sábado, 17 de março de 2012

Escola Sabatina - Historia de Amor - Lição 12

Lição da Escola Sabatina 12-1-2012 - Histórias de amor

Sacrificio por mim (HD)

Foi por amor (HD)

Riane Junqueira ● Eu Não Preciso Mais Sonhar (Programa Perfil Musical)

Momento para Meditar - 18 á 24 de março de 2012




Meditação Diária


De 18 á 24 de março de 2012


18 de março Domingo

Pernas

Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz nas pernas do homem. Salmo 147:10, AA

Meu pai gostava muito de passear no litoral. Ele não possuía um automóvel; por isso, pegávamos o bonde (tram, como chamamos na Austrália) rumo à cidade de Adelaide. Em seguida, pegávamos outro bonde que levaria meia hora para nos deixar na praia.

Uma vez lá, vestíamos a roupa de banho e mergulhávamos na água. Às vezes caminhávamos ao longo da praia com as ondas batendo nos pés descalços. Muitas vezes apenas ficávamos sentados na areia, observando o oceano. Nesses momentos, penso que meu pai se recordava dos dias em que navegou pelo mundo. Às vezes, ele contava sobre os navios, os capitães e os lugares que visitou.

Quando nasci, meu pai já estava com quase 50 anos. Por isso, minhas lembranças mais vívidas dele são de uma pessoa idosa. Lembro-me de observar suas pernas, demarcadas por veias grossas, uma rede de pequenos capilares azuis e algumas manchas escuras. Meu pai trabalhou arduamente, trabalhou com as mãos carregando cargas de tijolos e cimento. Suas pernas revelavam o preço pago pelo esforço.

Para uma criança, no entanto, aquelas pernas eram interessantes, não repulsivas. Eram as pernas do meu pai, o homem que tinha me carregado nos ombros numa idade avançada, que tinha trabalhado árdua e honestamente sob o Sol intenso, em meio à poeira e ao suor, para colocar o pão na mesa de nossa família.

Meu pai descansou há muito tempo, mas ainda vou ao litoral. Caminhar ou correr na areia gelada, deixando as ondas se quebrarem em meus pés descalços logo ao raiar do dia e observando as aves marítimas voando ao redor, talvez seja o mais próximo que eu consiga chegar da alegria da eternidade nesta vida.

Sento-me na areia e olho para o oceano. Observo as minhas pernas, agora demarcadas por veias grossas e uma rede de pequenos capilares azuis. Vejo algumas manchas escuras próximas ao tornozelo. Eu também trabalhei duro, mas não com o trabalho braçal. Essas pernas carregaram meu filho e minha filha (e agora os netos) em meus braços e ombros. Essas pernas me carregaram por longas viagens a muitos países. Elas me sustentaram nas trilhas montanhosas e maratonas que percorri.

O salmista disse que o Senhor não Se compraz nas pernas do homem. Ele Se compraz naqueles que O temem e nos que “esperam na Sua misericórdia” (Sl 147:11, ARA).

19 de março Segunda

O Cristo Rejeitado

Veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam. João 1:11

A história de Jesus de Nazaré é inacreditável em muitos aspectos, mas um deles se destaca mais do que os outros: o Criador do Universo veio ao mundo que Ele fez, mas nós, Suas criaturas, O rejeitamos.

Como isso pôde acontecer? Como as criaturas do pó da terra puderam desprezar as mãos que as moldaram? Como homens e mulheres, sujeitos a uma vida cuja expectativa é de 70 a 80 anos, foram capazes de dar as costas para Aquele que é eterno?

Que benevolência! Que paciência! Que humildade! Apenas o fato de vir a este mundo em forma humana, submetendo-Se às leis da hereditariedade, já seria uma grande humilhação. Além de tudo, Ele veio ciente da rejeição, do sofrimento e da morte que O aguardavam. Essa história deixa qualquer mente confusa.

Muito antes de João escrever as duras palavras “veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam”, Isaías já havia predito a rejeição que Cristo sofreria: “Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um Homem de dores e experimentado no sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não O tínhamos em estima” (Is 53:3).

Ele foi rejeitado no passado e ainda é rejeitado hoje. Por quê? Porque Ele é a Luz que brilha no coração de cada pessoa. A Luz que revela como somos. Sob essa Luz enxergamos quem realmente somos. Não é uma imagem bonita de se ver. Essa é a razão de, na época de Jesus e ainda hoje, a maioria das pessoas responder: “Apaguem a Luz!”

“Este é o julgamento: a Luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a Luz, porque as suas obras eram más” (Jo 3:19).

