sábado, 11 de fevereiro de 2012

Meditação 2012


Meditação - Dias 12 á 18

12 de fevereiro Domingo

Vida Nova na Graça de Deus
O mesmo refere-se aos maridos: sejam bons maridos para as suas esposas. Honrem-nas, deleitem-se nelas. Pois as mulheres não possuem certas vantagens. Mas, na vida nova da graça de Deus, vocês são iguais. Tratem as esposas, portanto, de igual para igual para que as suas orações não sejam interrompidas. 1 Pedro 3:7, The Message

A graça transforma o relacionamento matrimonial. Ela eleva esse relacionamento, a ligação mais delicada e íntima entre os seres humanos, a um novo nível. Tudo o que é belo e precioso no amor entre um homem e uma mulher se torna enobrecido e puro.

A maravilha de se apaixonar é que o nosso mundo de repente se amplia além da visão centrada unicamente em nós mesmos. “Perdemo-nos” no outro: pensamos constantemente na pessoa amada, notamos os detalhes do seu jeito e aparência, analisamos como podemos fazer para agradá-la mais e mais. Tornamo-nos uma pessoa diferente e melhor.

Mas a atração inicial e o fascínio se desgastam. Somos criaturas egoístas por natureza, e o relacionamento que começou com um grau elevado de abnegação se degenera cada vez mais até se transformar em expectativas egoístas, exigentes e insatisfeitas.

Nenhum casamento é perfeito, pois nem o homem nem a mulher são perfeitos. Aquilo que começou de forma tão sublime e majestosa se degrada para algo em que os dois mal podem tolerar, levando-os a ficar juntos apenas para o bem-estar dos filhos, por medo do que os outros vão dizer ou até mesmo devido a ameaças.

Mas a graça, que transforma todo o nosso viver, pode transformar o relacionamento matrimonial. A graça dá e perdoa. Como recebedores da graça, somos presenteados com o dom gratuito da salvação, um presente imerecido, e com o perdão que nos liberta do fardo dos erros do passado, do peso esmagador do presente e do medo do desconhecido.

Por termos recebido tanto sem merecer, desejamos da mesma forma conceder generosamente – a começar com o nosso cônjuge. Por termos sido perdoados por nossas transgressões, podemos perdoar mais prontamente as mágoas e os desentendimentos causados por nosso cônjuge.

Na nova vida na graça de Deus, declarou Pedro, somos todos iguais. Cada família encontra seu próprio caminho no que diz respeito às responsabilidades e deveres – controle das finanças, limpeza da casa, compras, etc. Mas no casamento cristão cada um desempenha suas tarefas, bem-vindas ou não, num espírito de ajuda mútua e com o desejo de agradar. Ninguém é chefe – apenas Jesus, que é o Senhor do lar e do relacionamento.

13 de fevereiro Segunda
No Senhor
Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. Efésios 6:1

Um lar em que os filhos honram, respeitam e obedecem aos pais: o ideal de todo cristão. Mas a questão é: Por quê? Por que os filhos fazem o que é certo? Por que se comportam segundo o desejo dos pais? Por que se dirigem de maneira respeitosa aos pais?

Talvez ajam assim por medo de agir de maneira contrária. Medo do que poderão sofrer se não fizerem assim. Medo do que lhes será negado. Isso não é “obediência”, mas uma conformidade externa que torna o futuro estritamente limitado. Ao serem removidas as restrições e as motivações externas, essa “obediência” se desvanece como um castelo de areia. Essa é a razão de “bons” filhos de “bons” lares cristãos geralmente rejeitarem todas as restrições no momento em que cortam os laços familiares.

Outro tipo de “bondade” vem do respeito ao padrão cristão do lar. Os filhos amam e respeitam os pais e se tornam “bons” filhos e “bons” adultos. Não se envolvem em confusão, nunca desonram o bom nome dos pais. Mas também sabem que são “bons” e não sentem a necessidade de um Salvador.

A única obediência que conta é a obediência que Paulo identificou no texto bíblico de hoje: “no Senhor”. A única bondade é a bondade que provém por meio de Sua graça. Ao percebermos a nossa iniquidade, aceitamos o sacrifício expiatório de Cristo em nosso favor e nos rendemos ao Seu amor.

