sábado, 15 de setembro de 2012

Lição 12 (adultos) "O anticristo" 15 a 22 de setembro

Lição 12
15 a 22 de setembro



O Anticristo (2Ts 2:1-12)

Casa Publicadora Brasileira – Liçaõ 1232012




Sábado à tarde
Ano Bíblico: Dn 10–12

VERSO PARA MEMORIZAR: “Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição” (2Ts 2:3, NVI).

Leituras da semana: 2Ts 2:1-12; Mt 24:1-14; Zc 3:1; Dn 8:8-11; At 2:22

Pensamento-chave: Ao corrigir a falsa teologia dos eventos finais dos tessalonicenses, Paulo revela a verdade sobre os enganos do fim dos tempos.

Em meio a todas as palavras de encorajamento e exortação, Paulo escreve sobre os eventos do fim dos tempos, incluindo o maior de todos: a segunda vinda de Jesus.

No texto desta semana, embora ele tenha falado sobre o fim, sua ênfase é um pouco diferente do texto anterior. Por um lado, ele já havia apresentado aos tessalonicenses os detalhes enquanto estivera com eles. Por outro lado, seu objetivo nesse texto era pastoral: acalmá-los, persuadi-los a ser mais pacientes a respeito dos eventos do fim dos tempos e adverti-los sobre a difusão de falsos ensinos sobre esse assunto.

A abertura do texto desta semana (2Ts 2:1, 2) contém várias palavras gregas que apontam para 1 Tessalonicenses 4:13–5:11, como a vinda de nosso Senhor (1Ts 4:15), o encontro (1Ts 4:17), e o dia do Senhor (1Ts 5:2). Até certo ponto, esse texto é um esclarecimento do que Paulo disse anteriormente. Nele, o apóstolo revela verdades que nós mesmos precisamos entender hoje.

Domingo
Ano Bíblico: Os 1–4

O problema (2Ts 2:1-3)


1. Qual é o tema abordado por Paulo no capítulo 2 da segunda carta aos Tessalonicenses? Qual é a importância dessas palavras para nós hoje? Apesar das diferenças do nosso contexto, temos desafios semelhantes a respeito dos eventos finais (marcação de datas, teorias da conspiração, etc.)? Enfrentamos tendências semelhantes às que o texto apresenta? 2Ts 2:1-3


Nesse texto, não há evidência clara de que a igreja estivesse fazendo perguntas sobre a segunda vinda de Jesus. O próprio Paulo percebeu o problema e o abordou. O conceito da “reunião com Ele” lembra o que Paulo escreveu na primeira carta (1Ts 4:15-17).

No trecho que estamos estudando, suas palavras recordam a advertência que o próprio Jesus havia dado (Mt 24:1-13). Com facilidade, os tessalonicenses haviam sido desestabilizados por informações conflitantes recebidas no curto intervalo após a primeira carta de Paulo.

O apóstolo não identificou a fonte específica dessa confusão. Talvez isso nem tivesse sido revelado a ele. A expressão “espírito” (2Ts 2:2), provavelmente fosse uma referência a um ensinamento profético, proveniente de um falso profeta ou de uma compreensão equivocada da primeira carta. A segunda possível fonte teria sido a palavra falada, um ensinamento passado de boca em boca entre os membros da igreja. A expressão “carta supostamente vinda de nós” (NVI), foi uma referência de Paulo a uma possível carta forjada em seu nome ou a um mau uso de uma de suas cartas genuínas.

Por mais que um pastor cuide zelosamente de uma igreja, existem várias maneiras pelas quais ideias falsas podem criar raízes. Para os membros da igreja, às vezes é mais fácil aceitar um boato ou rumor do que examinar cuidadosamente as Escrituras. Às vezes, as novas ideias podem até ser bíblicas até certo ponto, mas são promovidas em desarmonia com os demais ensinamentos da Bíblia.

Esse último parece ter sido o problema em Tessalônica. Os tessalonicenses conheciam muitas coisas corretas sobre a segunda vinda de Jesus e os eventos que a precederão. Mas eles tendiam a enfatizar um extremo ou outro do ensinamento sem suas perspectivas de equilíbrio. Tinham deixado de ouvir a advertência de Jesus a respeito de procurar sinais de Sua vinda (Mt 24:4-8). Como resultado, conforme 1 Tessalonicenses, eles lamentavam a demora da vinda de Jesus (1Ts 4:13-15). No capítulo 2 da segunda carta aos Tessalonicenses, eles parecem ter chegado à conclusão de que já estavam no meio dos eventos finais.