Mas a rejeição não foi total, louvado seja Deus, e hoje também não é. No texto original grego as duas palavras traduzidas como “Seu” e “Seus” em João 1:11 são diferentes. Ele veio para o Seu mundo, e o Seu povo não O recebeu. Ele ordenou que as ondas cessassem, e elas obedeceram; Ele partiu os pães e os peixes, e eles se multiplicaram em Suas mãos. A natureza cobriu a Sua face com as trevas no momento em que Ele ficou pendurado na cruz em agonia.

E houve algumas pessoas (não a maioria, mas algumas) que não O rejeitaram, não disseram: “Apaguem a Luz”, mas que abriram o coração para recebê-Lo.

Naquela época, alguns. Hoje, alguns. Quero estar entre eles, hoje e todos os dias.

20 de março Terça

Eu e Tu

Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Farei para ele uma auxiliadora, uma companheira.” Gênesis 2:18, The Message

Jesus, cheio de graça, sempre teve tempo – sempre dedicou tempo – para todos que encontrava. Nunca estava com pressa demais, ocupado demais ou com o horário apertado demais para parar e conversar.

Que diferença da nossa vida hoje! Vivemos na era da comunicação, mas temos dificuldade em nos comunicar da forma mais básica, pessoalmente. A tecnologia – telefone, e-mail, internet – nos possibilita enviar e receber mensagens do mundo inteiro, mas, quanto mais ferramentas inventamos, mais parecem nos frustrar ou esgotar completamente a fonte da comunicação afetuosa e pessoal que Deus colocou em nosso ser ao declarar: “Não é bom que o homem esteja só.”

Discamos o número (acionando o botão da discagem rápida, claro) e ouvimos uma voz dizer: “Tecle um se você deseja ___ , tecle 2 para ___ , tecle 3 para ___ ,” e assim por diante. Sentimos vontade de gritar: “Não quero uma gravação; quero uma pessoa!” E, para piorar, a voz diz: “A sua ligação é muito importante para nós.” Ah, é? Mas não tão importante assim para justificar um atendimento pessoal!
Recebemos um e-mail (com um monte de outros que não queremos) perguntando-nos a respeito de algo. Se não largarmos o que estamos fazendo no momento para responder ao remetente que nos enviou a mensagem, em poucas horas recebemos um lembrete curto e grosso: “Hoje, às 8h57, enviei-lhe a seguinte mensagem... Não recebi sua resposta até agora.”

Por sua vez, a internet, que abre uma fonte inesgotável de informação e um monte de outras coisas que saíram direto do covil de cobras de Satanás, é capaz de nos prender horas a fio em solidão em frente à tela do computador, rejeitando a companhia pessoal que nosso cônjuge e filhos tanto almejam.

Há meio século, o filósofo Martin Buber escreveu um pequeno e influente livro que, traduzido do alemão, recebeu o título: Eu e Tu. Nessa obra, Buber analisou os relacionamentos, fazendo uma distinção entre os indivíduos de caráter “Eu-Isso” e aqueles de natureza “Eu-Tu”. No primeiro caso, as pessoas se relacionam com as outras como se fossem um objeto; no último, como seres humanos. E é exatamente o último caso que almejamos, especialmente numa época em que os relacionamentos se tornam cada vez mais impessoais.

21 de março Quarta

Amando Alguém Invisível

Vocês nunca O viram, mesmo assim O amam. Vocês ainda não O veem, no entanto confiam nEle – com alegria e cânticos. 1 Pedro 1:8, The Message

Você já ouviu os críticos do cristianismo dizerem algo como: “Vocês falam sobre amar a Deus, mas isso é tolice. Já é difícil amar alguém que podemos enxergar; como esperam que amemos alguém invisível?”

Soa um argumento convincente, mas, na realidade, não é. A melhor resposta que já ouvi veio de Jennifer, que costumava sentar, semana após outra, na classe de Escola Sabatina que eu liderava ocasionalmente. Jennifer é deficiente visual de nascença.

Certa manhã, coloquei em discussão o velho tema de amar alguém que não podemos ver.

– Como assim? Isso não é problema de forma alguma – respondeu Jennifer. – Eu nunca o vi, pastor Johnsson, mas o conheço. Ouço sua voz; você fala comigo e eu falo com você. Toda vez que ouço sua voz, sei que é você, mesmo que não esteja falando comigo. Não precisamos enxergar a pessoa para conhecê-la ou amá-la. O mesmo ocorre com Deus.

Que resposta! Não podemos ver Deus, mas podemos falar com Ele. Chamamos isso de oração. Deus, por Sua vez, fala conosco de diversas maneiras, especialmente através de Sua Palavra. Por isso é tão importante dedicar tempo para estudar a Bíblia (e não lê-la com pressa ou por obrigação).