Como podemos ajudar nossos filhos a ser obedientes “no Senhor”? Eu gostaria de saber a resposta. Parte da resposta certamente se encontra no modelo que oferecemos a eles como pais. O conceito que possuem de Deus será formado muito mais pelo que fazemos – a maneira pela qual nos relacionamos com eles e com os outros – do que pelo que dizemos.

Se formos dignos de confiança, aprenderão a confiar e terão facilidade em confiar em Deus, a quem não podem ver.

Se formos generosos, terão facilidade em aceitar o incrível dom da salvação.

Se demonstrarmos nosso amor por eles, terão facilidade em compreender que para Deus são infinitamente preciosos.

Se perdoarmos nossos filhos facilmente, talvez sejam capazes de aceitar o perdão infinito de Deus.

Quem é bom o bastante para desempenhar tamanha função? Nenhum de nós; mas Deus prometeu suprir nossas imperfeições.

14 de fevereiro Terça
Se Eu Pudesse Voltar no Tempo

“Contenha o seu choro e as suas lágrimas, pois o seu sofrimento será recompensado”, declara o Senhor. “Eles voltarão da terra do inimigo. Por isso há esperança para o seu futuro”, declara o Senhor. “Seus filhos voltarão para a sua pátria.” Jeremias 31:16, 17

A paternidade talvez seja a função mais importante que nós possamos ser chamados a desempenhar, como também a mais difícil. Há livros aos montes, e uma quantidade infinita de manuais, escritos por indivíduos que têm certeza de que possuem todas as respostas – até nascerem os próprios filhos!

Certa vez, há muitos anos, Noelene e eu fomos convidados a realizar um seminário sobre família. Não temos treinamento profissional nessa área, mas aceitamos. Acho que o seminário foi considerado útil, pois depois disso recebemos vários convites para realizar o mesmo seminário em outros lugares. Atuamos nessa área por algum tempo, mas depois decidimos parar. Na época em que nossos filhos entraram na adolescência, descobrimos que nossas antigas respostas não funcionavam da maneira que deveriam.

Penso na maneira com que os cristãos tentam administrar o lar e criar os filhos. Penso na maneira com que Noelene e eu estabelecemos nosso lar e criamos nossa família. Olho ao redor e me recordo do passado. As únicas palavras que me veem à mente são: amor (claro), respeito, autoridade, obediência, recompensa e punição. Mas não me recordo muito da graça. Ah, a graça estava lá, mas não como o princípio áureo, aquele que rege todos os outros. Não era costume agirmos como Cristo agiu e ainda age conosco – certamente não da minha parte. Geralmente estávamos muito preocupados em ter uma família “boa” e “correta”; afinal, eu era pastor, Noelene era mulher de pastor, e Terry e Julie, filhos de pastor. Noelene e eu nos mantivemos fiéis um ao outro e nossos filhos se comportaram bem.

Tivemos uma família feliz, mas, se pudesse, eu gostaria de ter a oportunidade de fazer tudo de novo. Gostaria de servir mais em vez de ficar tão preocupado com as minhas próprias necessidades. Gostaria de ser mais generoso para que meus filhos pudessem entender melhor a generosidade infinita de Deus. Gostaria de jogar fora para sempre os sentimentos terrivelmente egoístas. Tentaria ajudar Terry e Julie a compreender, sem deixar a menor sombra de dúvida em sua mente, que a despeito de qualquer coisa que fizerem, qualquer lugar que frequentarem, nosso amor por eles jamais diminuirá, que sempre terão um lugar em nossa casa preparado para eles, dia e noite. E que temos orgulho deles, e assim sempre será.

15 de fevereiro Quarta
Crescimento na Graça
Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória, agora e para sempre! Amém. 2 Pedro 3:18

Tiro o chapéu para Uceba Babson, de West Palm Beach, Flórida, Estados Unidos. Ao entrar vestindo o capelo e a beca na formatura do ensino médio, o auditório inteiro bateu palmas em pé e o governador do Estado enviou uma carta parabenizando-a.

Poucos meses antes da cerimônia de colação de grau, Uceba Babson havia completado 90 anos de idade!

Na época em que frequentou a escola na juventude, Uceba costumava caminhar quase dois quilômetros até o prédio escolar de apenas uma sala de aula. Em 1931, desistiu de estudar e se casou com um agricultor.

Após 70 anos sem pisar numa sala de aula, Uceba decidiu voltar a estudar. Uceba teve 81 netos e bisnetos e ficou viúva três vezes, mas ainda assim não deixou de acariciar o sonho de concluir o ensino médio.