Segunda
Ano Bíblico: Os 5–9


A breve resposta de Paulo (2Ts 2:3, 4)


No curto intervalo entre 1 e 2 Tessalonicenses, os membros da igreja de Tessalônica ficaram confusos sobre o significado do que Paulo havia escrito na primeira carta. Eles chegaram à conclusão de que a segunda vinda de Cristo estava próxima ou já havia ocorrido de algum modo secreto (2Ts 2:2). Qual foi a breve resposta de Paulo a esse problema? “Isso não pode ser verdade. Há muitas coisas que ainda não aconteceram.”

A confusão em Tessalônica fez com que Paulo escrevesse seu esboço mais extenso dos eventos finais. Sem essa resposta do apóstolo, uma mensagem importante não teria sido preservada.

2. O que Paulo nos diz sobre “o homem da iniquidade”? Que princípios nos ajudam a entender o que ele estava apresentando? 2Ts 2:3, 4


No original, os versos 3 e 4 são uma frase incompleta. A expressão “porque isto não acontecerá” (RA), “não será assim” (RC) ou “Antes daquele dia” (NVI) está faltando no grego e foi inserida na maioria das traduções. Paulo relacionou as coisas que devem acontecer antes da vinda de Jesus. Haverá uma “apostasia” (da palavra grega apostasia, equivalente a abandono da fé), e depois “o homem da iniquidade” será revelado. Essa revelação é descrita em 2 Tessalonicenses 2:8-10 como ação de Satanás (NVI) pouco antes da segunda vinda de Cristo (o que examinaremos em detalhes na lição de quarta-feira). Mas, antes dessa revelação da iniquidade, haveria um período de “mistério” e restrição (2Ts 2:6, 7).

O verso 4 é uma descrição do homem do pecado (ou “iniquidade”), que operaria secretamente por algum tempo e, finalmente, seria revelado. Ele se oporia a Deus, se exaltaria acima de Deus, se assentaria no templo e proclamaria ser Deus. Esse verso está repleto de alusões a textos do Antigo e do Novo Testamento. O “oponente” lembra Satanás em Zacarias 3:1. A exaltação de si mesmo acima de Deus e a usurpação do lugar de Deus no templo celestial lembra o chifre pequeno de Daniel 8. A ostentação de si mesmo “como se fosse o próprio Deus” lembra Satanás em Isaías 14 e Ezequiel 28; isso aponta também para o poder blasfemador de Daniel 11:36-39. Assim, a descrição do homem do pecado contém elementos que apontam tanto para o próprio Satanás quanto para um perverso agente de Satanás ao longo da história cristã.

De que maneiras sutis podemos ter o mesmo tipo de atitude reveladas pelo “homem do pecado”?

Terça
Ano Bíblico: Os 10–14


O detentor (2Ts 2:5-7)


3. De acordo com Paulo, que duas coisas caracterizavam a situação do mundo no momento em que ele escrevia? Como podemos ver o grande conflito revelado nesses versos? 2Ts 2:6, 7


Combinando esses versos com os anteriores, percebemos que Paulo estava descrevendo três fases da história desde seu tempo até o fim. A fase final começa na segunda vinda de Cristo. Antes dessa fase há a revelação do homem do pecado (2Ts 2:3), também conhecido como o iníquo (2Ts 2:8). E antes dessa fase há o tempo de mistério e restrição (2Ts 2:6, 7).

Ainda que tivéssemos um grande desejo de compreender plenamente a intenção de Paulo, há uma série de incertezas nesses versos. O poder refreador é neutro (uma coisa), no verso 6, e masculino (uma pessoa) no verso 7. O iníquo (masculino, v. 8) é neutro no verso 7 (“mistério da iniquidade”); também não está claro (v. 7) se o poder refreador é tirado do caminho ou tem autoridade para remover a si mesmo (a Bíblia ESV [English Standard Version] traduz corretamente a expressão: “até que ele esteja fora do caminho”; corresponde à expressão “até que do meio seja tirado” [RC]).

Quem é o detentor ou poder refreador, nesses versos? Ele estava presente nos dias de Paulo, estava defendendo a lei (um poder que restringe a iniquidade, v. 7), estava em um tempo de missão divina e era poderoso o suficiente para restringir a atuação de Satanás (v. 9).

4. De acordo com outras passagens do Novo Testamento, o que está detendo a segunda vinda de Cristo? Mt 24:14; Mc 13:10; Ap 14:6, 7


Em grande parte do Novo Testamento, os eventos que conduzem à segunda vinda de Jesus começam com a proclamação final do evangelho (Mt 24:14; Mc 13:10; Ap 14:6, 7). Nesse caso, é possível que o detentor sobre o qual Paulo falou fosse o próprio Deus, que detém os eventos finais até que todos tenham a oportunidade de ouvir o evangelho.

