sábado, 31 de março de 2012

Vídeo em Espanhol / Dr.Ruben Aguilar / Lição 1 / Evangelismo y Testimonio

Vídeo Lição 1 / Dr.Ruben Aguilar / Evangelismo e Testemunho

Vídeo Pr.Bullon - Comentários Escola Sabatina 2⁰ Trimestre 2012 - Pr. Alejandro Bullón

Código Aberto / Lição 01 Jovens / "Brilhar por Cristo"

Lições da Bíblia / Lição 1 "Definindo evangelismo e testemunho", TV NovoTempo

Vídeo Comentários Sikberto R. Marks / Lição 01 "Definindo evangelismo e testemunho"

Esboço da Lição 1 "Definindo evangelismo e testemunho"

Leitura Comentários Pr. Marcelo E.C.Dias / lição 1 "Definindo Evangelismo e Testemunho"


Lição 1 - Definindo Evangelismo e Testemunho

Sobre o autor: O Pr. Marcelo E. C. Dias é Professor do SALT/UNASP e Doutorando (PhD) em Missiologia pela Universidade Andrews

mecdias@hotmail.com

Introdução

I. A missão de Deus
A revelação de Deus aponta que desde sempre Sua intenção era que os seres humanos vivessem num perfeito relacionamento com o Criador, que trouxesse honra e glória ao Seu nome. Mesmo após o pecado, Deus continua buscando alcançar Seu objetivo para com Seus filhos através do plano de salvação, que começa, se desenvolve e termina no coração de um Deus missionário.

Para a humanidade que escolheu não crer em Deus, o plano da salvação se torna a única opção para escapar das consequências destrutivas eternas dessa separação. Logo no princípio, o livro de Gênesis demonstra a necessidade de um Salvador para a humanidade e a iniciativa de um Deus de miséricórdia, amor e graça: “Adão, onde você está?”

Fiel ao Seu caráter, Deus envolve Seus filhos nesse plano de apresentar a mensagem de esperança às demais pessoas, de forma explícita, desde o chamado, envio e promessa a Abraão (Gn 12) até a igreja cristã atual. No Novo Testamento, essa característica importante – um Deus que envia – fica ainda mais evidente.

No momento mais dramático da missão de Deus, Jesus Se tornou o Salvador do mundo. A encarnação foi evangelística em sua intenção, o ministério de Cristo estabeleceu o modelo evangelístico, Sua morte e ressurreição incorporaram a mensagem do evangelismo, e Sua
comissão ordenou que todos participem do evangelismo.

Portanto, Deus enviou Jesus, que voltou para Deus e enviou o Espírito Santo para Seus seguidores que, no poder do Espírito, são enviados por Jesus a todo o mundo “para proclamar o reino de Deus e convidar as pessoas a glorificar o Rei dos Reis através de um estilo de vida de adoração” (Introducing World Missions, p. 40). Individual e coletivamente, a igreja tem um privilégio e uma responsabilidade, no contexto da aliança com Deus, nos dias que antecedem a consumação desse plano e encerramento dessa missão.

Portanto, parafraseando Christopher J. H. Right, a Bíblia apresenta a narrativa da missão de Deus através do Seu povo, em seu engajamento com o mundo de Deus, pelo bem de toda a criação de Deus (The Mission of God, p. 21, 22).

II. A Grande Comissão
O texto de Mateus 28:18‐20, conhecido como a Grande Comissão, é o texto principal do estudo desta semana. A partir de 1792, após a publicação do famoso livreto (An Enquiry into the Obligations of Christians to Use Means for the Conversion of the Heathens) de William Carey, pai das missões modernas, a Grande Comissão passou a ser o principal texto e a grande motivação para a missão da igreja.
O conteúdo desses versos também é mencionado pelos demais evangelistas: Marcos 16:14‐18, Lucas 24:36‐49, João 20:19‐23 e Atos 1:8. Embora o imperativo para a evangelização seja o mesmo , cada autor enfatiza um aspecto diferente, embora mantendo a mesma orientação.

Em cada texto:
(1) Cristo dá a ordem com base em Sua obra e em Sua Palavra;
(2) a comissão é focalizada nos outros, todos aqueles que não pertencem à família de Deus;
(3) a ordem é dada após a ressurreição de Cristo, confirmando Sua vitória sobre o pecado;
(4) Cristo está no centro da comissão; e
(5) o Espírito Santo é o capacitador.

No contexto do evangelho de Mateus, é intersessante notar que a Grande Comissão está em paralelo com os primeiros versos do livro que relatam a genealogia de Jesus a partir de Abraão. Como conclusão do livro, o autor parece reafirmar que a promessa feita a Abraão há de se cumprir.

Em Mateus, é possível identificar:
(1) a autoridade (Toda a autoridade Me foi dada no Céu e na Terra),
(2) a tarefa (Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando‐os em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo; ensinando‐os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado),
(3) o escopo (Ide...a todas as nações),
(4) a promessa (Eis que estou convosco todos os dias) e
(5) a duração da Grande Comissão (até à consumação do século).

A Grande Comissão marca um momento de transição, resumindo tudo o que veio antes e preparando para o que haveria de vir. “Esse mandado é o clímax do ensinamento de Jesus, uma consequência lógica da Sua obra redentora, Sua ordem de marcha para a igreja e Suas palavras de despedida no limiar de uma nova era na história da salvação” (Encountering Theology of Mission, p. 41).

III. Definindo evangelismo e testemunho
As metáforas mais usadas na Bíblia em relação à atividade da igreja estão relacionadas ao dia a dia das pessoas, como por exemplo: evangelho, no sistema de comunicação; a testemunha, no sistema judicial; o discípulo, no sistema educacional e da proclamação. A lição escolheu se concentrar em duas: o evangelismo e o testemunho.

A palavra grega traduzida por testemunha é martyria, de onde se herdou a palavra mártir. Essa imagem nasce no contexto de um julgamento em que as declarações das testemunhas eram o meio primário de prova (Nm 35:30; Dt 19:15; Mt 18:15‐20). A omissão de dar o testemunho verdadeiro era punida (Êx 20:16; Lv 5:1;Pv 29:24). Na igreja, o testemunho se refere a compartilhar destemidamente aquilo experimentamos em nossa caminhada com Cristo, como instrumentos do Espírito Santo no chamado à conversão. Uma testemunha é alguém que, por explicação ou demonstração, dá evidência visível ou audível daquilo que tem visto ou ouvido
sem se alterar pelas consequências dessas ações (S. Briscoe, Getting Into God, p. 76).

Em contrapartida, evangelismo tem sido definido de várias formas. D. B. Barret listou 75 definições diferentes (Evangelize! A Historical Survey of the concept, p. 22). Apesar de a palavra evangelismo não se encontrar na Bíblia, o verbo euanggelizo aparece cerca de 55 vezes no Novo Testamento grego e significa “trazer ou anunciar boas‐novas”.

David Bosch definiu evangelismo como “a proclamação da salvação em Cristo àqueles que não creem nEle, chamando‐os ao arrependimento e conversão, anunciando o perdão dos pecados e convidando‐os a se tornarem membros vivos da comunidade de Cristo na Terra e a começar uma vida de serviço a outros no poder do Espírito Santo” (Transforming Mission, p. 11).

Segundo o Pacto de Lausanne, o processo de evangelização envolve:
“(1) a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com
(2) o intuito de persuadir as pessoas a vir a Ele pessoalmente e, assim,
(3) se reconciliarem com Deus.
(4) Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. ...
(5) Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em Sua igreja e um serviço responsável no mundo” (http://www.lausanne.org/pt/pt/1662‐covenant.html).

Evangelismo não é o mesmo que missão, mas é importante dizer que evangelismo é o coração da missão, é parte integral da missão, é uma dimensão essencial da missão e não pode ser tratado de forma isolada. Portanto, evangelismo é mais do que uma vida moral, recrutamento de membros ou uma função para especialistas. Dizer que tudo o que se faz na igreja é evangelismo ou equipará‐lo a séries de conferências também não contribui para uma definição precisa do termo. A lição comenta que “é importante ver evangelismo e testemunho como um processo contínuo em vez de um único programa ou evento”.