Levantava-se às quatro da manhã todos os dias e dirigia seu automóvel ao centro de educação de adultos. As muitas horas de estudo de matemática, inglês, ciências e estudos sociais valeram a pena. E ela conseguiu! “Isso foi algo que prometi a mim mesma há muitos anos”, confessou após a formatura. “Foi um desafio, um desafio maravilhoso.”

Nós, seguidores de Jesus, somos alunos de Sua escola de aprendizado vitalício. As riquezas de Sua graça são tão abundantes que nunca chegaremos a seu pleno conhecimento. Deus deseja que estejamos sempre aprendendo, sempre crescendo em Jesus, em quem “estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Cl 2:3). Exploraremos novas profundezas de Sua graça inesgotável por toda a eternidade.

“É o desejo do Senhor que Seus seguidores cresçam em graça, que Seu amor seja mais e mais abundante, que eles sejam cheios dos frutos de justiça, por meio de Jesus Cristo, para o louvor e glória de Deus” (Ellen G. White, Signs of the Times,
 
12 de junho de 1901). “A santificação não é obra de um momento, uma hora, ou um dia.

É um contínuo crescimento na graça” (Ellen G. White, Testemunhos Seletos, v. 1, p. 114).

Que perspectiva – sempre aprendendo, sempre crescendo! Que futuro maravilhoso, hoje e eternamente!

Tiro o chapéu para Uceba Babson, que voltou a estudar após passar 70 anos fora da escola e se graduou aos 90. Esse é o espírito que o Senhor da graça quer nos conceder, seja aos 9 ou aos 90.

16 de fevereiro Quinta

O Sistema Solar Divino


Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos. Efésios 2:8-10

Graça, fé e obras. Quanto se discutiu, e ainda se discute, a respeito desses termos. Somos salvos pela graça e pelas obras, ou apenas pela graça? Se for apenas pela graça, então onde ficam as obras? E que dizer da fé? É algo pelo qual podemos receber crédito?

Realmente é tentador pensar que a graça, a fé e as obras formam um triângulo – um triângulo com um lado (graça) mais longo dos que os outros, mas ainda assim um triângulo.

Tentador, mas errado. Num triângulo, a soma de dois lados será maior do que o lado restante. Mas isso não é verdade aqui. A combinação de fé e obras nem sequer se iguala à grandiosidade da graça.

Devemos pensar nessa questão como um sistema solar divino, sendo a graça o Sol e a fé e as obras planetas separados que giram em torno desse grande astro.

Há apenas um Sol, pois existe apenas um Sol da justiça (Ml 4:2). No universo da salvação não há espaço para a glória humana; a glória que não vem de Cristo não pode ser a glória refletida por Ele. Unicamente a Sua graça – ilimitada, imensurável, ampla e gratuita – nos concede a esperança da vida eterna. Recebemos a salvação como um presente, não por mérito pessoal. Para outra analogia, leia a linda declaração de Ellen White: “Este vestido [a veste da justiça de Cristo] fiado nos teares do Céu não tem um fio de origem humana” (Parábola de Jesus, p. 311).

Nenhum fio – nem um sequer! Não podemos nos gabar de absolutamente nada.

A fé é um planeta do sistema solar divino. A fé não vem de nós mesmos para que não sejamos tentados a nos orgulhar disso. A fé em si é um dom do Deus da graça, um dom que nos capacita a dizer sim à graça quando todos ao nosso redor escolhem dizer não.

No sistema solar divino também existe outro planeta – as obras. Assim como a fé, as obras provêm do Sol da graça, Jesus. Ao dizer sim para Ele, Sua luz brilha sobre nós e em nós, transformando-nos, renovando-nos, recriando-nos à Sua imagem. Ele reflete a glória de Deus; assim, ficamos cada vez mais semelhantes a Ele.

O sistema solar divino possui três elementos – o Sol da graça e os planetas da fé e das obras.



17 de fevereiro Sexta
Quebrando o Ciclo do Abuso
Ao vê-la, Jesus chamou-a à frente e lhe disse: “Mulher, você está livre da sua doença”. Então lhe impôs as mãos; e imediatamente ela se endireitou, e passou a louvar a Deus. Lucas 13:12, 13

Por 18 anos ficou encurvada, incapaz de ficar ereta. Por 18 anos arrastou-se pela vida, lutando para manter o equilíbrio, com os olhos forçadamente voltados para baixo. Nunca pôde contemplar o nascer do Sol, nunca acompanhou o voo de um pássaro ou o movimento das nuvens, pois era obrigada a fitar o chão.

