sábado, 16 de junho de 2012

Toque em Minhas Mãos

5 - Vinde às águas - Música Adventista

Vídeo Lição 12 - Avaliando o testemunho e o evangelismo

Vídeo Escola sabatina libras Lição 12 - Avaliando o testemunho e o evangelismo

Vídeo Lição 12 -- Avaliando o testemunho e o evangelismo, 2012

Vídeo Esboço da Lição 12 - Avaliando o testemunho e o evangelismo

Vídeo Comentários Escola Sabatina 2⁰ Trimestre 2012 - Pr. Alejandro Bullón

Vídeo Introdução Comentários Escola Sabatina - 2 Trimestre 2012

Leitura Comentário Lição 12 "Avaliando o Testemunho e o Evangelismo"



Lição 12 – 16 a 22 de junho de 2012

Avaliando o Testemunho e o Evangelismo
Pr. Marcelo E. C. Dias
Professor do SALT/UNASP
Doutorando (PhD) em Missiologia pela Universidade Andrews
mecdias@hotmail.com

I. A medida do sucesso
A avaliação é tão natural na Bíblia quanto outros princípios de gerenciamento e mordomia, como levantamento, planejamento e organização. Logo no primeiro capítulo da Bíblia, Deus dá Seu parecer sobre a obra da Criação afirmando que ela era muito boa (ver Gn 1:31). Esse princípio de avaliação é aplicado ao povo de Israel e sua fidelidade a Deus, à resposta das pessoas ao ministério de Jesus, aos líderes da igreja apostólica e a cada ser humano, em última instância, no juízo final. No contexto da Igreja, essa prática é evidente no livro de Atos, nas cartas de Paulo e nas cartas às sete igrejas da Ásia menor, nos primeiros capítulos do Apocalipse.

Ultimamente, no entanto, muito se tem discutido sobre qual é a verdadeira medida do sucesso da igreja. No excelente livro The Measure of Our Success, Shawn Lovejoy aponta três perigos das maneiras não-bíblicas de avaliação: comparação, cópia econdenação. Às vezes se mede o sucesso, o sentido de significância e autoestima única e exclusivamente pelos números. A pergunta intrigante do autor é sobre avaliar o que realmente importa: multidões ou conversões? Ele conclui que “encher o auditório é bom; mas encher o Céu é melhor”. Novos membros são a medida essencial para todas as igrejas, mas outros aspectos também são importantes.

Em face dessas observações, “em vez de eliminar [as avaliações] (como alguns sugeririam), pensamos que é necessário uma mudança nos critérios. Acreditamos que um dos critérios mais importantes é certificar-se de que homens e mulheres estão sendo transformados pelo poder do evangelho” (Ed Stetzer, Transformational Church, p. 25).

Essa avaliação deveria estar concentrada nos seguintes objetivos:
(1) verificar se a igreja está buscando cumprir seus propósitos,
(2) estimular as iniciativas práticas,
(3) encorajar o reconhecimento e o agradecimento,
(4) promover mudanças e inovações,
(5) facilitar a unidade e cooperação e
(6) promover a espiritualidade.

Diante desse cenário, o indicador mais esquecido da avaliação é aquilo para o qual fomos chamados, como cristãos: amar. Mateus 22:37-39 é uma boa lembrança desse requisito. Jesus Se dirige a pessoas religiosas, conhecedoras das Escrituras. Se o componente básico não existir, nenhum modelo, estratégia, estudo sobre evangelismo e testemunho vai ter efeito a longo prazo. Tudo o que fizermos precisa exaltar Jesus e ser expresso em amor. As pessoas são atraídas por amor, por isso amar as pessoas é a melhor maneira de mostrar para o mundo quem Ele é (The Measure of Our Success).

II. Os propósitos da Igreja
A avaliação do testemunho e o evangelismo precisa estar inserida no entendimento sobre os propósitos da Igreja. Não há como avaliar sem saber onde se deve chegar. Uma forma didática de representar esses propósitos é através das cinco áreas com base em Atos 2:42-47 sugeridas por Rick Warren (no livro Uma Igreja com Propósitos):

(1) adoração – amar ao Senhor de todo o coração;
(2) serviço – amar ao próximo como a si mesmo;
(3) missões – ir e fazer discípulos;
(4) comunhão – batizá-los; e
(5) discipulado – ensiná-los a obedecer.

Na tabela abaixo, Warren procura explicar a relação entre os propósitos e a Igreja, descrevendo as tarefas, objetivos, alvos e consequências para a Igreja.


