sábado, 15 de setembro de 2012

Meditação da Mulher / 15 a 30 de setembro

Meditação da Mulher
 
 

15 de setembro sábado

Mal posso esperar!

O Senhor lhe apareceu no passado, dizendo: “Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atraí.” Jeremias 31:3, NVI

Nossos primeiros netos foram os filhos de nossa filha Heidi e de seu esposo, Dan. Passamos pelas “primeiras vezes” que os avós novatos experimentam, arranjando um tempinho, sempre que possível, para ir à casa do pequenino Ryan a fim de ver que coisas novas e interessantes nosso neto primogênito havia aprendido. Então, com o passar do tempo, Ryan foi abençoado com uma irmãzinha e um irmão caçula – Heather e Eric. Seria aquele o número total de nossos netos? Só nos restava esperar para ver.

Então, após uma seca de 11 anos no cenário, recebemos a emocionante notícia de que nosso filho, Todd, e sua esposa, Leesa, fariam um acréscimo à nossa bendita antologia de netos. Seria uma menina ou um garoto? Então Leesa passou por um exame de ultrassom e voltou para casa com a notícia de que enriqueceria a família com o neto número três – Clay.

Fico muito feliz por morar perto de nossos netos e poder vê-los com frequência. Enquanto escrevo este devocional, Clay, aos 7 anos, é aluno da segunda série, e nós aprendemos a apreciar imensamente a companhia um do outro. Recentemente, num dia em que eu levava Clay para casa após a aula de natação, ele estava num estado de espírito particularmente amoroso.

E justo quando eu achava que ele cairia no sono, deitado no banco traseiro, ouvi sua voz sonolenta dizer: “Vovó, mal posso esperar para que estejamos juntos de novo!” Acho que nunca ouvi palavras mais doces! Voltei para casa e contei ao avô de Clay sobre aquela frase de valor inestimável, e ele concordou com a ideia de que eu havia desfrutado um momento muito terno com aquele que, tudo indica, é o último dos nossos netos.

Ardis Stenbakken, a compiladora destes livros devocionais para mulheres, havia solicitado que eu escrevesse um devocional, mas fiquei confusa. Não sabia sobre o que escrever. E quando Clay me presenteou com suas doces palavras, eu soube que ele me havia dado a razão para escrever. Quase pude ouvir meu Pai celestial dizendo para mim: “Mal posso esperar para que estejamos juntos de novo!” E são esses os meus pensamentos quando me lembro dEle e do meu neto, porque anseio com expectativa passar a eternidade com eles!

Rose Otis

16 de setembro domingo

Provas e mentiras

Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia! 1 Coríntios 10:1, 2, NVI

Aos 12 anos de idade, tomei a decisão de entregar minha vida a Deus, e fui batizada. Foi num belo dia de verão, e o batismo ocorreu ao ar livre, num pitoresco lago finlandês. Minha melhor amiga, a filha do pastor, e eu entramos na água juntas, numa longa fila de candidatos ao batismo. Eu transbordava de alegria ao seguir as pegadas de Jesus.

Minha amiga e eu, com frequência, dormíamos na casa uma da outra. Estávamos na mesma série da escola pública e todos sabiam que éramos cristãs.

Tínhamos uma professora muito exigente, de gramática e língua. Ela apavorava todos os alunos. Perto do fim do semestre, teríamos uma grande prova na segunda-feira de manhã. A professora nos avisou que devíamos levar lápis e papel para a prova, e que não haveria misericórdia se deixássemos de fazê-lo.

Naquele domingo, dormi na casa da minha amiga. Nós nos divertimos muito. Na segunda-feira de manhã, em nossa correria para chegar à escola em tempo, nos esquecemos de que era necessário levar papel e lápis. Quando a professora viu que não tínhamos nada, dissemos que nossos pais não estavam em casa e que não nos fora possível adquirir papel e lápis para a prova. Ela fez mais algumas perguntas e nós inventamos algumas outras “mentiras brancas”.

As provas foram, posteriormente, devolvidas a nós e nada mais se disse, mas as minhas orações à noite pareciam hipócritas e minha consciência me incomodava. Sofri durante o verão inteiro, até que finalmente reuni coragem e escrevi um cartão para a professora, confessando toda a história. Agora, com a consciência tranquila, me esqueci do incidente. Quando as aulas começaram e voltei para a escola, a professora me “encurralou” e quis saber se meus pais me haviam ordenado que escrevesse o cartão. Contei que meus pais não sabiam nada a respeito. Eu esperei que ela me elogiasse por ter-me explicado, mas ela simplesmente me olhou e aceitou a resposta.

Esse incidente me ensinou uma lição para a vida toda. A honestidade é a melhor prática. Espera-se que seja, simplesmente, um modo de vida para os filhos de Deus, nada extraordinariamente digno de louvor. E a jornada de fé deve ser um compromisso diário com a vigilância; caso contrário, acharemos que a vida espiritual é algo automático e cairemos.