Você precisa de muita restrição em sua vida? Isto é, quando tentado, como você pode aprender a clamar pelo poder de Deus para restringi-lo de fazer o que você sabe que é errado?

Quarta
Ano Bíblico: Joel

O Anticristo revelado (2Ts 2:8-10)


5. Leia 2 Tessalonicenses 2:8-10. Como podemos entender esses eventos? O que é especialmente importante a respeito da expressão “não acolheram o amor da verdade”?

O homem da iniquidade foi introduzido em 2 Tessalonicenses 2:3, 4. Durante grande parte da história cristã, ele operou para enfraquecer a lei de Deus (principalmente o sábado) e usurpar poderes que pertencem somente a Cristo. Em passagens como Daniel 7:20-25 (o chifre pequeno) e Apocalipse 13:1-7 (a besta que surge do mar), esse mesmo poder atua após a queda do Império Romano pagão, combinando a autoridade religiosa com o poder secular para perseguir os santos de Deus. O papado é o único poder na história que se ajusta a todas as especificações dessas profecias. Muitos intérpretes da Idade Média, e até hoje, têm designado essa instituição como o Anticristo (somente nos últimos dois séculos, a grande maioria dos cristãos tem se afastado dessa interpretação, uma mudança interessante à luz do nosso entendimento dos eventos dos últimos dias). Essa identificação do papado se encaixa nas especificações de 2 Tessalonicenses 2, de que o homem da iniquidade seria tanto masculino (uma pessoa) quanto neutro (um poder ou instituição mundial).

No verso 7, “mistério da iniquidade” é uma designação adequada para sua atividade. Mas no fim da história, pouco antes da segunda vinda de Jesus, haverá um desafio aberto a Deus e Suas leis, de modo ainda mais abrangente. A continuidade dos poderes, tanto nesse como em outros textos (Dn 7 e Ap 13), indica que, no fim do tempo, o papado também desempenhará um papel importante.

6. Que obra anterior de Deus ao longo da história será falsificada por Satanás no engano final? Compare 2Ts 2:9 com At 2:22

O texto para hoje abre a cortina para revelar um anticristo ainda maior por trás daquele que atuou entre as nações no curso da história. O próprio Satanás é o autor e consumador dos enganos do tempo do fim. À medida que se aproxima a vinda de Jesus, os eventos irão forçá-lo a um ato final de desespero. Ele deixará a prudência de lado e aparecerá pessoalmente para imitar o ministério terreno de Jesus (veja a lição de sexta-feira). Por meio de falsos milagres, ele tentará desviar a atenção das pessoas do evangelho (a vida, morte e ressurreição de Jesus) e até mesmo da segunda vinda de Cristo.

Pense na ideia do “amor da verdade”. Como podemos receber esse amor? Por que é tão importante receber esse amor a fim de não ser envolvido por enganos espirituais, especialmente nos últimos dias? Como podemos aprender a acolher “o amor da verdade?”

Quinta
Ano Bíblico: Am 1–4


Verdade e mentiras (2Ts 2:10-12)


7. Por que Deus permite que tantas pessoas sejam enganadas? O que os perversos rejeitaram? 2Ts 2:10-12


O verso 11 é um texto que muitas pessoas acham extremamente desafiador. Paulo afirmou de modo muito direto que “Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira” (2Ts 2:11). A resposta instintiva a esse texto é algo como: “Como pode o Deus da verdade enviar o engano? Como Ele pode agir de modo idêntico ao de Satanás? (Compare 2Ts 2:11 com 2Ts 2:9).

No texto para hoje, Paulo abriu a cortina e nos deu um vislumbre do grande conflito entre Cristo e Satanás, que envolve muito mais do que apenas os assuntos da Terra e sua história. Satanás acusou Deus de ser injusto, tirano e enganador. Na crise final da história da Terra, Deus “envia” um engano sobre os ímpios. Não se trata de mentira da parte dEle, mas Ele permite que os ímpios escolham mentiras em lugar da verdade para, assim, expor a consequência de decisões tomadas por eles (2Ts 2:12). Ele simplesmente permite que eles colham os frutos de suas ações erradas. Os eventos do tempo do fim revelam diante de todos, de modo claro, a mente e o caráter de Satanás e seus seguidores.