Em suas crenças fundamentais e em uma de suas declarações oficiais, a Igreja Adventista reafirma que Deus chamou os cristãos para o evangelismo. “Isso é central para a vida e testemunho cristãos. Portanto, o cristianismo é missionário pela própria natureza”
(http://adventist.org/beliefs/statements/main‐stat50.html).

Por isso, Ellen G. White afirma que “O Senhor determinou que a proclamação desta mensagem fosse a maior e mais importante obra no mundo, para o tempo presente” (Evangelismo, p. 18).

IV. Minha missão
A esta altura, deve estar claro que evangelismo e testemunho não são descrições da sua função. São muito mais do que isso, são parte importante da definição de quem você é e daquilo que dá sentido à sua vida como estrangeiro no mundo.

“Você nasceu de acordo com o propósito divino e para o Seu propósito” (The Purpose Driven Life, p. 17). Nasceu com uma missão única porque sua história é única. O chamado é para contar a história de Jesus e como ela moldou sua história. Por isso, Jesus disse que as pessoas seriam Suas testemunhas, não Seus advogados. Vale lembrar que o testemunho daqueles que vivem o cristianismo desde o nascimento pode ser tão impactante quanto o daqueles que se converteram ou retornaram à fé.

“Se a adoração do Criador é o propósito criado por trás da vida, se deve ser a motivação por trás de cada ato na nossa vida, se é o glorioso cumprimento futuro e final de toda a criação, então é imperativo que ninguém fique sem essa oportunidade de se unir nessa jornada” (Evangelism Handbook, p. 51). Karl Barth, por exemplo, considera que o que faz alguém ser um cristão não é primariamente sua experiência pessoal de graça e redenção, mas seu ministério. A igreja existe para o mundo, não o mundo para a igreja. As pessoas não são chamadas para ser cristãs simplesmente para receber vida, mas para dar vida (Evangelism: Theological Currents
and Cross‐Currents Today, p. 15).

“A obra evangelística de abrir as Escrituras aos outros, advertindo homens e mulheres daquilo que está para vir ao mundo, deve ocupar, mais e mais, o tempo dos servos de Deus” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 17).

Os detalhes a respeito de como ser uma fiel testemunha e um evangelista segundo a vontade de Deus serão abordados durante o trimestre, mas algumas características iniciais já podem ser listadas:
a. O testemunho acontece de forma consciente e inconsciente. O objetivo deste estudo é demonstrar a importância da atividade do Espírito em orientar ambas as situações e explorar a habilidade de aproveitar as oportunidades para o testemunho consciente.
b. A igreja testemunha de forma individual e coletiva. Durante o trimestre, as duas situações serão enfatizadas. Existe um papel importante para o testemunho pessoal, mas é igualmente importante aproveitar e participar das oportunidades que a igreja oferece.
c. As pessoas testemunham em particular e em público. Cada uma dessas modalidades serve para um propósito e ajuda na proclamação do evangelho de maneira distinta.

Qualquer que seja a metáfora usada para descrever a atividade da igreja na missão de Deus, formando um ciclo, três aspectos se destacam.
(1) Antes. Esse engajamento missionário pressupõe uma conversão já que a proclamação e o testemunho são, acima de tudo, fundamentados no que Deus já realizou (Mc 5:18‐20; At 22:15, 16; 1Jo 1:3). A lição aponta uma verdade: é muito mais fácil as pessoas desafiarem a sua doutrina, teologia e crenças do que seu testemunho pessoal. No contexto do pós‐modernismo, isso é ainda mais real.
(2) Durante. Não é possível subestimar o processo e o conteúdo dessa proclamação centralizada em Jesus (At 2:14‐36; 4:33; 5:42; 7:56; 13:48, 49).
(3) Depois. A participação da igreja na missão não se restringe a informar, mas também a fazer o convite para aceitar Jesus e se unir à Sua família (At 2:36‐39). Assim completa‐se o ciclo.

Existe uma dívida para com as testemunhas evangelísticas que compartilharam sua experiência com Jesus e que um dia alcançou você.
Ilustração Certo navegador passava mal em alto mar devido a uma grande tempestade. Naquele momento, ele ouviu a respeito de outro tripulante que se havia se desequilibrado e caído no mar. Preocupado em saber como poderia ajudar a salvá‐lo, ele achou uma lanterna e a ergueu em frente à janelinha redonda do seu camarote.

O homem que se afogava foi salvo. Dias depois, num encontro casual com o colega no deque do navio, ele disse que, na ocasião do naufrágio, ele já havia afundado duas vezes nas águas revoltas e estava próximo da terceira quando consequiu levantar o braço. Naquele momento, alguém o iluminou através de uma das janelas. Um dos que tentavam resgatá‐lo conseguiu ver
sua mão e o puxou para o barco.

A função humana nesse processo muitas vezes se assemelha à daquele de levantar a luz para que outros sejam resgatados e se unam‐se à família de Deus (Moody's Anecdotes, p. 44). O evangelismo é uma responsabilidade e um privilégio dos quais devemos nos
aproximar com zelo, humildade e respeito. Apesar da atual condição de pecado, o mundo foi criado por Deus e para Ele. Deus amou o mundo de tal maneira, e você?

Shine on Us - Avalon

AVALON- Testify to love legendado

Testemunhar do Amor

domingo, 25 de março de 2012

Comentário lição 13 - Pr Luis Carlos Fonseca


RESUMO E COMENTÁRIOS A LIÇÃO 13 – A PROMESSA DA 2ª VOLTA DE JESUS

RESUMO E COMENTÁRIOS A LIÇÃO 13 – A PROMESSA DA  2ª VOLTA DE JESUS

VERSO ÁUREO: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” Apocalipse 22:12

INTRODUÇÃO: Muitas foram e são as previsões humanas para o fim do mundo; cito apenas algumas delas, e com certeza você conhece algumas outras.

Morte pelo Gelo - No seu livro de 1997, “GeloO último desastre”, o autor Richard Noone previu que em 05 de maio de 2000, os planetas iriam alinhar-se perfeitamente e trariam o fim do mundo, enviando o gelo na direção do Equador da Terra. Noone argumenta, no livro, que a deslocação do eixo da terra, anteriormente ocorrida, tinha coincidido com tremendas mudanças climáticas, como as eras glaciais e que tais ”resultados quase inimagináveis” aconteceriam de novo. Nenhuma calamidade ocorreu, e muitos cientistas estão agora preocupados com gelo por um outro motivo: As temperaturas de aquecimento estão progressivamente a causar o degelo.


A profecia dos Maias - Basicamente a ideia é que os Maias, que tinham um calendário mais preciso, mais complexo e muito mais holístico que o nosso, previram vários acontecimentos que, no entanto,  se passaram com a chegada do homem branco; Hernan Cortez  a 8 de Novembro de 1519. Este calendário Maia prevê que algo de muito grave se passará no solestício de Inverno, 21 de Dezembro, de 2012. Tão grave será o acontecimento, que o mundo tal como o conhecemos desaparecerá. Isto não quer dizer que o mundo acabará, quer simplesmente dizer que um grande acontecimento transformará o mundo.

O fim em 2014 - Para 2014, existem duas previsões de desastres que podem afetar parcial ou completamente a estrutura do planeta. Astrofísicos do Centro de Informação Britânico sobre Objetos Próximos da Terra descobriram que um asteróide poderá se chocar com a Terra no dia 21 de Março de 2014.

Asteróide em 2102 - Mais um asteróide pode colidir com a Terra em 4 de maio de 2102, causando uma destruição maciça no planeta, declarou em 2006 David Morrison, um especialista da Nasa, agência espacial Norte Americana. A probabilidade de impacto seria de uma em mil. O impacto do asteróide, que recebeu o nome de 2004 VD17, liberaria 10 mil megatons de energia, o equivalente à explosão de todas as armas nucleares existentes no planeta.

A volta de Jesus -  A única certeza que tenho; é que a pedra predita em Daniel 2 destruirá os reinos deste mundo, e o reino de Jesus Cristo, nosso Senhor, será estabelecido para sempre, como vemos neste texto: “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre.” Daniel 2:44. Amém?

DOMINGO(25 de Março) – O PRINCÍPIO E O FIM - “Eu sou o alfa e ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso”. – Apocalipse 1:8. Que linda declaração!