Propósito
Tarefa
Objetivo
Alvo
Minha vida
A Igreja supre necessidades básicas
Missões
Evangelizar
Missão
Comunidade
Meu testemunho
Propósito para a vida
Adoração
Exaltar
Magnificar
Multidão
Minha adoração
Poder para viver
Comunhão
Encorajar
Membro
Congregação
Meus relacionamentos
Pessoas para conviver
Discipulado
Edificar
Maturidade
Comprometidos
Minha caminhada
Princípios para seguir
Serviço
Equipar
Ministério
Núcleo
Meu ministério
Profissão para cumprir

Apesar de, na prática, os propósitos estarem mesclados e se apresentarem através de mais de uma atividade da igreja, a não ser que se saiba a razão de ser, não há como pensar em avaliação.

Um alerta importante é dado por Reggie McNeal de que “quando a igreja pensa que é o destino, ela também confunde os critérios. Ela pensa que, se pessoas estão se movendo ao redor e dentro da igreja, ela está vencendo. A verdade é que, quando isso acontece, a igreja está na verdade impedindo as pessoas de ir aonde realmente querem ir: o seu verdadeiro destino” (Transformational Church, p. 26)

III. Dimensões do crescimento integral
Uma Igreja saudável, que conhece e cumpre seus propósitos, deve se desenvolver e amadurecer, tanto como membros individuais, como na coletividade. Em vez de se concentrar em um ou dois índices numéricos, Orlando Costas sugere um modelo com cinco dimensões de crescimento integral.

(1) A dimensão numérica está relacionada à reprodução resultante da proclamação do evangelho e do convite a se unirem à Igreja. Segundo ele, “o crescimento numérico é parte integrante da visão do que significa ser igreja, especialmente quando a vemos como igreja apostólica e sinal do Reino de Deus na Terra” (Crescimento Integral da Igreja, p. 42).

(2) A dimensão orgânica enfatiza a identidade interna da igreja como um organismo. “Se uma igreja tem como propósito crescer apenas em número, sem se preocupar com a comunhão, o pastoreio e os relacionamentos, ela será tão impessoal e distante que naturalmente ela mesma limitará seu crescimento numérico” (Ibid.) Essa dimensão inclui a forma de governo da igreja, a estrutura financeira, o estilo de liderança, as atividades características e os cultos.

(3) A dimensão conceitual está relacionada à capacidade da igreja de refletir sobre sua fé, sua razão de existir, sua identidade e missão. Essa dimensão abrange o potencial crítico, teológico e capacidade criativa de continuar sendo relevante diante da constante transformação da sociedade e do cenário cultural. “A dimensão conceitual não apenas nos capacita a enfrentar o futuro, como nos ajuda a ser a voz profética no presente, a sermos relevantes para nosso tempo e nação” (Crescimento Integral da Igreja, p. 44).

(4) A dimensão diaconal se preocupa em reproduzir o ministério encarnacional de Jesus, Seu amor redentor apresentado de forma prática e Sua ética em todos os aspectos da vida. “Sem a perspectiva da dimensão diaconal, a igreja perde sua autenticidade e credibilidade, visto que o fato de ser ouvida e respeitada está intrinsecamente vinculado à concretização de sua vocação de amor e serviço ao próximo, bem como sua consequente visibilidade” (Crescimento Integral da Igreja, p. 46).

(5) A dimensão litúrgica está relacionada com o objetivo primário e último da missão (ver comentário da lição 10). A adoração celebra o passado, reconhece o presente e aponta para o futuro – proclamar e experimentar a mensagem.

IV. Qualidades da igreja saudável
Na prática, para que os propósitos sejam alcançados e resultem em um crescimento integral, se observou que há oito qualidades que estão diretamente relacionadas. A conclusão da extensa pesquisa de Christian Schwarz é que o desenvolvimento natural da Igreja está relacionado a oito características importantes para a saúde da igreja.

1. Liderança capacitadora: essa qualidade destaca a importância de líderes empenhados na capacitação dos membros de acordo com a vontade de Deus. Isso envolve a sensbilidade ao Espírito Santo e o interesse sincero nas pessoas. Equipar, apoiar, motivar e mentorear os membros da igreja. Fugir de modelos que utilizam “celebridades” que centralizam tudo em função dos seus talentos, carisma e posição (ver comentário da lição 9).

