sexta-feira, 21 de junho de 2013

13. Para que não nos esqueçamos (Malaquias) - 22 a 29 de junho

Lição 13 - Para que não nos esqueçamos (Malaquias) - Esboço da Escola Sa...

Lição 13 - Para que não nos esqueçamos (Malaquias)

Lição 13 - Para que não nos esqueçamos (Malaquias) 22 a 29 de junho

Lições Adultos

Busque ao Senhor e Viva!




Lição 13 - Para que não nos esqueçamos (Malaquias)

22 a 29 de junho 




Sábado à tarde

Ano Bíblico: Sl 46–50 



VERSO PARA MEMORIZAR:

“Desde o nascente do sol até ao poente, é grande entre as nações o Meu nome; e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras, porque o Meu nome é grande entre as nações, diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 1:11).



Leituras da Semana:

Pensamento-chave: Malaquias nos ensina a extensão do comprometimento de Deus com Seu povo, mas também aponta para suas sagradas responsabilidades.

O nome Malaquias significa “meu mensageiro”. Não sabemos nada sobre ele, exceto o que podemos encontrar em seu pequeno livro, que termina a seção do Antigo Testamento chamada de Profetas Menores (ou O Livro dos Doze). 
É também o último livro do Antigo Testamento.

A mensagem central de Malaquias é que, embora Deus tivesse revelado amor por Seu povo ao longo da sua história, esse amor também tornou Seu povo responsável diante dEle. O Senhor esperava que a nação escolhida e seus líderes obedecessem aos Seus mandamentos. Ainda que a idolatria aberta aparentemente houvesse desaparecido (o livro parece ter sido escrito para judeus que haviam retornado do cativeiro babilônico), o povo não estava vivendo à altura das expectativas da aliança. Embora eles estivessem cumprindo a rotina das cerimônias religiosas, tudo era formalismo destituído de vida e de sincera convicção.
Que nossa igreja tome cuidado com esse perigo!





Domingo

Ano Bíblico: Sl 51–55 



Grande é o Senhor


1. Leia Malaquias 1. De que problema o profeta estava tratando? Temos manifestado a mesma atitude que motivou essa repreensão?

Malaquias contrastou o amor de Deus por Seu povo com a atitude dos sacerdotes, a quem ele acusou do pecado de desprezo pelo santo nome de Deus. Ao realizar seus deveres no templo, esses descendentes de Arão aceitavam animais coxos, cegos e doentes para os sacrifícios ao Senhor. Dessa forma, o povo era levado a pensar que os sacrifícios não eram importantes. No entanto, no deserto, Deus havia instruído Arão e seus filhos declarando que os animais sacrificados deviam ser fisicamente perfeitos, sem defeito (Lv 1:1-3; 22:19).

O profeta enumerou então três razões importantes pelas quais Deus merecia ser honrado e respeitado pelo povo de Israel. Primeira: Deus era seu Pai. Assim como os filhos devem honrar seus pais, as pessoas devem respeitar seu Pai do Céu. Segunda: Deus era seu Mestre e Senhor. Assim como os servos obedecem aos seus mestres, o povo de Deus deve tratá-Lo da mesma forma. Terceira: O Senhor era um grande Rei. Um rei terreno não aceitaria um animal com defeito ou doente como presente de um de seus súditos. Então, o profeta perguntou: Por que o povo apresentaria esse tipo de animal ao Rei dos reis, que governa o mundo inteiro?

O que tornava suas ações ainda mais detestáveis à vista de Deus era que todos esses sacrifícios apontavam para Jesus, o imaculado Filho de Deus (Jo 1:29; 1Pe 1:18, 19). Os animais deviam ser sem defeito porque, para ser nosso perfeito sacrifício, Jesus não podia ter defeito.

“Para honra e glória de Deus, Seu Filho Amado – o Penhor, o Substituto – foi entregue e desceu para a prisão da sepultura. Ele ficou encerrado nas câmaras rochosas do túmulo novo. Se um único pecado tivesse manchado Seu caráter, a pedra nunca teria sido removida da porta de Sua câmara rochosa, e o mundo, com seu fardo de culpa teria perecido” (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 10, p. 385). É de admirar que os sacrifícios que apontavam para Jesus tivessem que ser perfeitos?




Segunda

Ano Bíblico: Sl 56–61 



Amor e respeito mútuos


A voz de Deus, que aparece no livro de Malaquias, é a voz de um Pai amoroso que apela ao Seus filhos. Quando o povo levanta questões e faz reclamações, Ele está pronto para dialogar. A maioria das questões discutidas por Deus e Seu povo tem a ver com algumas atitudes básicas.

2. Leia Malaquias 2. Embora diversas questões sejam abordadas, que prática específica o Senhor estava condenando? Ml 2:13-16

Embora todos os judeus reconhecessem Deus como Pai e Criador em sua adoração, nem todos eles viviam como se Deus fosse o Senhor de sua vida. Malaquias usou o casamento como exemplo para ilustrar a falta de fidelidade e comprometimento com os semelhantes. Segundo a Bíblia, o casamento é uma sagrada instituição estabelecida por Deus. O povo de Israel foi advertido contra o casamento fora da comunidade da fé, porque esse tipo de casamento prejudicaria seu compromisso com o Senhor e eles cairiam na idolatria (Js 23:12, 13.)

Deus havia planejado que o casamento fosse um compromisso para toda a vida. No entanto, no tempo de Malaquias, muitos homens estavam quebrando os votos feitos no início da vida com a “mulher da [sua] mocidade”, como disse o profeta 
(Ml 2:14). Vendo suas esposas envelhecendo, os maridos se divorciavam e se casavam com mulheres mais jovens e mais atraentes. Por essa razão, Deus disse que odeia o divórcio (Ml 2:16). Essa forte declaração revela a seriedade com que Deus trata o compromisso do casamento, que as pessoas muitas vezes não levam a sério. As regras rígidas da Bíblia sobre o divórcio mostram que o casamento é sagrado.

Visto que o divórcio era legalizado em Israel (Dt 24:1-4), alguns homens não hesitavam em quebrar seus votos matrimoniais. Perto do fim do período do Antigo Testamento, o divórcio parece ter se tornado comum, até certo ponto como em muitos países hoje. No entanto, na Bíblia o casamento é constantemente apresentado como uma santa aliança diante de Deus (Gn 2:24; Ef 5:21-33).

Leia Malaquias 2:17. Qual é a advertência do texto, especialmente no contexto da lição do dia? Qual é a advertência em outros aspectos? Estamos aprovando essa atitude, mesmo inconscientemente?





Terça

Ano Bíblico: Sl 62–67 



Dízimo na casa do tesouro


3. O que Deus estava dizendo ao Seu povo em Malaquias 3:1-10? Que elementos específicos são encontrados nesse texto e por que todos eles estão interligados?