O processo do engano começa quando as pessoas rejeitam o evangelho de Jesus Cristo. No verso 10, o ímpio se recusa a receber o amor da verdade. A oferta de salvação no evangelho é a mensagem implícita por trás dos poderes apocalípticos de 2 Tessalonicenses 2. Por meio de seus ensinamentos e práticas, o papado tem prejudicado o evangelho. Essa obra continuará até ser exposta pelos eventos finais descritos em 2 Tessalonicenses 2:8-12. Assim, a proclamação final do evangelho (Mt 24:14; Ap 14:6, 7) prepara o caminho tanto para o juízo final quanto para os enganos do tempo do fim.

No fim, sejam quais forem as manifestações políticas e religiosas exteriores do grande conflito, que ocorre na Terra, o evangelho de Jesus Cristo, não eventos políticos, sempre tem sido o principal divisor entre o bem e o mal ao longo da história cristã. O Anticristo revela seu verdadeiro caráter usurpando a vida, morte e reinado celestial de Jesus. Todos os outros atores no drama desempenham papéis secundários.

Leia com atenção 2 Tessalonicenses 2:12. Qual é a principal razão para as pessoas não receberem a verdade? Você experimentou esse princípio em sua vida? Isto é, o “prazer” da injustiça, ainda que de modo sutil, tem impedido sua mente de se abrir para a verdade?

Sexta
Ano Bíblico: Am 5–9

Estudo adicional


C omo ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo... Em tom manso e compassivo apresentará algumas das mesmas verdades celestiais e cheias de graça que o Salvador proferia; curará as doenças do povo, e então, em seu pretenso caráter de Cristo, alegará ter mudado o sábado para o domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou...
“Somente os que forem diligentes estudantes das Escrituras e receberem o amor da verdade estarão ao abrigo dos poderosos enganos que dominam o mundo” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 624, 625).

“Ao apresentar a mensagem, não façam investidas pessoais contra outras igrejas, nem mesmo à católica romana. Os anjos de Deus veem nas diversas denominações muitos que só podem ser alcançados com a maior precaução. Portanto, sejamos cuidadosos com nossas palavras... Sobre esses temas, o silêncio é eloquente. Muitos se acham enganados. Falem a verdade em tons e palavras de amor” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 576).

Perguntas para reflexão
1. Muitos acreditam que o papado mudou e, em alguns aspectos, ele mudou. No entanto, ele ainda procura usurpar tudo o que Cristo fez e faz por nós, e ainda é o poder representado na profecia. Como podemos permanecer na nossa posição a respeito de Roma, mas de modo amoroso, paciente e delicado?
2. Somos constantemente confrontados com pessoas que surgem com novas datas para os eventos finais, novos gráficos, novas teorias da conspiração sobre este grupo ou aquele. Embora devamos permanecer abertos à nova luz, como devemos lidar com esses desafios?

Resumo: Ao corrigir algumas ideias erradas dos tessalonicenses acerca dos eventos dos últimos dias, Paulo apresenta preciosas verdades sobre o tema. Porém, a questão fundamental dos últimos dias não é o tempo dos eventos, nem mesmo todos os detalhes, mas de que lado estamos no grande conflito.

Respostas sugestivas: 1: Ideias erradas sobre o tempo da segunda vinda de Cristo; profecias que devem se cumprir antes desse dia, envolvendo o homem do pecado e a apostasia mundial; devemos manter a esperança e a fidelidade, evitando os enganos dos últimos dias. 2: Ele se opõe e se levanta contra Deus, se assenta no santuário de Deus e ostenta-se como se fosse Deus. 3: O mistério da iniquidade operava, mas era detido por um poder antagônico, indicando possivelmente um conflito entre o bem e o mal. 4: O fato de que o evangelho ainda não foi pregado a todo o mundo e o fato de que todos ainda não foram julgados, até porque Deus julgará a todos com base na oportunidade que tiveram de ouvir o evangelho. 5: O anticristo será destruído pela glória de Cristo, porque não poderá suportar a contemplação do Senhor; ele é um instrumento de Satanás; o anticristo engana aos que não amam a verdade e, por isso, não se salvam. 6: A obra de Jesus, que realizou milagres, prodígios e sinais entre o povo, para instruir, salvar e libertar; o homem da iniquidade falsificará essa obra, para dizer que Cristo veio novamente, e assim enganar, destruir e escravizar. 7: Porque rejeitam a verdade, o amor de Deus e a salvação; Deus permite que o erro entre em sua vida porque eles escolheram a mentira, porque encontraram nela seu prazer; eles serão julgados com base nessa escolha.



Nenhum comentário:

Postar um comentário