2. Ministérios orientados pelos dons: essa qualidade busca permitir que o Espírito Santo guie a organização dos ministérios da igreja e a participação individual. Schwarz compartilha que, segundo a pesquisa, esse fator é o que mais influencia a sensação de satisfação e alegria de alguém – seu envolvimento segundo o propósito do Criador (ver comentários das lições 2 e 3).

3. Espiritualidade contagiante: essa característica está relacionada à maneira de se expressar a fé no dia a dia através de compromisso, paixão e entusiasmo. O segredo dessa espiritualidade é uma vida fundamentada na Bíblia, dirigida pelo Espírito Santo e focalizada no mundo (ver comentário da lição 8).

4. Estruturas funcionais: Por incrível que pareça, segundo Schwarz, existe uma confusão em alguns contextos sobre o relacionamento entre as estruturas e a missão da igreja – a primeira serve à segunda. As estruturas têm o propósito de organizar, avançar e facilitar a missão (ver comentário da lição 9).

5. Culto inspirador: Essa qualidade não especifica a liturgia, mas o foco dela. O resultado da presença num dos cultos da igreja tem que ser o senso da presença de Deus e a motivação para o testemunho (ver comentário da lição 10).

6. Grupos familiares ou células: essa qualidade destaca a importância da dinâmica espiritual entre a pessoa e a igreja para produzir ajuda prática, comunidade, e interação espiritual (ver comentário da lição 6).

7. Evangelização orientada para as necessidades: essa característica está relacionada ao interesse da igreja nas pessoas. Schwarz fala em orar, cuidar e compartilhar como sendo a essência do evangelismo relevante (ver comentários das lições 4 e 5).

8. Relacionamentos marcados pelo amor fraternal: essa qualidade é o que torna a igreja magneticamente atraente e se aproxima do verdadeiro objetivo divino para a família de Deus. Schwarz menciona a justiça, a verdade e a graça como expressões práticas do amor fraternal (ver comentário da lição 7).

Ilustração
A altura, ou crescimento, é só uma das medidas consideradas quando as crianças estão se desenvolvendo. Sua relação com o peso é tão importante quanto o crescimento. Afinal, crescer para os lados demais ou de menos indica falta de saúde. Mas levar em conta somente esses dois critérios ainda não é o suficiente. Existe o desenvolvimento dos órgãos internos, dos ossos, das capacidades verbal, psicológica, motora e espiritual.

Uma observação cuidadosa da história da missão mostra que o sucesso ou fidelidade à missão tomou formas diferentes para pessoas, momentos e lugares diferentes. Em alguns casos, após uma longa vida de dedicação, os “resultados” só vieram nos esforços das gerações seguintes. Em outros casos, o chamado de Deus foi para uma vida longe dos holofotes, e até secreta, preservando a verdade. Em alguns casos, o chamado foi para proclamar a mensagem às multidões nos grandes estádios ou então iniciar um grande movimento de restauração de importantes verdades bíblicas entre o povo de Deus. Todos, no entanto, são chamados para contar o que Deus tem feito em sua vida à sua família, aos seus parentes e àqueles com os quais convivem. E foi por isso que o cristianismo cresceu. Todos são ministérios bem sucedidos.
Na busca pelo sucesso, não nos esqueçamos de viver com fidelidade para que, na avaliação final, ouçamos nosso Senhor dizer: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:21).


Lição 12 "Testemunho e Evangelismo de Sucesso" - Leitura Jovens ( 16 a 22 de Junho)



Lição 12                                         16 a 22 de junho


Testemunho e evangelismo de sucesso






“Como brinco de ouro e enfeite de ouro fino é a repreensão dada com sabedoria a quem se dispõe a ouvir” (Pv 25:12).

Prévia da semana: Nosso trabalho para Deus necessita ser avaliado à luz dos requerimentos dEle, conforme ecoados nas três mensagens angélicas para estes últimos dias da história terrestre.

Leitura adicional: Isaías 58; Tiago 2:14-17; O Desejado de Todas as Nações, capítulo 70; Beneficência Social, capítulo 3; HelpOthers [www.helpothers.org]

Domingo, 17 de junho
cpb - introdução
Os caminhos de Deus não são os nossos

Parada na beirada do parapeito de um trilho, ela olhou a vida profundamente nos olhos. Se desistisse, não precisaria mais sentir a rejeição e a dor que caracterizaram tantos dos seus dias. Estava prestes a fazê-lo, quando sentiu mãos fortes puxando-a de volta à segurança. 
Naquela noite, dois jovens estavam retornando de uma reunião na igreja. Ao percorrerem seu caminho sobre da ponte, notaram um par de sapatos na beira da estrada. Com um mau pressentimento, correram em direção a eles, chegando no momento certo. Naquela noite, esses dois homens tiveram a chance de viver sua missão cristã. Eles não somente salvaram a garota, mas foram capazes de plantar uma semente no coração dela – uma semente do amor de Cristo e Seu desejo de dar vida em abundância. Ao partirem, os homens não sabiam o que aconteceria àquela garota, mas oraram para que Deus conduzisse a vida dela.