Com esses versos, Deus reafirmou a mensagem básica dos Profetas Menores: Seu amor continua firme e inabalável. No verso 7, o chamado de Deus é ouvido mais uma vez: “Tornai-vos para Mim, e Eu Me tornarei para vós outros.” O povo então perguntou: “Em que havemos de tornar?” Essa pergunta é semelhante à de Miqueias 6:6, sobre os sacrifícios apresentados a Deus. No caso de Malaquias, no entanto, foi dada uma resposta específica e, surpreendentemente, tinha a ver com a questão da entrega ou não do dízimo.

Na verdade, eles foram acusados de roubar o que pertence a Deus. Isso aconteceu porque eles não foram fiéis na devolução de seus dízimos e ofertas.

O costume de entregar o dízimo, devolvendo 10% da renda, é apresentado na Bíblia como lembrete de que Deus é dono de tudo e tudo o que as pessoas têm provém dEle. O dízimo era usado em Israel para sustentar os levitas que ministravam no templo. De acordo com Malaquias, negligenciar a devolução do dízimo é o mesmo que roubar a Deus.

Malaquias 3:10 é um dos raros textos em que Deus desafia as pessoas a prová-­Lo. Nas águas de Meribá, no deserto, os filhos de Israel repetidamente “puseram à prova” a paciência de Deus, o que O deixou irado (Sl 95:8-11). Em Malaquias, no entanto, Deus estava convidando Israel a prová-Lo. Ele queria que eles vissem que podiam confiar nEle a respeito desse assunto, o que, de acordo com o texto, é algo de grande significado espiritual.

Como o ato de entregar o dízimo (e também de dar ofertas) fortalece você espiritualmente? Em outras palavras, quando você é desonesto na entrega do dízimo, por que você está enganando a si mesmo, além de tentar enganar a Deus?





Quarta

Ano Bíblico: Sl 68–71 



Um memorial escrito


Em Malaquias 3:13-18, o povo se queixou de que o Senhor não Se importava com os pecados da nação. Aqueles que praticavam o mal e a injustiça pareciam escapar despercebidos e assim, muitos se perguntavam por que deviam servir ao Senhor e viver de modo justo, quando o mal parecia ficar impune.

4. Por que é fácil entender a queixa apresentada em Malaquias 3:14, 15?

5. Como o Senhor respondeu? Ml 3:16-18

Neste mundo, onde há tanta injustiça, é fácil questionar se um dia a justiça será feita. A mensagem de Malaquias, no entanto, é que Deus sabe de todas essas coisas, e recompensará os que são fiéis a Ele.

6. A expressão “memorial escrito” (RA) ou “livro como memorial” (NVI) é encontrada apenas nessa passagem das Escrituras. O que as seguintes passagens ensinam sobre os livros de Deus nos quais são registrados os nomes e as ações das pessoas? Êx 32:32Sl 139:16Is 4:365:6Ap 20:11-15

A conclusão é de que o Senhor conhece todas as coisas. Ele conhece os que são Seus (2Tm 2:19) e os que não são. Como pecadores, tudo que podemos fazer é suplicar Sua justiça, clamar por Suas promessas de perdão e poder. Depois, confiando nos méritos de Cristo, morrer para o eu e viver para Ele e para os semelhantes, sabendo que, no fim, nossa única esperança está em Sua graça. Se colocarmos nossa esperança em nós mesmos, com certeza nos decepcionaremos.





Quinta

Ano Bíblico: Sl 72–77 



O Sol da justiça


Em uma ocasião anterior, as pessoas perguntaram: “Onde está o Deus do juízo?” (Ml 2:17). No início do capítulo 4, uma solene promessa é feita de que um dia Deus executará Seu juízo sobre o mundo. Como resultado, os orgulhosos serão destruídos com os ímpios, assim como a palha é consumida pelo fogo. A palha é a parte inútil do grão, e dura apenas alguns segundos quando jogada no fogo. No Dia do Senhor, o fogo será o agente de destruição, assim como foi a água nos dias de Noé.

7. Leia Malaquias 4. Que grande contraste é apresentado entre os salvos e os perdidos? Leia também Dt 30:19Jo 3:16

Enquanto o destino dos ímpios é descrito no verso 1, o verso 2 se concentra nas bênçãos futuras dos justos. A pergunta “Onde está o Deus do juízo?” é respondida novamente, mas dessa vez pela certeza de um dia no futuro, em que o Sol da Justiça Se levantará trazendo cura em suas asas (Ml 4:2, NVI). O nascimento do “Sol da Justiça” é uma metáfora para representar o amanhecer de um novo dia, que marca uma nova era na história da salvação. Nesse tempo, de uma vez por todas o mal será destruído para sempre, os salvos desfrutarão do resultado final do que Cristo realizou por eles e o Universo se tornará eternamente seguro.

Malaquias encerra seu livro com duas admoestações que caracterizam a fé bíblica. A primeira é um chamado para que as pessoas se lembrem da revelação divina por intermédio de Moisés, os cinco primeiros livros da Bíblia e fundamento do Antigo Testamento.
A segunda admoestação fala do papel profético de Elias. Cheio do Espírito Santo, esse profeta convidou o povo a se arrepender e voltar para Deus. Embora o próprio Jesus tenha visto João Batista como um cumprimento dessa profecia (Mt 11:13, 14), acreditamos também que ela se cumprirá no fim dos tempos, quando Deus terá um povo que anunciará destemidamente Sua mensagem ao mundo. “Os que devem preparar o caminho para a segunda vinda de Cristo são representados pelo fiel Elias, assim como João veio no espírito de Elias para preparar o caminho para o primeiro advento de Cristo” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Saúde, p. 73).

Como devemos cumprir esse papel sagrado? Como estamos nos saindo nessa tarefa?





Sexta

Ano Bíblico: Sl 78–80 



Estudo adicional


Deus abençoa a obra das mãos dos homens, para que eles possam devolver-Lhe Sua porção. Dá-lhes a luz do Sol e a chuva; faz que a vegetação brote; concede saúde e habilidade para a aquisição de meios. Todas as bênçãos vêm de Suas generosas mãos, e Ele deseja que homens e mulheres mostrem gratidão devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas – em ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e ofertas pelo pecado. Eles devem devotar seus meios a Seu serviço, para que Sua vinha não venha a ser um deserto estéril. Precisam estudar o que o Senhor faria em lugar deles. Devem levar a Ele em oração toda questão difícil. Devem revelar interesse altruísta na edificação de Sua obra em todas as partes do mundo” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 707, 708).

Perguntas para reflexão

1. O casamento seria sagrado e importante se pudesse ser facilmente terminado? Se você pudesse sair dele por razões triviais, o casamento seria trivial. As regras contra o término do casamento provam que ele é especial. Você concorda?

2. Leia atentamente Malaquias 2:17. O que o juízo pré-advento tem a dizer aos que expressam os mesmos sentimentos desse verso?