Sinikka Dixon

17 de setembro segunda

O que eu sei

Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões – pela graça vocês são salvos. Efésios 2:4, 5, NVI

Dizem que você deve escrever a respeito daquilo que você sabe. Então me perguntei: “O que é que eu sei?” Eu sei que, quando deixo o leite sobre o balcão pela manhã, e volto do trabalho nove horas depois, ele estará azedo. Sei que, se deixar de pagar uma conta no dia do vencimento, certamente receberei a cobrança. Também sei, sem sombra de dúvida, que devo pagar os impostos cada ano, para evitar a visita de um funcionário da Receita Federal. Sei que a cada ano fico mais velha, mais baixa, mais esquecida e mais lerda. Sei todas essas coisas e muitas outras.

Por outro lado, há milhões de coisas que não sei e que provavelmente nunca saberei, até que Jesus volte. Mas uma coisa engraçada que acabo de aprender é que, se você estiver sentada e girar seu pé direito no sentido horário, e depois fizer o número seis no ar, com a mão direita, seu pé direito vai automaticamente mudar de direção. Estranho, mas é verdade.

Deixe-me contar algumas outras coisas que sei com certeza. Sei que Jesus Cristo me ama. Sei isso por causa do que a Bíblia diz. Deus é amor e estará comigo (2 Coríntios 13:11). Deus me ama embora eu ainda seja pecadora (Efésios 2:4, 5). Nada me pode separar do amor de Deus (Romanos 8:35, 38, 39). Deus me conhecia antes que eu nascesse, enquanto eu ainda estava sendo tecida no ventre de minha mãe (Salmo 139:13). Deus deu Seu Filho único para que eu pudesse viver para sempre com Ele (João 3:16). A soberania de Deus limita minhas crises e dá sentido aos meus problemas (Jó 1:12; 2:6). Deus me consola em minhas provações e não necessariamente me livra delas (2 Coríntios 1:4). Deus diz em Sua palavra: “Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês [...], planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro” (Jeremias 29:11, NVI). E: “O Senhor é o meu auxílio” (Hebreus 13:6).

Depois de ler essas afirmações bíblicas, você se sentiu animada? Você apenas leu as palavras ou as absorveu? Assim, você vê que todas “sabemos” alguma coisa. Mas o melhor é saber que Jesus a ama, que Ele morreu por você, lhe dá o perdão e voltará em breve para buscá-la – e a mim também!

Cathy Evenson Roberts


18 de setembro terça

Os dois vestidinhos

O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês. Filipenses 4:19, NVI

Meu escritório fica perto da extremidade da cidade, onde se concentram as lojinhas de artigos baratos. Umas oito delas se amontoam, enfileiradas, como se procurassem aconchego e consolo uma da outra, quase constrangidas em mostrar sua fachada entre as lojas de mais classe, lojas “de verdade”.

Sou mais pobre do que orgulhosa, e gosto de perambular por essas lojas, em busca de algumas surpresas. Mas deve ter sido Deus quem me encaminhou para a porta da segunda dessas lojinhas num dia de abril.

Encontrei dois livros que procurava fazia muito tempo. Depois, olhando na direção do fundo da loja, vi dois vestidos floridos para meninas, que combinavam entre si, pendurados na parede. Eu poderia facilmente ter ido embora sem dar uma segunda olhada, porque precisava voltar ao escritório, mas o casamento da nossa filha se aproximava e nosso orçamento era muito apertado. Eu estava costurando seu vestido, mas não tinha tempo de sobra para fazer os vestidos das daminhas, e não sabíamos o que fazer.

Algo – Alguém – me sussurrou ao coração que eu devia olhar melhor aqueles vestidos na parede dos fundos. Vi que a cor predominante era vinho, uma das cores que Bethany escolhera para o casamento, e as saias tinham estilo semelhante ao do vestido da noiva, com camadas de tule fino sobre uma seda marfim. Parecia que nunca haviam sido usados, e custavam um quinto do preço dos vestidos mais baratos que tínhamos visto. Os tamanhos eram para uma menina de 11 e uma de 7 anos. Eu sabia que a menina mais velha, Asha, tinha quase 11 anos, mas não conhecia a menina menor, Alex. Minha ideia era que tivesse uns 4 ou 5 anos. Tentei ligar para minha filha, mas seu celular estava desligado. Então, orei e comprei os vestidos.

Naquela noite, mostrei a Bethany os vestidos, através da câmera do meu laptop. A menina mais nova tinha 7 anos. Não encontramos nenhum outro vestido que fosse mais perfeito para o casamento. Uma noiva os havia comprado; depois se inspirou a mudar de ideia e a levá-los para a lojinha de artigos baratos. Uma funcionária foi inspirada a pendurar os vestidos juntos, contra a parede do fundo, e eu fui inspirada a entrar e olhar ao redor. Outro milagre “da água para o vinho” no casamento da nossa filha.