Alguns anos depois, enquanto participava numa reunião da igreja, uma mulher se aproximou de um dos homens. Após se cumprimentarem, ela lembrou a história daquela noite. Contou como, depois de eles terem partido, ela começou a procurar o Jesus de quem eles tinham lhe falado, e como Deus colocou pessoas em sua vida que a conduziram para a igreja que prega o evangelho do amor.

Essa história ilustra lições sobre testemunhar e evangelizar. Mostra que cada um de nós precisa estar pronto para compartilhar o evangelho. Quando Jesus voltar, Ele não vai perguntar: “O que sua igreja fez por Mim?” Em lugar disso, Ele perguntará: “O que você fez por Mim?” (Mt 25:31-46). Deus pode usar circunstâncias e pessoas diferentes para alcançar aqueles que não ouviram o evangelho, portanto, deveríamos ser cuidadosos quando julgamos se é eficaz um método específico de evangelismo e testemunho.

Hoje em dia, as pessoas dizem que os métodos tradicionais de evangelismo e testemunho não mais funcionam. Como sabemos? Como podemos realmente medir o sucesso do testemunho e do evangelismo? É pela quantia de dinheiro que investimos nessas atividades? É pelo número de pessoas que comparecem? É pelo número de pessoas que pedem estudos bíblicos mais aprofundados? Ou é pelo número de batismos?

A lição desta semana explora o que Deus tem a dizer sobre medir o sucesso do testemunho e do evangelismo. Ao estudá-­la, abra o coração à direção divina para que Deus possa lhe mostrar como você pode se tornar Seu instrumento evangelístico.

Mãos à Bíblia

1. Qual é a importância da avaliação? Que tipos de avaliação existem na igreja? 1Tm 3:1-13; 1Co 11:28; 2Co 13:5, 6

Quando a Palavra de Deus estabelece um padrão, exige ou prescreve ações específicas, ou apresenta uma ordem, nossas respostas são abertas à avaliação. O fato de que Paulo designou certas qualificações para diáconos e anciãos mostra que algum tipo de avaliação devia ocorrer para verificar a aptidão para essas funções e também para avaliar a eficácia nesse ministério.

2. Qual é a resposta de sua igreja à missão dada por Jesus? Que aspectos da missão devem orientar essa avaliação? Mt 28:19, 20


Aleksandra Marek  Sidnei, Austrália

Segunda, 18 de junho
cpb - evidência
O ingrediente essencial

Existe melhor exemplo de evangelismo em ação do que o da igreja primitiva? A lição deste trimestre com frequência tem nos convidado a refletir sobre o livro de Atos, porque ele descreve o crescimento exponencial da igreja naquele tempo. Crentes eram diariamente “acrescidos ao número deles”, algumas vezes aos milhares (At 2:41, 47; 4:4), e apesar da incerteza e perseguição, a igreja operava como uma grande família. Os membros dividiam posses, companheirismo e, apaixonadamente, compartilhavam sua fé (At 2:42-47; 4:32-34).

Que ingrediente tornou o ministério deles tão poderoso? Lucas revela que foi o Espírito Santo. Ativo no coração e mente das pessoas, Ele guiou a propagação da Palavra em toda a região. Ele era parte da administração da igreja, pois ela cresceu em complexidade e tamanho (At 6:1-7;
 15:8). Ele também guiou os apóstolos ao pregar e realizar milagres (At 2:4, 17-21).

Hoje, a Igreja Adventista do Sétimo Dia participa em muitos tipos de evangelismo. Por meio de suas instituições mundiais e eventos da igreja local, há evidência de que o Espírito Santo está ativo em trazer pessoas a Cristo. E podemos coletar dados, criar estatísticas e avaliar se esses programas e nossos esforços estão sendo eficazes. Mas, para ser verdadeiramente responsáveis e estar engajados em nossos ministérios, não podemos apenas examinar os métodos do evangelismo coletivo. Precisamos começar com nosso comprometimento individual. Temos convidado o Espírito Santo para ser o ingrediente essencial em nosso ministério, assim como Ele foi para os primeiros crentes?