Conhecemos uma pessoa ao dedicarmos tempo para conversar com ela. Uma conversa real é uma avenida de mão dupla: falar e ouvir. Quanto mais partilharmos com ela e ela conosco, mais familiarizados nos tornamos.

O mesmo acontece na vida cristã. Deus é real, não o fruto da imaginação. Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos e está vivo para todo o sempre. Podemos conhecê-Lo tão bem quanto a um amigo. Na verdade, Ele pode tornar-Se nosso melhor amigo, se permitirmos.

A Bíblia usa a palavra “conhecer” milhares de vezes tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Embora essa palavra às vezes denote conhecimento intelectual ou compreensão correta dos fatos, na grande maioria das ocorrências, seu uso expressa conhecimento pessoal e prático, o conhecimento do relacionamento. Às vezes, “conhecer” significa também intimidade, como em Adão “conheceu” Eva.

Esse conhecimento pessoal e íntimo – o conhecimento do amor – é o que Deus nos oferece hoje. Podemos conhecê-Lo, mesmo sem enxergá-Lo.

22 de março Quinta

Um Grupo Diferente

Depois, aqueles cuja vida honrava a Deus conversaram uns com os outros. Deus viu o que estavam fazendo e ouviu com atenção. Um livro foi aberto na presença de Deus e escrita a ata daquela reunião com todos os nomes dos que honravam o nome do Senhor. Malaquias 3:16, The Message

A Carnival Cruise Line, companhia de cruzeiros marítimos, nunca tinha visto um grupo de passageiros como aquele. Eles haviam vindo do Canadá, da Índia e até da Nova Zelândia aos Estados Unidos; 121 no total. Variavam em idade, indo desde o início da adolescência até a casa dos 80. Toda noite a seção que ocupavam no restaurante estava repleta de risos e conversas animadas, sem fazer uso do álcool. Na noite de talentos do navio, três deles divertiram o salão lotado com apresentações de alto nível. Enquanto os outros passageiros ficavam bêbados ou jogavam jogos de azar no cassino, esse grupo se reunia para olhar fotos antigas, partilhar histórias, cantar e orar.

No cartaz afixado na recepção do compartimento em que estavam acomodados lia-se: “Reunião VHS”. Muitos passageiros ficaram curiosos para saber que grupo era aquele e quem eram aquelas pessoas que pareciam estar se divertindo tanto. Ao saberem que VHS era a abreviação de Vincent Hill School, um pequeno colégio interno adventista na Índia que fechara as portas em 1969, ficaram ainda mais confusos. Não fazia sentido que os ex-alunos, os antigos professores e os amigos quisessem se reunir depois de tanto tempo separados.

Esse colégio tinha uma atmosfera celestial. Construído na cadeia das montanhas do Himalaia, a 2.100 metros de altitude, durante boa parte de sua existência o trajeto até lá podia apenas ser feito a pé, montando um jumento ou num kandi, cesto grande carregado por um trabalhador hindu. O local era selvagem, impressionante e maravilhoso. Leopardos perambulavam pelas montanhas e às vezes apareciam no campus. Tudo ali ou era para cima ou para baixo, e as encostas eram bem íngremes.

Mas não parava por aí. O lema do colégio, “Educar Para a Eternidade”, proclamava seus valores. Ali jovens vinham da Índia e de muitos outros lugares para estudar e aprender a arte de viver, no presente e para sempre. Eles saíram do colégio e mudaram a Igreja Adventista e o mundo para melhor.

Deus foi honrado no Vincent Hill School. Deus foi honrado na ocasião em que os ex-alunos, o corpo docente e os amigos se reencontraram para matar a saudade e relembrar os bons e maus momentos.

Quem sabe naquela viagem um livro foi aberto na presença de Deus e um secretário celestial fez a ata da reunião, registrando o nome de Seus fiéis.

23 de março Sexta

Além da Imaginação

Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o Seu poder que atua em nós. Efésios 3:20

O Deus da graça é infinito em sabedoria. Ele conhece o fim desde o princípio. Enxerga o problema muito antes de nos darmos conta, e sabe a melhor forma de solucioná-lo. Deus não apenas sabe; Ele pode fazer. Seu poder é infinito. A Bíblia ressalta a cada página: “Ele é capaz”. Ele possui diversas maneiras de lidar com uma situação que nós nem mesmo podemos enxergar.

A vida inevitavelmente nos coloca em circunstâncias que geram estresse. Não conseguimos enxergar saída alguma para o problema financeiro, a situação difícil no trabalho, as provações com a família que está a ponto de se desfazer, os problemas de saúde. Mas, se acreditarmos, apenas confiarmos nEle, Deus poderá fazer muito mais do que somos capazes de pedir.