Karen Holford

19 de setembro quarta

Alvorada

Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração. 2 Pedro 1:19

O nascer do sol! Deus Se importa! Estávamos sentados na varanda da frente da casa, meu esposo, Joe, e eu. Moramos em Serra Leoa. De nossa bela casa se descortina o vasto oceano à esquerda. À frente, correntes de água fluem por um vale profundo e, acima dele, uma queda d´água jorra durante a estação chuvosa. Lindas colinas verdes com uma cobertura de nuvens brancas nos saúdam à direita. A brisa gentil nos acariciava com ar puro o rosto sorridente. Joe e eu prorrompemos em canção toda manhã, ao recebermos no coração e em nosso lar o Rei dos reis.

Mais tarde, indo de carro para o trabalho, a cidade toda parece iluminada com a luz de Deus, o Sol. Os raios resplandecentes nos fazem lembrar do brilho que Deus põe em nossos olhos, para iluminar o rosto e reabastecer nosso tanque espiritual. Temos esperança de que o dia seja cheio de vida, e, sejam quais forem os desafios que enfrentarmos no trabalho, teremos a segura palavra da profecia. Ele nos diz que, se a atendermos, brilharemos para Jesus como luz que brilha em lugar tenebroso. Nosso Deus é o sempre presente decorador de interiores da Terra; Ele oferece beleza para nossa apreciação, e o sol nascente é um lembrete constante de Sua presença. Quando O conhecemos, vemos na alvorada a Estrela da Manhã brilhando em nosso coração.

Jesus, com frequência, ia a lugares bonitos para orar. Muitas vezes, mandava as multidões para ambientes naturais, onde podiam tocar flores, observar rios fluindo e ver a paisagem do alto dos montes. A noite do mundo já quase se foi, e o dia está chegando. Deve ser o romper da manhã. Mas, antes que o dia desponte, Deus ainda tem outro lembrete de Seu amor por nós. O sol se põe; belas aves brancas, com um longo e estreito bico, retornam para a casa de onde partiram pela manhã. A quietude da paisagem nos permite ouvir o bater de suas asas, enquanto voam acima da nossa cabeça. Elas também conhecem seu Mestre, e vão dormir até o outro alvorecer. Apreciamos Sua beleza, mas, principalmente, ansiamos pelo dia em que Ele nos levará para nosso lar definitivo. Até lá, que a Estrela da Alva nasça em nosso coração a cada amanhecer!

Beryl Aseno Nyamwange

20 de setembro quinta

Alguém a observa

Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons. Provérbios 15:3

Logo depois de sua aposentadoria como diretor do Laboratório de Saúde Pública em Hamilton, Ontário, Canadá, meu esposo aceitou uma incumbência como palestrante para alunos do curso de pré-medicina da Universidade da Guiana, na América do Sul.

Sabendo que ele ficaria fora por duas semanas, animadamente tomei providências para que um pedreiro trocasse o piso da cozinha, do banheiro dos hóspedes e do corredor. Eu trabalhava fora o dia todo, e o pedreiro tinha um emprego em tempo integral, de modo que planejamos fazer o trabalho nos fins de tarde.

Algumas vezes, o trabalho continuava noite adentro. Mas o pedreiro trouxe dois ajudantes e o trabalho progrediu bem. A limpeza foi feita na noite anterior ao retorno do meu esposo para casa.

Os homens, que eram membros da minha igreja, regozijaram-se comigo. Fiquei tão feliz com minha planejada surpresa para meu marido que decidi visitar a vizinha da frente, convidando-a para ver o que havia sido realizado durante a ausência do meu esposo.

Quando me aproximei da casa dela, a vi atravessando a rua para me encontrar. Antes que eu lhe dissesse por que vinha falar com ela, ela exclamou: “Pauline, notei que havia homens na sua casa todas as noites!” É claro que ela sabia que meu esposo tinha viajado e, como é natural, questionava por que eu recebia homens todas as noites.

Fiquei feliz em responder: “Marie, vim convidá-la para ver o que fiz em casa durante a ausência do meu marido.” Quando ela descobriu a razão pela qual havia homens na minha casa cada noite, deu um suspiro de alívio. Agora ela sabia que eu não me comportaria de forma que ofendesse meu esposo.

Esse incidente me fez entender que nunca sabemos quem nos observa e, ao mesmo tempo, julga nossa conduta. Dei graças a Deus por não ter dado à vizinha nenhum motivo para duvidar de minha fidelidade para com meu cônjuge.

Os versos bíblicos que me animaram naquele dia foram: “Eu o instruirei e o ensinarei no caminho que você deve seguir; Eu o aconselharei e cuidarei de você” (Provérbios 32:8), e também: “Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos dAquele a quem havemos de prestar contas” (Hebreus 4:13, NVI).

Pauline Belle

21 de setembro sexta

Cheiro de limpeza

Tira de mim o meu pecado, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve. Salmo 51:7, NTLH

Na primeira vez em que vi Ramesh, ele ia mancando por uma estrada poeirenta que cortava uma vila no sul da Índia. Ele tentava acompanhar as outras crianças que corriam na direção do nosso carro. Por alguma razão, aquele menino me intrigou.