Naquele sábado, caminhou com muita dificuldade até a sinagoga e encontrou um lugar na seção destinada às mulheres. Com os olhos voltados para baixo, ouviu o Mestre itinerante de Nazaré explicar as Escrituras. Extasiada, prestou atenção em cada palavra; mas o interesse se transformou num grande espanto ao ouvir Jesus chamá-la do meio da congregação pelo nome.

“Mulher, você está livre da sua doença”, disse, impondo-lhe as mãos. Imediatamente o poder curador inundou seu ser, libertando as juntas e fortalecendo os ossos. Ela ficou ereta – pela primeira vez em 18 anos!

Muitas pessoas hoje sofrem com uma enfermidade tão real quanto a enfermidade dessa mulher. Passam pela vida com os olhos voltados para baixo, dominadas por uma força que não podem vencer sozinhas. Conhecem apenas um modo de viver, aquele que seus pais – e avós – conheceram. Aquela que seus herdeiros estão fadados a perpetuar.

Refiro-me ao abuso familiar, que ocorre em ciclos satânicos. Crianças crescem sofrendo abusos por parte dos pais, que por sua vez também sofreram abusos, fazendo, assim, com que os filhos deem continuidade a essa atrocidade. Talvez o aspecto mais trágico do abuso seja o fato de ele exercer a sua força em famílias que professam ser cristãs. Já fui testemunha disso – vi isso acontecer entre pessoas que cresceram na igreja, que até mesmo tiveram a oportunidade de ter uma educação cristã. Apesar de todos os sermões e estudos, o ciclo do abuso continua, e tenho vontade de chorar.

Creio que Jesus pode quebrar o ciclo do abuso. Creio que a Sua graça é mais poderosa do que o peso acumulado das gerações. Creio que as pessoas podem mudar. Não temos que aceitar o abuso com sua degradação e falta de respeito próprio; não temos que submeter nossos filhos a abusos, mesmo que tenhamos sido vítimas dele.

Jesus nos chama à frente. Ele nos chama pelo nome e diz: “Você está livre da sua doença.” E pela primeira vez podemos nos endireitar e render louvores a Deus.

18 de fevereiro Sábado
O Poço de Lágrimas
Quando Esaú ouviu as palavras de seu pai, deu um forte grito e, cheio de amargura, implorou ao pai: “Abençoe também a mim, meu pai!” Gênesis 27:34

O grito de amargura de Esaú ecoa pelos séculos. É o clamor de filhos e filhas que anseiam a aprovação paterna.

Ao que parece, o clamor de Esaú não faz sentido. Aparentemente, Esaú deve ter sido criado em uma família que adorava a Deus e manifestava amor. Seu pai, Isaque, homem temente a Deus, amava Rebeca, sua esposa (Gn 24:67). O casal esperou um longo período para ter filhos e finalmente tiveram apenas dois – gêmeos, Esaú e Jacó. Esse foi um lar em que os filhos foram desejados, recebidos com alegria e amados.

A imagem de Esaú extraída da Bíblia é a de um homem forte e autossuficiente. Ele “tornou-se caçador habilidoso e vivia percorrendo os campos” (Gn 25:27). Não esperamos ver um homem como esse abrir a boca a chorar.

Mas aquele lar estava longe do modelo que aparentava ser. Os pais tinham preferências. Isaque amava Esaú, Rebeca amava Jacó. É claro que os filhos sabiam disso.

Assim, Esaú, com toda a aparente coragem e indiferença às emoções, se sentia profundamente inseguro. Na ocasião em que Jacó enganou Isaque a fim de receber a bênção da primogenitura – bênção que Isaque pensou estar proferindo sobre o outro filho – Esaú irrompeu em lágrimas. Poucos dias antes, havia tratado a bênção de maneira arrogante, trocando-a por um prato de guisado de lentilhas; mas agora, ao ver seu irmão levar o prêmio, clamou para que fosse abençoado também.

O ato de educar os filhos é um aprendizado para os pais também. Ao ensinarmos, continuamente aprendemos mais a nosso respeito. Ficamos surpresos ao perceber como um filho é diferente do outro. Ao se tornarem adultos, ficamos admirados em saber como a opinião de cada um varia em relação à maneira com que foram criados.

