Inspiração Juvenil - novembro 2012
O Novo Amigo de César
O homem que tem muitos amigos pode
congratular-se. Provérbios 18:24 (ARC)
César olhava pela janela enquanto seu amigo Leandro estudava ali por perto. Seu olhar dirigiu-se para o estacionamento, onde alguém acabava de sair de um carro.
– Ai, não! – resmungou César. – Não quero passar perto dele!
Leandro
olhou para fora e viu que um dos professores de César estava atravessando o
estacionamento.
–
Por que não? – perguntou Leandro.
–
Ele não gosta de mim. No último trimestre do ano passado, ficou furioso por uma
coisa que eu disse na aula.
–
Mesmo? – Leandro deu uma risadinha. – Talvez ele pense que você não gosta dele,
e por isso não está sendo amistoso. As pessoas em geral gostam de quem gosta
delas. Por que você não desce e vai lá falar com ele?
–
Tá brincando?
–
Claro que não! Vá e tente!
“Talvez
Leandro saiba o que está dizendo”, pensou César. “Afinal de contas, ele é um
dos garotos mais populares da escola.”
–
Acho que vou tentar, sim! – disse César, dando um sorrisinho nervoso. – Vamos
ver se você tem razão.
César
sentiu-se um tanto sem graça enquanto atravessava o estacionamento para
alcançar o professor. E se o professor o ignorasse ou fizesse algum comentário
acerca do seu comportamento no ano anterior?
–
Olá, professor! – disse César. – Como foram suas férias de verão?
–
Oi, César! Que bom vê-lo por aqui! – disse o professor com um sorriso. – Foram
ótimas! E as suas férias, como foram?
César
ajustou-se às passadas do professor enquanto caminhavam pelas ensolaradas
alamedas da escola. César sentiu um calorzinho por dentro. Era aceito. Havia
acabado de fazer uma nova amizade!
–
Funciona mesmo! – confessou ele mais tarde para Leandro.
–
Claro que funciona! – concordou Leandro. – As pessoas não estão julgando você
quando o encontram. Estão é preocupadas com o julgamento que você está fazendo
delas! As pessoas precisam entrar em contato uma com as outras. Querem
amizades. Se tomamos a iniciativa, elas quase sempre corresponderão à nossa
afabilidade. Tenha interesse pelas pessoas, e elas se interessarão por você.
Aquilo que você dá é o que você recebe.
Convidando Tony
Não se esqueçam de ser bondosos com os
estranhos. Hebreus 13:2 (A Bíblia Viva)
–
Você convidou o Tony para sua festa de aniversário? – perguntou mamãe a
Patrícia na hora do desjejum.
–
Ah, mãe, não quero convidar o Tony! – exclamou Patrícia. – Ele é estranho e não
conversa com ninguém!
–
Simplesmente é tímido – contrariou a mãe. – Você também seria, se, como ele,
tivesse vindo de outro país e não conhecesse ninguém. Já li que 80% das pessoas
ficam tímidas quando enfrentam situações novas.
–
Mamãe, preciso mesmo convidá-lo?
–
Não, você não precisa, mas acho que deveria dar-lhe uma oportunidade. Você bem
poderia estar fazendo uma nova amizade!
Patrícia
pensou nessas palavras o dia inteiro. Por fim, preparou o convite para Tony.
“Provavelmente ele nem venha mesmo”, pensou ela.
Acontece
que Tony foi um dos primeiros a chegar para a festinha de Patrícia. Ele sorriu
enquanto lhe entregava um presente enfeitado com um grande laço vermelho. Pouco
depois, Tony se alegrou ainda mais, quando Patrícia abriu o pacote e viu a
delicada blusa lá dentro.
–
Foi minha mãe quem a fez! – disse Tony.
O
cartão que vinha junto com o presente dizia: Buon Cumpleano!
–
Quer dizer “Feliz Aniversário” em italiano – explicou Tony.
–
E como é que se diz “muito obrigada” em sua língua? – perguntou Patrícia.
– Grazie.
–
Grazie! – repetiu Patrícia, segurando o presente. – Grazie!
–
Ensine mais algumas palavras para a gente! – pediu uma das meninas. – Como se
diz “bom-dia”?
–
Buon giorno – respondeu Tony.
As
crianças se divertiram bastante aprendendo palavras em italiano, enquanto
comiam bolo com sorvete.
–
Alguém sugere um jogo ou brincadeira? – perguntou Patrícia, quando acabaram os
doces e salgadinhos.
–
Aprendi alguns jogos na Itália – sugeriu Tony.
–
Queremos aprender! – Os amigos de Patrícia reuniram-se em volta dele. – Vai ser
divertido, Tony. Ensine alguns para nós.
Naquela
noite, enquanto ajudava sua mãe a limpar a sala, depois da festa, Patrícia
confessou:
–
Foi bom mesmo ter convidado Tony para minha festa. Ele pode ser tímido, mas é
muito divertido!
O Medo de Rosalynn
Porque estava nu, tive medo, e me
escondi. Gênesis 3:10
Por que às vezes é tão difícil fazer amizade? Podemos encontrar uma resposta na história de Adão e Eva. Deus veio à procura deles, querendo ser Seu amigo. Mas eles fugiram e se esconderam porque estavam envergonhados e com medo daquilo que Ele diria.
Desde
aquela época, as pessoas passaram a esconder-se. Nós nos escondemos não apenas
de Deus, mas uns dos outros. Temos medo de rejeição. Pensamos: “E se ele não
gostar de mim? E se ela não quiser ser minha amiga?” Ser rejeitado dói, e assim
nos escondemos para evitar a dor.
Rosalynn
Smith era como a maioria das pessoas. Queria ser aceita. Fazia o seu melhor
para ter certeza de que era o tipo de garota que os outros escolheriam como
amiga.
Sua
casa ficava a apenas dois quarteirões da escola. Todos os dias, ela passava
pela oficina de seu pai para almoçar em casa.
Um
dia, enquanto ela passava pela frente da oficina, ele a chamou:
–
Rosalynn, aonde você está indo?
–
Almoçar em casa – respondeu Rosalynn.
O
Sr. Smith deu uma risadinha. Largou as ferramentas e riu mais alto.