Jesus pronunciou estas palavras após a Sua ascensão e glorificação. João, estava na ilha-prisão chamada Patmos, não muito distante da cidade de Éfeso, e  num dia glorioso recebeu a visita do Senhor. Cristo não estava mais ferido com os açoites, com os pregos da cruz, com os espinhos da coroa, com a espada do soldado. Nem mesmo com as vestes simples das muitas vezes que caminhou, comeu e repousou entre o grupo de amigos e discípulos. Ele estava ressurreto; o Seu rosto brilhava como o sol, a  Sua voz era como as muitas águas das cachoeiras, os Seus cabelos eram brancos como a neve, os Seus olhos como de fogo, as Suas vestes eram brancas e compridas, os Seus pés eram como de bronze polido, Ele possuía um cinto de ouro na altura do peito e uma espada de dois fios saía de Seus lábios.
  
Suas primeiras palavras foram: “Eu Sou”. Nos Seus dias na terra, várias vezes usou deste termo para exprimir que, muito mais que ligado com os céus, era também Divino,  Absoluto e Criador. Jesus esteve no princípio criando o mundo: Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.” Colossenses 1:16-18

Ele prosseguiu afirmando: “Alfa e Ômega” a primeira e última letra do alfabeto grego. Estas palavras declaram que Jesus foi o agente iniciador e o detentor da vida, no universo e na terra, e que também será o responsável pelo ponto final em qualquer dimensão de vida. Jesus é Deus!

Ele disse: “Que é, e que era, e que há de vir”. Isto que dizer que Cristo veio como homem, cumpriu a Sua missão, hoje Ele está no céu realizando o seu ministério em nosso favor, mas Ele virá para buscar os salvos. É importante meditar sobre o fim; não só sobre o fim do mundo com a volta de Cristo, mas também sobre o nosso fim. O mundo, conforme a concepção humana, pode até demorar; mas, e nós? Quanto tempo temos ainda sobre esta terra? Para onde estamos indo? Uma profunda reflexão como este ponto nos leva ao caminho da humildade e da dependência de Jesus. A verdade é que ao lado do Senhor, não importa quando se dará o fim do mundo, ou término da nossa vida, e se o futuro será melhor ou pior. Se Ele vive primeiro em nós,  a nossa história terá um final feliz. Pouco importa quando Jesus retornará, o importante é recebermos a vida abundante oferecida por Ele. Ler também II Pedro 3:1-10.

SEGUNDA-FEIRA(26 de Março) – PROMESSA E EXPECTATIVA – Jesus e os profetas bíblicos, por várias vezes,  fizeram a promessa da Sua 2ª volta, mas aquela que mais cantamos e falamos é esta: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” João 14:1-3

Por que demoras Senhor? Para que ficarmos mais tanto tempo nesta terra de sofrimentos? Será que a Tua promessa falhou? Com certeza  já fizemos ou ouvimos essas perguntas algumas vezes. Quando ligamos a TV, lemos jornais na internet ou recebemos emails com notícias de crimes hediondos, catástrofes naturais, terrorismo e outras coisas mais, essas perguntas chegam até a tomar um “quê” de revolta contra Deus, por permitir que isso continue acontecendo. Pior ainda é quando essas desgraças nos atingem diretamente através da morte de um ser querido ou alguma outra tragédia pessoal. Deus nos deixou esta segurança: “Porque a visão é ainda para o tempo determinado, mas se apressa para o fim, e não enganará;se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará.” Habacuque 2:3. "O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se." II Pedro 3:9

Este é o texto para hoje: “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.” II Pedro 3:13.

É bem verdade que o Senhor Deus não nos poupa dos sofrimentos, das dores, das contradições da vida, que nos fazem sofrer. O fato de sermos discípulos do Cristo ressurreto, não nos isenta, nem nos livra de problemas.  Mas é justamente nessa hora que a nossa fé faz a diferença. Faz toda a diferença! Por mais vacilante que seja a nossa fé, Deus permite que experimentemos como o apóstolo Paulo disse : "Muitas vezes estamos em dificuldades, mas não somos derrotados. 
 Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca desesperados... Às vezes feridos, mas não destruídos" II Coríntios 4.8-9. O crente, filho de Deus, vive na esperança como confessa o apóstolo Paulo: "essa pequena e passageira aflição que sentimos vai nos trazer uma enorme e eterna glória, muito maior do que o sofrimento" II Cor. 4:17. "Porque nós não fixamos a nossa atenção nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem, pois são eternas "v.18

“Sabendo que o que ressuscitou, e o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco.” II Coríntios 4:14. Como vai a sua fé e esperança?

TERÇA-FEIRA(27 de Março) – A NOSSA GRANDE CERTEZA – Tanto a história como  a arqueologia comprovam a veracidade da Bíblia Sagrada, e as profecias Bíblicas concordam com a história, e esta com aquela. Os crentes em Cristo aceitam a  segunda vinda de Jesus, porque Ele já veio a primeira vez. Já os incrédulos rejeitam qualquer ação espiritual de Jesus, em favor da humanidade. Alguns só aceitam o “cristo histórico.”  Veja este verso: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” I Coríntios 1:18

Que garantias temos de que Jesus irá voltar? “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” Hebreus 9:28. O pagamento do resgate através do sangue de Cristo não é o fim da história. Gosto muito de relacionar a esperança da volta de Jesus com a estátua de Daniel 2. Assim como tudo se cumpriu direitinho; desde Babilônia até hoje, pois estamos vivendo nos pés da estátua, a pedra que foi enviada por Deus será a volta de Jesus para recompensar a todos. Os salvos receberão a coroa da vida e terna e os descrentes; desobedientes e ímpios sofrerão a perda eterna.

Que eventos terão lugar com a volta de Cristo?

A MORTE DOS ÍMPIOS – Em II Tessalonissenses 1:8  menciona que os ímpios que estiverem vivos serão destruídos quando Jesus voltar. Serão destruídos e ficarão mortos e inconscientes durante os mil anos. “Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder.”

A RESSURREIÇÃO  DOS JUSTOS –A Bíblia menciona que os mortos justos, isto é, os que forem salvos, serão ressuscitados no momento da volta de Jesus:  “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.” I Tessal. 4:16. Ver também I Cor. 15:51 e 52

A ASCENÇÃO DOS JUSTOS PARA O CÉU – Em I Tessal. 4:17 menciona que após a ressurreição dos salvos, os justos serão transformados e levados ao céu.  “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”

QUARTA-FEIRA(28 de Março) – ONDE ESTÁ A PROMESSA DA SUA VINDA?  Este é o texto para hoje: “Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” II Pedro 3:3-4.

É mesmo! Se você olhar para o céu vai ver o sol, as estrelas, a lua. Se comparar a vida, desde o ínicio da humanidade, vai ver que tudo acontece do mesmo jeito e obedecendo a mesma rotina; levantar de manhã, sair para o trabalho, voltar para casa, casar, comer, beber, dormir, passear etc...O próprio Jesus falou desta rotina: “E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos.” Lucas 17:26-27. É pena que muitos desistem de seguir Cristo porque agem mais pela vista do que pela fé!

A verdade é que Deus não tem pressa. Você já imaginou; Jesus, os salvos e os anjos celestiais demorando 1000 anos para julgarem os perdidos e os demônios? “Um dia para Deus é como mil anos, e mil anos como um dia”  É que no final Deus quer deixar claro para todo o universo que Ele é amor, e que não tem culpa. Muitos queriam que Deus destruísse Lúcifer, e que a possibilidade de pecar não fosse introduzida na terra. Nos planos da Divindade, está sendo melhor permitir o sofrimento, de mais de seis mil anos, para salvar o máximo de pessoas; inclusive você e eu, e não deixar nenhumas dúvidas sobre o lindo caráter de Deus em nos conceder o livre arbítrio.

Como temos nos portado diante de tamanho amor? "Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno"Hebreus 4.16.

"O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se" II Pedro 3.9.

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.” Lam. Jerem. 3:22 e 23.

QUINTA-FEIRA(29 de Março) – CERTAMENTE CEDO VENHO – Hoje, mais do que nunca, estamos vivendo mais próximos da segunda volta de Jesus, pois vemos o cumprimento exato das profecias diante dos nossos olhos. Seguem estas duas promessas:

“Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”
Apocalipse 3:11
 - “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” Apocalipse 22:12

Veja os conselhos da inspiração de Paulo e João em relação a volta de Cristo:

1) Continuar a aguardar a volta de Cristo - “Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.” II Tessalonicenses 2:1-2.

