e Seu povo. Os eventos desse período do “tempo do fim” são descritos como escatológicos, porque dizem respeito às “últimas coisas”.

Na lição desta semana examinaremos três eventos especiais dentro desse período geral das “últimas coisas”, que têm imensas implicações espirituais: O ministério de Cristo no santuário celestial, a segunda vinda de Cristo e a ressurreição dos que morreram na fé verdadeira.

Domingo
Ano Bíblico: Hb 12, 13


O santuário celestial: parte 1


A crença fundamental número 24 começa com as seguintes palavras: “Há um santuário no Céu, o verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem” (Hb 8:2). Um dos fatos pressupostos na Bíblia é a existência de um santuário celestial (Sl 11:4).

1. Leia Hebreus 8:1-5. Qual é o ponto principal ensinado nesses versos?
O santuário terrestre é descrito como um tipo, ou modelo, do celestial. Isso significa que, no mínimo, o primeiro tem alguma correspondência funcional com o último. O santuário terrestre ensina muita coisa sobre o celestial. Ainda assim, o significado do santuário terrestre para o povo de Israel encontrava seu verdadeiro significado no santuário celestial e no que hoje acontece ali. Pela eficácia do sacrifício e ministério sacerdotal, o modelo terreno nos ensinou sobre as realidades do santuário celestial. O ministério do santuário terrestre era o meio divino de ensinar os princípios da salvação ao povo de Deus, um prenúncio da “realidade”, que é o ministério de Cristo (Hb 9:9-15), através de Sua morte e intercessão no santuário celestial.

O ministério no santuário terrestre ensinava que, embora o derramamento de sangue fosse necessário (Hb 9:22) para expiar o pecado, ainda havia a necessidade de um mediador sacerdotal entre os pecadores e um Deus santo, como resultado desse sangue derramado. O ministério do sacerdote no lugar santíssimo purificava o santuário do pecado e requeria aflição e arrependimento por parte do povo. Assim, o juízo também era destacado como parte integrante do ministério completo da salvação.

Igualmente fascinante é o que Hebreus 8:1, 2 diz: que o objetivo de todos os sete capítulos anteriores do livro é apontar ao leitor a realidade do santuário celestial e a posição de Cristo como nosso Sumo Sacerdote nesse santuário. É difícil entender como alguém poderia deixar de ver o grande significado que Hebreus dá ao ministério de Cristo no santuário celestial, como parte do plano da salvação.
Nada nesses versos indica que o santuário no Céu, e muito menos o ministério de Cristo ali, devam ser vistos como metafóricos ou simbólicos. Na verdade, o verso 5 deixa claro que o santuário terrestre – uma estrutura real com sacerdotes reais e sacrifícios reais – era apenas uma “sombra” da realidade do que Cristo está fazendo por nós no santuário celestial.

Segunda
Ano Bíblico: Tiago


O santuário celestial: parte 2


O ritual do santuário terrestre revelava três fases da salvação: sacrifício substitutivo, mediação sacerdotal e juízo. A Bíblia ensina que todas as três fases da salvação são incorporadas no ministério de Cristo em favor dos pecadores.

2. Como a morte de Cristo na cruz satisfaz o aspecto substitutivo da salvação? Is 53:6Rm 3:24, 252Co 5:21
3. O que a Bíblia diz a respeito de Cristo e da mediação em favor dos pecadores? 1Tm 2:5Hb 7:25
Assim como os sacrifícios de animais apontavam para a morte de Cristo, o ministério sacerdotal prenunciava o verdadeiro ministério de Cristo no santuário celestial. Especialmente, o ministério contínuo, ou diário, dos sacerdotes no lugar santo, simbolizava o acesso do pecador a Deus por meio do ministério de Cristo como intercessor e mediador no santuário celestial (Hb 4:14-16).

4. Como a purificação das coisas celestiais se relaciona com a obra sacerdotal no santuário terrestre, no Dia da Expiação?Hb 9:23
Tendo o ritual do santuário terrestre como pano de fundo, Hebreus 9:23 aponta claramente para um ministério de purificação, realizado por Cristo no Céu. Esse texto tem confundido os estudiosos, porque ensina claramente que alguma coisa no Céu foi contaminada e precisa ser purificada. Para os adventistas do sétimo dia, com sua compreensão das duas fases da obra celestial de Cristo em nosso favor, essa purificação é o antítipo – que corresponde à purificação anual do santuário terrestre, no Dia da Expiação.

Pense na expiação – o que ela significa, como é realizada, e quem unicamente pode fazer expiação por nós. Por que a notícia de que estamos vivendo no “Dia da Expiação” deve ser algo positivo e esperançoso?