Uma das coisas mais maravilhosas ao visitar as vilas indianas são as crianças, e aquela vila não foi exceção. Elas rapidamente cercaram o carro, e eu precisei abrir cuidadosamente a porta. Imediatamente, as mãos das crianças se estenderam para me tocar. Elas sorriam e ecoavam meu “Olá”, “Olá”, enquanto me apertavam a mão. Que maravilhosa comissão de recepção!

Olhei para as crianças, procurando o menino que eu vira mancando pelo caminho. Não o encontrei em lugar nenhum. Olhei para a estrada, mas ele não estava lá. Então senti um toque suave no braço e olhei para baixo, para o rosto sorridente e os olhos brilhantes de Ramesh. Tudo o que pude fazer foi abraçá-lo. Ele cheirava a urina, sujeira e suor, mas não me importei. Aquele garoto me havia roubado o coração.

Cada vez que eu visitava a vila, Ramesh corria até o carro e caminhávamos juntos. Tornamo-nos amigos rapidamente. Eu andava um pouco mais devagar, a propósito, e ele ia mancando tão rapidamente quanto podia. Ramesh havia tido pólio, mas isso não tinha lhe afetado a atitude nem a determinação.

Um ano depois, retornei à vila. Eu pensava em Ramesh com frequência, e contei sua história para outras pessoas. Assim que o carro parou, esforcei-me para ver se o avistava. Como fiquei feliz ao vê-lo correndo na direção do carro. Sim, ele ainda mancava, mas, por algum motivo, seus passos pareciam mais leves e rápidos. Ramesh tinha o mesmo sorriso maravilhoso e seus olhos brilhavam enquanto me contou que havia sido batizado. Em meio a lágrimas, murmurei uma oração de agradecimento a Deus. Então me adiantei e o abracei. Mas dessa vez, quando o abracei, ele tinha cheiro de limpeza.

O cheiro de limpeza me fez lembrar de que Deus nos recebe, imundos e infelizes pecadores, e nos limpa, tornando nosso coração pecaminoso mais branco do que a neve. Espero que, ao me abraçar, Deus também sinta cheiro de limpeza.

Candy Zook

22 de setembro sábado

Ônibus errado

Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Tiago 1:5, NVI

Após um longo dia de viagem, eu queria chegar à minha casa. Um ônibus do aeroporto me levaria 145 quilômetros mais perto do meu destino.

A partir daquele ponto, eu dirigiria mais 55 quilômetros até minha casa. Havia sido um dia de frustrações no aeroporto: perdi o voo, fiquei em pé em várias filas longas e, por fim, meu voo foi cancelado.

“É melhor correr se você quiser pegar aquele ônibus!” disse o porteiro quando entrei no terminal dos ônibus. Perguntei-lhe qual deles me levaria a South Bend. “Direto em frente”, respondeu ele.

Embarquei no ônibus à minha frente e disse ao motorista que estava indo para South Bend. Ele respondeu que o ônibus pararia em Portage, e que acreditava que o ônibus atrás dele me levaria ao meu destino. Corri para o outro ônibus. O motorista ainda não havia entrado, então perguntei a uma passageira para onde ela ia. “Michigan City”, respondeu ela. Para mim, estava bom. O ônibus para South Bend geralmente parava em Michigan City.

Mental e fisicamente cansada, me surpreendi um pouco quando o motorista não passou para recolher ou vender as passagens. Mesmo assim, estávamos a caminho e logo chegamos à última estação de venda de passagens para South Bend. “Senhoras e senhores, esta é nossa última estação de conexões. As duas paradas seguintes serão Portage e depois Michigan City. Mas, e South Bend? Entendi que precisava falar com o motorista.

“Quando foi que a senhora embarcou neste ônibus? A senhora tem a passagem?” Depois de garantir ao motorista que eu não havia entrado propositalmente como clandestina no seu ônibus, comprei o bilhete e aguardei o ônibus seguinte, que me levaria ao meu destino.

No aeroporto, eu estava com tanta pressa de embarcar no ônibus que não me informara corretamente sobre qual deles tomar. Também confiei numa informação limitada e não consultei a fonte correta. É confortador saber que quando Deus nos dá orientações, Ele é a fonte confiável; Ele é a fonte de toda sabedoria. Eu precisaria ter-me acalmado, feito as perguntas certas e conferido as informações antes de agir. Compete-nos ouvir, conferir e depois ter certeza de que estamos no caminho certo, por Sua graça.

Faith-Ann McGarrell

23 de setembro domingo

A generosidade de Deus

Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento. Provérbios 3:5, NVI

Nosso grupo de estudos bíblicos de mulheres estava estudando o livro The Organic God [O Deus Orgânico], de Margaret Feinberg. Tínhamos acabado o capítulo sobre a impactante generosidade de Deus. Aprendemos que Deus Se alegra quando nós também damos liberalmente, e a autora conta sobre a abundante generosidade que Deus derrama sobre nós o tempo todo.