2) Cuidar com o aparecimento do anticristo - “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” II Tessalonicenses 2:3-4. - “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira.” II Tessalonicenses 2:8-9

3) Cuidar com o Diabo e seus ministros querendo imitar as obras de Jesus. “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.” II Coríntios 11:13-15.  - “E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso.” Apocalipse 16:13-14

Percebeu a tríplice aliança formada? É o papado, o protestantismo apóstata e o espiritismo. Isso tudo já aconteceu e está diante dos nossos olhos. Agora estamos mais próximos da volta de Cristo do que quando aceitamos a fé.

4) Permanecer firmes na fé – “Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.” II Tessalonicenses 2:15

SEXTA(30 de Março) – Quer as pessoas aceitem ou não, quer queiram ou não, quer estejam preparadas ou não, Jesus irá voltar. Aquele evento será tão certo como o nascer do sol de cada dia!

Qual deve ser a nossa atitude diante deste importantíssimo assunto? - “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.” II Pedro 3:11-13

“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Isaías 55:6-7

“Se de algum modo negligenciastes o vosso dever, arrependei-vos diante de Deus e retornai ao caminho de onde vos desviastes. Lembrai-vos de que o período de vida que vos é concedido é breve. Não sabeis com que brevidade a porta da graça se poderá fechar. Não digais presunçosamente: hoje ou amanhã vamos a tal cidade...A vida não é mais do que uma névoa que aparece por um breve tempo e depois se desvanece.!” Review and Herald, 23/12/1902.

Luís Carlos Fonseca

Comentário lição 13




Comentário da Lição da Escola Sabatina
24-31 de março de 2012
Lição 13 - A promessa de Sua vinda
Sobre o autor: Edilson Valiante nasceu em São Paulo. Formou-se em Teologia em 1979. Por mais de 20 anos serviu como professor da Faculdade Adventista de Teologia.
Foi distrital, departamental de Educação e JA. Atualmente é o Secretário Ministerial da
União Central Brasileira. O pastor Edilson é casado com a professora Nely Doll Valiante e pai de dois filhos, Luciene e Eduardo.