–
Qual foi a graça? – perguntou ela.
–
Ainda não é hora de almoço – disse ele, olhando para o relógio. – É hora do
recreio!
Rosalynn
desatou em prantos.
–
Sou tão boba! Agora todo mundo vai rir de mim! Estou com tanta vergonha! Vou
para casa.
–
Não seja tonta! – disse o pai dela. – Qual é o problema se derem risada? Você
vai voltar já para a escola, onde deveria estar a esta hora.
–
Por favor, papai, não!
Mas
o Sr. Smith foi firme, e Rosalynn voltou para a escola, onde todos riram dela
mais uma vez. Rosalynn sentiu-se humilhada e teve certeza de que nunca mais
teria uma amiga, enquanto vivesse.
Agora
que Rosalynn é adulta e se tornou Rosalynn Carter, esposa do ex-presidente dos
Estados Unidos, Jimmy Carter, ela sabe que seus temores eram infundados. Seus
amigos gostaram da brincadeira, mas ainda assim eram seus amigos.
A Paciência de George
Quando o caminho é áspero, a
perseverança de vocês tem uma oportunidade de crescer. Tiago 1:3 (A Bíblia
Viva)
– Volte para a África! – George Haley fingiu não ter ouvido nada. Caminhava rapidamente pelos corredores cheios de estudantes brancos. Podia sentir o ódio deles, e isso doía muito.
George,
um dos primeiros alunos negros matriculados em escola de brancos, nos Estados
Unidos, fora aceito pelos professores, mas não pelos estudantes! Mandavam-lhe
bilhetes desaforados. Deixavam-no constrangido. Recusavam-se a sentar perto
dele.
Certo
dia, numa esquina, um carro cheio de estudantes tentou atropelá-lo. George
desviou-se com um salto, caindo com o rosto na sarjeta. Acima do ruído do
carro, ele ouviu: “Ei, elo perdido, por que não caminha com as quatro patas?”
Era
o ano de 1949, e George havia decidido frequentar aquela escola porque queria
ajudar a derrubar o muro do preconceito entre brancos e negros. Queria ser
amigo dos alunos brancos, mas estes não o aceitavam. Finalmente, George
escreveu para seu pai, contando-lhe as frustrações que sentia.
Seu
pai respondeu: “Eles agem dessa maneira por causa do medo. Seja paciente com
eles. Dê-lhes a oportunidade de conhecerem você.”
Foi
difícil ser paciente, mas George continuou tentando. As coisas melhoraram no
segundo ano. Mas foi somente no terceiro ano que ele reuniu coragem para ir ao
refeitório da escola.
Ao
aproximar-se da mesa, alguém esbarrou nele, fazendo voar sua bandeja. Parecia
que todos estavam rindo enquanto ele recolhia a refeição espalhada.
Mas
houve um que não riu. Miller Williams aproximou-se dele.
–
Eu gostaria de almoçar com você – disse ele, sorrindo. – O que acontece aqui
não está certo, e vou ficar do seu lado.
Aquele
foi o ponto decisivo na vida de George Haley. Miller apresentou seus amigos a
George. Começaram a perceber que o preconceito os havia impedido de conhecer um
rapaz verdadeiramente bom. Em pouco tempo, George viu-se rodeado de amigos.
Durante seu último ano acadêmico, foi escolhido como redator do jornal da
escola.
Os Amigos não Têm Medo
O perfeito amor lança fora o medo. 1
João 4:18
Don Bartlett não podia evitar que as pessoas tivessem medo dele. Nascera com apenas a metade do nariz, não tinha o lábio superior e ainda possuía o céu da boca partido. Ninguém conseguia entender o que ele falava. Além disso, era índio e nascera numa família que não tinha dinheiro para ajudá-lo.
Seus
colegas de escola demonstravam medo, recusando-se a brincar com ele no recreio.
Procuravam afastá-lo com insultos: “Nariz chato, nariz chato, você não sabe
falar!” ou então “Índio malcheiroso” ou “Pato Donald, diga quac, quac”.
Os
professores também pareciam temê-lo. Um dia, ele ouviu um professor dizer:
–
Por que o diretor o colocou justamente na minha sala?
–
Também não o quero na minha! – respondeu outro.
“Eu
anelava por alguém que fosse meu amigo, me aceitasse, me amasse e me ajudasse a
aprender a falar!” dizia Don acerca do seu tempo de infância.
Então,
um dia, uma senhora culta, que morava numa bela casa, mandou chamá-lo.
–
Quero que você lave meu carro – disse ela com um sorriso que revelava
receptividade.
Don
ficou ali parado, sem fala, e sem saber o que fazer. “Eu nunca tinha feito aquilo”,
conta ele. “Nem mesmo sabia que saía água de uma torneira.”
A
senhora entendeu. Ela tomou Don gentilmente pela mão e levou-o até à torneira,
mostrando-lhe como fazer. Mais uma vez, colocou a mão sobre a dele e lhe
mostrou como lavar o carro.
“Não
sei descrever exatamente o que senti quando ela me tocou a mão”, diz Don. “Ela
me aceitava. Entrou em minha vida solitária.”
A
nova amiga de Don continuou a ajudá-lo. Ensinou-o a falar. Quando necessário,
colocava os dedos dela na boca de Don para mostrar-lhe como mexer a língua.
Devido ao incentivo que ela lhe dava, Don continuou os estudos. Concluiu o
curso universitário com o título de Doutor em Filosofia. Acabou tornando-se um
conhecido orador, na área das necessidades dos deficientes.
Onde
quer que se apresente, Don Bartlett conta da senhora que não teve medo de
aceitá-lo, a despeito de sua deficiência.
Jesus nos Aceita
O que vem a Mim, de modo nenhum o
lançarei fora. João 6:37
Wendy encontrava-se num ginásio de Londres, ouvindo Billy Graham falar acerca de seu melhor amigo, Jesus.
“Jesus
nunca irá lançá-lo fora, não importa o que tenha feito”, dizia o Pastor Graham.
“Ele é um Amigo que jamais nos rejeita. Ele nos aceita assim como somos. Você
não quer vir a Ele hoje?”