Na semana seguinte, houve um bazar no conjunto residencial para aposentados onde moro. Minha amiga Diane estaria vendendo cartões feitos à mão e outros objetos. Charla, uma amiga dela com quem dividia seu espaço, vendia belos álbuns tipo sanfona para fotos, em miniatura. Ela os havia feito especificamente para vender e arrecadar fundos para a viagem missionária do seu neto, e me contaram que ela havia orado para que Deus a ajudasse a vendê-los. Ela pedia 15 dólares por unidade, mas ninguém estava comprando.

Enquanto eu estava parada ali, admirando os sofisticados detalhes daqueles álbuns, imaginei como poderia utilizar um. Finalmente, decidi comprar apenas um para ajudá-la. Ela vibrou! Anunciou que eu fui a resposta às suas orações. Percebendo o que a venda tinha representado para ela, decidi comprar mais um.

Eu não havia levado dinheiro, e assim, enquanto Diane ia comigo até meu apartamento para buscá-lo, ela explicou que Charla estava desanimada e se perguntava por que Deus não lhe respondia às orações. Diane lhe havia dito que não desistisse, e dentro de cinco minutos eu aparecera e fizera as compras. Ouvi, e pensei em quantas vezes ajudo os jovens em suas viagens missionárias. Por que não ajudar este? Então, acrescentei 50 dólares ao cheque, enviei-o por intermédio de Diane e disse: “Diga a Charla que não chore.”

Tenho certeza de que houve lágrimas de alegria e gratidão. Alguns dias depois, recebi um lindo cartão de agradecimento e a notícia de que o neto pôde fazer sua viagem missionária. Deus havia respondido às orações dela!

O simples ato de partilhar os recursos de Deus me fez perceber Sua enorme generosidade. Esse tipo de dádiva funciona num círculo de amor. Deus dá e dá e torna a dar. E quem recebe a maior bênção? Todos no círculo. Por isso, Deus nos disse que mais bem-aventurado é dar que receber.

Mary Paulson-Lauda

24 de setembro segunda

Portas

Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo. Apocalipse 3:20, NVI

Alguma vez você já notou como algo pode sair das laterais de sua atenção para ocupar o lugar principal quando você está precisando? Foi o que aconteceu quando precisamos substituir a porta da frente de nossa casa.

Não estou dizendo que as portas não nos rodeavam antes. Usamos maçanetas em casa, em escritórios, nos restaurantes e em outros incontáveis lugares, para entrar e sair, mas então, de repente, aonde quer que fôssemos, notávamos as portas. Antes disso, se elas estivessem abertas, simplesmente passávamos por elas, mal parando para observar sua apresentação, cor, dimensões, material ou qualquer outra característica. Eram, simplesmente, um caminho por onde passar. Agora, ao pesquisarmos o mercado em busca de uma porta nova, tudo assumia um novo significado. A maçaneta para abrir a porta, a maneira de fixá-la no seu lugar, se abria para dentro ou para fora, cada coisa era algo a observar.

Também havia considerações importantes: portas duplas versus portas simples, portas vendidas em antiquários, portas francesas, portas de vidro, portas de madeira nobre, de acrílico, pré-fabricadas versus portas feitas por encomenda. Tantos tipos! Algumas pareciam ser feitas para a entrada de um castelo. Para complicar ainda mais as coisas, sendo que as portas de que precisávamos eram as da frente, exigia-se uma licença e inspeção relacionadas com o código de segurança contra furacões. Quem poderia saber?

Uma porta proporciona proteção e segurança para aqueles que estão dentro de um recinto, em relação ao mundo do lado de fora. Uma porta separa e divide. Seu propósito é controlar o acesso. Então, como é que se entra por ela? É possível usar a força – arrombá-la. Usar uma chave para destrancá-la e entrar é outra opção. E, naturalmente, alguém pode abri-la e convidar você para entrar e ser bem recebida. Gosto da disposição de Jesus de ficar à porta do nosso coração e bater. Ele espera que Lhe permitamos entrar em nosso coração – sem forçar, mas batendo com perseverança. Que nós O atendamos e O recebamos hoje!

Querido Senhor, hoje abro a porta e Te recebo no coração – para que ele seja Tua morada.

Maxine Williams Allen

25 de setembro terça

Livre do cativeiro

Vocês Me procurarão e Me acharão quando Me procurarem de todo o coração. Jeremias 29:13 NVI

A letra de um hino diz: “Vou contar-vos o que penso de meu Mestre, como dEle recebi a luz e a paz; Ele mudou-me, eu bem sei, completamente; só Jesus a minha alma satisfaz.” Se você é cristã, reconhece que essas palavras exemplificam o relacionamento que uma pessoa convertida tem com Deus. A conversão, porém, não é uma experiência instantânea. Saulo não se tornou Paulo de repente, na estrada de Damasco. Os discípulos tiveram que estar na presença de Jesus antes de poder compreender e receber o Espírito Santo.