Paulo diz: “Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem-se a si mesmos. Não percebem que Cristo Jesus está em vocês? A não ser que tenham sido reprovados!” (2Co 13:5). Esse chamado à ação é renovado na iniciativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia chamada “Diga ao Mundo”. Essa iniciativa desafia todo cristão adventista a construir e atingir um relacionamento individual com Cristo para que possamos autenticamente atingir e alcançar os outros com a mensagem de esperança e cura.* Juntos, como um povo capacitado pelo Espírito Santo, podemos ser confiantes em nosso desejo de viver e compartilhar o evangelho.

* See Frontline Edition: Tell the World [http://www.adventistmission.org/article.php?id=1584]

Mãos à Bíblia

3. Em que situações a igreja deve agradecer aos indivíduos e equipes seu trabalho e testemunho? Sua igreja tem demonstrado esse espírito de gratidão e reafirmação? At 16:1, 2; Rm 16:1; 1Co 11:2; Fp 4:14

Para evitar que a avaliação seja percebida como crítica, ela deve ser acompanhada pela genuína gratidão. Em muitas ocasiões, o apóstolo Paulo teve que corrigir a igreja ou pessoas na questão da atitude, comportamento ou doutrina. Isso mostra que alguma avaliação havia ocorrido, mas sempre que podia, Paulo também reconhecia as pessoas pelo apoio que davam a ele, pessoalmente, ou por sua fidelidade a Deus.

4. O que significa considerar uns aos outros no contexto da avaliação e do reconhecimento? Que princípios de avaliação são sugeridos na Bíblia? Hb 10:24, 25


Georgina Hobson  Sunshine Coast, Austrália

Terça, 19 de junho
cpb - exposição
Pregue a verdade

Numa conversa recente numa reunião de pequeno grupo, escutei um membro da igreja dizer: “Gostaria que nossa Associação dissesse a verdade. Não gosto quando nossos líderes pregam os fatos.” Eu quase o corrigi, dizendo: “Você quis dizer ‘exageram’ os fatos, certo?” Então me dei conta de que sua escolha da palavra errada na verdade dizia muito mais do que ele intencionara dizer. Ao nos concentrarmos em ganhar pessoas e batizar mais, tornamo-nos tão adeptos da ideia de aumentar os resultados a ponto de assim redefinirmos o evangelismo? Queremos que a próxima geração de jovens adventistas use a palavra “evangelizar” com o significado da palavra “exagerar”?

Um relatório digno (Ap 14:6, 7). Apocalipse 14:6 e 7 desafia o povo de Deus a chamar o mundo para adorar o glorioso Deus Criador e proclamá-Lo como o Juiz que Se aproxima. Nessa passagem, o Senhor é um Deus de avaliação. Ele julgará o que aconteceu na Terra – tanto de bom quanto de ruim. E, logicamente, deveríamos fazer a mesma coisa ao compartilhar nossa fé individualmente e em conjunto. Sem examinar os resultados de nossos esforços, não podemos reconhecer nosso sucesso nem refinar nossas estratégias. Um relatório digno só pode ser dado se o trabalho for revisado.

Fé no coração (2Co 13:5, 6). Não precisamos estar preocupados com a santidade ou pecaminosidade dos outros porque somente Deus é o Juiz. Fomos chamados para fixar os olhos em Jesus, o autor e consumador de nossa fé. Paulo, em 2 Coríntios 13:5, diz: “Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem-se a si mesmos. Não percebem que Cristo Jesus está em vocês? A não ser que tenham sido reprovados!”

Podemos examinar nossa fé questionando-nos: “Está Jesus entre nós?” Você provavelmente já deve ter escutado a pergunta: “O que Jesus faria?” Essa é uma pergunta baseada na ação, mas as ações podem ser forçadas e nem sempre revelam a pessoa verdadeira. A questão proposta para a igreja de Corinto tem por base o coração: “Jesus vive aqui?”

Viver para amá-Lo (Dt 10:12, 13). Muitos de nós carregam uma lista fatigante de todas as coisas que acreditamos que precisamos fazer para ser “cristãos verdadeiros”. Deuteronômio 10:12 e 13 nos diz, porém, que devemos nos concentrar em Deus e amá-Lo. Como resultado desse amor por Ele, fluirá serviço, obediência e uma vida agradável ao Senhor. Então, ao fim de cada dia, em lugar de conferir nossa lista, poderemos avaliar nosso testemunho, dizendo: “Eu O amo mais?”