Wendy
achava difícil acreditar que Jesus a aceitaria realmente depois de todas as
coisas más que ela havia feito. Ruth Graham, a esposa do evangelista, procurava
ajudá-la. Certa noite, antes da reunião, Ruth disse a Wendy: “Algum dia você
vai encontrar uma dificuldade em sua vida. Você vai ter que escolher se voltará
para as drogas ou então irá se comprometer Cristo.”
Vários
dias mais tarde, Ruth estava sentada no ginásio quando alguém lhe entregou um
bilhete de Wendy. “Estou envolvida com as drogas de novo”, dizia a nota. “Venha
ajudar-me.”
Ruth
levantou-se e saiu à procura de Wendy. Encontrou-a com outra garota perto da
entrada do ginásio.
–
A melhor amiga de Wendy morreu hoje à tarde por causa de uma overdose –
explicou a garota. – Ela está muito abalada.
–
Wendy, Wendy! – Ruth pôs o braço nos ombros da garota drogada, mas não houve
reação. Então abriu a bolsa procurando um papel onde pudesse escrever um
bilhetinho. Tudo o que encontrou foi um pacote de lenços de papel. Ela tirou a
embalagem de papelão e escreveu rapidamente: “Deus me ama. Jesus morreu por
mim. Não importa o que eu tenha feito, se me confessar a Ele, Ele me perdoará.”
Enfiou
o papelão no bolso de Wendy e pediu que um dos voluntários da campanha
evangelística levasse a menina para casa.
Um
ano mais tarde, Ruth Graham estava em Londres novamente. Uma senhorita
cumprimentou-a.
–
Sou Wendy – disse a moça. – Lembra-se do bilhete que colocou no meu bolso? Pois
eu li aquilo repetidas vezes. Foi a minha ligação com Deus. Aceitei Jesus como
meu Amigo e Ele tem feito toda a diferença!
Jeanne Era Diferente
Pois não há distinção entre judeu e
grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos. Romanos 10:12
Todos ficaram olhando enquanto Jeanne Wakatsuki entrava na sala do sétimo ano. Jeanne sorriu. “Espero que gostem de mim”, pensou ela, enquanto olhava timidamente em torno da sala.
Ninguém
sorriu para ela. Ninguém conversou com ela durante o recreio. Ficou sozinha,
esperando que alguém a convidasse para fazer parte de algum grupo. Ninguém a
convidou. “Por que será que ninguém conversa comigo?” pensou ela. Naquela
tarde, Jeanne descobriu por quê.
Aconteceu
durante a hora de leitura.
–
Por favor, leia a página seguinte, Jeanne – disse a professora.
Todos
se viraram para olhar enquanto ela lia. Jeanne leu claramente, sem cometer
erros.
Nadine,
a menina que sentava na frente de Jeanne, virou-se e cochichou:
–
Eu não sabia que você falava inglês!
Jeanne
sorriu também, mas lá no íntimo começou a entender o que era ser a única
japonesa na classe. Sentiu-se rejeitada, desprezada.
Não
era bom ser vista como estrangeira, alguém diferente, alguém que não tinha a
ver com aquele grupo.
Jeanne
decidiu esforçar-se ainda mais para ser aceita. Tornou-se ótima aluna e uma
estrela no atletismo. Colaborava com o jornal e o anuário da escola. Era
bondosa, prestativa e amiga para com todos.
Nadine,
sua melhor amiga, pertencia ao clube das escoteiras. “Como eu queria que Nadine
me convidasse para o clube também!” pensava Jeanne. Mas Nadine jamais a
convidou. Assim, Jeanne decidiu puxar o assunto.
–
Eu gostaria de fazer parte do clube de escoteiras – disse ela. – Será que
posso?
O
rosto amigo de Nadine enrugou-se.
–
Não sei. Mas vamos descobrir. Minha mãe é diretora-associada.
No
dia seguinte, ela relatou:
–
Jeanne, minha mãe disse que não. Sinto muito.
–
Tudo bem – respondeu Jeanne com um sorriso. Mas lá dentro ela se sentia zangada
e magoada. Havia pensado que Nadine era sua amiga. Por que as pessoas
precisavam afastá-la, só porque era de uma etnia, nacionalidade e cultura
diferentes?
O Vestido Lilás de Márcia
O homem vê o exterior, porém o Senhor, o
coração. 1 Samuel 16:7
Márcia observava enquanto sua avó costurava os babados na barra do vestido de tafetá lilás. Estava encantada com a aparência lustrosa do tecido e com o ruído que ele produzia.
–
Quem dera que fosse novo! – suspirou a avó. – Cortei um dos meus vestidos
velhos para fazê-lo.
–
Mas é lindo! – exclamou Márcia. – Vou parecer uma estrela de cinema no domingo!
–
A roupa não é tudo! – admoestou vovó. – É melhor você estudar sua parte para o
programa!
Mas
durante alguns dias, tudo o que ocupava o pensamento de Márcia era o
maravilhoso vestido lilás com os babados. “As outras garotas vão querer ser
minhas amigas quando virem meu vestido novo”, pensava ela.
Márcia
imaginava as pessoas aglomerando-se ao seu redor após o programa para dizer:
“Márcia, como você está linda!”
Quando
o domingo chegou, entretanto, o vestido não produziu a mágica que Márcia havia
previsto. As meninas davam risadinhas por causa do ruído que o vestido fazia,
enquanto Márcia se esgueirava entre elas para apresentar sua parte. Sentiu a
igreja cheia de olhares que se fixavam em suas pernas finas e no vestido da
senhora idosa que havia sido cortado. Seus joelhos tremeram, e as mãos ficaram
frias e suadas.
–
Eu não vim para ficar… para ficar… para ficar…
Márcia
sentiu um vazio na memória. Seu rosto ardia, e ela não conseguia lembrar-se do
restante da frase. Seus olhos procuraram os da esposa do pastor. Ela não estava
rindo. “Só vim para dizer que é Domingo da Páscoa”, ajudou a esposa do pastor.
Márcia
repetiu as palavras com uma voz que não passava de sussurro e depois saiu em
disparada da plataforma, passando pelas meninas que riam. Envergonhada, não
parou enquanto não chegou a sua casa.