Não sei dizer quando senti a primeira inclinação religiosa na vida, mas me lembro da minha primeira comunhão, quando tinha 6 anos de idade. Eu estava toda vestida de branco: usava vestido e véu brancos, meias e sapatos brancos e levava um rosário e uma Bíblia brancos. Lembro-me de ter sentido como se estivesse me casando com Jesus. Sabia eu realmente quem era Jesus? Infelizmente, não! O amor de Jesus nunca me foi ensinado; eu ouvia só condenação. Acreditava que precisava ser uma boa menina e não pecar – tudo por minha conta.

Não entendia como o pecado podia levar alguém, numa espiral, para as profundezas do desespero. Mas me lembro, sim, de quando me tornei cativa de um pecado particular. Quando eu tinha 21 anos, fiz algo que me removeu do status de “boa menina”. Acreditei que estava manchada para o resto da vida. Envergonhada demais, virei as costas para Jesus e continuei procurando o amor em todos os lugares errados. O Espírito Santo precisou me conduzir a um ponto em que eu estivesse pronta para aceitar a verdade do amor de Deus.
Eu precisava ser ensinada a respeito de Sua compaixão, Seu perdão, Sua misericórdia e graça. Eu necessitava de conversão!

Se você me perguntasse quando assumi a minha posição ao lado de Jesus e fui batizada, posso dizer onde, quando e como. Mas, se você me perguntasse quando me converti e me tornei cristã, não sei expressar em que momento ocorreu. Só posso testemunhar que em algum ponto, ao longo da minha jornada na vida, eu O busquei e O encontrei mediante o poder do Espírito Santo e, ao fazê-lo, encontrei paz. Encontrei perdão. Encontrei cura. Encontrei o verdadeiro amor. Sim! Saí do cativeiro e entrei na gloriosa luz de Jesus Cristo. A boa notícia é que você também pode! Vamos cantar juntas!

Evelyn Gertrude Greenwade Boltwood

26 de setembro quarta

A história da cascavel

Maldita é você entre todos os rebanhos domésticos e entre todos os animais selvagens! Sobre o seu ventre você rastejará, e pó
comerá todos os dias da sua vida. Gênesis 3:14, NVI

Durante algum tempo, quando minha irmã Jane e eu estávamos no ensino médio, moramos com nossos avós numa antiga casa de fazenda. Ainda sinto o gosto do mingau de aveia que vovô preparava para nós todas as manhãs. Mas era a vovó que colocava uma deliciosa refeição quente sobre a mesa, antes de sairmos com o ônibus escolar. Certo dia voltei para casa, entrei pela porta da frente, deixei os livros sobre o sofá, passei pela cozinha, saí pela porta dos fundos e fui à latrina do lado de fora. Considerando os animais rastejantes que podiam estar escondidos ali, entrei e saí rapidamente.

Então eu vi algo estendido, atravessado na metade do caminho. Como era algo que estava perto da sucata que vovô colecionava, achei que podia ser algum tipo de ferramenta de ferro. Ou um galho de árvore caído. Ou, quem sabe, o poste que segurava o varal da vovó. Então percebi: tinha olhos e estava olhando para mim – uma cobra! Não moveu um músculo, e me convenci de que devia estar morta. Meus joelhos enfraqueceram e senti um pouco de náusea.

Fui para a cozinha e vi que tinham começado a refeição sem mim. Sabendo que era deselegante interromper, hesitantemente perguntei: “Vovô, o senhor matou uma cobra hoje?”

Jane disse: “Não fique falando essas coisas quando estou tentando comer.” Mas eu sabia que, se ela tivesse visto aquilo, também teria dito algo. Vovô foi ao armário ao pé da escada, pegou a arma e verificou se estava em ordem. Eu disse: “Vou mostrar onde está.” Mas ele balançou a cabeça. “Só diga.” Inútil dizer. A cobra havia se movido, mas meu avô, sem duvidar da minha palavra, se pôs no meio da pilha de ferro-velho, prestando atenção, até perceber um movimento, e então explodiu a serpente. Era uma cascavel – com dois metros e meio de comprimento, e 18 guizos na cauda.

Vovô já faleceu, mas sempre sinto algo especial ao compreender que ele arriscou a vida por nós, por mim. Lembro-me de Alguém que não só arriscou a vida pelos outros, mas a entregou livremente. A morte, porém, não conseguiu segurá-Lo. Ele ressurgiu e voltou para Seu lar. Mas prometeu vir outra vez, sobre nuvens de glória, para poder nos levar com Ele. Quero estar pronta quando Jesus vier. E você?