Força nos números (Hb 10:24, 25). Certa vez, num sermão, ouvi o especialista em liderança de igreja John Maxwell dizer que você sabe se é um líder ao olhar para trás. Se não houver ninguém lá, então você está apenas fazendo uma caminhada. Hebreus 10:24 e 25nos mostra um dos muitos benefícios de ser parte de uma igreja. Quando temos pessoas atrás de nós, podemos motivá-las a fazer atos de amor e boas obras. Quando temos um líder a nossa frente, temos alguém para motivar o melhor em nós. Quando estamos sozinhos, nos falta o incentivo e a capacitação que vem de trabalhar com pessoas que possuem o mesmo propósito. Precisamos uns dos outros.

Pregue a verdade (Mt 23:15). Enquanto eu aguardava meus dois minutos para dar meu relatório numa campal, não acreditei ao ouvir um evangelista público usar seu tempo para explicar por que ele necessitaria de pelo menos dez minutos. “Sou um evangelista”, ele disse. “Não posso dizer nada em apenas dois minutos.” Ele então prosseguiu falando por 15 minutos, valorizando tanto suas palavras e a si mesmo que roubou o tempo que seria dos outros.

Fiquei frustrado e consternado com os comentários repetitivos feitos pelos representantes seguintes: “Não sou um evangelista, mas...” E apresentavam seus relatórios de “dois minutos”. Quando finalmente chegou minha vez, embora eu estivesse irritado, decidi usar meus dois minutos como solicitado – para relatar, não para comentar. Mas, ao me aproximar do microfone, o apresentador disse: “Dave, não nos diga também que você não é um evangelista!”

Fiz uma pausa, reconsiderei, e então, apontando minha mão da esquerda para a direita em direção ao auditório, disse: “Vocês todos são evangelistas. Se você aceitou Jesus como seu Salvador, Ele o encarregou de ir e fazer discípulos.” Cabeças concordaram e um coro de “Améns” encheu a tenda.

O trabalho do fim dos tempos foi dado a cada um de nós. E quando a obra for terminada, sejamos honestos. Ao fim do dia, temos algo a relatar – a verdade! Dizer a verdade não exige demora. A verdade não precisa de adjetivos floreados nem de números inflacionados, e não precisa ser escondida atrás daquela “boa história” que surgiu do esforço evangelístico recente. Se houver apenas um salvo, celebre plenamente esse um.

Como testemunhas para Cristo, temos a responsabilidade de evangelizar, não de exagerar. Sejamos um exemplo àqueles que nos seguirão. E quando eles tomarem o manto em seus ombros, possam dizer com toda a honestidade: “Vamos pregar a verdade.”

Pense nisto

1. Quais áreas de sua vida se beneficiariam de mais avaliação?
2. Todos somos culpados de inflar, exagerar ou apagar a verdade. O que podemos fazer para garantir que sejamos mais honestos no futuro?


Mãos à Bíblia

5. Leia Deuteronômio 10:12 e 13. Como você resume o significado desses versos?

6. De qual texto do Novo Testamento esses versos nos fazem lembrar? Que lição isso nos mostra sobre a importância da admoestação de Deuteronômio 10? Mt 22:37, 38

7. O texto diz que Deus “pede” (ou “requer”) essas coisas de nós. Como devemos entender o significado dessas coisas no contexto da salvação unicamente pela fé?

8. O texto lida em grande parte com nosso coração e mente, com o amor e temor, coisas que muitas vezes são difíceis de julgar pelas aparências. Como essa ligação entre o interior e o exterior se harmoniza com a compreensão deApocalipse 14:6-12?


Dave Edgren  Melbourne, Austrália

Quarta, 20 de junho
cpb - testemunho
Distraído pela igreja?

“O Senhor pede aos que se acham ligados a nossas escolas, clínicas e casas editoras que ensinem os jovens a fazer obra evangelística. Nosso tempo e dinheiro não devem ser usados tanto no estabelecimento de hospitais, indústrias de alimentos, mercearias e restaurantes, que outros ramos da obra sejam negligenciados. Rapazes e moças que se devem ocupar no ministério, na obra bíblica e na colportagem, não devem ser ligados a empregos mecânicos” (Ellen G. White, Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, p. 494).