Oramos, mas talvez não saibamos sobre o que realmente devemos orar. Deus pode nos dar uma resposta muito melhor do que pedimos com a nossa visão limitada. Sentamos e sonhamos como as coisas seriam se acontecessem do jeito que julgamos ser o melhor, mas o futuro de Deus para nós é muito melhor do que qualquer coisa que possamos imaginar.

Por muitos anos, tive o grande privilégio de estar à frente do ministério da Adventist Review, o periódico mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Confesso que foi um grande desafio, muito além de minhas forças ou habilidades naturais. Esse desafio me fez cair de joelhos de uma maneira que jamais senti necessidade nas outras atividades que desempenhei. Pouco a pouco, aprendi a lição de esperar em Deus em cada situação. Ele tinha a resposta. Tudo o que eu tinha a fazer era me aproximar mais e mais de Deus para que Ele pudesse revelá-la a mim.

A maior preocupação que tive durante os 24 anos que servi nesse ministério era a circulação cada vez menor do periódico. Coloquei em meu coração atingir a meta de 100 mil exemplares. Com o auxílio de colegas de trabalho competentes e talentosos, tentei diversos métodos para atingir meu objetivo. Mas nada funcionou. Notávamos certo crescimento por um tempo, depois o declínio novamente. Com muita dificuldade admiti a realidade. Foi então que, pouco antes do fim de minha carreira como editor, a liderança da igreja nos pediu para desenvolver um periódico mundial da igreja. A circulação aumentou para mais de um milhão de exemplares por mês, dez vezes maior do que minha meta míope e limitada! Realmente além da imaginação!

24 de março Sábado

Quando a Pele Perde a Firmeza

Tu és tudo o que almejo no Céu! Tu és tudo o que almejo na Terra! Minha pele pode perder a firmeza e os meus ossos ficar frágeis, mas Deus é rocha firme e fiel. Salmo 73:25, 26, The Message

Durante o voo de Denver para Anchorage, Alasca, sentei ao lado de um executivo aposentado. Estava a caminho para uma reunião campal em que seria o orador; Ed estava indo pescar. De Anchorage ele iria pegar outro avião e depois ainda outro menor. Planejava passar vários dias no extremo norte na companhia de mais cinco homens num barco, com cozinheiro particular.

Conversamos bastante. Ed havia comprado uma empresa que fornecia equipamento médico, elevou-a a nível nacional e mais tarde internacional. Finalmente, viu-se passando a maior parte de sua vida em aeronaves, viajando de uma cidade a outra e de um país a outro.
Já tinha viajado mais de 3.218.000 quilômetros pela companhia aérea United Airlines. Durante o voo a aeromoça não parava de agradecer-lhe e trazer-lhe bebidas alcoólicas gratuitas. Ele continuou falando até que finalmente caiu no sono induzido pela ingestão elevada de álcool.

Ed vivia para pescar. Já havia pescado nos Estados Unidos e no Canadá. Pescou também na Europa. Pescou no Brasil. Foi duas vezes para a Austrália para pescar. Tinha várias histórias de pescaria para contar e estava ansioso para ouvir sobre qualquer lugar exótico que eu talvez pudesse recomendar.

– Quando eu ficar velho demais para pescar – disse –, acho que vou ficar em casa lembrando-me de todas as pescarias das quais já participei.

Enquanto ele dormia, fiquei acordado refletindo em suas palavras. Ele parecia um camarada muito decente. Além disso, não tenho nada contra pescar (cheguei a pescar também há muito, muito tempo). Mas fazer da pesca o ponto central da vida? Será que isso é tudo? Não fomos criados para algo, para Alguém, muito maior?

Claro que sim! Deus nos criou para Ele. Como disse Agostinho muito tempo atrás: “Formaste-nos para Ti, e nosso coração não terá sossego enquanto não encontrar descanso em Ti.”

Deus é tudo o que almejo no Céu! Deus é tudo o que almejo na Terra! Ele é o primeiro, o último e o melhor. Sua graça purifica e direciona a energia incansável da juventude, sustenta e guia na meia-idade, e, quando a pele perder a firmeza e os ossos ficarem frágeis, ainda estará conosco. Rocha firme e fiel. Com Deus a vida é cada vez melhor.

Histórias de Amor - Lição Escola Sabatina Nº12 - (Leitura) de 17 á 23 de março de 2012


Histórias de amor
  


Sábado à tarde
Ano Bíblico: Jz 9, 10

VERSO PARA MEMORIZAR: “Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Com amor eterno te amei; também com amável benignidade te atraí” (Jr 31:3, RC).