Carol Wiggins Gigante

27 de setembro quinta

Bonança antes da tempestade

Dando graças constantemente a Deus pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Efésios 5:20, NVI

Era grande minha expectativa de assistir à reunião na América do Sul. O convite para fazer uma apresentação me fora estendido quase dois anos antes do evento científico, e eu estava eufórica pela perspectiva de ver colegas e amigos depois de mais de 30 anos. Fiz um preparo diligente: pesquisas adequadas sobre o assunto, junto com nosso próprio trabalho no cenário nacional. Minha ex-aluna e protegida, como é costume, ajudou-me a desenvolver uma ótima seleção de material pertinente em PowerPoint. Li um pouco sobre a história e a situação corrente (econômica, política e cultural) do país a ser visitado, e fiz a lista de pessoas que esperava ver nesse encontro.

O dia da viagem começou um pouco nublado, com pancadas de chuva, mas ficou limpo bem no horário da decolagem, com um voo sem novidades – na minha opinião, o melhor – até o país de destino. Na chegada, eu e outros delegados fomos recebidos pelos colaboradores do congresso (cientistas, profissionais, estudantes de medicina), fizemos um tour pela cidade, com parada para lanche, e depois fomos levados ao hotel, que tinha ótimas acomodações. Afinal, era o local do congresso. As coisas estavam marchando bem.

Os quatro dias seguintes foram cheios de atividades do encontro, com uma brilhante e impressiva cerimônia de abertura, numerosas reuniões e apresentações, almoços com professores universitários e visitas a locais de interesse, como jardins botânicos, e um desfile municipal. Nós, delegados, éramos o alvo de todo tipo de atenção, e fomos cumulados com vários souvenirs do evento. Na verdade, foi uma experiência notável e totalmente satisfatória, tanto sob o aspecto cultural quanto científico. Voltei para casa com boa saúde e muito satisfeita com tudo o que havia ocorrido.

Até aí, tudo bem. Então, sem aviso, uma enfermidade levantou sua cabeça indesejável, forçando-me a ser hospitalizada em duas ocasiões diferentes em menos de um mês. Enquanto me retorcia de dor e me sentia totalmente aflita, ponderei que, se tivesse que adoecer, era muito melhor estar em casa para ter o apoio da família e estar perto do meu médico particular, e não em outro país. A calma anterior me ajudou a enfrentar a tormenta, e por isso me sinto agradecida. Sou levada a dizer, como o apóstolo Paulo: “Em tudo dai graças.”

Marion V. Clarke Martin

28 de setembro sexta

Semeadura feita por avioneta

E será que, antes que clamem, Eu responderei; estando eles ainda falando, Eu os ouvirei. Isaías 65:24

Alguns anos atrás, fizemos algo um pouco diferente na fazenda. Em vez de passar aqueles costumeiros dias preparando o solo, plantando e esperando que a chuva se atrasasse um pouco, espalhamos as sementes do trigo de inverno com uma avioneta. Quando meu esposo encomendou o serviço, disseram que não era possível dar uma data exata.

Cerca de uma semana mais tarde, nossa filha e sua amiga passaram para nos visitar. Nossa sobrinha e seus dois filhos pequenos também nos visitavam. Estávamos todos no quintal, apreciando o belo clima de outono, quando ouvimos um ronco abafado à distância. Meu esposo observou que, provavelmente, fosse nosso trigo chegando. Dito e feito. Enquanto a avioneta voava em círculos para alinhar-se com o chão, minha sobrinha levantou Zachary, que ainda não tinha dois anos, e apontou para o ar. Ele olhou, assim como nós, enquanto o avião descia perigosamente para perto do chão e começava a espalhar as sementes sobre o campo. A aeronave estava vindo em nossa direção e soava cada vez mais alto. Com um olhar aterrorizado, Zach escondeu o rosto no pescoço da mamãe e gritou: “Um abraço, um abraço!” Enquanto o avião sobrevoava nossa casa e se afastava, Zach mais uma vez observou enquanto ele deu a volta, mas, ao vir em nossa direção, mais uma vez repetiu: “Um abraço, um abraço!” Todos sorrimos e achamos engraçado. Quero fazer uma comparação.

Satanás também está ocupado numa plantação. Está fazendo o melhor que pode. Você ouve seus roncos barulhentos e observa suas estratégias ao redor do mundo. Pode vê-lo trabalhando por toda a volta, e seus círculos chegam cada vez mais perto. Você observa enquanto ele rodeia seus amigos, vizinhos e queridos, lançando o tempo todo sementes de dor, dúvida e desespero, enquanto o barulho se avoluma. Então, um dia, você olha para cima e ele está vindo em sua direção. Com terror nos olhos, você percebe que não há para onde correr e nenhum lugar em que se esconder. Não é maravilhoso que, num momento como esse, você possa simplesmente virar o rosto na direção do Céu e dizer a seu Pai: “Um abraço, um abraço”?

Ele não só espera para nos dar um abraço hoje mesmo, como também já estava pronto para fazê-lo antes mesmo que pensássemos em pedir.