“Deus chama consagrados obreiros que Lhe sejam leais – homens humildes, que vejam a necessidade da obra evangelística e que não recuem, mas diariamente trabalhem com fidelidade, confiando em Deus quanto ao auxílio e a força em qualquer emergência.

A mensagem tem que ser apresentada pelos que amam e temem a Deus. Não transfiram sua responsabilidade para nenhuma Associação. Prossigam e, como evangelistas, com humildade apresentem um ‘Assim dizem as Escrituras’” (Ellen G. White,
 Evangelismo, p. 24).

“Como povo, precisamos humilhar o coração perante Deus, rogando-Lhe o perdão pela nossa negligência no cumprimento da comissão evangélica. Estabelecemos grandes centros em alguns poucos lugares, deixando por trabalhar muitas cidades importantes. Assumamos agora o trabalho que nos é designado, e proclamemos a mensagem que há de despertar homens e mulheres, levando-os a reconhecer seu perigo. Se cada adventista do sétimo dia houvesse feito o trabalho que lhe foi confiado, o número de crentes seria hoje muito maior do que é” (Ellen G. White,
 Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 25).

O Salvador está esperando que cada um de nós deposite nosso “pacote de egoísmo” aos pés dEle. Como igreja, precisamos manter nosso foco na obra especial que Deus nos deu para fazer – levar as três mensagens angélicas a toda parte deste mundo. Não podemos permitir que nos tornemos tão distraídos fazendo parte da igreja que nos esqueçamos do porquê somos parte
dela.

Pense nisto

1. Você já se achou tão focalizado nas atividades da igreja que negligenciou a obra que Jesus queria que fizesse?
2. Você já esteve tão obcecado com o que está acontecendo em sua vida, em seu trabalho, em seus relacionamentos e até mesmo em sua igreja, que se esqueceu de compartilhar o amor de Jesus com aqueles que realmente necessitam?


Mãos à Bíblia

9. Que disciplinas espirituais são importantes para nosso crescimento espiritual? Mt 26:41; 1Ts 5:17; Rm 8:6; Ef 6:17, 18;2Tm 2:15, 16; Sl 1:2

Sendo pecadores necessitados da graça divina, como podemos avaliar algo assim tão “intangível” como a espiritualidade? O fato é que não existe registro de uma escala que sirva de base para avaliar a espiritualidade pessoal e estabelecer comparações. Mas disciplinas espirituais em que nos envolvemos são os sinais de uma jornada que percorremos com Cristo. A oração, estudo da Bíblia e obediência nos mostram importantes aspectos de nossa espiritualidade.


Talitha Simmons  Melbourne, Austrália

Quinta, 21 de junho
cpb - aplicação
Contando carneirinhos

A seguir estão algumas ideias que podem ajudá-lo a decidir se um evento evangelístico foi bem-sucedido, precisa retoques ou cancelamento.

Batismos. Este é geralmente considerado o maior sinal do sucesso evangelístico. Contudo, a estrada para o batismo pode ser longa. Pode acontecer anos depois e nem mesmo em sua igreja local. Perguntar a novos membros batizados sobre sua jornada para o batismo revelará quais eventos tiveram maior impacto. Deixe que os líderes de cada um desses eventos saibam que desempenharam uma parte na jornada dessa pessoa.

Estudos bíblicos. Conte as pessoas que se inscreveram para estudos bíblicos após o evento evangelístico.

Frequência à igreja. É um pouco mais difícil manter um registro de todos os que compareceram aos cultos após participar de um evento evangelístico. Se você não tem certeza se alguém era participante, perguntar a esse visitante como soube a respeito da igreja é uma descoberta interessante.

Pensamentos dos participantes. Ao fim de um evento evangelístico, avalie como os interessados souberam sobre ele, o que acharam, o que aprenderam, e se estão interessados em eventos futuros.

Números de participação. Mantenha controle do número de interessados que compareceram pela primeira vez. Isso mostra a eficiência de sua propaganda. Se o evento é realizado mais de uma vez, preste atenção a quantas pessoas vêm a mais (ou a menos) depois de cada projeto, e você terá uma indicação de quão bem o evento está se conectando com os interessados.

Demografia. Anote idade, sexo, nacionalidade e grupo social de cada interessado; assim, você pode ver quem está interessado em qual tipo de evento e descobrir quais grupos de pessoas vocês não estão alcançando.

Moral interna. Entreviste os membros que planejaram o evento evangelístico. Pergunte como acharam que seria, o que acharam que funcionou ou não, e se possuem energia e disposição para realizá-lo novamente.