Um poço de lágrimas começa a se formar logo cedo dentro de cada um de nós. Até mesmo a melhor família do mundo está manchada pelo pecado, e os filhos detectam (ou pensam que detectam) palavras ou ações que demonstram certa preferência pelo irmão. O poço de lágrimas continua a aumentar em segredo. No momento em que o poço explode na idade adulta, surpreende os pais e outros membros da família.

Mas a graça faz a diferença. A graça assegura aos pais que Deus nos ama, nos aceita e nos ajuda a demonstrar aprovação. Por meio de elogios, abraços, pequenas atenções, transmitimos uma bênção aos nossos filhos.

Meditação da Mulher 2012


Meditação da Mulher - 2012  Dias 12 á 18


12 de fevereiro domingo

Tocada pelo Sol
A fidelidade de Deus é grande; o Seu amor cuidadoso é sempre novo, a cada dia que passa. Lamentações 3:23, BV

Devo admitir que não é com grande frequência que estou acordada para saudar o nascer de um novo dia. Quando estou, porém, é uma alegria maravilhosa observar o sol expulsando a escuridão e inundando a Terra com o dom divino da luz e da cor.

Quando meu esposo e eu saímos para acampar, deliciamo-nos com os lugares mais quietos, onde podemos apreciar o melhor da natureza. Junto ao rio, um coro de vários pássaros nos desperta bem cedo. O martim-pescador ri, as agássias gorjeiam, as cacatuas guincham e o canto melodioso dos picanços é um dos meus preferidos. De modo semelhante, junto ao mar, as gaivotas e andorinhas-do-mar grasnam e os pelicanos soltam seus grunhidos. Não importa onde se encontrem, quando rompe o dia cada ave canta sua feliz canção, sem queixumes.

Com que rapidez se dissolvem as trevas, à medida que o mundo se ilumina com o sol nascente! A paisagem pode parecer sombria e mudada quando as nuvens a cobrem, e isso faz muita diferença quando procuramos tirar fotos. Pouco tempo atrás, isso se tornou muito importante ao visitarmos a região central da Austrália.

Meu pai, ativo aos 88 anos, foi conosco nessa viagem. Uma das grandes atrações dessa parte da Austrália é a rocha Ayers (Uluru), e ele estava ansioso por vê-la em toda a sua glória durante o nascer do sol. Essa rocha pode mudar progressivamente de cinza para púrpura, marrom, laranja e vermelho brilhante. Todo dia, centenas de turistas se enfileiram na estrada durante a aurora e o ocaso, para capturar as cores que os raios solares trazem a esse rochedo. Não fomos desapontados, e tiramos muitas fotos. Entretanto, a luz solar não durou. Vieram nuvens e Uluru assumiu uma cor muito comum.

A maioria das formações rochosas no sertão australiano revela cores fortes quando o Sol brilha. Visitamos um local chamado Vale do Arco-Íris, e só posso comparar sua cor ao vermelho e amarelo das brasas numa fogueira de acampamento.

Enquanto a luz de Jesus nos toca a vida com o brilho do Seu amor, que nós reflitamos a Ele e Sua beleza. Jesus nos deu vida e salvação. Sem o Sol da justiça, nossa vida também se haveria desvanecido, assim como a cor das rochas sem a luz solar.

Lyn Welk-Sandy

13 de fevereiro segunda

Deus Se importa
Antes de clamarem, Eu responderei. Isaías 65:24, NVI

É difícil encontrar bons jardineiros, e eu estava ficando um pouco desconsolada, já que nossa área verde – fundos, frente e laterais – precisava de uma atenção especial. Era necessário alguém para arrancar as ervas daninhas, desbastar arbustos e a árvore da cavalinha, cortar o gramado, remover o capim alto que crescia entre as plantas, juntar as folhas com o ancinho e podar algumas árvores frutíferas. Com um recente ferimento no pé, meu esposo estava impossibilitado de cuidar dos afazeres do jardim. Depois de pensar um pouco, encontrei um cartão que havia recebido de um jardineiro, cerca de um ano antes. Telefonei e marquei um horário a fim de que ele viesse e me apresentasse o orçamento. Depois de explicar todas as coisas que precisavam ser feitas, concordamos com o preço; então, ele e um auxiliar puseram mãos ao trabalho.