3. Malaquias 4 fala sobre a destruição dos perdidos. Nada permanece. Como esse ensino se contrasta com a ideia de um fogo do inferno queimando eternamente? Por que o contraste entre essas duas visões é um bom exemplo de como uma falsa doutrina pode levar a uma falsa compreensão do caráter de Deus?

4. Na obra “The Grand Inquisitor” [O Grande Inquisidor], o escritor russo Dostoiévski descreveu a Igreja em seu tempo como tendo tanto controle sobre as coisas que não precisava mais de Cristo. Estamos diante desse perigo hoje? Como esse perigo pode ser mais sutil do que percebemos?

Respostas sugestivas: 1. Ingratidão, irreverência, desonra e profanação ao nome de Deus entre os israelitas. As ofertas e atos religiosos não correspondiam ao amor e proteção concedidos pelo Senhor. 2. O casamento entre judeus, adoradores do Deus verdadeiro e adoradoras de deuses estranhos. Muitos judeus estavam se divorciando de suas esposas, para se unirem às mulheres de outros povos, transgredindo a aliança do Senhor. 3. Profecia sobre a vinda de João Batista para preparar o povo para a primeira vinda de Jesus, que julgará e purificará o coração de Seu povo; advertência contra feiticeiros, adúlteros, falsas testemunhas e opressores. Um dos sintomas do afastamento de Deus foi a infidelidade nos dízimos e ofertas. Deus chama o povo de volta ao relacionamento de aliança com Ele, advertindo contra o pecado e prometendo bênçãos para a fidelidade. 4. Porque os justos muitas vezes sofrem e os ímpios prosperam. Se não considerarmos que, em longo prazo, o pecado traz desvantagem, ficaremos desanimados diante das injustiças do mundo. 5. O Senhor mostrou que existe um livro memorial, no qual são registrados os atos dos que temem a Deus; um dia, os fiéis serão poupados da destruição, e serão considerados o tesouro especial de Deus; então aparecerá a diferença entre o justo e o perverso. 6. A pessoa pode ser incluída e excluída do livro da vida; a inclusão está fundamentada no perdão; no “livro” de Deus existe um plano de salvação, que depende da nossa aceitação para ser cumprido; nossas obras, registradas nos livros, determinam nossa recompensa; existem vários livros; o mais importante é o livro da vida. Quem não estiver inscrito nesse livro, sofrerá a morte eterna. 7. No dia do juízo, os perdidos serão destruídos, enquanto os salvos verão o Sol da justiça, trazendo cura e crescimento. Para os salvos haverá vida eterna e bênção. Para os perdidos haverá morte eterna e maldição.

sábado, 15 de junho de 2013

Esboço da Escola Sabatina #12 O melhor presente do Céu (Zacarias) 2ºTri/...

Lição 12 - O melhor presente do Céu (Zacarias)

Textos para Meditação de 15 a 30 de Junho de 2013

Mestre Enviado por Deus

Sábado, 15 de junho



Se, porém, Eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós. Mateus 12:28

Nas poderosas obras de Cristo havia suficientes evidências para a fé. Mas os governantes judeus não queriam a verdade. Não podiam deixar de reconhecer a realidade das obras de Cristo, mas lançavam condenação sobre todas elas. Tiveram de reconhecer que um poder sobrenatural Lhe acompanhava a obra, mas declaravam que esse poder derivava de Satanás. Eles criam realmente nisso? Não. Mas estavam tão decididos a não permitir que a verdade lhes afetasse o coração e os convertesse, que atribuíam a obra do Espírito de Deus ao diabo. [...]

Redentor infinito em compaixão! Que amor, que amor incomparável foi o Teu! Acusado pelos grandes homens de Israel de realizar Suas obras de misericórdia por meio do príncipe dos demônios, era Ele como alguém que não via nem ouvia. A obra que viera do Céu para realizar não devia ser deixada incompleta. Ele viu que a verdade precisava ser revelada à humanidade. A Luz do mundo devia enviar seus raios para dentro das trevas do pecado e da superstição. A verdade não encontrou morada no coração dos que deveriam ter sido os primeiros a recebê-la, pois estavam bloqueados com preconceito e vil incredulidade. Entre os que não possuíam tais privilégios elevados, Cristo preparou corações para receber Sua mensagem. Ele fez novos odres para o vinho novo.

Toda verdade é investida pelo Deus do Céu com a influência correspondente ao seu caráter e importância. O plano da redenção, que significa tudo para um mundo perdido e arruinado, deveria ser proclamado, e o Espírito de Deus em Cristo Jesus colocado em contato vital com o coração do mundo. [...]

Por meio de Cristo, a verdade foi proclamada. O coração daqueles que professavam ser filhos de Deus foi guardado na verdade, e aqueles que não haviam desfrutado tão alto privilégio, aqueles que não se vestiam com os trajes da justiça própria, foram atraídos a Cristo. [...]

Hoje, Satanás se esforça por manter oculto do mundo o grande sacrifício expiatório que revela o amor de Deus e as reivindicações vinculadas à lei divina. Ele está guerreando contra a obra de Cristo [...] Mas, enquanto realiza seu trabalho, seres celestiais combinam esforços com instrumentos humanos na obra de restauração (Review and Herald, 30 de abril de 1901).




Contemplando a Cristo

Domingo, 16 de junho



Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. 2 Coríntios 5:17

Pelo poder que Jesus concede, podemos ser “mais que vencedores” (Rm 8:37). Não podemos, porém, produzir esse poder. Unicamente pelo espírito de Deus é que podemos recebê-lo. Precisamos de uma profunda intuição da natureza de Cristo e do mistério do Seu amor, “que excede todo o entendimento” (Ef 3:19). Devemos viver sob os cálidos e salutares raios do Sol da Justiça. Somente a afetuosa compaixão de Cristo, Sua graça divina, Seu grande poder podem nos habilitar a repelir o incansável inimigo e subjugar a oposição de nosso próprio coração. Qual será nossa força? A alegria do Senhor. Deixemos que o amor de Cristo nos encha o coração, e então estaremos preparados para receber o poder que Ele tem em reserva para nós.

Demos graças a Deus cada dia pelas bênçãos que recebemos. Se o instrumento humano se humilhar diante de Deus, reconhecendo como é inapropriado para ele cultivar um sentimento de autossuficiência, reconhecendo sua total incapacidade de executar o trabalho que precisa ser feito a fim de que seu coração seja purificado, lançando fora e desvalorizando sua justiça própria, Cristo vai permanecer no coração dessa pessoa. Ele Se lançará à obra de recriá-la e continuará até que ela esteja completa nEle.

Cristo nunca negligenciará a obra que foi colocada nas mãos dEle. Ele inspirará o discípulo resoluto com o senso da perversidade da condição maculadora do pecado e da depravação do coração no qual Ele está operando. O verdadeiro penitente aprendeu a inutilidade da importância de si mesmo. Olhando para Jesus, comparando seu caráter defeituoso ao perfeito caráter do Salvador, ele pode dizer: 
“Não trago nada que tenha valor. / Somente na cruz me apego com fervor.”