À
semelhança de Márcia, geralmente damos valor exagerado às roupas. Conhecemos a
verdade, mas ainda assim invejamos alguém que parece ter saído de uma revista
de modas. Por isso mesmo, podemos estar deixando de conhecer pessoas realmente
encantadoras, só porque elas parecem estar vestindo algo tirado da prateleira
da assistência social.
A Perna Mecânica de Ted
Deus me demonstrou que a nenhum homem
considerasse comum ou imundo. Atos 10:28
Como
é ser adolescente tendo uma perna só? Como você se sentiria se tivesse câncer,
perdesse o cabelo durante a quimioterapia e tivesse de retornar à escola
praticamente careca?
Ted
Kennedy Jr. sabe que isso não é divertido. As pessoas olham para você,
cochicham por trás de você e agem como se o câncer fosse contagioso e sua perna
artificial fosse perigosa para a saúde dos outros.
–
As pessoas aprendem que devemos ter uma aparência perfeita – disse Ted a um
entrevistador. – Vemos esse tipo de propaganda na televisão. Achei que nunca
mais iria sair com uma garota na minha vida. Pensava: “Que menina gostaria de
sair com um rapaz de uma perna só?”
Ted
teve a sorte de pertencer a uma família que o aceitou do jeito que era,
faltando uma perna, mas que apesar disso era divertido e tinha bom humor.
Certo
dia, Ted andava de carona na bicicleta de um amigo, quando a roda da frente
bateu numa saliência, fazendo tombar a bicicleta e jogando longe os dois
rapazes. Quando Ted se ergueu, seu pé mecânico estava apontando para trás.
Ele
abaixou-se, virou-o para a posição certa e saiu caminhando. As pessoas ficaram
embasbacadas, sem acreditar no que viam. Ele e seu amigo deram uma boa
gargalhada diante do incidente!
A
família e os amigos de Ted não deixavam que ele tivesse pena de si mesmo.
Incluíam-no em todas as atividades, desde passeios de esqui até jogos de
futebol. Seus primos lhe jogavam a bola com a mesma força com que a jogavam
para qualquer outra pessoa. Não permitiam nunca que ele se sentisse diferente,
impedido de fazer as coisas por causa de sua deficiência.
Naturalmente
Ted perdeu alguns amigos, sim, por causa do câncer. Algumas pessoas cochichavam
por trás dele e faziam comentários negativos. Outras se desviavam para não
passar perto dele. Algumas deixaram de convidá-lo para suas festas.
Acerca
da perda de amigos, Ted diz: “Para início de conversa, as pessoas que agem
dessa maneira nunca foram realmente suas amigas. Os amigos de verdade aceitam
você.”
Entender os Sentimentos
Não julgueis. Mateus 7:1
Sílvia tinha perdido seu melhor amigo e precisava desabafar com alguém. Escolheu o pastor de sua igreja, Jim Conway, porque sabia que ele entenderia seus sentimentos sem criticá-la. Sentaram-se, um em cada lado da confortável sala da casa do pastor.
–
Conte-me sobre a perda de seu amigo – disse Jim.
Sílvia
começou a chorar. Seu corpo todo tremia e para ela foi difícil começar a falar.
Jim
atravessou a sala e sentou-se no chão, aos pés de Sílvia.
–
Está bem – disse ele. – Chore o quanto quiser.
Depois
que ela terminou de contar a história, Jim disse:
–
Você deve estar sentindo que ninguém mais vai querer ser seu amigo daqui para a
frente. Você talvez ache que tudo é culpa sua e que você simplesmente não sabe
ser amiga. Sem dúvida, também está se perguntando se vai acabar sozinha no
mundo, sem amizade.
–
É isso mesmo! – concordou Sílvia. – É exatamente assim que me sinto. Acho que
ninguém mais vai me querer como amiga. – Parou de chorar e suspirou. – Muito
obrigada por entender como me sinto – disse ela, sorrindo por fim.
–
Conheço um amigo que a ama muito – continuou Jim. – Jesus a ama exatamente como
você é e deseja ser seu amigo. Ele compreende como se sente e pode ajudá-la a
encontrar outro amigo.
Sílvia
concordou mais uma vez e sorriu.
–
Eu sei. Poderia orar por mim, por favor?
Jim
orou. Sílvia foi embora sentindo-se muito melhor, porque alguém havia
compreendido seus sentimentos, sem julgá-la nem criticá-la. É isso o que os
amigos fazem uns pelos outros.
Foi
isto o que Jim Conway escreveu em seu livro Friendship [Amizade]: “Ser amigo
não é sentar-se como um juiz atrás de uma mesa grande, enquanto seu amigo expõe
pateticamente os sentimentos perante você. Amizade é sentar-se de pernas
cruzadas no chão, no mesmo nível de seu amigo, enxergando as coisas através do
olhar de seu amigo e entendendo o que ele sente.”
Aceitar os Temperamentos
Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem.
Gênesis 1:27
Encontrava-me na plataforma da estação ferroviária de Bangalore, na Índia, esperando meu esposo, Ron. O trem estava atrasado, e eu caminhava de um lado para outro, pela plataforma, ficando mais aborrecida a cada minuto. Por fim o trem apareceu, resfolegando. No momento em que meu marido saltou do trem, minha paciência tinha acabado.
–
Achei que você nunca fosse chegar! – disse eu, carrancuda.
–
Por quê? O que há de errado?
–
Tudo! – reclamei. – Mas principalmente os garotos. – E recitei minhas queixas
enquanto nos dirigíamos para casa, enquanto ele tomava banho e enquanto tomava
sua refeição.
–
Sabe qual é o seu problema, Dorothy? – perguntou ele.
–
O quê? Meu problema? – Olhei para ele, com ar de incredulidade.
–
Sim, Dorothy, seu problema! – Ron deu uma risadinha. – Você está tentando
desempenhar a função de Deus em relação a nossos filhos. Está querendo criá-los
à sua própria imagem. Nossos filhos não se transformarão de jeito nenhum no
tipo de pessoa séria, trabalhadora e perfeccionista que você é. Eles não foram
feitos assim. Por que, então, não para de querer mudá-los?
–
Hum! Talvez você tenha razão – resmunguei.
Detestei
admiti-lo, mas era exatamente isso que eu estava tentando fazer – recriar meus
filhos à minha imagem. Quão ridículo, quando eram todos tão diferentes!