Depois de encher nossa lata de lixo e vários sacos plásticos com folhas e ramos, eles declararam que haviam concluído o serviço. Mas, quando inspecionei o trabalho, descobri que muita grama entre os arbustos não fora cortada, as ervas daninhas haviam sido colhidas, mas não arrancadas pela raiz, e os ramos que eu queria ver cortados ainda permaneciam em seus lugares. Para aumentar meu desapontamento e frustração, a cabeça de um dos irrigadores da grama estava quebrada e o cabo da TV, que ficava pendurado num dos arbustos no quintal, estava partido. Eles negaram ter cortado o cabo com alguma ferramenta, mas substituíram a cabeça quebrada do irrigador. Depois de muita discussão, preenchi um cheque descontando um pequeno valor para pagar o conserto do cabo.

No dia seguinte, fui ao quintal para ver o cabo. Para minha surpresa, ele havia sido emendado de modo profissional – e a TV estava funcionando de novo. Imediatamente inspecionei os dois portões e a porta da garagem. Tudo estava trancado com segurança. Ninguém poderia ter entrado no quintal para consertar aquele cabo. Foi um mistério para meu marido também. Teria um anjo feito o conserto? Qualquer coisa é possível para o Senhor. Fiquei assombrada e perplexa, e dei graças por Ele não ter estado ocupado demais para realizar um milagre.

Contei essa história para alguns amigos. Uns foram céticos, mas sei que não pedi nada a Deus e Ele agiu antes que eu pedisse. Que coisas acontecem com você, querida leitora? De que modo tem o Senhor suprido suas necessidades, antes mesmo que Lhe peça algo?

Aileen L. Young

14 de fevereiro terça

Sua mão na minha vida
Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a Tua mão sobre mim. Salmo 139:5, NVI

A voz de minha amiga Nadine estava tão cheia de emoção que ela mal podia contar sua experiência de alguns dias antes. Ela havia lido o Salmo 139 naquela manhã, durante o momento devocional, sem ter ideia de como o verso 5 se tornaria vivo para ela naquele dia.

Ao sair para o centro da cidade, eram vários os compromissos que ela precisava cumprir. Primeiro, deixou as cartas numa caixa do correio na calçada e depois foi ao banco. Nadine e o esposo estavam construindo a casa dos seus sonhos, e ela estava com um envelope bancário para depositar, com o valor dos materiais. Mas, quando chegou ao banco, não encontrou o envelope. Seu coração quase parou. E agora? Voltando pelo mesmo caminho, olhou em torno da caixa do correio, chegando a pedir que o funcionário abrisse a caixa para ver se ela, acidentalmente, teria posto o envelope com a correspondência, mas ele não estava ali. Quando ela relatou a perda à polícia, não lhe deram muita esperança.

Embora se afligisse com o passo seguinte, Nadine contou o acontecido ao seu esposo. A primeira pergunta dele foi: “Você orou a esse respeito?” Naturalmente, ela lhe garantiu que estivera orando o tempo todo. E falara da sua confiança em Deus a todos com quem havia conversado.

Enquanto Beverly se dirigia a pé para o trabalho naquela manhã, encontrou um envelope bancário na rua, perto da caixa do correio. Ao abri-lo, viu uma boa quantia de dinheiro. Seu primeiro pensamento foi como aquilo a ajudaria a pagar algumas contas nos dias seguintes. Mas seu pensamento seguinte foi que o dinheiro não era dela e a única coisa a fazer era procurar o proprietário. Com a ajuda do seu chefe, Beverly localizou o dono do envelope.

Embora Nadine não estivesse procurando publicidade para si mesma, achou que Beverly deveria ser recompensada por sua honestidade. Também queria que as pessoas soubessem como Deus lhe respondera às orações. Dois dias depois, no dia 14 de fevereiro, o jornal da cidade deu à história a primeira página, e a emissora de rádio transmitiu o incidente.

Graças. Deus e Pai, por teres posto a Tua mão sobre a vida de Nadine.

Betty J. Adams

15 de fevereiro quarta

Instrumentos de Deus
Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. Mateus 5:4, NVI

Gosto de viajar, e, como geralmente viajo sozinha, isso me dá a oportunidade de conhecer pessoas muito interessantes. Mas, numa viagem específica, decidi que não me envolveria em conversas com nenhum outro passageiro. Queria simplesmente relaxar e dormir.