Terça
Ano Bíblico: 1 Pedro

A segunda vinda de Cristo


5. Como o cancelamento dos pecados se relaciona com a purificação do santuário? At 3:19-21

Embora Pedro possivelmente não tenha conhecido os “tempos ou épocas” (At 1:7), sua referência à profecia de Joel, em Atos 2:14-21, revela sua compreensão do cumprimento da profecia em seu tempo. Em sua percepção profética, parece evidente que “Pedro, falando por inspiração, e, portanto, além de sua compreensão finita, estava se referindo, laconicamente, a dois grandes acontecimentos dos últimos dias da Terra: (1) O poderoso derramamento do Espírito de Deus; (2) O cancelamento definitivo dos pecados dos justos. Esses eventos estão ligados a um terceiro acontecimento culminante, o segundo advento de Cristo” (The SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 6, p. 160).

A igreja primitiva tinha certeza tanto da segunda vinda de Cristo quanto da promessa de um novo céu e uma nova Terra (2Pe 3:13). A primeira vinda de Cristo proveu a base teológica para a segunda. Quanto a nós, sem a segunda vinda de Cristo, a primeira vinda teria sido inútil. O processo de lidar com o problema do pecado, um processo que Ele começou com Seu sacrifício na cruz, atinge sua consumação quando, após a “purificação do santuário”, Ele “aparecerá segunda vez ... para a salvação” (Hb 9:2628). De fato, sem a segunda vinda, e a ressurreição que ela trará, o que a promessa da salvação significaria para nós? (1Ts 4:16-18). Nada!

A segunda vinda de Cristo marcará a conclusão do grande conflito, no que diz respeito ao destino dos mortais. Satanás, sabendo que o fim do conflito está à vista, busca, por meio do engano, extraviar o maior número possível de pessoas. Está escrito: “À medida que se aproxima o segundo aparecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, agentes satânicos são impelidos por um poder de baixo. Satanás não somente aparecerá como ser humano, mas personificará Jesus Cristo, e o mundo que tem rejeitado a verdade o receberá como Senhor dos senhores e rei dos reis” (Ellen G. White, Eventos Finais, p. 168, 169). Contra esse engano temos sido advertidos de que a vinda de Cristo será um evento literal, pessoal e visível, que afetará o mundo inteiro, acabando com as coisas que vemos no mundo hoje: pecado, sofrimento, miséria, decepção e morte.

Olhe para nosso mundo. Temos feito dele um lugar melhor? Embora devamos tentar melhorar a vida dos menos afortunados do que nós, e dos que sofrem e passam por necessidades, por que devemos manter sempre diante de nós aquilo que é a única solução?

Quarta
Ano Bíblico: 2 Pedro

Esperando o advento


6. Quais serão as diferenças entre os salvos e os perdidos no tempo da volta de Jesus? Qual é a importância dessa mensagem para nós? Como essas palavras podem nos ajudar em nossa vida prática? 1Ts 5:1-11
Existe muita coisa nesses versos, mas um ponto deve se destacar de forma muito clara: a esperança que devem ter os que aguardam a volta de Cristo. Certamente, precisamos ser sóbrios e vigilantes para que aquele dia não nos surpreenda como um ladrão de noite. Mas também devemos estar cheios de fé, amor e esperança, porque “quer vigiemos, quer durmamos” (isto é, quer morramos antes de Sua vinda ou estejamos vivos quando Ele vier), temos a promessa de vida eterna com Ele.

Nesta época, quando vemos sinais ao nosso redor, devemos ter cuidado com nossa maneira de interpretá-los. Muitas vezes podemos ficar envolvidos com eventos que causam todos os tipos de agitação, drama e expectativa, apenas para ver que sua importância desaparece. Quando essas coisas acabam, podem deixar os membros da igreja descontentes, desanimados, e mesmo cheios de dúvidas. Precisamos ser vigilantes, mas também precisamos ser cautelosos, prudentes e humildes, enquanto procuramos interpretar e discernir os sinais dos tempos (Mt 16:1-4).

7. Qual é o propósito dos “sinais dos tempos”? Jo 13:1914:29
As predições sobre o fim dos tempos não foram dadas para satisfazer a curiosidade dos fiéis, mas para estimulá-los a continuar vigiando (Mt 24:32-44). Enquanto aguardamos o segundo advento, precisamos manter nossos olhos abertos e conhecer o que a Palavra de Deus ensina sobre os eventos dos últimos dias. Isso é especialmente importante porque, entre os próprios cristãos, há muitas ideias falsas sobre os sinais dos tempos.

Como podemos encontrar o equilíbrio entre viver na expectativa da segunda vinda e, ao mesmo tempo, abster-nos de ver cada manchete de jornal como um sinal do fim? Como podemos evitar a complacência, de um lado, e o fanatismo, do outro?

Quinta
Ano Bíblico: 1 João


Morte e ressurreição


No Novo Testamento, um dos eventos relacionados com a segunda vinda de Cristo é a ressurreição dos que morreram crendo nEle. Na verdade, no que diz respeito à maioria dos crentes, essa é a parte mais importante da segunda vinda, porque a maioria dos seguidores de Cristo estará morta quando Ele voltar.