As
coisas melhoraram bastante quando parei de tentar mudar meus filhos e comecei a
apreciá-los por serem as pessoas especiais que realmente eram.
Tive
de aprender que o fato de as pessoas serem diferentes não significa que estejam
erradas. A maneira como cada um de nós encara a vida, nossos temperamentos e
personalidades particulares têm muito a ver com nossa estrutura genética, a
forma como nosso DNA é constituído. Em outras palavras, foi assim que Deus nos
criou.
Procure
as seguintes palavras no dicionário: Sanguíneo, Colérico, Fleumático e
Melancólico. As definições não o fazem lembrar-se de alguém que você conhece?
Procure descobrir mais coisas sobre os temperamentos.
Filhotinhos na Cama
Com amor eterno Eu te amei. Jeremias
31:3
Enquanto Darlene tentava dormir, teve uma ideia maravilhosa. Jogou a coberta para o lado, saiu do quarto na ponta dos pés e abriu cuidadosamente a porta da sala. Podia ouvir o rádio. Seu pai devia estar sentado na poltrona preferida, escutando as notícias. Ouviu também sua mãe, falando ao telefone, na cozinha.
Darlene
desceu lenta e silenciosamente a escada para o porão, onde sua cadelinha de
estimação, Frisky, cuidava de seis filhotinhos numa caixa de madeira. Darlene
pegou dois filhotinhos. Segurando-os junto ao peito, subiu a escada, voltou
para seu quarto, fechou a porta em silêncio e foi para a cama com os dois
cachorrinhos. Que divertido! Suas patinhas minúsculas faziam cócegas quando subiam
pelo seu corpo. Darlene ria em voz baixa.
Nesse
momento, ouviu o som de passos na escada. “Ah, não!”, pensou ela. “É mamãe, que
vem dizer boa-noite. Que é que vou fazer?”
Empurrou
os filhotinhos para os pés da cama, puxou a coberta até o queixo e fingiu estar
dormindo.
Mamãe
abriu a porta e acendeu a luz.
–
Que é que você está fazendo, Darlene? – perguntou ela.
–
Dormindo, mamãe! – Nesse instante, os cachorrinhos começaram a se remexer.
–
O que é que está acontecendo aí embaixo? – A voz de mamãe revelava que ela
estava suspeitando de alguma coisa.
–
Nada! Meus dedos dos pés estão coçando, só isso – disse Darlene, esfregando-os
ardorosamente sob a coberta.
Mamãe
levantou o cobertor, pegou os dois cachorrinhos e deu uma risada.
–
Mas como são engraçados os seus pés! – disse ela.
“Agora
vou ver o que é bom”, pensou Darlene. “Fiz o que não devia, e mamãe vai me
castigar com certeza.”
Sua
mãe se abaixou e deu um beijo nela.
–
Eu amo você, filha. Boa-noite. Vá dormir. E agora, nada de brincadeiras!
Depois
que mamãe saiu, Darlene sentiu-se bem. Sua mãe a amava, embora ela tivesse
feito algo errado. “Mamãe é minha melhor amiga!”, pensou ela, enquanto
adormecia.
Religião Feliz
Mas a todos que O receberam, Ele deu o
direito de se tornarem filhos de Deus. Tudo o que eles precisavam fazer era
confiar nEle como Salvador. João 1:12 (A Bíblia Viva)
Era o ano de 1757. Francis Asbury, de 13 anos de idade, tinha a curiosidade de saber por que os metodistas eram tão felizes. Ele achava que ir à igreja era muito monótono. Não se sentia feliz ouvindo pregações sobre pecadores que seriam destruídos. Religião não era coisa divertida mesmo.
Seu
amigo George o desafiou a espionar os metodistas, para descobrir-lhes o
segredo. Após várias semanas, Francis relatou:
–
Já descobri por que os metodistas são felizes.
–
Então me conte, rápido! – insistiu George.
–
É porque eles sabem com certeza que são filhos de Deus. Estão certos de que vão
para o Céu!
–
Ninguém pode ter certeza disso! – exclamou George. – Nem mesmo se você fosse à
igreja todas as semanas!
Francis
pensou por um momento e depois replicou:
–
Quando o rei George I morreu, o dever do primeiro-ministro foi informar ao
príncipe de Gales que ele seria o novo rei. Quando chegou ao local onde estava
o príncipe, ele e a esposa já tinham ido dormir. Assim, o primeiro-ministro
foi aos seus aposentos para despertá-lo. Ajoelhado, anunciou: “Majestade, agora
sois o rei George II!” O novo rei bocejou e respondeu: “Isso é uma grande
mentira!” E o primeiro-ministro teve de repetir a mensagem.
–
Mas o que é que essa história tem a ver com a felicidade dos metodistas? –
perguntou George.
–
A Bíblia diz que tudo o que precisamos fazer é confiar em Cristo, e seremos
salvos. No momento em que O aceitamos, podemos ter a certeza de ir para o Céu.
A maioria das pessoas fica dizendo por aí: “Isso é uma grande mentira.” A
verdade é que os metodistas creem nisso e são felizes!
Quando
Francis estava com 15 anos, ouviu Alexander Mather pregar acerca da maravilhosa
graça de Deus, que nos aceita apesar daquilo que tenhamos feito. Naquela noite,
ele aceitou a Cristo como seu Salvador. Pela primeira vez na vida, sentiu-se
verdadeiramente feliz!
Francis
teve a impressão de estar voando com as asas do amor. Em seu íntimo, sentiu-se
aceito e feliz. Sabia agora que Deus era seu Amigo.
A Amizade Toma Tempo
Mas o fruto do Espírito é: amor. Gálatas
5:22
“Bem que eu gostaria que eles fossem embora”, pensou Edith Hugoniot, enquanto fazia a limpeza após o desjejum. “Estou cansada desses 30 pares de olhos observando tudo o que faço.”
Os olhos pertenciam ao povo Taru, em Santpur, Índia, onde Edith morava numa casa de barro de dois cômodos e cobertura de palha.
Ela
e seu esposo eram tradutores da Bíblia, e tinham vindo para partilhar as
boas-novas do amor de Deus.