Leituras da semana: Gn 2:21-25Êx 20:5Is 43:462:5; Cantares; Jo 2:1-11


Pensamento-chave: Como devemos entender o lado amoroso de Deus?

O amor é, talvez, o atributo de Deus lembrado com mais facilidade. De fato, não podemos superestimar o amor de Deus, nem esgotar sua profundidade. Mas talvez haja um aspecto de Seu profundo amor que não é devidamente considerado, isto é, Deus como romântico.

Para ter uma perspectiva adequada da natureza romântica de Deus, precisamos lembrar, em primeiro lugar, do período de tempo apresentado na Bíblia. Este livro abrange milhares de anos da história humana, desde o primeiro dia deste mundo até o último, pelo menos antes de sua renovação. E como todos os livros de história, a Bíblia como um todo contém relatos sobre reis e rainhas, guerras, planos de batalha e intriga política.

Nenhum livro de história, no entanto, registra tudo que aconteceu. O mesmo é verdade em relação à Bíblia. Não se encontra um registro histórico exaustivo com a ampla extensão de tempo que a Bíblia abrange. Muitas coisas, é claro, foram omitidas. O mais interessante, porém, é que Deus incluiu romances afetuosos no registro histórico que Ele inspirou os profetas a escrever. A pergunta é: Por que o Senhor incluiu esse tipo de histórias de amor, histórias de romance no que é, em grande parte, um livro de história? Isso nos diz algo sobre a natureza de Deus e sobre a importância que Ele dá ao romance? Nesta semana, estudaremos por que essas histórias estão incluídas e o que podemos aprender com elas.

Nesta semana, ore pelos amigos que serão convidados a estar na sua igreja e na sua casa no dia 31.

Domingo
Ano Bíblico: Jz 11, 12

O primeiro romance

“Disse então o homem: “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada” (Gn 2:23, NVI).

Precisamos começar com os capítulos iniciais de Gênesis para considerar o primeiro romance nas Escrituras, que envolveu Adão e Eva, criados por Deus de maneira especial. O homem e a mulher refletiam a imagem do Senhor (Gn 1:26, 27). Eles receberam a vida como resultado do incrível poder criativo de Deus. A complexidade do nosso corpo físico continua sendo um dos testemunhos mais poderosos da sabedoria e força de nosso Criador.

1. Como a Bíblia descreve a intimidade e o relacionamento entre Adão e Eva? Gn 2:21-25

Talvez, o ponto mais evidente desse relato é que os dois estavam ligados de maneira muito íntima e estreita. Deus criou a mulher a partir do corpo do homem. Eles eram, literalmente, da mesma carne e sangue.

Naquele momento Adão irrompeu no que tem sido chamado o primeiro “cântico de amor” ou “poema de amor” da Bíblia, no qual ele reconheceu abertamente que eles estavam ligados um ao outro de maneira muito íntima. Em hebraico, a palavra para “homem” usada por ele no verso 23 é ish. A palavra que ele usou para “mulher” é ishah, mostrando mais uma vez que eles estavam intimamente ligados um ao outro.

No verso 24, a Bíblia diz que o homem deixará seus pais e se unirá à sua mulher, e eles serão “uma só carne”, outro poderoso indicador da intimidade planejada para eles. (Alguns se perguntam: Sobre que pais a Bíblia está falando aqui, porque não havia nenhum nesse tempo? A questão é que Moisés escreveu esse relato muitos séculos depois que o evento aconteceu, e usou a história da criação deles para explicar com mais detalhes o que o casamento significava.)

Finalmente, a nudez deles também revelava a intensa ligação e intimidade entre esse primeiro casal.

Qualquer outra coisa que o relacionamento deles implicasse originalmente, o amor romântico certamente era o aspecto mais importante. Deus não é contra o romance. Ao contrário, Ele nos criou como seres capazes de experimentar isso. De fato, esse parece ser um dos elementos básicos que Ele criou em nós.

O amor romântico é uma dádiva maravilhosa de Deus à humanidade. Se você está em um relacionamento romântico adequado, o que você pode fazer para protegê-lo de problemas e dificuldades?

Já ligou ou enviou uma mensagem virtual para seus convidados? Faça isso hoje. Dia 31: Amigos da Esperança e Lares de Esperança!

Segunda
Ano Bíblico: Jz 13–16

Romances bíblicos

A Bíblia abrange uma grande extensão da história. No entanto, ela dedica tempo para retratar alguns romances. Havia uma ligação forte, carinhosa entre Abraão e Sara. Ele não a abandonou durante seus longos anos de esterilidade. Na verdade, foi somente pela insistência de Sara que Abraão tomou Hagar como esposa substituta. Os laços de amor entre Abraão e Sara eram fortes (leia Gn 16).