Juntamente com Isaías, ele declara: “Senhor, concede-nos a paz, porque todas as nossas obras Tu as fazes por nós. Ó Senhor, Deus nosso, outros senhores têm tido domínio sobre nós; mas graças a Ti somente é que louvamos o Teu nome” (Is 26:12, 13) (Review and Herald, 31 de março de 1904).




Fonte da Verdade

Segunda, 17 de junho



Eu sou o pão da vida; o que vem a Mim jamais terá fome; e o que crê em Mim jamais terá sede. João 6:35

Nesta época, há muitos que agem como se tivessem a liberdade de pôr em dúvida as palavras do Infinito, de revisar Suas decisões e Seus estatutos, endossando, examinando, reformulando e anulando, de acordo com sua vontade. Nunca estamos seguros enquanto somos guiados por opiniões humanas, mas estamos seguros quando guiados por um “assim diz o Senhor”. Não podemos confiar a salvação de nossa vida a qualquer norma inferior às decisões de um Juiz infalível. Os que constituem Deus seu guia e a Palavra dEle seu conselheiro contemplam a luz da vida. Os vivos oráculos divinos guiam-lhes os pés por caminhos retos. Os que são assim guiados não ousam julgar a Palavra de Deus, mas sempre têm a Palavra dEle como seu juiz. Da Palavra do Deus vivo derivam sua fé e religião. É o guia e conselheiro que lhes indica o caminho. A Palavra é de fato uma luz para seus pés e lâmpada para seu caminho. Andam sob a direção do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Aquele cujas ternas misericórdias são sobre todas as Suas obras torna a vereda dos justos uma luz viva, que brilha mais e mais até ser dia perfeito. [...]

O mundo está perecendo por falta da verdade pura, não adulterada. Cristo é a verdade. Suas palavras são verdade e têm um significado mais profundo do que parece à primeira vista, e um valor que excede sua despretensiosa aparência. Todos os ensinos de Cristo têm valor superior à sua aparência despretensiosa. Mentes vivificadas pelo Espírito Santo discernirão a preciosidade dessas palavras. Discernirão as preciosas pérolas da verdade, embora sejam tesouros encobertos. [...]

O coração é a cidadela do ser, e até que esteja completamente do lado do Senhor, com suas tentações sutis o inimigo alcançará constantes vitórias sobre nós.

Se a vida recebe o devido controle, o poder da verdade é ilimitado. Os pensamentos são levados em cativeiro a Jesus Cristo. Do tesouro do coração provêm palavras apropriadas e certas. Escrevendo a Timóteo, disse Paulo: “Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus” (2Tm 1:13) (Review and Herald, 29 de março de 1906).




Seguros nas Mãos de Jesus

Terça, 18 de junho



As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz; Eu as conheço, e elas Me seguem. [...] Jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da Minha mão. João 10:27, 28

Quando Satanás ouviu que existiria inimizade entre ele e a mulher, e entre sua semente e a semente dela, sabia que, por algum meio, seria dado ao ser humano poder de resistir às suas tentações. Percebeu que sua reivindicação à posição de príncipe do mundo recém-criado seria contestada, que viria Alguém cuja obra seria fatal aos seus vis propósitos; que seus anjos e ele seriam para sempre derrotados. A certeza de que tinha realmente poder e senso de segurança se desvaneceu. Adão e Eva cederam às tentações dele e a posteridade do casal sentiria a força de seus ataques. Eles, porém, não seriam deixados sem um auxiliador. O Filho de Deus viria ao mundo para ser tentado em nosso favor, e, em nosso favor, vencer.

A inimizade entre os seres humanos caídos e Satanás unicamente pode existir se as pessoas se colocarem ao lado de Deus e prestarem obediência à lei de Jeová. Isso lhes confere poder para resistir aos ataques de Satanás. Por meio do sacrifício de Cristo, o ser humano é capacitado a obedecer. [...] O Filho de Deus, revestido da natureza humana e tentado em todos os pontos como nós somos tentados, enfrentou e resistiu aos assaltos do inimigo. Na força dEle, os seres humanos podem obter a vitória, enfrentar o tentador e não ser vencidos por seus ardis e arrogantes ofertas. Ao aceitar Cristo como seu Salvador pessoal, homens e mulheres podem permanecer firmes contra as tentações do inimigo. [...]

Cristo viu o significado dos enganos de Satanás, e até o fim de Seu teste e provação, permaneceu firme em Sua resistência, recusando-Se desviar de Sua lealdade para com Deus. [...]

Da mesma forma com que Satanás tentou a Cristo, ele está hoje tentando cada pessoa. Ele procura manter o ser humano sob seu raciocínio. O Salvador nos adverte a não entrar em combate com ele ou seus agentes. Não devemos enfrentá-lo, a menos que estejamos fundamentados na Palavra de Deus: “Está escrito.” Quanto menos refutarmos os argumentos dos que se opõem a Deus, mais firme será o nosso fundamento. Devemos repetir o mínimo possível as opiniões formadas por Satanás. Que todo aquele que é tentado mantenha o olhar fixo nos princípios que são inteiramente do alto, recordando a promessa: “Porei inimizade entre ti e a mulher” (Gn 3:15) (Review and Herald, 3 de maio de 1906).




O Poder Convincente de Jesus

Quarta, 19 de junho



Muito se maravilhavam da Sua doutrina, porque a Sua palavra era com autoridade. Lucas 4:32

A missão de Jesus foi demonstrada por meio de milagres convincentes. Sua doutrina maravilhou o povo. Ela não consistia do palavreado contraditório dos escribas, cheio de misticismo, sobrecarregado de formas absurdas e exigências destituídas de significado; era, porém, um sistema de verdade que satisfazia as necessidades do coração. Seus ensinos eram simples, claros e abrangentes. As verdades práticas que proferia tinham um poder convincente e prendiam a atenção do povo. Multidões se demoravam ao Seu lado, maravilhadas com a sabedoria dEle. Seu modo de ser estava em harmonia com as grandes verdades que proclamava. Não usava palavras de desculpa ou hesitação, e não havia sombra de dúvida ou incerteza de que Ele pudesse ser outro, exceto quem Se declarava. Ele falava de coisas terrenas e celestiais, humanas e divinas, com firme autoridade; e “estavam as multidões maravilhadas da Sua doutrina; porque Ele as ensinava como quem tem autoridade” (Mt 7:28).

Ele declarou ser o Messias, mas o povo não O recebeu, embora tenha testemunhado Suas obras maravilhosas e se admirado de Sua sabedoria. Ele não satisfez suas expectativas relativas ao Messias. O povo havia sido instruído a esperar pompa e glória no advento de seu Libertador, e a sonhar que sob o poder do “Leão da tribo de Judá” (Ap 5:5) a nação judaica seria exaltada à preeminência entre as nações do mundo. Com tais ideias, não estava preparado para receber o humilde Mestre da Galileia, apesar de Ele ter vindo exatamente como os profetas haviam predito que viria.