A. Introdução
a. A ideia de “promessa e cumprimento” está presente em toda a Bíblia e é ligada à imagem do concerto, aliança, pacto, como uma bênção ao beneficiário. Na sua natureza, as promessas bíblicas estão relacionadas ao ofício profético ou a uma declaração cuja fonte é o próprio Deus. A Bíblia contém tantas promessas que alguns chegam a afirmar que existem mais de 2.500 delas.
b. É evidente que a Bíblia contém promessas feitas pelo próprio ser humano e, assim, estão sujeitas às falhas e circunstâncias naturais humanas. A promessa feita por Balaque a Balaão tornou-se fútil (Nm 22:17). Hamã fez a promessa de matar todos os judeus, mas acabou enforcado por sua própria ferramenta de vingança (Et 7:9, 10). Judas, por sua vez, traiu Jesus quando os líderes judeus lhe prometeram dinheiro (Mc 14:11). Em contrapartida, Jacó pediu a José que não deixasse seu corpo ser sepultado no Egito e, como na promessa feita, o corpo de Jacó foi colocado junto de seus ancestrais (Gn 47:29ss; 50:7-13).
c. A maior parte das promessas bíblicas foi proferida por Deus. As promessas divinas, ao contrário das humanas, são consideradas sagradas e puras (2Sm 22:31; Sl 12:6). Deus sempre cumpre o que promete a ponto de as promessas poderem ser objeto de meditação (Sl 119:50, 148). Do lado humano, a fé é apresentada como o meio indispensável para que a promessa tenha realidade (Rm 1:16-17; Ef 2:8). Fé não tem apenas uma dimensão futura no que respeita à confiança de que Deus irá cumprir o que prometeu (Hb 11:1), mas possui uma dimensão constante, diária, na caminhada daquele que vive a realidade do concerto (Hb 10:35-38). Assim, ter fé é exatamente o mesmo que viver sob a perspectiva do cumprimento do concerto, isto é, fé e fidelidade são a mesma coisa. Esse aspecto é confirmado pelo uso intercambiável da expressão grega
pistís, que tanto pode ser traduzida como “fé” ou como “fidelidade” (compromisso ao concerto). É nesse ponto que Deus é fiel! Ele cumpre o que promete e o ser humano, como resposta, deve viver sob o compromisso desse concerto. A dimensão escatológica dessa realidade é apresentada em Apocalipse 2:10: “Sê fiel *pistís, ‘tenha fidelidade’+ até a morte e dar-te-ei a coroa da vida”.
i. Deus fez promessas que podem tanto ser de ordem temporal como de caráter espiritual. As promessas temporais usualmente estão relacionadas à preservação, proteção, possessões, prosperidade, descendência, restauração e libertação física. Vejamos alguns exemplos:
1. Por meio de Noé, Deus fez uma promessa a toda à humanidade de que a Terra jamais seria destruída por águas como no dilúvio (Gn 8:21-9:17).
2. Como Noé, Abraão também foi o mediador de promessas extraordinárias à humanidade. Abraão seria pai de uma grande nação (Gn 12:2; 17:4) e tais promessas se estenderiam além dos limites de sua descendência física e atingiria aqueles que exerceriam fé até o fim. A ele também foi prometida uma terra e uma herança (Gn 17:8).
3. O Êxodo e o Sinai foram cumprimentos de promessas de libertação de Seu povo feitas desde os dias de Abraão e a Moisés por Deus. O retorno de Judá do cativeiro babilônico e a restauração de Israel são promessas bem compreendidas por Daniel, Jeremias, Ezequiel e até por Esdras e Neemias.
4. É curioso que existe um entre os dez mandamentos que apresenta uma promessa: o 5º mandamento estabelece a promessa de longevidade aos filhos que honram seus pais (Êx
20:12; Ef 6:2).
ii. Dentre as muitas promessas de cunho espiritual feitas na Bíblia (herança espiritual, adoção à filiação divina, libertação escatológica) destacam-se duas: as promessas messiânicas (desde Gn 3:15) e as promessas da vinda do Espírito Santo (Jl 2:23, 28-32; Is 44:3).
d. As promessas do Antigo Testamento são tão marcantes que os escritores do Novo Testamento constantemente se referem a elas como o cumprimento das promessas. Em outras palavras, o NT se identifica como o cumprimento do AT. É comum percebermos em Mateus, por exemplo, a expressão “para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta” (1:23; 2:15, 17; 21:4). Jesus Cristo é o cumprimento, o tema central, das promessas feitas no AT (Rm 1:1-6; 2Co 1:20). O livro de Apocalipse é como que uma coleção de citações de promessas do AT (LXX), tamanha a quantidade de material profético que encontra ali o cumprimento.
e. O contexto de Hebreus 11, com sua galeria dos heróis do AT, estabelece que o viver pela fé nas promessas de Deus deve ser o estilo de vida também dos cristãos. Assim, Paulo exortou aos cristãos que vivam sob a perspectiva das promessas de Deus com paciência e consagração, “pois quem fez a promessa é fiel” (Hb 10:23).
B. Promessas ou Profecias Messiânicas do AT
a. A promessa de Gênesis 3:15 é conhecida como a primeira das promessas bíblicas, o protoevangelho, dividida em duas vertentes, uma antropológica/soterológica e outra messiânica. Na primeira, de forma sobrenatural, haveria a restauração da relação entre Deus e o ser humano por meio de uma “inimizade” contra Satanás. Pelo pecado, a humanidade se tornou “amiga” natural do inimigo, mas, pela graça, haveria uma forma para que essa fatalidade fosse interrompida. A segunda parte da promessa é de caráter messiânico, pois há a indicação da vinda de um Ser que, finalmente, venceria o conflito, esmagando a cabeça da serpente. Lutero considerava esse verso como o primeiro conforto, a fonte de toda graça e o fundamento de toda promessa. Por meio de uma observação cuidadosa do texto hebraico de Gênesis 4:1, percebe-se que o primeiro casal havia compreendido claramente o significado messiânico de Gênesis 3:15. Em hebraico, literalmente Eva declarou: “Adquiri um varão, o Senhor”, imaginando que Caim (que quer dizer “adquirido” – Qayin) seria o Libertador prometido.
b. Existem dezenas de profecias messiânicas que revelam detalhes significativos de Cristo. Como exemplo, vou aludir a algumas, com a intenção de não ser exaustivo: Gênesis 49:10; Deuteronômio 18:18ss; Salmos 2:1ss; 110:1ss; 118:22ss; Isaías 4:2; 7:14; 9:1-6; 11:4; 25:8; 32:1-8; 42:1-4; 49:1-6; 50:4-9; 52:13-53:12; 55:3-4; Jeremias 23:5-6; 31:31ss; Ezequiel 34:23-24; 37:22; Ozeias 3:4-5; Amós 9:11; Miqueias 5:1-4; Zacarias 9:9-10. Os Salmos 8; 22; 34:21; 41:10; 45; 69 e 72 são citados no NT em conexão com a vida do Messias. Essas promessas podem ser divididas em dois grandes blocos: a visão messiânica escatológica e a visão messiânica histórica.
i. Na visão messiânica escatológica, as promessas estão centradas no restabelecimento do poder real do Messias como o grande restaurador do Império davídico. A linguagem de muitos Salmos (especialmente o Sl 2) e várias referências apresentadas nos livros proféticos (como exemplo, Is 55:3ss), descrevem o poder do “filho de Deus” ao recuperar permanentemente o reinado de Davi. Desse ponto de vista, a promessa messiânica do Cristo seria o Rei Escatológico que reinaria para sempre. Muitas referências do NT ao reino futuro de Cristo, que será instaurado na Sua segunda vinda, fazem alusão a esse grupo de promessas, como por exemplo, 1 Coríntios 15:20-28.
1. Essa dimensão escatológica está associada ao tema da vinda do “dia do Senhor” e o juízo. Os profetas falam da vinda do fim como “naquele(s) dia(s)” (Zc 14:9; Jl 2:29). O “dia do Senhor” refere-se a um culminante evento histórico, a partir do qual haverá o estabelecimento de uma nova ordem, uma nova criação. Para os infiéis, que não esperam a promessa da vinda de Jesus, será um dia de trevas, angústia, juízo e castigo (Sf 1:15; Is 34:8, Os 9:7).
2. A nova ordem futura instaurada pelo Messias está em paralelo à existência de um remanescente que permanece fiel, enquanto que a “maioria” rejeita o concerto, a promessa.
3. O tema do “dia do Senhor” (ou do “Dia do Senhor Jesus Cristo”) e do remanescente encontram sua perspectiva de cumprimento no NT (Mt 7:22; 10:15; 1Co 1:8). Esse dia escatológico aparece normalmente associado à parousia, a manifestação gloriosa da vinda de Cristo (1Ts 4:15; 5:2).
ii. Por outro lado, contudo, há promessas messiânicas do AT com a intensa percepção de um Cristo com os predicados de servo sofredor (especialmente Is 53). Seria Alguém que viria para servir e dar Sua vida antes de assumir o controle do Reino.
iii. Jesus colocou essas duas dimensões de forma precisa quando Se autorreferiu Àquele “Filho do Pai” que “tinha vindo” de acordo com a promessa (Mt 11:19; 10:34; Mc 10:45; Lc 12:49) e Àquele “Filho do homem” que “viria” no futuro, em uma “segunda vinda” ou parousia Mt 16:28; 25:31; 26:64; Mc 8:38). Assim, Jesus expressou Sua plena
consciência de ser o “prometido” do AT e de ser o que “prometeu” no NT. A certeza do cumprimento de Suas promessas futuras no estabelecimento do reino é atestada e ratificada pelo cumprimento das profecias do AT sobre Sua messianidade.
iv. Dessa dupla perspectiva das promessas messiânicas do AT podemos concluir que:
1. Os dois testamentos são interdependentes e que um não pode ser entendido sem o outro. A relação óbvia está entre expectação e cumprimento.
2. A trajetória de Jesus, Sua vida, ministério, morte e ressurreição não se enquadram à reflexão tradicional do judaísmo nos Seus dias. O Cristo como servo sofredor não fazia parte da expectação messiânica preconcebida pela liderança, mas oferece a dimensão correta de Jesus não apenas como o Messias de Israel, mas o Salvador do mundo (Jo 4:42; 1Jo
4:14). Da magnitude local para o cumprimento global e cósmico. Ele não era somente o “filho de Davi”, mas o “Filho de Deus” (Mc 12:35-37).
3. Os discípulos de Jesus testemunharam os eventos que os fiéis do AT almejavam ter visto (Lc 10:35ss). Em resposta à perplexidade de João Batista, Jesus assegurou que a promessa de Isaías 35:5ss estava se cumprindo.