Diana Inman

29 de setembro sábado

Retratos do Mestre

E todos nós [...] somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. 2 Coríntios 3:18

Tenho visitado muitos museus e galerias, e fico sempre fascinada diante da enorme diversidade de cores, estilos e temas escolhidos pelos artistas ao se expressarem. Cada pintura revela, sutilmente, algo acerca de seu criador. Certa vez, li a respeito de um artista que declarou: “Pinto meu retrato cada dia.” Na verdade, uma obra de arte é uma declaração feita pelo artista, usando tinta, lápis, argila, pedra ou palavras. Alguém poderia dizer que é a vida dessa pessoa criativa sendo visualmente expressa através do meio escolhido.

Enquanto pensava nas palavras desse artista, considerei como Deus exibe Sua arte de modo tão magnificente através da natureza. Todavia, Sua obra preferida é pintar Seu retrato em vidas humanas. Ele é o Mestre Pintor e nós somos Sua escolhida forma de expressão. Deus usa uma variedade insondável em Sua arte criativa. Nenhum de Seus “retratos” é igual a outro. Cada um tem sua própria personalidade, estilo e talento, e reflete o Artista de modo exclusivo.

Assim como o artista trabalha para obter a mistura precisa de cores, a qualidade correta de luz e sombra, e a perfeita expressão no rosto de um retrato, o Artista celestial também trabalha incansavelmente. Deus pinta de dentro para fora. Através do Espírito Santo, nossos pensamentos, motivos e desejos são purificados. A vida interior comanda as ações externas.

Deus não começou, simplesmente, a pintar Seu retrato em nós quando nascemos – ou após nosso novo nascimento em Jesus. Suas pinceladas continuam a transformar-nos, daquilo que éramos anteriormente para aquilo que Ele deseja que sejamos hoje. Em nosso texto, o apóstolo Paulo nos dá uma ideia quando declara que, ao contemplarmos o Senhor, somos transformados à Sua imagem pelo Espírito.

Anos, e até séculos, podem passar antes que a obra de um pintor seja verdadeiramente valorizada. Mesmo assim, os artistas não desistem. Continuam a produzir arte. Deus, do mesmo modo, é incansável em aplicar Seu poder criador em nós. Ele não desiste porque você e eu ainda não somos tudo o que Ele deseja que sejamos. Com paciência, Ele cria em nós Sua arte, sabendo que, se Lhe concedermos liberdade criativa para trabalhar em nossa vida, as obras-primas que Ele planejou emergirão e nos tornarão retratos do próprio Mestre.

Rosemeyre Gianne Pereira

30 de setembro domingo

Da morte para a vida

Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro. Jeremias 29:11, NVI

“Ai, não! Matei minha buganvília!” Já tive, antes, plantas que morreram, mas essa era especial. Minha mãe me havia dado uma muda de sua planta viçosa, e eu me lastimava por ver a minha tão raquítica. Durante anos ela produzira folhas verdes e saudáveis, mas agora estava perdendo folhas de modo alarmante. Quando eu sacudia os caules, quase todas as folhas acabavam indo parar no chão. Dentro de dias, tudo o que permaneceu foram ramos esguios, apontando para um lado e para outro, enquanto uma folha ou outra resistia tenazmente. A planta parecia tão triste!

Isso me fez pensar em minha vida. Havia sido plena – uma vida rica de família e amigos; tudo parecia bem com o mundo. Eu me sentia contente, feliz e em paz. Quão rapidamente mudaram as coisas! Tínhamos, recentemente, perdido nossa casa devido a uma falência, e meu esposo me deixara por causa de outra mulher. Assim como a minha buganvília, eu me sentia seca, feia, exposta e de pouco valor, mas procurava, tenazmente, resistir.

Por alguma razão, continuei regando minha planta. Embora parecesse qualquer coisa, menos viva, eu simplesmente não suportava a ideia de jogá-la fora. Ainda era preciosa para mim. Mal sabia eu o que aconteceria a seguir. Contei à minha mãe o que ocorria e ela sugeriu que eu fosse paciente e aguardasse a surpresa.

Para meu grande deleite, descobri brotos na planta. Acordei, certa manhã, e encontrei uma linda flor em tom vermelho escuro sobre um ramo despido. Era fina como papel, e tão translúcida que se podia quase ler através das pétalas. Dentro de uma semana, a planta estava coberta de flores, e as folhas começaram a voltar, mais densas e cheias do que antes. Uma vez mais, Deus me mostrava visualmente Seu amor. Como desejei morrer durante aquele período doloroso! (De fato, cheguei a pensar que estava morrendo.) Mas Deus tinha planos diferentes para a minha vida – planos que, em comparação, deixavam pálida a minha vida anterior. Não, Ele não me descartou quando minha aparência era feia e eu me sentia sem valor para os outros. Ele me sustentou e apascentou com Seu amor e terno cuidado.

Hoje posso dizer que desabrochei e me transformei na mulher que Ele sempre quis que eu fosse. Louvado seja Deus!

Jill Rhynard



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