Por causa de Sua aparência humilde e despretensiosa, Ele não foi reconhecido como “a Verdade”, a “Luz do mundo”, embora tenha falado como nenhum outro homem jamais falara. Veio desacompanhado de uma comitiva de pompa e glória terrenas. Havia, no entanto, uma majestade em Sua presença que evidenciava Seu caráter divino. Suas maneiras, embora gentis e cativantes, eram dotadas de uma autoridade que inspirava respeito e admiração. Ao Seu comando, a enfermidade deixava o sofredor. O morto ouvia Sua voz e vivia; o sofredor se rejubilava, e o cansado e o sobrecarregado encontravam descanso em Seu compassivo amor. [...]

O coxo, o cego, o paralítico, o leproso e os aflitos com os mais variados tipos de enfermidades achegavam-se a Ele, e Ele os curava. [...] O Céu endossou Suas reivindicações com manifestações poderosas (Review and Herald, 6 de julho de 1911).




Como Raiz de uma Terra Seca

Quinta, 20 de junho



Foi subindo [...] como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-Lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Isaías 53:2

O povo da época de Jesus não podia ver, sob o disfarce da humildade, a glória do Filho de Deus. Ele foi “desprezado e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53:3). Ele era “como raiz de uma terra seca”, sem forma nem formosura, para que O desejassem. [...]

Cristo chegava ao povo na posição em que este se achava. Apresentava a simples verdade perante o espírito deles, na linguagem mais poderosa e singela. O pobre humilde, o mais ignorante podia compreender, mediante a fé nEle, as mais exaltadas verdades. Ninguém precisava consultar os instruídos doutores quanto ao sentido do que Ele dizia. Não embaraçava o ignorante com misteriosos raciocínios, nem usava palavras fora do comum ou eruditas, de que não tivessem conhecimento. O maior Mestre que o mundo já conheceu foi o mais preciso, simples e prático em Suas instruções.

Embora os sacerdotes e rabis se firmassem em sua competência para ensinar o povo, e fizessem frente até mesmo ao Filho de Deus na exposição da doutrina, Ele os declarou ignorantes das Escrituras e do poder de Deus. Não é o conhecimento dos grandes homens do mundo que desvenda os mistérios do plano da redenção. Os sacerdotes e rabis haviam estudado as profecias, mas falharam em descobrir as preciosas provas do advento do Messias, da maneira como viria, de Sua missão e caráter. Os que alegavam ser dignos de confiança devido à sua sabedoria não perceberam que Cristo era o Príncipe da vida.

Os rabis olhavam com suspeita e desdém tudo o que não estava revestido da aparência de sabedoria mundana, exaltação nacional e exclusividade religiosa; mas a missão de Jesus consistia em Se opor a esses males, corrigir tais visões errôneas e operar uma reforma na fé e na moral. Ele chamava a atenção à pureza de vida, à humildade de espírito e à devoção a Deus e à Sua causa, sem esperança de honras mundanas ou recompensas. [...]

Ele Se regozijava em espírito ao ver os pobres deste mundo aceitando ansiosamente a preciosa mensagem trazida por Ele. Elevou os olhos ao céu e disse: “Graças Te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos, e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11:25) (Review and Herald, 3 de agosto de 1911).




Verdadeiras Riquezas

Sexta, 21 de junho



As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. Mateus 8:20

Cristo veio a este mundo viver em perfeita obediência às leis do reino de Deus. Veio elevar e enobrecer os seres humanos, produzindo uma justiça duradoura em seu favor. Veio como um meio pelo qual a verdade pudesse ser transmitida. NEle se encontram todas as excelências necessárias para a perfeição absoluta de caráter. [...]

Cristo abriu mão de Seu elevado comando nas cortes celestiais, e pondo de lado Suas vestes e coroa reais, revestiu da humanidade Sua divindade. Pelo nosso bem, fez-Se pobre de riquezas e vantagens terrenas, para que os seres humanos pudessem ser ricos do peso eterno de glória. Assumiu Seu lugar à frente da família humana, e consentiu sofrer em nosso favor as provações e tentações geradas pelo pecado. Poderia ter vindo com poder e grande glória, escoltado por uma multidão de anjos celestiais. Mas, não. Veio em humildade, de descendência modesta. Foi criado em uma vila desconhecida e desprezada. Viveu uma vida de pobreza e, muitas vezes, sofreu privação e fome. Fez isso para mostrar que as riquezas e altas posições terrenas não elevam o valor do ser humano aos olhos de Deus. De maneira alguma nos incentivou a pensar que as riquezas tornam o ser humano digno da vida eterna. Os membros de igreja que tratam como se fosse indigno de sua atenção um irmão que empobreceu, certamente não aprenderam isso com Cristo. [...]

É a submissão ao pecado que traz grande infelicidade ao coração. Não é a pobreza, mas a desobediência que reduz a esperança da pessoa de ganhar a vida eterna, que o Salvador veio conceder-lhe. As verdadeiras riquezas, a verdadeira paz, o verdadeiro contentamento e a felicidade duradoura são encontrados apenas na submissão completa a Deus, na reconciliação perfeita com a vontade dEle. Cristo veio ao nosso mundo viver em imaculada pureza para, assim, mostrar aos pecadores que em Sua força eles também podem obedecer aos santos preceitos de Deus, às leis de Seu reino. Ele veio engrandecer a lei e dignificá-la por meio de Sua perfeita conformidade com seus princípios. Ele unificou a humanidade e a divindade, para que os seres humanos caídos possam se tornar participantes da natureza divina. [...]

Do Pai foi que Cristo constantemente extraía poder que O capacitava a manter Sua vida livre da mácula ou mancha do pecado (Review and Herald, 4 de julho de 1912).




Não Roube a Deus

Sábado, 22 de junho



Vós Me roubais e dizeis: Em que Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Malaquias 3:8

Você roubaria a Deus? A Bíblia fala sobre isso como se fosse impossível que alguém se arriscasse a fazer tal coisa. “Todavia, vós Me roubais.” [...]

O Senhor viu como seria o mundo quando estivesse repleto de habitantes, e por essa razão fez uma aliança com Seu povo para que Lhe devolvam os dízimos e as ofertas, segundo a ordem que Ele deu. Isso Lhe pertence. Não pertence a nenhum de nós. Deus fez esse acordo com você, para que você possa demonstrar que entende sua dependência e a responsabilidade para com Ele ao devolver a porção dEle. Ao fazer isso, a bênção divina será derramada sobre você. Tudo o que temos pertence ao Senhor e nos foi confiado como administradores Seus. Para que possamos devolver-Lhe, Ele precisa primeiro nos dar. […]

Respiramos porque Deus Se encarrega do maquinário humano. Dia a dia Ele o mantém funcionando perfeitamente, e quer que pensemos no infinito sacrifício que fez por nós no sofrimento dAquele que é igual a Ele – Seu Filho unigênito. Ele consentiu em deixar que Ele viesse a um mundo manchado e arruinado pela maldição do pecado, para estar à frente da humanidade como o Salvador portador e perdoador do pecado. [...]