Depois de passar por longas filas nos balcões do check-in e da rotina nos procedimentos de segurança, finalmente entrei no avião e me acomodei, relaxando exatamente como planejara. Ao meu lado, sentou-se uma senhora de meia-idade. Ela parecia um pouco aflita e estava vestida de preto. Discretamente, olhei para ela e achei que não seria difícil seguir meu plano de descansar e não falar com ninguém no avião.

Depois de quatro horas de voo, o avião estava pronto para pousar. Fiquei contente porque o voo acabara e eu veria minha família em breve. Enquanto o avião taxiava na pista, olhei para minha companheira de assento outra vez e decidi perguntar-lhe por que estava fazendo aquela viagem.

Com a voz trêmula e muita tristeza no rosto, ela me contou que sua irmã e a família de seis pessoas haviam sofrido um acidente no dia anterior, e todos os seis morreram. Ela estava indo para o funeral. Eu me senti pavorosamente culpada! Quão egoísta fui! Quantas palavras confortadoras poderia eu ter dito a ela em quatro horas? Como pude perder a oportunidade de falar-lhe sobre nosso amoroso Deus e Seu amor pelos sofredores? Tentei dizer algumas palavras confortadoras, mas não fui bem-sucedida. Imediatamente elevei uma prece a Deus, pedindo ajuda para aquela pessoa desesperada que estava sofrendo. Também orei pedindo perdão – eu havia falhado.

Somos os instrumentos de Deus para alcançar e ajudar os outros de toda maneira possível. Ele coloca as pessoas em nosso caminho com um propósito. Permitamos que o Senhor faça a Sua obra por nosso intermédio. Talvez todas devamos pensar em Colossenses 3:12, que diz: “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência” (NVI).

Querido Deus, quero ser Teu instrumento. Por favor, usa-me para ser uma bênção aos outros – e ajuda-me a estar pronta e disposta.

Hannelore Gomez

16 de fevereiro quinta

Filas de espera
Os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.
Isaías 40:31

Outro dia, passei pela dolorosa experiência de uma hora e quarenta e cinco minutos de espera. Meu esposo e eu estávamos entre centenas de passageiros de cinco aeronaves que haviam pousado em rápida sucessão. Um dilúvio de passageiros formou longas e sinuosas filas no setor de imigração.

Ocupei-me observando as pessoas. Uma procissão de passageiros em cadeiras de rodas também aguardava durante esse tempo. Um bebê protestou em voz tão alta que a mamãe apressadamente o tirou do carrinho e começou a dançar com ele no seu restrito espaço. Um menininho se entretinha brincando de esconde-esconde com sua contrariada mamãe. Alguns queixosos completavam o quadro.

Que fiz eu? Sonhei com maneiras inovadoras de tornar mais tolerável a espera. Imaginei que um vendedor de pipoca, um tocador de marimba ou uma tela grande de TV com comédias seriam opções agradáveis naquele saguão de espera estressante. Até desejei que um funcionário invisível nos içasse do nosso lugar número 325 na fila e nos pousasse bem na frente do oficial da imigração.

A espera nos entedia, torna-nos cativos e nos priva de controle. Contudo, a espera nem sempre é ruim. O texto de hoje enumera alguns benefícios da espera: força renovada, voo sobranceiro como o da águia, corrida sem cansaço, caminhada sem fadiga. A espera não precisa significar uma inatividade inútil. Ainda podemos continuar nossa jornada e cumprir o propósito de Deus para nós enquanto esperamos. “Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor” (Salmo 27:14).

Talvez você, também, esteja numa sala de espera. Ore: “Faze-me, Senhor, conhecer os Teus caminhos, ensina-me as Tuas veredas. Guia-me na Tua verdade e ensina-me, pois Tu és o Deus da minha salvação, em quem eu espero todo o dia” (Salmo 25:4, 5).

Adivinha uma coisa? Um funcionário realmente nos içou para fora da fila e nos dirigiu ao oficial da imigração. É assim que Deus trabalha. Ele chega no Seu tempo certo e nos tira da fila ou da sala de espera. Nosso desafio é aguardar com paciência, ter bom ânimo e buscar Sua presença enquanto continuamos a esperar.

Gloria Lindsey Trotman

17 de fevereiro sexta

Aventura na Flórida
O Senhor vela pelos simples; achava-me prostrado, e Ele me salvou. Salmo 116:6

Minha filha lecionava numa escola cristã na Flórida e, para o seu recesso de primavera, havia planejado férias maravilhosas para a família. Voei para Orlando, e minha outra filha, seu esposo e meus dois netos viajaram para a Flórida na casa motorizada dos familiares. Viajamos até Key West, no sul, acampando ao longo do trajeto, desfrutando emocionantes aventuras em cada novo lugar. Os dois garotos contraíram um resfriado, mas se livraram da infecção alguns dias depois.