–
Olhe só todas as panelas que eles têm – comentou uma das crianças, olhando pela
porta aberta.
–
Sim – concordou outra. – Olhe todas as coisas que eles têm!
Edith
tentou não demonstrar o quanto ficava ressentida com aqueles comentários. “Nós
não temos mais coisas”, pensava ela. “Só temos coisas diferentes.”
Depois
que a casa ficou limpa, Edith chamou seus dois filhos pequenos, Kenny e David,
para uma caminhada. Mas, naturalmente, aqueles olhos que tinham pés foram atrás
deles, formando um desfile atrás de Kenny.
Kenny
parou.
–
Mamãe, será que essas crianças precisam seguir-nos por toda parte? – perguntou
ele.
Edith
orou enquanto pensava na resposta. Não queria passar para os meninos os seus
próprios sentimentos.
–
Você sabe, Kenny – disse ela por fim –, quando Jesus viveu aqui na Terra, havia
sempre uma multidão atrás dEle. Nem uma única vez
Ele
ordenou que as pessoas fossem embora. Simplesmente as amava.
Satisfeitos,
os meninos continuaram a caminhada, mas Edith ainda se sentia aborrecida com a
situação. Mais tarde, sozinha no quarto, fechou a cortina para que ninguém
pudesse ver lá dentro. Depois deitou-se na cama e chorou.
“Senhor”,
orou Edith, “não consigo amar essas pessoas. Para falar a verdade, mal consigo
tolerar a maneira como ficam olhando para nós.
Sei
que desejas que mostremos o Teu amor a elas, mas simplesmente não consigo.”
Então,
numa voz mansa e suave, Deus falou com ela. “‘O fruto do Espírito é amor.’ Os
frutos levam tempo para crescer.”
Por
estar disposta, com o tempo Edith sentiu que crescia dentro de seu coração o
amor pelo povo Taru.
Abençoando a Titia
Amai os vossos inimigos e orai pelos que
vos perseguem. Mateus 5:44
– Titia é impossível! – confidenciou Ellen a sua amiga
Catherine
Marshall. – Põe defeito nas crianças e me aborrece o tempo todo. Não suporto
vê-la por perto.
–
Já orou sobre isso? – perguntou Catherine.
–
Lógico! Oro todos os dias para que Deus mude a titia e torne mais fácil a
convivência com ela – respondeu Ellen. – Mas não funciona.
Ela
está pior do que antes!
–
Que tal tentar esquecer de mudar a titia? – sugeriu
Catherine.
– Por que não pedir que Deus simplesmente a abençoe e a torne feliz?
–
Mas ela não o merece! – explodiu Ellen.
Catherine
sorriu enquanto Ellen ruminava a ideia de abençoar uma tia velha e mesquinha
que não merecia nada. De repente, um sorriso estampou-se no rosto de Ellen.
–
Acho que nenhum de nós merece algo de Deus, não é mesmo? – disse ela.
–
Nada do que possamos fazer seria suficientemente bom para merecer uma migalha
de Suas mãos – disse Catherine. – Eu, com toda a certeza, não mereço Seu amor
constante e Sua bondade.
–
Estou disposta a tentar sua sugestão – disse Ellen. – Podemos orar sobre isso
agora?
Juntas,
as duas amigas ajoelharam-se para orar pela tia que punha defeito em tudo. A
oração de Ellen foi mais ou menos assim: “Senhor, por favor, abençoa a titia.
Dá-lhe tudo de que ela necessita. Torna-a feliz. Ajuda para que as crianças
possam amá-la. Ajuda-me também a ser mais bondosa com ela. Desejo alegria,
felicidade e todas as coisas boas para titia.
Alguns
dias mais tarde, Ellen telefonou para Catherine.
–
Você não vai acreditar. Titia está agindo de modo muito diferente! Essa ideia
da bênção é dinamite! Nunca vi titia tão feliz, e na verdade estamos gostando
mesmo de tê-la por perto!
Todos
nós temos pessoas que nos incomodam. Parece até que algumas nasceram com o
propósito de perturbar nossa vida. Não gostamos de estar por perto de gente que
faz coisas más contra nós. Contudo, são exatamente essas pessoas que Deus
deseja tornar nossas amigas. Podemos fazer nossa parte, desejando-lhes alegria e
pedindo que Deus as torne felizes.
Um Estranho na Praia
Amai, pois, o estrangeiro. Deuteronômio
10:19
Júlia e Janete Hedstrom correram para a praia. Pararam ao ver que o homem barbudo estava sentado lá de novo, como nos outros dias.
O
estranho não nadava, não pescava, não saía de barco. Nunca falava nem lia.
Simplesmente ficava ali sentado, sem fazer nada.
–
Por que é que ele não vai embora? – reclamou Júlia. – Eu queria vir aqui uma
vez só e não encontrá-lo!
O
dia era escaldante e as meninas queriam nadar, mas não com aquele homem
estranho ali sentado. Finalmente, sua mãe as persuadiu a ficarem sentadas na
praia, lendo, enquanto ela entrava na água. O dia ficou mais quente ainda, e
Janete e Júlia foram vestir seus maiôs.
Enquanto
estavam ausentes, o homem falou.
–
Acho que suas filhas têm medo de mim – disse ele. – Não vou machucá-las.
–
O pai delas morreu há dois anos – disse a mãe. – Não estão acostumadas com a
presença de homens.
–
Cinco meses atrás, um motorista embriagado matou minha esposa, meu filho e
minha filha – disse o homem em voz baixa.
–
Lamento muito! – respondeu a mãe, sentindo-se de repente culpada por todas as
coisas que ela e as meninas haviam dito a respeito dele durante os últimos
dias. Haviam concluído que ele era rico, preguiçoso e sem disposição para fazer
alguma coisa boa. – Posso imaginar a dor que o senhor está sentindo! – acrescentou
ela. – Perder meu esposo também foi difícil.
O
homem enxugou algumas lágrimas e continuou, com a voz entrecortada:
–
Na segunda-feira passada, o médico me disse que estou com câncer e tenho só
três meses de vida.
“Ah,
meu Deus, isso é dor demais para uma pessoa suportar!”, pensou a Sra. Hedstrom.
E procurou palavras que pudessem ajudá-lo.