Cristo declarou que todo poder no Céu e na Terra Lhe foi dado. [...] Ele assumiu Sua posição à frente da humanidade, revestindo a humanidade com a divindade. [...]

Que Deus não permita que alguém de nós fracasse em ganhar a preciosa bênção da vida eterna. Não roube a Deus. Ande honestamente diante dEle. Tudo é dEle. Ele confiou bens aos Seus agentes para o avanço de Sua obra no mundo. Eles devem levar fielmente ao tesouro de Deus o dízimo e, além dele, devem trazer doações e ofertas à medida que a causa necessitar. [...] Deus deseja que entendamos que o Céu foi trazido para perto da Terra. Milhares e milhares de anjos ministram àqueles que serão herdeiros da salvação. [...]

Deus nos leva a sério. Ele espera nossa ajuda para fincar Sua bandeira em lugares que nunca ouviram a verdade. [...] De todas as partes do mundo, ouve-se o pedido de ajuda. Não gaste dinheiro desnecessariamente. Negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga o Mestre. Você jamais será capaz de Lhe dar o tanto que Ele já lhe deu. Ele deu a vida por você. O que você tem dado para Ele? (General Conference Bulletin, 8 de abril de 1901 [extraído do discurso de Ellen White, 6 de abril de 1901]).




Remédio Para os Pobres de Espírito

Domingo, 23 de junho



Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos Céus. Mateus 5:3

Essas palavras de conforto proferidas por Cristo não são dirigidas ao orgulhoso, tampouco ao prepotente e presunçoso, mas àqueles que reconhecem a própria fraqueza e pecaminosidade. Os que choram, os mansos que se sentem indignos do favor de Deus e os que têm fome e sede de justiça; todos estão incluídos no termo “pobre de espírito”. [...]

Os pobres de espírito sentem sua pobreza, sua necessidade da graça de Cristo. Percebem que conhecem pouco a respeito de Deus e de Seu grande amor, e que precisam de luz a fim de conhecer e guardar o caminho do Senhor. Não ousam enfrentar a tentação amparados na própria força, pois sabem que não dispõem de força moral para resistir ao mal. Não encontram prazer em se lembrar de sua vida passada, e têm pouca confiança ao olhar para o futuro, pois são enfermos de coração. Para tais, Cristo diz: “Bem-aventurados os pobres de espírito.” Cristo viu que aqueles que sentem sua pobreza podem ser feitos ricos. [...]

Que grande privilégio se encontra ao alcance dos que sentem a pobreza de seu espírito e se submetem à vontade de Deus! O remédio para a pobreza de espírito se encontra unicamente em Cristo. Ao ser o coração santificado pela graça, ao possuir o cristão a mente de Cristo, ele tem o amor de Cristo – riquezas espirituais mais preciosas do que o ouro de Ofir. Porém, antes que possa existir o intenso desejo pela riqueza contida em Cristo, disponível a todos que sentem sua pobreza, deve existir o senso de necessidade. Quando o coração está repleto de presunção e preocupado com as coisas superficiais da Terra, o Senhor Jesus repreende e disciplina a fim de que a pessoa possa se dar conta de sua verdadeira condição. [...]

Achegue-se a Jesus com fé e sem demora. A provisão dEle é farta e gratuita, Seu amor é abundante, e Ele lhe concederá graça para tomar Seu jugo e levar Seu fardo com alegria. Você pode reivindicar o direito à bênção dEle em virtude de Sua promessa. Pode entrar em Seu reino, que é Sua graça, Seu amor, Sua justiça, Sua paz e alegria no Espírito Santo. Se você se sente na mais profunda necessidade, pode ser suprido com toda a Sua plenitude, pois Cristo disse: “Não vim chamar justos, e sim pecadores” (Mc 2:17). Jesus o chama. “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos Céus” (Signs of the Times, 1º de agosto de 1895).




Ministério de Conforto

Segunda, 24 de junho



Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. Mateus 5:4

O Senhor opera mediante instrumentos humanos e encarrega Seus seguidores do dever de ministrar aos que estão desanimados e aflitos. Há corações ao nosso redor que precisam ser elevados, que precisam dos raios luminosos do Sol da Justiça. O Senhor olha para aqueles que Ele tem confortado e abençoado para iluminar os que estão em trevas e aliviar os que sofrem. Aqueles que receberam luz e paz e alegria não devem ignorar os que choram, mas se achegar a eles com empatia humana e ajudá-los a enxergar o Salvador perdoador de pecados, o Deus misericordioso.

Cristo suportou nossos pesares e carregou nossas aflições, e concederá gozo e alegria àqueles que choram. Meu irmão e minha irmã que sentem os pesares desta Terra, vocês irão trabalhar por Cristo, ajudando os que precisam de sua ajuda? [...]
Os que amam Jesus terão a mente de Cristo e confortarão todos os que choram; aqueles que são pobres, tentados e desanimados eles ajudarão a caminhar à luz da cruz, e não em sombras e trevas. [...]

O Senhor Jesus conferiu ao Seu povo a obra especial de confortar todos os que choram. Cristo está trabalhando por essa classe e convida os seres humanos a se tornarem Seus instrumentos para levar luz e esperança aos que choram em meio a providências aparentemente escuras. [...]

A fornalha ardente pode queimar os servos de Deus, mas com o objetivo de purificá-los de toda escória, e não para serem destruídos e consumidos. [...]

Honramos a Deus ao confiarmos nEle quando tudo parece escuro e sombrio. Que os que estão aflitos olhem para Ele, e falem de Seu poder, e cantem de Sua misericórdia. [...]

Uma bênção foi pronunciada a todos os que choram. Se não existissem pranteadores no mundo, Cristo não teria revelado ao ser humano o caráter paternal de Deus. Os oprimidos pela convicção do pecado conhecerão a bem-aventurança do perdão, e de ter suas transgressões apagadas. Se não houvesse ninguém a chorar, a suficiência da expiação de Cristo pelo pecado não seria compreendida (Signs of the Times, 8 de agosto de 1895).




Mansidão, um Fruto do Espírito

Terça, 25 de junho



Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra. Mateus 5:5

Aqueles que humildemente se achegam a Deus em busca de conforto e paz em meio à provação são agraciados com a bondade de Cristo. Os que aprenderam dEle, que é manso e humilde de coração, expressam compaixão e manifestam bondade para com aqueles que necessitam de consolo, pois podem consolar outros com o consolo com que foram consolados por Deus. [...]