Foi preciso um longo capítulo de Gênesis para registrar a longa viagem do servo de Abraão para encontrar uma esposa para Isaque. O relato inspirado apresenta outra história de amor iniciada no encontro entre Isaque e Rebeca (Gn 24).

Outro romance ao qual é dedicado bastante tempo na Bíblia é o amor entre Jacó e Raquel. Em traços rápidos foi pintado o quadro da resposta impulsiva e apaixonada de Jacó para Raquel. Além do Cântico dos Cânticos, certamente não há outro exemplo nas Escrituras de um homem e uma mulher se beijando antes do casamento. E se lembrarmos de que Deus é o principal autor das Escrituras, e de que o livro de Gênesis foi escrito por Sua inspiração, veremos que Deus é romântico, porque incluiu na Bíblia essa história de amor e esse beijo (Gn 29). Se você estivesse escrevendo um livro de história que abrangesse milhares de anos desde a criação da humanidade e sua queda, por que incluiria esse detalhe romântico? No período histórico envolvido no livro de Gênesis, deve haver muitos intervalos de tempo. No entanto, Deus inspirou a inclusão dessas afetuosas histórias de amor.

Examine mais uma vez as histórias desses romances. Não importando o tipo de amor que existia, em muitos aspectos esses relatos são semelhantes aos romances e histórias de amor em todo o mundo, ou seja, essas pessoas enfrentavam muitos desafios e sofriam por causa dos erros de uma ou ambas as partes.

2. Quais foram alguns dos erros que trouxeram tanta dor e sofrimento a esses relacionamentos? Mais importante ainda, o que podemos aprender com seus erros? Gn 16252829 (leitura dinâmica)

Infelizmente, muitos cometeram erros semelhantes, ou ainda piores. A boa notícia é que Deus não apenas perdoa, mas cura. Quaisquer que tenham sido os erros cometidos nos relacionamentos românticos, como podemos aprender a buscar o perdão e a cura que vêm da cruz?

Continue em oração por seus amigos! Ao longo do dia, reserve momentos para interceder por eles.

Terça
Ano Bíblico: Jz 17–19

O amor de Deus

O livro de Gênesis mostra, desde o início, que o romance devia ser uma parte fundamental da experiência humana. Um homem com uma mulher, ponto final. Esse era o ideal de Deus, o modelo bíblico que exemplificava o que o amor romântico devia ser.

É igualmente fascinante a frequência com que a Bíblia usa a imagem do amor, do casamento, para descrever o tipo de relacionamento de amor que Deus busca ter com Seu povo. Nada deve ser mais íntimo do que o relacionamento entre marido e esposa, exceto a relação individual de uma pessoa com Deus.

3. Que palavra revela o sentimento de Deus para com Seu povo? O que significa essa palavra para Deus? Que problema evitamos quando refletimos nessa atitude divina? Êx 20:5

Muitas vezes, Deus expressa Seu ciúme a respeito de Seu povo (Êx 34:14Dt 4:24Jl 2:18). Ciúme é um sentimento que o amante começa a ter quando pensa que sua amada não é fiel a ele. Deus não é uma “força” benigna impessoal, distante e sem sentimentos. Ele é um Ser pessoal com profundo afeto pela família humana. Por mais difícil que seja para nós entendermos, Deus nos ama e, como qualquer amante, Ele sofre por causa da nossa infidelidade.

4. Quais são os sentimentos de Deus para conosco? Como Ele quer Se relacionar com Seu povo? Is 43:462:5Ez 16:1-15Jr 31:3Ap 21:9

A Bíblia ensina claramente que Deus ama profundamente os seres humanos de maneira individual. Esse não é um conceito fácil de entender, simplesmente porque o conceito de Deus, o Criador do Universo, não é um conceito fácil de compreender. Afinal, se mal podemos compreender o Universo como um todo, como podemos compreender Aquele que o criou? Ao mesmo tempo, porém, Deus não apenas declarou Seu amor por nós, Ele o demonstrou de muitas maneiras poderosas. A maior delas, é claro, foi a cruz e o que nela aconteceu. Que outras provas precisamos do amor de Deus por nós além das que foram dadas no Calvário?

O que seria de nós se Deus nos odiasse, ou se fosse indiferente, ou se apenas gostasse de nós? Mas a Bíblia diz que Deus nos ama. O que isso significa para você, pessoalmente, e como essa ideia incrível (de que Deus nos ama) influencia sua maneira de viver?

Estude o material que você vai utilizar no dia do almoço especial com os amigos. É a mensagem de Deus dentro do seu lar!