–
Eu encontrei paz com Deus na Bíblia – disse ela. – Desejo isso para o senhor
também.
Ela
se afastou para esconder as lágrimas que agora corriam rapidamente. “E pensar
que fizemos gracejos acerca de uma pessoa que estava sofrendo tanto!”
O Plano de Peggy
Amai os vossos inimigos e orai pelos que
vos perseguem. Mateus 5:44
Peggy Winters era negra, e alguns de seus colegas acharam que isso era razão suficiente para tratá-la mal. Um dia, quando os alunos entraram na sala, depois do recreio, viram que alguém havia escrito uma palavra feia no desenho de Peggy, no quadro de anúncios.
A
professora retirou o desenho e observou Peggy para ver como estava reagindo.
Peggy estava com o rosto curvado sobre a carteira, lendo um livrinho.
Depois
da aula, a professora inspecionou as carteiras e descobriu o livro de Peggy, um
Novo Testamento. Na primeira página, estava escrita uma frase: “Lembre-se de
Mateus 5:44. Com carinho, papai.”
A
professora leu o texto, que dizia: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que
vos perseguem.”
Na
manhã seguinte, Peggy chegou toda sorridente.
–
Tenho surpresas para todos – contou ela à professora. – Posso entregá-las
agora?
A
professora concordou. Peggy abriu uma caixa e deu uma caneta para cada colega.
Na parte superior, havia uma bolha de líquido e um minúsculo navio flutuando lá
dentro.
Depois
da aula, outro dia, Peggy aproximou-se da mesa da professora.
–
Preciso falar com a senhora.
A
professora fechou o caderno que estava corrigindo e olhou para Peggy, ali
parada, torcendo a trança em volta do dedo.
–
A senhora não pode obrigá-los a gostarem de mim – começou ela.
–
Eu sei – concordou a professora. – Mas posso tentar. Eles não devem tratá-la mal.
–
Tenho um plano – disse Peggy. – É o plano O.P.T. Papai o ensinou para mim. A
senhora sabe de que estou falando?
–
Não – admitiu a professora.
–
Oração, paciência e tempo. Quero que gostem de mim, mas preciso ter paciência e
dar tempo. Enquanto isso, posso orar por eles.
–
Certo – concordou a professora.
Peggy
virou-se para sair, mas tinha mais uma coisa que queria dizer à professora.
–
Quando amamos nossos inimigos como a Bíblia diz, então às vezes eles deixam de
ser inimigos.
O Milagre de Lobo
Seu propósito era adotar-nos como
filhos. Gálatas 4:5 (ICB)
Tiago, de oito anos de idade; Clara, de seis anos; e Laura, de quatro, sabiam bem o que era sentir-se deslocados. Quando a mãe deles morreu num acidente, foram colocados em lares de outras pessoas, antes que Donald e Sharon Dykhouse decidissem adotá-los. Tiago,
Clara
e Laura ficariam juntos. Tornar-se-iam os filhos de Donald e Sharon.
Pertenceriam a alguém.
Mas
as crianças não entendiam. Haviam sido colocadas em muitas casas. Não
acreditavam que daquela vez era para valer. Não permitiriam que Donald e Sharon
as amassem.
Foi
então que o casal Dykhouse decidiu adotar também o Lobo, um grande cão de pelo
preto, liso e sedoso que precisava de uma casa.
Logo
depois de chegar, Lobo, já tinha decidido fazer amizade com as crianças.
Quando
Laura chorava, Lobo lhe lambia o rosto e deixava evidente que queria brincar
com ela. Em pouco tempo, Laura estava rindo e perseguindo o cachorro ao redor
da casa. Lobo ensinou Tiago a brincadeira de jogar algo para que ele fosse
apanhar e trazer de volta, e todos os dias divertiam-se juntos. Quando Clara se
sentia triste, procurava Lobo, e o cão simplesmente se deitava para que ela o
abraçasse e chorasse junto dele.
Pouco
a pouco, Lobo operou um milagre de amor entre as três crianças. Brincava com elas,
acompanhava-as por toda parte e as aceitava como eram. Não importava se elas
riam ou choravam. Ele estava ali para fazer companhia. As crianças começaram a
sentir que a casa era sua; que elas faziam parte da família Dykhouse.
Um
dia, Laura perguntou à nova mãe:
–
O Lobo é um cachorro de criação ou um cachorro adotado?
–
Adotado – respondeu sua mãe. – Isso significa que não estamos apenas cuidando
dele. Ele pertence a nós. Faz parte da família.
–
E se ele for desobediente? Vai mandá-lo embora? – perguntou Laura.
–
Nunca!
–
Nós também fomos adotados – disse Tiago.
–
Com certeza! – completou Sharon com um sorriso.
–
Vocês são nossos filhos. Jamais mandaremos vocês embora. A casa de vocês é
aqui.
O Novo Amigo de Lass
Eu vos serei propício, diz o Senhor
Deus. Ezequiel 43:27
Filipe Keller encontrou Lass acorrentada pela coleira a um poste de aço e presa com outra corrente que ia do pescoço à perna traseira. O animal revolvia-se no chão. Depois, com as orelhas para trás, ladrava e avançava para morder.
–
Não consigo fazer nada com ela! – disse o proprietário. – Ela pula cercas,
persegue carros e inferniza a vizinhança.
Filipe
observou a cadela de expressão triste. Era da raça collie e tinha dois anos de
idade – possivelmente além de qualquer esperança.
Filipe
olhou dentro de seus olhos e pensou: “Você é um animal inteligente. Tenho pena
da maneira como está sendo tratada. Poderia ser uma excelente ovelheira. Acho
que vou tentar ajudá-la.”
Lass
não demonstrou gratidão. No trajeto para a casa dele, ficou o tempo todo sob o
assento do carro e rosnava, mostrando os dentes quando Filipe tentava tocá-la.
Em
casa, na fazenda, ele preparou um confortável canil, bom alimento, água limpa e
uma longa corrente, para que Lass pudesse movimentar-se. Ela recusou-se,
entretanto, a entrar no canil. Rejeitou alimento e água, e não permitiu que
Filipe a acariciasse. Começou a perder peso.