A mansidão é um fruto do Espírito e uma evidência de que somos ramos do Deus vivo. A presença constante da mansidão é uma evidência inequívoca de que somos ramos da Videira Verdadeira, e que produzimos muitos frutos. É uma evidência de que pela fé temos contemplado o Rei em Sua beleza e estamos sendo transformados à semelhança dEle. Onde há mansidão, as tendências naturais estão sob o controle do Espírito Santo. A mansidão não é uma espécie de covardia. É o espírito que Cristo manifestou ao sofrer injúria, ao tolerar ofensas e insultos. Ser manso não é abrir mão de nossos direitos, mas nos manter sob controle diante da provocação de cedermos à raiva ou ao espírito de vingança. A mansidão não permitirá que a paixão tome a dianteira.

Ao ser Cristo acusado pelos sacerdotes e fariseus, manteve-Se sob controle. Assumiu, porém, firme posição de que as acusações eram falsas. Disse-lhes: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo 8:46). [...] Sabia que Sua posição estava correta. Na ocasião em que Paulo e Silas foram açoitados e lançados na prisão sem julgamento ou condenação, não abriram mão do direito de serem tratados como cidadãos honestos. [...]

Em todos os momentos e em todos os lugares o cristão deve ser aquilo que o Senhor planejou que fosse: uma pessoa livre em Cristo Jesus. O dever cumprido no Espírito de Cristo será realizado com prudência santificada. Seremos guiados como que por uma luz celestial ao mantermos ligação vital com Deus. [...] Os que se arrependeram de seus pecados e lançaram o espírito cansado e sobrecarregado aos pés de Cristo, que se submeteram ao Seu jugo e se tornaram Seus colaboradores, serão participantes com Cristo de Seus sofrimentos, como também de Sua natureza divina. [...]

Jesus é o nosso exemplo, e dEle recebemos força e graça para andar em humildade e contrição diante de Deus (Signs of the Times, 22 de agosto de 1895).




Fome de Justiça

Quarta, 26 de junho



Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos. Mateus 5:6

O verdadeiro pão da vida é encontrado unicamente em Cristo. Não serão saciados os que não reconhecem que a fartura da rica graça, o banquete espiritual foi preparado por um preço infinito a fim de satisfazer os que têm fome e sede de justiça.
“Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a Mim jamais terá fome” (Jo 6:35). [...]

Os que têm fome e sede de justiça são cheios do profundo desejo de ser semelhantes a Cristo no caráter, de se assemelhar à Sua imagem, de guardar o caminho do Senhor e fazer justiça e juízo. Devemos sempre cultivar o mais sincero desejo pela justiça de Cristo. Nenhum desejo temporal deve atrair e distrair nossa mente a tal ponto de não experimentarmos a fome de espírito de possuir os atributos de Cristo. [...] Em meio a problemas e aflições, o coração anseia pelo amor e poder de Deus. Há o intenso desejo de certeza, esperança, fé, confiança. Buscamos o perdão, a paz e a justiça de Cristo. [...] Todo aquele que busca o Senhor de todo coração tem fome e sede de justiça. [...]

A fome de espírito será satisfeita quando o coração se esvaziar do orgulho, da vaidade e do egoísmo, pois a fé se apropriará das promessas de Deus, e Cristo preencherá o vazio e habitará no coração. Haverá um cântico novo nos lábios, pois se cumpriu a Palavra: “Dar-vos-ei coração novo” (Ez 36:26). O testemunho do crente será: “Todos nós temos recebido da Sua plenitude e graça sobre graça” (Jo 1:16). [...]

Sem Cristo, os que têm fome e sede de espírito não seriam satisfeitos. Jamais poderia ser apaziguado o sentimento de necessidade, o anseio por algo que não é temporal, que não é maculado com aquilo que é terreno e comum. A mente deve se apegar a algo mais elevado e puro do que qualquer outra coisa que possa ser encontrada neste mundo. [...]

Cristo foi crucificado pelo pecado do mundo, e após Sua ressurreição e ascensão, o mundo inteiro foi convidado a olhar para Ele e viver. Somos aconselhados a contemplar o invisível, a manter diante dos olhos da mente as mais vívidas imagens das realidades eternas, para que ao contemplá-las possamos ser transformados à imagem de Cristo (Signs of the Times, 29 de agosto de 1895).




Os Frutos da Misericórdia

Quinta, 27 de junho



Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Mateus 5:7

É o dever dos filhos de Deus brilhar por Cristo e difundir bênçãos no caminho de seus semelhantes. Não devem dizer: “Aqueça-se e alimente-se”, e nada fazer a fim de atender às necessidades do sofredor. [...]

Somos propriedade adquirida de nosso Senhor, e como Seus agentes humanos, temos o real dever de administrar os suprimentos temporais e espirituais do estoque que Deus nos concedeu. O amor deve ser mantido em constante exercício a fim de inspirar fé em Deus, para que o coração humano possa elevar louvores ao Senhor, e para que os laços dourados do amor possam unir o coração da humanidade. Os que recebem a misericórdia, o favor e a compaixão de Deus devem partilhá-los com outros. [...]

O Filho do Deus infinito é o nosso exemplo. O Céu está repleto de misericórdia a fluir constantemente não apenas a poucos favorecidos, mas para a bênção daqueles que mais necessitam dela, para o benefício daqueles que menos têm alegria e felicidade na vida. [...]

Aos que Deus fez administradores de capacidades e recursos, Ele ordena, para seu próprio bem, que acumulem tesouros no Céu, pois assim como Ele lhes deu liberalmente de Sua abundante misericórdia, devem dar liberalmente a outros. Em vez de viver para si mesmos, Cristo deve viver neles, e Seu Santo Espírito os levará a empregar seus bens com sabedoria, sendo misericordiosos para com os outros assim como Ele é misericordioso para com todos. Pessoa alguma pode ser seguidora de Cristo e viver para si. [...]

À medida que os bens lhes são confiados, devem ser repartidos com outros. Homens e mulheres mais humildes devem empregar os talentos do Senhor reconhecendo que aquilo que lhes foi emprestado deve ser devolvido com juros a Deus. Pode ser que tenhamos apenas um talento, mas se for fielmente consagrado a Deus e empregado em atos de misericórdia em coisas temporais ou espirituais, ministrando assim às necessidades do sofredor, o valor de nosso talento aumentará e será anotado nos registros celestiais de maneira a exceder nossa capacidade de cálculo. Cada ato de misericórdia, cada sacrifício, cada renúncia gerará uma recompensa certa, cem vezes mais hoje, e no mundo por vir, a vida eterna (Signs of the Times, 12 de setembro de 1895).




Os Limpos de Coração

Sexta, 28 de junho



Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. Mateus 5:8

Os limpos de coração verão a Deus. Embora todos devam contemplar Cristo como juiz, os puros e limpos de coração O contemplarão como amigo, pois Jesus disse: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu Pai vos tenho dado a conhecer” (Jo 15:15). Os puros de coração verão a Cristo como um amigo e irmão mais velho. Os que constantemente buscam a Cristo para obter conselho, que oram com sinceridade para receber Seu Santo Espírito, se sentirão angustiados se uma nuvem O ocultar de sua vista.