Quarta
Ano Bíblico: Jz 20, 21

Um livro de romance

Bibliotecas poderiam estar cheias de livros que lidam com a difícil questão do sofrimento humano; difícil especialmente para os que acreditam em um Deus amoroso e todo-poderoso. (Para o ateu, o sofrimento é apenas parte do que significa viver em um Universo sem Deus e sem sentido e que, portanto, não apresenta as difíceis questões filosóficas que estão diante dos cristãos). No entanto, sem a compreensão do grande conflito entre Cristo e Satanás, a maioria dos livros não faz muito progresso (mesmo com uma percepção do drama cósmico, a questão do sofrimento é, de fato, bastante difícil).

Embora a questão do sofrimento humano se relacione com todos os aspectos da vida, também não devemos esquecer os prazeres da vida. Por que o sabor do alimento é tão bom? Por que muitas papilas gustativas se harmonizam de modo tão perfeito para podermos sentir os muitos e variados sabores agradáveis dos alimentos? Por que há tantos matizes de cores? Por que o olho humano é capaz de se conectar e deleitar com todas as cores vivas? Por que existe a alegria da sexualidade matrimonial? A reprodução certamente não exige o tipo de prazer que a atividade sexual oferece. Algumas formas de vida simplesmente se dividem ao meio para se reproduzir. Imaginem se tivéssemos que passar por isso a fim de nos reproduzirmos. Mesmo agora, os seres humanos ocasionalmente usam métodos de inseminação artificial que não envolvem prazer. Por que temos as próprias terminações nervosas necessárias para desfrutar prazer sensorial, até mesmo o prazer sexual?

A resposta para todas essas perguntas é a mesma: é porque Deus nos fez assim. Deus criou os humanos como seres físicos que devem desfrutar prazeres físicos.

Nenhum livro da Bíblia trata melhor desse assunto do que Cântico dos Cânticos. Por que esse livro está na Bíblia? É um livro de puro prazer romântico. Todos os prazeres sexuais incluídos no livro não têm nenhuma conexão com a procriação. O livro explicitamente nos lembra dos prazeres específicos que Deus planejou e desejou para maridos e esposas. As efervescentes fontes do amor romântico têm sua origem em Deus.

5. Como Deus olha para os prazeres da carne no contexto correto? (Folhear os capítulos do livro Cântico dos Cânticos)

É claro, em comparação com muitas práticas rudes e licenciosas da cultura que nos rodeia, as ideias cristãs sobre sexo, casamento e prazeres físicos em geral, podem parecer ultrapassadas, puritanas e restritivas. Mas esses princípios vêm daquele que criou nossos prazeres físicos e que sabe como eles podem ser mais bem apreciados.

Quem, a não ser Deus, pode estimar a dor e o sofrimento causados pelo abuso dessas dádivas maravilhosas? Quem já não foi afetado de uma forma ou de outra por esse tipo de abuso?

Fale a seus amigos sobre o programa especial de sábado na igreja. Diga-lhes que será uma ocasião inesquecível.

Quinta
Ano Bíblico: Rute

Jesus e o romance

6. Qual foi a atitude de Jesus para com o casamento e o amor romântico? O que significa o fato de que Ele abençoou aquela cerimônia de casamento judaico, tão agitado e prolongado naquela época? Jo 2:1-11

Jesus tinha acabado de voltar do deserto da tentação, onde Ele próprio havia bebido o cálice de angústia. Mas dali Ele saiu para dar à família humana o cálice da bênção e para consagrar os relacionamentos afetivos da vida humana. Jesus, que oficiou o primeiro casamento no Jardim do Éden, realizou então Seu primeiro milagre. Onde? Em uma festa de casamento.

Um casamento judaico nos tempos bíblicos era uma ocasião impressionante. Um casamento na pequena aldeia de Caná da Galileia pode ter sido o evento do ano. A festa durava alguns dias. Rabinos e alunos paravam de estudar. Todos traziam presentes e, em troca, se esperava que a família anfitriã mantivesse os convidados bem supridos com comida, bebida e diversão.

A falta de vinho foi mais do que um pequeno desapontamento. Foi uma catástrofe. E a mãe de Jesus foi falar com Ele, descrevendo a situação de emergência. Ela não sugeriu nada, nem foi passiva. Ela falou com os servos da casa e exortou: “Façam tudo o que Ele lhes mandar” (Jo 2:5, NVI).

Jesus então disse aos servos que enchessem seis potes de água. Arqueólogos dizem que, naquela época, um vaso para armazenamento podia conter entre 60 e 90 litros. Estamos falando de pelo menos 360 litros. Alguns estudiosos sugerem pelo menos 460 litros.
O que ocorreu a seguir foi a exclamação entusiasmada do mordomo, felicitando o noivo: “Todos servem primeiro o melhor vinho e, depois que os convidados já beberam bastante, o vinho inferior é servido; mas você guardou o melhor até agora” (Jo 2:10, NVI).