4. Assim, o cumprimento das promessas no NT transcende o AT. Jesus é maior que Jonas (Mt 12:41), maior que Salomão (Lc 11:31), maior que Davi (Mc 2:25-28), maior que o templo (Mt 12:6). DEle foi o melhor ministério (Hb 8:6), o melhor sacrifício (9:26), com melhores promessas (8:6). O trono terreno de Davi é transferido para o trono de Cristo no Céu (At 2:34-35; Ap 3:21). Um sumário desse argumento é apresentado por Paulo em Atos 13:32-34. Em Cristo, todas as promessas feitas a Abraão são cumpridas plenamente! NEle, todas as nações da Terra são abençoadas.
c. A profecia messiânica de tempo apresentada por Daniel 8-9 é extremamente significativa, não apenas por balizar os 2.300 anos, mas por definir a data em que ocorreria o ministério do Messias e a Sua morte “no meio da semana”.
Veio na plenitude dos tempos! (Gl 4:4).
d. Que os líderes judeus tinham compreensão das promessas messiânicas é evidente na conversa que tiveram com Herodes (Mt 2:4-6) e no contexto da vinda do segundo Elias (Mt 17:9-13).
C. Promessas da segunda vinda a. Embora a expressão “segunda vinda de Cristo” não ocorra na Bíblia, a evidência escriturística é tão marcante que há uma convergência teológica da maioria das tradições cristãs concordando com a vinda de Jesus. Praticamente todos os credos do cristianismo, desde o Credo Apostólico (2º séc.), atestam a crença na segunda vinda de Jesus.
b. O testemunho de Jesus de que Ele iria voltar é decisivo, principalmente Seu discurso escatológico registrado em Mateus 24-25, onde não há apenas uma descrição cronológica dos fatos, tanto antecedentes quanto ocorrentes, mas a forma (visível, física, pessoal), a natureza (inesperada, triunfante e gloriosa) e a necessidade de preparo para o evento. O ponto central dessa sequência escatológica é a prontidão (vigilância) que os cristãos devem ter constantemente: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor” (24:42). De acordo com Cristo, a essência da vigilância, se evidencia na nossa maneira de nos relacionarmos com o próximo. Aliás, o propósito básico das profecias não é apenas informar quanto ao futuro (satisfazer curiosidades), mas mostrar como devemos viver enquanto esperamos o fim.
Esse aspecto é desenvolvido nas 4 parábolas seguintes:
i. Mateus 24:45-51 – A parábola do bom e do mau servo: A demora do Senhor afeta nossa maneira de nos relacionarmos com outros e nossa maneira de tratá-los.
ii. Mateus 25:1-13 – A parábola das dez virgens: Vigilância significa desenvolver um tipo de relacionamento com Jesus mantido mesmo que Sua vinda não seja tão breve quanto o esperado.
iii. Mateus 25:14-30 – A parábola dos talentos: Vigilância tem que ver com o uso e desenvolvimento de todas as habilidades dadas por Deus enquanto se espera o fim.
iv. Mateus 25:31-46 – A parábola do grande julgamento: Vigilância significa tratar todos como se fossem o próprio Cristo.
c. Outro texto de destaque foi o proferido por Jesus no cenáculo e registrado por João 14:1-3.
d. Jesus anunciou não somente Sua vinda, mas também o estabelecimento do Reino de Deus. Esse Reino não seria produzido pela história como um poder terreno. Seria o resultado de uma gloriosa teofania, de manifestação sobrenatural. Não seria apenas uma reforma político-social, mas a instauração radical do “novo”, de ordem celestial (novo céu, nova Terra, nova Jerusalém, etc.).
i. Os ensinos de Jesus trazem uma dimensão presente como condição para o reino futuro. O reino já está em nosso meio! Os que aguardam o fim escatológico se preparam hoje, confrontando as forças do pecado e evidenciando fé em Cristo ao fazer a vontade de Deus.
Assim, a vinda de Jesus evoca a salvação e a redenção contidas no evangelho e que deve ser vivida no dia a dia. Nesse sentido, o reino de Deus já está presente como um autenticador do reino futuro. Os teólogos gostam de usar a expressão “já, mas não ainda” para descrever esse aspecto que, embora dialético, faz parte do coração da mensagem de Jesus. O cumprimento das promessas do AT se dá “agora” (Lc 4:18-22, Mc 1:14ss), mas a consumação ocorrerá no futuro escatológico (Mt 19:28). Em outras palavras, Jesus pregou a salvação presente (por exemplo, as parábolas da moeda, da ovelha e do filho perdidos), e deixou certa a salvação futura. Os milagres feitos por
Jesus mostravam que a salvação/cura eram amostras do reino a ser instaurado “no fim”. Contudo, a cruz, a ressurreição e o ministério sacerdotal de Jesus são as maiores evidências do cumprimento futuro do reino.
ii. No presente, o reino cria uma comunhão mista de pessoas boas e más, mas quando ele for consumado, haverá separação entre aqueles que são do reino e os impostores (o trigo e o joio; a rede que traz todo tipo de peixe). A perspectiva escatológica do reino define a ideia do juízo. Enquanto a vinda do reino será positiva para os salvos (Mc 13:27), será negativa para Satanás e seus seguidores (Mt 25:41).
iii. Jesus usou linguagem metafórica para descrever o caráter do Seu reino. O Pastor reunirá Suas ovelhas (Mt 25:32); os puros de coração verão a Deus (5:8); a herança será recebida (19:29); o tesouro está sendo acumulado (6:20); tronos e posições de autoridade serão dados aos fiéis (19:28); a colheita está sendo reunida nos celeiros (13:30); os gentios se ajuntarão numa grande festa celestial com os patriarcas (8:11); os salvos vão estar à mesa com Ele (Lc 22:29ss) e beberão o vinho de uma nova era (Mc 14:25). Haverá uma grande festa de núpcias (Mt 22:3; 25:10). Todas essas ilustrações descrevem a restauração da perfeita comunhão entre Deus e os seres humanos perdida em virtude do pecado.
e. O livro de Atos descreve a Páscoa e o Pentecostes como advento e cumprimento da era porvir. Isso é evidente no sermão de Pedro no capítulo 2, onde é revelado que teve início o tempo do fim, “os últimos dias” (v. 17). O Espírito Santo e a Igreja são marcas do início de uma nova era. A entronização de Cristo revela que Ele não mais é o servo sofredor, mas o Rei assentado à direita do Pai (7:55-56).
f. A teologia paulina expressa nas epístolas entende a ressurreição de Cristo como o grande evento que determina a breve vinda de Jesus. A morte já foi vencida! (2Tm 1:10; 2Co 4:6; 1Co 15). Se o Espírito Santo habita no coração do ser humano, esse se torna um ente espiritual, experimentando uma “novidade de vida” (2Co 2:16; 5:4; Cl 1:3; Ef 2:5; Rm 6:4). Embora o mistério da iniquidade ainda exerça sua influência, esse poder já está derrotado (1Ts 4:13-18; 2Ts 2:1ss). Nos escritos de Paulo, o dia glorioso da vinda de Jesus aparece em diferentes formas: Dia do Senhor (1Ts 5:2); Dia do Senhor Jesus (1Co 5:5); Dia do Senhor Jesus Cristo (1Co 1:8); Dia de Jesus Cristo (Fp 1:6); Dia de Cristo (Fp 1:10) e aquele Dia (2Tm 1:18). Embora esteja presente em todo o NT,
outro tema preponderante em Paulo é o da “esperança” (c. de 50 vezes). Paulo usou três palavras gregas para descrever a vinda de Jesus:
i. Parousia, que significa “presença” (Fp 2:12) e “chegada” (1Co 16:17). É uma expressão que se tornou técnica para descrever a vinda de Cristo como Rei.
ii. A vinda de Cristo também será um apocalipsis, uma “revelação” da glória e do poder de Cristo (Ef 1:20-23; 2Ts 1:7).
iii. O terceiro termo é epiphaneia, que quer dizer “aparecimento” indicando a visibilidade da vinda de Jesus (2Ts 2:8, onde também aparece a expressão parousia). Destaca-se também Tito 2:13, onde o aparecimento de Jesus é a realização da “bendita esperança”.
g. Dentre as epístolas gerais, a que mais trata do tema da vinda de Jesus é 2 Pedro e, em especial, o capítulo 3. Aqui os temas complexos da iminência e da demora na vinda de Jesus são discutidos pela primeira vez. A demora estaria diretamente relacionada com a longanimidade de Deus que não deseja que ninguém se perca (v. 9). Outras razões são apresentadas na literatura cristã:
i. Clemente de Roma, um dos primeiros pais da igreja, achava que os pecados dos cristãos seriam a causa da demora, como expresso em 2 Clemente de Roma aos Coríntios.
ii. O fim só virá quando o evangelho tiver sido pregado em todo o mundo. Orígenes e Clemente de Alexandria diziam que Deus havia posposto Sua vinda para que as reais consequências do mal fossem manifestas e para que o poder de Deus fosse completamente vindicado.
iii. Clemente de Roma e Justino, o Mártir, acreditavam que Cristo só viria quando o número dos eleitos (igual ao dos anjos caídos) fosse completado.  Como alguns eleitos não haviam nascido ainda, Deus teria que esperar.
iv. A cronologia profética ainda não havia atingido o tempo correto (como exemplo, os 2.300 anos).
h. O livro de Apocalipse é essencialmente a “revelação” de como o reino espiritual de Cristo seria construído na história do grande conflito.
i. Para os adventistas do sétimo dia é de especial significância o conteúdo da pregação das mensagens angélicas (14:6-12), isso sem falar nos textos que indicam as características da igreja verdadeira no fim dos tempos.
ii. A vitória de Cristo, a destruição de Satanás e seus representantes e o estabelecimento do novo céu e da nova Terra mostram o desfecho do grande conflito.
iii. “Ora vem, Senhor Jesus!”D. Crença fundamental nº 25 “A segunda vinda de Cristo é a bendita esperança da igreja, o ponto culminante do evangelho. A vinda do Salvador será literal, pessoal, visível e universal. Quando Ele voltar, os justos falecidos serão ressuscitados e, juntamente com os justos que estiverem vivos, serão glorificados e levados para o Céu, mas os ímpios irão morrer. O cumprimento quase completo da maioria dos aspectos da profecia e a condição atual do mundo indicam que a vinda de Cristo é iminente. O tempo exato desse acontecimento não foi revelado, e somos, portanto, exortados a estar preparados em todo o tempo.”