Quando você tiver os dados, poderá responder a perguntas como estas: (1) A propaganda foi efetiva? (2) O evento segurou a audiência? (3) Existe uma resposta razoável para convites de eventos futuros? (4) Como foi o envolvimento da igreja? (5) Quais grupos demográficos não foram alcançados? (6) O que devemos fazer melhor da próxima vez?

Mãos à Bíblia

10. Que ensinos estão na base de nossa identidade como adventistas do sétimo dia? Ap 14:6, 7

11. O que deve estar em primeiro lugar em nossa vida? Como essa verdade deve influenciar a espiritualidade da igreja e a obra de testemunhar e evangelizar? Mt 6:33; 10:7; 24:14; Lc 4:43

Os relatórios dos números de pessoas acrescentadas à igreja em vários momentos e os relatórios das igrejas sendo estabelecidas entre os gentios são evidências de que avaliações estavam sendo realizadas em relação à forma pela qual a igreja estava atingindo o alvo do crescimento do reino.


Scott Wegener  Warburton, Victoria, Austrália

Sexta, 22 de junho
cpb - opinião
Inferno, marshmallows e evangelismo

Um amigo ateu me contou uma vez sobre uma placa de igreja em que estava escrito: “Eternidade: será o inferno sem Jesus.” Essa mensagem não o tentou a estocar marshmallows para tostá-los nas chamas do “fogo eterno”. Nem tampouco fez com que ele se sentisse tentado a descobrir mais sobre o que aquela igreja dizia sobre Jesus.

Felizmente, a maioria das igrejas tem ido além de aterrorizar as pessoas para que acreditem em Deus e não precisem passar a eternidade num lugar insuportavelmente quente. Mas isso significaria que não há nada mais no evangelismo que precise ser mudado? Geralmente, as pessoas enxergam o evangelismo como a apresentação de um seminário ou a execução de um programa elaborado. Mas acho que essa percepção é limitada. Não quero dizer que o evangelismo em massa não traga resultados, porque em muitas partes do mundo funciona visivelmente. Mas será que funciona em todos os lugares e para todas as pessoas?

É bom ter mais pessoas frequentando a igreja após um programa de alcance. Mas haverá ocasiões em que serão investidos muito tempo e dinheiro para resultados relativamente pequenos. Naturalmente, não podemos enxergar as conexões em potencial sendo construídas no coração das pessoas que podem não estar vindo para a igreja quando o programa termina. E se o conteúdo evangelístico não estiver satisfazendo as necessidades espirituais das pessoas? “O evangelismo público, separado das necessidades das pessoas, aumenta o abismo entre elas e Deus.”1

Em
 Apocalipse 14:6 e 7, o primeiro anjo proclama o evangelho eterno a todos no mundo. Seria ótimo se as coisas pudessem ser deixadas para que os anjos as fizessem, mas essa visão é realmente sobre nossa responsabilidade de repartir a Palavra de Deus com os outros. Isso inclui convidar as pessoas para ir à igreja conosco.

Uma pesquisa revelou que de 15 mil pessoas, 70 a 90 por cento foram à igreja e desenvolveram um relacionamento com Cristo porque alguém as convidou a ir.2 Assim, o evangelismo pode ser mais efetivo num nível pessoal.

1. Tompaul Wheeler, Things They Never Taught Me (Hagerstown, Md.: Review and Herald, 2006), p. 35.
2. Robert A. Young, How to Lead a Church to Reach People and Grow (2009), p. 104.

Pense nisto

1. Que tipo de trabalho você acha que seria mais efetivo para as pessoas em sua área? 
2. De que mensagem você acha que as pessoas mais se beneficiariam? Por quê?


Mãos à obra

1. Entreviste os membros de sua igreja local sobre as diferentes maneiras pelas quais eles aliviaram o sofrimento de outros no ano passado, e a alegria que experimentaram ao fazer isso.
2. Escreva uma história curta sobre a diferença que fez em sua vida o simples ato de bondade de alguém.
3. Encontre uma forma anônima de compartilhar o amor de Deus aliviando o sofrimento de alguém que precise de roupas, comida, conforto, amigos, descanso, coragem, ajuda ou proteção.
4. Planeje pelo menos um ato de bondade para um estranho a cada dia por uma semana e escreva sobre isso em seu diário.
5. Plante flores que possam ser dadas a alguém como um ministério de ânimo a pessoas solitárias, confinadas a uma casa ou enlutadas.


Adele Nash  Cooranbong, Austrália