Se cada litro rende seis copos, do tamanho geralmente usado em festas de casamento, no mínimo o total de copos de vinho foi de 2.160. Isso significa que foram servidas 2.160 porções do melhor vinho em uma pequena festa de casamento numa remota aldeia da Galileia. Quando está no casamento, Jesus oferece coisas melhores do que tudo que as pessoas já viram.

Nesse milagre podemos ver o poder criador de Deus, o mesmo poder que criou o mundo. E, no ministério terreno de Jesus, esse poder foi revelado pela primeira vez no contexto de um casamento.

O amor romântico e o casamento são, de fato, presentes maravilhosos de Deus. Devemos lembrar, também, que Jesus nunca foi casado, e assim Ele deixou um exemplo que mostra que nem todos têm que se casar. Pessoas solteiras podem viver de maneira plena, produtiva e feliz, assim como as pessoas casadas.

Lembre-se de que sua casa será mais do que um lar no próximo sábado. Será a porta do Céu aberta para quem você convidou. Neste domingo começa a Semana Santa.

Sexta
Ano Bíblico: 1Sm 1–3

Estudo adicional

Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o casamento é utilizado para representar a união amorosa e sagrada entre Cristo e Seu povo. Para Jesus, a alegria da festa de casamento apontava para a alegria daquele dia em que Ele levará Sua noiva para a casa do Pai, e os remidos com o Redentor se assentarão à mesa para as bodas do Cordeiro. Ele diz: “Assim como o noivo se regozija por sua noiva, assim o seu Deus se regozija por você” (Is 62:5, NVI). “Nunca mais a chamarão de “Abandonada” (v. 4, NTLH). “Você será chamada de ‘Minha querida’... Pois o Senhor está contente com você... o seu Deus Se alegrará com você” (v. 4, 5, NTLH). “Por causa do Seu amor lhes dará nova vida. Ele cantará e Se alegrará” (Sf 3:17, NTLH).

A Bíblia termina com esse mesmo tema glorioso. “‘…Vamos alegrar-nos e dar-­Lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a Sua noiva já se aprontou. Para vestir-se, foi-lhe dado linho fino, brilhante e puro…’” (Ap 19:6-9, NVI).

Perguntas para reflexão
1. Que práticas da sociedade e cultura atuais podem conduzir ao abuso dos prazeres? O que você pode fazer para instruir os outros, especialmente os jovens, sobre os perigos de abusar desses dons? Ser fiel aos princípios e leis de Deus nos coloca em melhor situação para desfrutar a vida, em comparação com os que seguem os costumes e práticas contrários aos princípios da Palavra de Deus?
2. Nas leis civis que Deus deu a Israel, há outro lembrete da natureza romântica de Deus. Que tipo de lua de mel Deus sugere para um casal recém-casado? (Dt 24:5). Como podemos compensar as limitações de tempo impostas pela sociedade atual?

Resumo: Para muitas pessoas modernas, Deus foi reduzido a apenas um nobre exemplo. Ou Ele foi diluído a um conceito útil para organizar a paz mundial. No entanto, Ele não é visto como uma personalidade por quem podemos sentir amor. Mas a Bíblia insiste em afirmar que Deus ama de modo ardente. Reflita na diferença que isso faz para as diversas doutrinas da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Respostas sugestivas: 1: Uma parte de Adão estava em Eva; os dois eram uma só carne, no sentimento e no relacionamento; não havia vergonha. 2: Não esperaram o cumprimento da promessa de Deus; poligamia (Hagar usada por Sara e Jacó usado por Labão); engano, ciúmes e desavenças no lar. 3: Deus tem zelo, cíumes de Seu povo; espera adoração exclusiva; os casais devem procurar um relacionamento de fidelidade total. 4: Amor, satisfação, cuidado, interesse, desejo de viver ao nosso lado e nos cobrir de honra e glória; Deus quer ser o esposo da Sua igreja. 5: Deus Se alegra no amor entre dois seres humanos, que simboliza o amor entre Ele e Seu povo; o amor traz motivação, sentido e plenitude à vida das pessoas; os prazeres do casamento foram idealizados por Deus para nossa felicidade. 6: Honrou o casamento com Sua presença, resolvendo o problema da falta de vinho e mostrando que Sua presença é importante para resolver os problemas mais profundos de um relacionamento duradouro.

Amanhã será o dia dos Amigos da Esperança e dos Lares de Esperança. Confirme a presença dos seus amigos. E domingo, começa o programa da Semana Santa.