Escola Sabatina IASD do IASP: Sacrificio por mim (HD)

Escola Sabatina IASD do IASP: Sacrificio por mim (HD)

A Promessa de Sua Vinda - Lição 13º - Escola Sabatina Adultos



A promessa de Sua vinda

Sábado à tarde
Ano Bíblico: 1Sm 4–6

VERSO PARA MEMORIZAR: “Eis que venho em breve! A Minha recompensa está comigo, e Eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez” (Ap 22:12, NVI).

Leituras da semana: 2Pe 3:1-1013Jo 14:2, 3Dn 2:44Hb 9:2811Ap 6:9-11Lc 12:42-48

Pensamento-chave: Quando Jesus voltará? Quem sabe? Em certo sentido, isso não importa. Em lugar disso, o que importa é que Ele voltará.

No fim da década de 1990, muitos se perguntavam se o mundo duraria até a virada do milênio. Então, o ano 2000 chegou e passou. Alguns argumentaram que o cálculo do tempo estava errado e 2001 era realmente o ano do início do novo milênio. Mas, infelizmente, ainda estamos aqui.

De toda maneira, os adventistas do sétimo dia, ao contrário de muitas outras tradições cristãs, acreditam que a segunda vinda de Cristo se aproxima. Nos noticiários, até mesmo os jornalistas seculares às vezes refletem a respeito de como o mundo parece se aproximar de uma grande crise, seja ela política, ecológica, econômica, militar, ou uma combinação delas. Não é preciso ser adepto da visão bíblica das profecias apocalípticas para perceber que o mundo parece oscilar à beira de uma catástrofe ou algo parecido.

Nada disso deve nos surpreender. Afinal, quase todas as profecias bíblicas que descrevem o tempo do fim retratam uma previsão sombria para o mundo antes da segunda vinda de Jesus. E a maior surpresa de todas: Este é exatamente o mundo em que vivemos.
Quando Jesus voltará? Não sabemos. O que sabemos é que Ele voltará, e isso é o que importa.

Domingo
Ano Bíblico: 1Sm 7–10

O princípio e o fim

Adescrição da nossa lamentável condição humana é apresentada na Bíblia de maneira honesta e correta. No entanto, nem sempre os escritores bíblicos se desesperavam ao tomar conhecimento do resultado final. Os últimos capítulos nos livros de Isaías e Apocalipse asseguram que a destruição do pecado está se aproximando e que o reino de Deus será restaurado. Deus revelou aos Seus profetas as “últimas coisas” que levarão ao fim da tenebrosa história do nosso mundo. Esses profetas deram a devida importância à seriedade da situação, mas viveram com esperança, porque a solução havia sido revelada a eles.

Como estudamos anteriormente, se você acreditar que o mundo começou por acaso, muito provavelmente acreditará que ele terminará dessa forma também. De fato, essa concepção não oferece muita esperança para os que vivem no intervalo entre o começo e o fim, não é mesmo?

Em contrapartida, a Bíblia constantemente menciona e descreve a compreensão histórica literal de Gênesis 1 e 2. Nada foi deixado ao acaso na criação do mundo. Assim, não é de admirar que a Palavra de Deus também insista em mencionar o fim deste mundo de forma literal. Com relação a isso, nada será deixado ao acaso.

1. Como Pedro relacionou os eventos do início da história humana com os eventos finais? Que mensagem de esperança podemos tirar dessas palavras? 2Pe 3:1-10

A criação primordial e a recriação final são vitalmente ligadas, cada uma realçando a importância da outra. Ao estudar a doutrina das últimas coisas (escatologia), lidamos com os atos finais e definitivos de Deus para com Sua criação, que levam à restauração do Seu reino.
Jesus claramente relacionou consigo o começo e o fim das coisas. Três vezes (Ap 1:821:622:13) Jesus Se referiu a Si mesmo como o Alfa e o Ômega (alfa é a primeira letra do alfabeto grego, e ômega, a última). Além de tudo o mais que Ele quis dizer com essas palavras, no mínimo elas nos mostram o poder e a onipresença de Jesus. Elas nos dizem que Jesus estava lá, no início de todas as coisas, e Ele estará também no fim. Podemos confiar nEle, não importando em que ponto da história estejamos. Essas palavras são uma forma de nos dizer que, por mais caóticas que as coisas pareçam, Ele está sempre ao nosso lado.

Alguns cristãos têm se afastado da crença na vinda literal e física de Jesus e da fé em uma restauração sobrenatural do Reino de Deus na Terra. Em vez disso, imaginam que nós mesmos precisamos edificar o reino. Pense nas tentativas passadas de fazer algo similar. Por que deveríamos achar que as futuras tentativas poderiam se sair melhor?

Segunda
Ano Bíblico: 1Sm 11–13

Promessa e expectativa

Visto que “as últimas coisas “ se centralizam em torno do estabelecimento do reino de Deus, dar atenção às “últimas coisas” sempre foi uma preocupação fundamental para a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Tanto que chamamos a atenção para o fim dos tempos em nosso nome: Adventistas do Sétimo Dia. O próprio nome aponta para nossa crença no segundo advento de Jesus.

2. Como Pedro expressa essa esperança? Por que essa esperança é tão importante para nossas crenças? Sem ela, resta alguma esperança verdadeira? 2Pe 3:13

Muitas vezes, somos decepcionados pelas nossas expectativas e esperanças humanas. Muitas vezes elas falham porque não podemos controlar os eventos futuros. Frequentemente nossas esperanças mais ardentes não se cumprem. Não podemos controlar o futuro, por mais que nos esforcemos para isso. Os seres humanos são confrontados com possibilidades e probabilidades. Todos os nossos planos são incertos. O desdobramento da história é complicado, incalculável e sujeito a muitos fatores variados que nos impedem de confiar em nossas decisões a respeito do futuro. Essa incerteza nos leva à ansiedade.

Mas os escritores bíblicos asseguram que não precisamos nos desesperar. O Senhor está no controle, e temos a promessa de Sua vinda e do que Ele fará naquele dia.

3. Que esperança e certeza encontramos na Bíblia? Que ênfases diferentes aparecem nas promessas da Palavra de Deus?

Em todos esses textos, e em tantos outros, foi dada a promessa não apenas da vinda de Cristo, mas de que estão reservados para nós um novo mundo e uma nova existência, totalmente diferentes. Tente imaginar como será isso. Estamos tão acostumados com o pecado, doença, morte, medo, violência, ódio, pobreza, crime, guerra e sofrimento, que não podemos facilmente imaginar um mundo sem eles. No entanto, é exatamente esse o mundo que estamos esperando, o mundo que nos foi prometido.

Terça
Ano Bíblico: 1Sm 14–16

Nossa grande certeza

Como cristãos adventistas do sétimo dia, vivemos com a esperança da vinda literal de Cristo à Terra. Alguns grupos cristãos abandonaram a esperança desse ensino. Colocaram-no de lado, o diluíram e assim espiritualizaram essa verdade, de modo que a segunda vinda de Jesus se tornou, essencialmente, apenas algo pessoal. Eles podem dizer: A segunda vinda de Jesus ocorre em nosso coração, quando aprendemos a cumprir nosso papel na comunidade, ou quando aprendemos a amar os outros como devemos. Assim, a segunda vinda de Cristo se realiza em nossa vida. Embora, naturalmente, devamos amar os outros e ser membros produtivos da comunidade, nenhuma dessas coisas é o mesmo que a segunda vinda de Jesus.

De nossa perspectiva, especialmente com nossa compreensão do estado dos mortos, é difícil imaginar o que nossa fé significaria sem a vinda física e literal de Cristo, quando Ele ressuscitará os que morreram nEle. Essa esperança é tão fundamental para o que acreditamos que, sem ela, todo o nosso sistema de fé desabaria! (Lembre-se: nosso próprio nome reflete a importância dessa crença). Por isso, o clímax de tudo em que acreditamos e esperamos está na vinda literal de Cristo “nas nuvens do céu” (Mt 24:30, NVI); remova isso e nossos ensinamentos nos levarão a um beco sem saída.

4. De todas as coisas que nos dão certeza da segunda vinda de Jesus, qual é a mais importante? Que evento, mais do que qualquer outro, garante Sua vinda, e por quê? Hb 9:281Co 15:12-27

Claro, a grande esperança da segunda vinda repousa no que Cristo realizou por nós na primeira vinda. Afinal, qual é o proveito da primeira vinda sem a segunda? Em certo sentido, é possível dizer que a primeira vinda, e tudo o que Jesus realizou por nós nesse tempo, é incompleto sem a segunda vinda. Às vezes, a Bíblia usa a metáfora do resgate para se referir à cruz. O próprio Jesus disse que “o Filho do homem... não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mt 20:28). Na cruz, Jesus, por Sua morte, pagou o resgate de nossa vida, um resgate que foi pleno, completo, e de uma vez por todas. Ao mesmo tempo, de que adianta pagar um resgate, se você não vem para buscar o que foi resgatado? O pagamento do resgate não é o fim da história. Assim como um pai humano iria buscar o filho pelo qual tivesse pago o resgate, igualmente Jesus voltará para buscar aqueles por quem Ele pagou um preço tão grande. Portanto, a primeira vinda de Cristo nos dá a maior garantia possível para Sua segunda vinda.

Quarta
Ano Bíblico: 1Sm 17–19

“Onde está a promessa da Sua vinda?”