Ao chegarem ao fim as minhas férias, não me sentia bem, mas achei que havia simplesmente apanhado um resfriado por estar perto da acomodação dos garotos no trailer. Tentei ignorar a situação, mas ela continuou a piorar.

O amigo da minha filha (que mais tarde se tornou seu esposo) é médico e disse a ela que achava que eu estava com pneumonia. Mesmo assim, enquanto não me senti muito fraca, recusei-me inclusive a considerar que estivesse bastante doente. Não queria ser um fardo para minha ocupada filha e desejava retornar para casa, pois minha passagem de volta estava para expirar.

Finalmente, consenti em permitir que minha filha e seu amigo procurassem uma clínica que estivesse aberta naquela noite, mas foi inútil. Assim, levaram-me para a emergência do Hospital da Flórida. Foram feitos vários exames, e na realidade eu estava com pneumonia em ambos os pulmões. Um pneumologista e um cardiologista cuidaram do meu caso, já que descobriram uma fibrilação atrial, que é uma batida irregular do coração.

Fiquei internada na UTI do hospital por alguns dias, até que vagasse um quarto em outro andar. Quando um capelão foi orar comigo, a realidade apareceu. Eu estava doente e necessitando de orações pedindo a cura. Muitos amigos, familiares e membros da igreja ofereceram essa força.

Minha filha se encarregou de fazer todos os telefonemas necessários para meu empregador, a igreja e a empresa aérea, a fim de remarcar minha viagem de volta. Fiquei confinada ao hospital por nove dias, e o cardiologista, sem tato, me disse: “A senhora poderia ter morrido.” Orei ao Senhor com o coração agradecido, porque Ele me livrou da porta da morte quando adiei a procura de tratamento. Pai, perdoa-nos por deixarmos para Te procurar no último minuto. Aqui estamos hoje.

Retha McCarty

18 de fevereiro sábado

Exemplos vivos
Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Tiago 2:15, 16

Esse é um texto muito conhecido que, em geral, passa pela tangente. Ouço pessoas dizendo a outras em situações semelhantes à do texto: “Vou orar por você.” Mas, muitas vezes em Sua Palavra, Jesus diz que devemos cuidar dos menos afortunados.

No momento presente, minha família tem a oportunidade feliz/infeliz de aplicar esses versos à nossa vida, já que somos os necessitados. O contrato de trabalho do meu esposo chegou ao fim, e ele ainda está no processo de procurar outro. Estou preocupada, porque temos um garotinho que ainda usa fraldas e uma filha em escola particular. Sem mencionar as contas que precisam ser pagas e outras necessidades básicas a suprir. Tenho ficado preocupada, frustrada e quem sabe até um pouco deprimida. Quando me sinto assim, oro. Minhas orações estressadas são geralmente simples. Senhor, Tu sabes! Realmente, não preciso dizer muito, porque Ele sabe, sim. Ele sabe que preciso de leite, carro para trabalhar, utensílios e outras coisas. Chamo este período da minha experiência cristã de minha “experiência de Jó”. Pergunto a mim mesma o que mais pode dar errado. Não preciso esperar muito para descobrir. A Receita Federal nos cobra impostos de renda devidos há dois anos!

Deus tem permitido que pessoas de quem eu menos esperava demonstrassem bondade para conosco. Em várias ocasiões, uma colega de trabalho trouxe caixas de leite. Outra amiga pagou o mecânico pelo conserto do meu carro. Outra pagou contas. Ainda outra me contou onde conseguir assistência relacionada com as contas de água e luz. Ainda consegui encontrar todos os documentos necessários para o imposto de renda!

Agora digo a você: “Você sabe!” Você sabe que Deus é um Deus de palavra (Números 23:19). Seus filhos não precisam mendigar o pão (Salmo 37:25). Deus nunca deixa de sustentar Sua família (Mateus 7:11). Quero dizer “Muito obrigada” a todos aqueles que vivem sua fé na prática. Convido você a confiar em Deus junto comigo, ao enfrentarmos os desafios que Ele nos permite passar. Essas provas podem ajudar a tornar-nos exemplos vivos de fé.

Trudy Duncan