O mundo cristão de hoje está inclinado a aceitar os sofismas de Satanás em lugar das palavras de Deus. Muitos se separam de Deus por obras de iniquidade, e amam não contemplar Deus ou conservá-Lo em seu conhecimento. Não querem ver Deus, assim como não quis Adão, escondendo-se ao aproximar-Se o Pai celestial. [...]

Devemos olhar para Jesus como a única esperança para a remissão de nossos pecados, pois nEle não há pecado. Ele Se fez pecado por nós, para que pudesse carregar nossa culpa, apresentar-Se diante do Pai como culpado em nosso lugar, para que nós que nEle cremos como nosso Salvador pessoal sejamos, por causa de Seus méritos, considerados limpos da influência contaminadora do pecado. Por meio da justiça imputada de Cristo, somos considerados inocentes. Cristo concedeu a todo ser humano a evidência de que unicamente Ele é capaz de suportar o sofrimento, a aflição e o pecado humanos. Aqueles que têm a Cristo como seu substituto e certeza, lançando seu espírito impotente sobre Cristo, serão capazes de suportar ao contemplar Aquele que é invisível. Pertence-lhes a promessa “bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”.

Ao ser seduzido pelo pecado, não entre em desespero. Não se prolongue e se lamente em desesperada descrença, mas leve seu caso imediatamente a Jesus. [...] Cristo passou pelo terreno em que Adão caiu e redimiu sua humilhante queda. Ele foi aperfeiçoado pelo sofrimento e é capaz de socorrer todos os que são tentados, e apresentar uma forma de escape, para que sejam capazes de resistir à tentação. [...] Ele Se compadece de cada ser humano, pois identifica Seus interesses com os interesses daqueles que veio salvar. Que maravilhoso Sumo Sacerdote é Jesus! Podemos lançar nosso próprio fardo sobre Ele (Signs of the Times, 3 de outubro de 1895).




Harmonia

Sábado, 29 de junho



Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. Mateus 5:9

Os que contemplam vislumbres da perfeição do caráter de Cristo serão imbuídos do anseio de se tornar como Ele. Desejarão ser pacificadores e receber a bênção prometida. [...]

O inimigo de toda justiça está pronto para guiá-lo por um curso que é totalmente oposto ao que o pacificador deve seguir. Ele, que ama a discórdia e a contenda, tentará você a desempenhar uma parte em ligação com ele para instigar o conflito. Ele o levará a enxergar em seu irmão ou irmã algo que é errado e o motivará a contar aos outros, mas Cristo o adverte a ir ter com o irmão e “repreendê-[lo] entre ti e ele só” (Mt 18:15). A qual líder você obedecerá? Não está em conformidade com nosso coração natural tratar de maneira franca e fiel uns com os outros. Parece mais fácil falar da falta do irmão a outra pessoa do que falar somente a ele; mas, unicamente o ouvido dele é que deve ouvir a acusação. [...] Bem-aventurados são aqueles que trabalham em harmonia com Deus, que são colaboradores de Cristo. A graça comunicada pelo Espírito de Deus é uma fonte de vida para o ser e refrescará todos os que entrarem em contato com o pacificador. [...]

É importante considerar que o espírito que cultivamos agora, as obras que realizamos agora testificarão da aptidão ou inaptidão para a vida futura. Estamos agora sob julgamento e será avaliado se cumpriremos ou não a oração do Senhor e se faremos a vontade de Deus na Terra assim como é feita no Céu. Os que levam avante os planos de Satanás e magoam e ferem seus semelhantes com seu comportamento provam que não são filhos de Cristo. [...]

É melhor que cada um de nós faça o que é certo porque é certo, e assim criemos uma atmosfera de paz ao nosso redor. Não seremos, dessa forma, arregimentados para o lado dos agentes humanos de Satanás, influenciados por seu espírito, repetindo suas palavras de acusação e reprovação contra aqueles que estão buscando ser obedientes aos mandamentos do Senhor. Não nos ligaremos ao adversário das pessoas, ajudando-o a incitar suspeita e discórdia, fazendo com que pessoas que amam a Deus sejam tentadas a cometer o mal (Signs of the Times, 10 de outubro de 1895).




Procure a Paz

Domingo, 30 de junho



Bem-aventurado o homem cuja força está em Ti. Salmo 84:5

“Bem-aventurados os pacificadores” (Mt 5:9). [...] Quantos estão verdadeiramente desejosos de ser abençoados, que não apenas ouvem, mas praticam as palavras de Cristo? Aqueles que não se apoiam em si mesmos, mas depositam sua confiança em um poder fora e acima de si, serão capacitados a se tornar praticantes das palavras de Cristo. [...]

“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça” (Mt 5:10) (não por causa de seu espírito grosseiro e rude que os leva a incitar a discórdia e dissenção, mas “por causa da justiça”). Justos são aqueles que anseiam a paz, buscando-a a qualquer custo, exceto pelo sacrifício de princípios. Não podem sacrificar a verdade, apesar de seu apego a ela lhes custar aflição, reprovação, sofrimento e até mesmo a morte. “Porque deles é o reino dos Céus” (Mt 5:10). Os que são perseguidos por causa da justiça colocam os mandamentos de Deus em primeiro lugar em sua vida, e não permitem que posição humana, proposta de recompensa e promessa de honra alguma causem separação entre eles e seu Deus. Não podem ser induzidos a negar a Cristo e a trair Sua causa. As ricas promessas de Deus encontram morada em sua memória, pois, quando o inimigo vier como uma inundação, o Espírito do Senhor erguerá uma barreira contra ele. O Espírito Santo abre ao entendimento as preciosidades das Escrituras.

A própria igreja necessita se converter para que os membros possam se tornar condutos de luz, possam ser abençoados e ser uma bênção. Uma vaga dependência da misericórdia de Deus não obterá para nós acesso ao trono da graça ou atrairá a bênção de Deus o Pai que Ele proporciona àqueles que fazem Sua vontade. A fé deve se centralizar na Palavra de Deus, que é espírito e vida. Cada página da Palavra Sagrada é iluminada com os raios do Sol da Justiça.

A Palavra de Deus é o apoio do aflito, o conforto do perseguido. O próprio Deus fala ao coração crente e confiante, pois o Espírito de Deus está em Sua Palavra, e uma bênção especial será recebida por aqueles que aceitarem as palavras de Deus ao serem iluminadas na mente pelo Espírito Santo. É dessa forma que o crente se alimenta de Cristo, o Pão da Vida. A verdade é vista sob nova luz, e o coração se regozija como se estivesse na presença visível de Cristo (Signs of the Times, 10 de outubro de 1895).