Desde os primeiros dias da Igreja Adventista do Sétimo Dia, seus membros acreditaram que a vinda de Cristo estava próxima, “mais próxima do que quando haviam acreditado no princípio”. Na atual situação, ainda estamos aqui, por muito mais tempo do que muitos entre nós havíamos esperado. Como devemos entender essa “demora”?

Em primeiro lugar, não somos os únicos que não tiveram suas expectativas cumpridas em relação ao tempo em que o Senhor agiria.

Eva, por exemplo, pensava que as promessas de Deus de um Libertador (Gn 3:15) seriam cumpridas em seu filho primogênito. LeiaGênesis 4:1. Uma tradução exata desse texto deve ter a palavra “do” em itálico, porque não está no idioma original, mas foi adicionada por um tradutor. A declaração de Eva pode ser traduzida de maneira mais literal: “Adquiri um varão - o Senhor.” Ela estava errada. O filho nascido foi Caim, e não o Redentor. A vinda do Senhor não ocorreu senão centenas de anos mais tarde.

“A vinda do Salvador foi predita no Éden. Quando Adão e Eva ouviram pela primeira vez a promessa, aguardavam-lhe o pronto cumprimento. Saudaram alegremente seu primogênito, na esperança de que fosse ele o Libertador. Mas o cumprimento da promessa demorava. Aqueles que primeiro a receberam, morreram sem o ver. Desde os dias de Enoque, a promessa foi repetida por meio de patriarcas e profetas, mantendo viva a esperança de Seu aparecimento, e todavia Ele não vinha” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 31).

5. Qual é o assunto principal de Hebreus 11? Como isso se encaixa na questão da “demora”? Veja especialmente os versos1339 e 40

Em toda a Bíblia, temos exemplos de pessoas esperando com ardente expectativa. Considere quanto tempo Abraão esperou pelo filho prometido e quanto tempo Israel aguardou a libertação no Egito. Repetidamente, nos Salmos, lemos a pergunta: “Até quando” Senhor, até que venha a libertação? E, claro, não devemos ficar surpresos com a “demora” da vinda de Cristo, porque Pedro escreveu, quase dois mil anos atrás, as seguintes palavras: “Antes de tudo saibam que, nos últimos dias, surgirão escarnecedores zombando e seguindo suas próprias paixões. Eles dirão: “O que houve com a promessa da Sua vinda? Desde que os antepassados morreram, tudo continua como desde o princípio da criação” (2Pe 3:3, 4, NVI).

Você pensa que o Senhor já deveria ter voltado? Você às vezes se desanima por causa da “demora”, ou até duvida do segundo advento de Jesus, pelo fato de que ainda estamos aqui? Pense em todas as evidências que você tem para crer na vinda de Cristo, percebendo também que, como ser finito, você compreende o tempo de maneira radicalmente diferente da maneira divina.

Quinta
Ano Bíblico: 1Sm 20–23

“Eis que venho sem demora”

6. Sem dúvida, o fato de que o Senhor ainda não tinha voltado foi a base para alguns dos conselhos de Paulo aos tessalonicenses. Qual foi o conselho de Paulo aos que esperavam a prometida vinda de Cristo? 2Ts 2

Determinados eventos tinham que acontecer na história da humanidade antes da vinda de Jesus; entretanto, a esperança para o futuro era gloriosa.

7. O livro do Apocalipse, o livro dos grandes momentos de “clímax”, também dá evidências de uma “demora”. Na abertura do quinto selo, qual é o clamor das vozes debaixo do altar? O que está implícito ali sobre a questão da “demora”? Ap 6:9-11

8. Diante da “demora”, qual deve ser a atitude dos que esperam? Que advertência é dada contra os que oprimem os companheiros de esperança? Lc 12:42-48

E quanto aos textos que falam sobre Jesus voltando rapidamente, ou brevemente? Por exemplo: “Eis que venho em breve! Feliz é aquele que guarda as palavras da profecia deste livro” (Ap 22:7, NVI).

Em certo sentido, no que se refere à nossa experiência pessoal, a segunda vinda de Jesus é tão “breve” quanto nossa morte. Morremos e, independentemente de quanto tempo dormimos na sepultura – dois anos, 200 anos, dois mil anos – fechamos os olhos e a próxima coisa que percebemos, em um instante, num piscar de olhos, é que Jesus voltou. Assim, é possível argumentar que, unicamente a partir de nossa perspectiva pessoal e do que experimentamos pessoalmente, o segundo advento de Cristo não leva mais do que o espaço de uma vida humana individual. A segunda vinda de Jesus será um evento literal universal que afetará a Terra inteira. No entanto, nesse sentido, nós a experimentaremos de modo individual.

Enquanto os anos passam, você fica à vontade no mundo, se sentindo confortável com as coisas, e menos focalizado na realidade da segunda vinda de Jesus? Se é assim, você provavelmente não está sozinho. Como podemos lutar contra essa tendência natural, embora potencialmente perigosa? Comente com a classe.

Sexta
Ano Bíblico: 1Sm 24–27

Estudo adicional

Se vocês têm, de algum modo, negligenciado seu dever, se arrependam diante de Deus e voltem ao caminho do qual vocês se desviaram. Lembrem-se de como é breve o tempo da vida a nós concedido. Vocês não sabem quão brevemente seu tempo de prova pode terminar. Não digam de maneira presunçosa: ‘Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros’ (Tg 4:13). Deus pode ter planos diferentes para vocês. A vida é apenas como a neblina, ‘que aparece por instante e logo se dissipa’ (v. 14). Vocês não sabem quão brevemente sua mão pode perder a destreza, e quando seu passo pode perder a firmeza. Há perigo na demora de um momento. ‘Busquem o Senhor enquanto é possível achá-Lo; clamem por Ele enquanto está perto…’” (Is 55: 6, 7, NVI; Ellen G. White, Review and Herald, 23 de dezembro de 1902).

Perguntas para reflexão
1. Não é uma ironia o fato de que, quanto mais tempo passamos aqui, mais fácil é perder o entusiasmo pela volta de Jesus e, no entanto, quanto mais tempo passamos aqui, mais perto chegamos desse evento?
2. Por que Jesus ainda não voltou? Somos responsáveis por essa “demora”?
3. Qual é a maior razão para confiar na promessa da segunda vinda de Jesus?
4. Os cientistas preveem que o Universo será destruído, não deixando vida em nenhum lugar. Como adventistas, cremos que as perspectivas são maravilhosas!

A questão é: se a ciência compreende o fim de modo equivocado, por que devemos crer que seu entendimento do princípio seja mais correto? A compreensão comum da ciência a respeito das origens é centralizada em várias forças (incluindo o processo da evolução) que negam um Criador ou qualquer intenção ou projeto estabelecidos na criação. Quanto mais equivocada essa ideia poderia ser?

Resumo: Temos muitas e boas razões para confiar na vinda de Cristo, não importando quando isso acontecerá.

Respostas sugestivas: 1: No tempo de Noé os incrédulos zombavam da ameaça de destruição pelo dilúvio; o evento era inédito e demorou para acontecer; hoje também os zombadores alegam que a demora é sinal de falha na profecia; por isso serão surpreendidos na volta de Jesus. 2: Esperamos novos céus e nova Terra, onde habita justiça; essa esperança dá sentido à vida e à religião; sem essa esperança nada valeria a pena em nossa história. 3: Jesus foi preparar um lugar para nós; Ele nos levará para a casa do Pai; o reino eterno será estabelecido em lugar dos reinos transitórios do mundo; Jesus renovará a Terra e acabará com o pecado e a injustiça. 4: A primeira vinda de Cristo, Sua morte e ressurreição; na segunda vinda Cristo completará a obra iniciada em Seu ministério terrestre. 5: Fé no cumprimento da promessa de bençãos nesta Terra e de receber a nova Terra e a vida eterna. 6: Antes da vinda de Jesus, Satanás completará a obra de engano; enquanto esse dia não chega, para evitar os enganos, os cristãos precisam amar a verdade e permitir que o Espírito Santo santifique seus atos e palavras. 7: “Até quando, ó soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra?” Simbolicamente, os mártires clamam por justiça, mas Deus pede que esperem um pouco, até que o número de salvos esteja completo. 8: Enquanto o Senhor não vem, Seus mordomos devem sustentar os outros servos; mas, se o mordomo for infiel, viver em depravação e oprimir os outros servos, será castigado com os infiéis.