8. O que a Bíblia ensina sobre a ressurreição no momento da volta de Cristo?

A Bíblia ensina que, na ressurreição, o “corpo” voltará à vida. Em outras palavras, a ressurreição bíblica é uma ressurreição corporal. Essa verdade se torna ainda mais clara quando temos em mente o fato de que, após a ressurreição de Cristo, Seu túmulo ficou vazio. O corpo morto não permaneceu na sepultura. Na certeza da Sua ressurreição, temos a certeza da nossa.

9. Se a ressurreição significa a destruição do poder da morte, por que só é possível alcançá-la “em Cristo”? 2Tm 1:8-10
A chave para a imortalidade não está na investigação científica mais profunda. O poder da morte já foi quebrado pela própria morte e ressurreição de Cristo (Rm 6:9). Com base nessa realização, Ele pode conceder imortalidade aos que se identificam com Sua morte e ressurreição por meio do batismo (Rm 6:23). Além disso, a Bíblia deixa claro que o dom da imortalidade não é dado aos crentes no momento da morte, mas na segunda vinda de Jesus, ao soar a “última trombeta” (1Co 15:51-54).

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11:25). Como você pode compreender melhor a esperança contida nessas palavras? Sem ela, o que seria de você?

Sexta
Ano Bíblico: 2 João; 3 João; Judas

Estudo adicional


A intercessão de Cristo no santuário celestial, em favor do homem, é tão essencial ao plano da redenção como foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte, Ele iniciou a obra para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir. Pela fé devemos penetrar até o interior do véu, ‘onde Jesus, como Precursor, entrou por nós’ (Hb 6:20). Ali se reflete a luz da cruz do Calvário. Ali podemos obter percepção mais clara dos mistérios da redenção. A salvação do homem se efetua a preço infinito para o Céu” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 489).

Para o crente, Cristo é a ressurreição e a vida. Em nosso Salvador é restaurada a vida que se perdeu mediante o pecado, pois Ele possui vida em Si mesmo, para vivificar a quem quer. Acha-Se investido do direito de conceder a imortalidade. A vida que Ele depusera como homem, Ele reassumiu e concedeu aos homens (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 786, 787).

Perguntas para reflexão
1. João Calvino chamou a obra de intercessão de Cristo de a “aplicação contínua de Sua morte para nossa salvação”, e é dito que “a existência de um santuário celestial era um padrão teológico entre os clérigos puritanos”. Não é difícil perceber por que a obra de intercessão de Cristo deve ser vista como um ensinamento tão importante. Considere quanto do Antigo Testamento está centralizado em torno do santuário e do templo. Pense em quanto do Novo Testamento também está relacionado ao santuário! O que isso deve nos dizer sobre a importância dessa doutrina?
2. Pense mais em Hebreus 9:23, um texto que durante séculos tem confundido os estudiosos bíblicos, que não conseguem entender como alguma coisa no Céu poderia realmente precisar de purificação. Embora tenhamos ainda muita coisa a aprender sobre o que esse texto significa, como nossa compreensão, por exemplo, de Daniel 8:14, ajuda a esclarecer esse conceito importante?

Respostas sugestivas: 1. Jesus é o Sumo Sacerdote que intercede por nós no santuário celestial, como havia sido prefigurado nas cerimônias do santuário terrestre. 2. Na cruz, Deus colocou sobre Cristo os nossos pecados; fomos justificados por essa graça, mediante a fé no sangue de Jesus; o Justo foi sacrificado para que os injustos fossem justificados. 3. Jesus é o único mediador entre Deus e os homens; Ele pode salvar os que se aproximam de Deus, porque sempre intercede por eles. 4. O santuário terrestre e as pessoas eram purificados do pecado por meio do sangue de animais, como símbolo do sangue de Cristo, que purifica o santuário celestial do registro dos nossos pecados. 5. Quando nos arrependemos, nossos pecados são apagados (“purificados”) do livro de registro celestial e recebemos o poder do Espírito Santo para viver com Jesus, enquanto esperamos Sua volta. 6. (A) Salvos: estão preparados; andam na luz; são sóbrios e vigilantes; usam a couraça da fé e do amor e o capacete da esperança de salvação; (B) Perdidos: São apanhados de surpresa; são iludidos pela falsa segurança; estão nas trevas; embriagam-se, adormecem no pecado e não percebem o perigo; seguem na direção da ira; (C) devemos usar essa mensagem para advertir e consolar as pessoas. 7. Despertar fé e confiança na Palavra de Deus. 8. Os que morreram na fé em Cristo serão ressuscitados no momento da Sua segunda vinda; a certeza da nossa ressurreição está fundamentada na ressurreição de Cristo. 9. Porque nossa salvação não é alcançada por meio de nossas obras, mas pela determinação e graça concedidas antes dos tempos eternos, mas cumpridas pelo evangelho de Cristo, o único capaz de destruir o poder da morte.