Compreendendo
o desejo de Lass, Filipe soltou-a. Ela disparou para dentro do mato. Por vários
dias, permaneceu escondida. Então, numa tardezinha, Lass apareceu no topo de
uma rocha, atrás da casa.
Filipe
a chamou pelo nome, mas ela correu. Ele levou alimento e água para a rocha. Na
manhã seguinte, não havia mais nada. Durante
várias
semanas, Filipe deixou comida e água para ela. Desaparecia tudo cada noite.
“Como
eu gostaria que ela ficasse!” pensou Filipe. “Gostaria que ela me conhecesse,
confiasse em mim, aprendesse a me amar, a trabalhar comigo e a ser minha
amiga.”
Então,
ao entardecer de certo dia, Filipe estava do lado de fora da casa, observando
as ovelhas no pasto, ao crepúsculo dourado. Era um lindo cenário, e Filipe o
contemplava extasiado, com as mãos atrás das costas.
De
repente, sentiu um focinho morno tocando suas mãos. Lass tinha vindo para casa.
Ela o havia aceitado como amigo.
O Fio Verde
Ele é longânimo para convosco, não
querendo que nenhum pereça. 2 Pedro 3:9
“Não estou pronta para a volta de Jesus”, pensou a jovem Ellen Harmon, aos 15 anos de idade. “Ah, que coisa terrível é estar perdida!”
Durante
três semanas, Ellen sentiu-se deprimida, achando que Deus a rejeitara. Então um
sonho lhe deu esperanças.
Parecia
estar sentada com as mãos no rosto, refletindo assim: “Se Jesus estivesse na
Terra, eu iria a Ele, lançar-me-ia a Seus pés, e contar-Lhe-ia todos os meus
sofrimentos. Ele […] teria misericórdia de mim.”
Então
uma porta se abriu e um anjo falou com ela. “Desejas ver a Jesus? […] Toma tudo
que possuis e segue-me.”
Com grande alegria, Ellen juntou suas posses e seguiu seu guia. Ele a conduziu a uma escada íngreme. “Conserve o olhar fixo para cima, a fim de que não fique atordoada e caia.”
Com grande alegria, Ellen juntou suas posses e seguiu seu guia. Ele a conduziu a uma escada íngreme. “Conserve o olhar fixo para cima, a fim de que não fique atordoada e caia.”
No
último degrau, o anjo disse: “Você deve deixar tudo aqui.” Ellen deixou todos
os seus tesouros e seguiu o guia por uma porta aberta.
Lá
estava Jesus, mais glorioso do que ela podia imaginar. Acerca dessa
experiência, ela escreveu mais tarde:
“Vi
logo que Ele estava familiarizado com todos os acontecimentos de minha vida e
todos os meus íntimos pensamentos e sentimentos.
“Procurei
furtar-me ao Seu olhar, sentindo-me incapaz de suportá-lo por ser tão
penetrante; Ele, porém, Se aproximou com um sorriso, e, pondo a mão sobre minha
cabeça, disse: ‘Não temas.’ O som de Sua doce voz agitou-me o coração com uma
felicidade que nunca antes experimentara” (Primeiros Escritos, p. 79, 80).
Seu
guia abriu a porta e mandou-a tomar de novo todos os seus tesouros.
Entregou-lhe um fio verde muito bem enovelado e disse:
“Coloque-o
perto do coração, e quando quiser ver a Jesus, tire-o de lá e estire-o
inteiramente.”
O
sonho deu esperança a Ellen. Ela ficou sabendo que Deus a amava. O fio verde
representava fé para seu coração, e ela viu quão fácil era confiar em Deus.
Amor num Olhar
Então, voltando-Se o Senhor, fixou os
olhos em Pedro. Lucas 22:61
O frio era terrível no Norte do estado da Virgínia, EUA. Um idoso senhor, agarrado ao seu agasalho, encontrava-se junto à margem do rio. Do outro lado, o calor de uma lareira o aguardava, mas não havia um barco ali, e nem uma ponte para atravessar o rio.
“Parece
que alguns cavalos se aproximam”, falou o velho homem para o vento. “Talvez um
dos cavaleiros me dê uma carona para atravessar o rio.”
Na
verdade, cinco cavaleiros chegaram galopando, e depois reduziram a velocidade
ao se aproximarem do rio.
O
primeiro cavaleiro conduziu seu cavalo para dentro do rio gelado sem dar
atenção ao homem, e este não disse nada. Ele deixou que o segundo cavaleiro
também passasse, depois o terceiro e o quarto.
Quando
o quinto se aproximou, o velho disse:
–
Senhor, poderia fazer a gentileza de dar-me uma carona para o outro lado do
rio?
–
É claro!
O
estranho parou e ajudou o velhinho a subir para sua garupa. Em pouco tempo,
haviam feito a travessia, e o idoso senhor desceu para o chão.
–
Desculpe-me, senhor – disse o quinto cavaleiro. – Por que não pediu carona aos
outros cavaleiros que já passaram?
–
Simplesmente olhei para os olhos de cada um e neles não vi amor – respondeu o
velho. – Sabia que seria inútil pedir carona. Quando olhei nos seus olhos, vi a
disposição de ajudar. Percebi que não recusaria meu pedido.
–
Interessante! – disse o cavalheiro. – Obrigado por me contar isso. – E acenando
com seu chapéu, o Presidente Thomas Jefferson seguiu para a Casa Branca.
Os
especialistas em comunicação concordam em que o rosto é a mais importante fonte
de informação acerca das emoções.
Especialmente
os olhos falam com clareza sobre aquilo que está no coração de uma pessoa.
Pedro
experimentou essa verdade na noite em que negou que conhecia a Jesus. No
momento em que o galo cantava, Jesus olhou para Pedro. Naquele olhar, Pedro viu
amor e aceitação. Entendendo que Jesus ainda o amava, apesar do que havia
feito, Pedro sentiu-se envergonhado. Aquele olhar de amor transformou a vida de
Pedro.
Linguagem Corporal
Compadecido dele, correndo, o abraçou, e
beijou. Lucas 15:20
Esse verso descreve a linguagem corporal do pai do filho pródigo. É a linguagem corporal do amor. Braços abertos comunicam aceitação.
Você
consegue imaginar como teria sido a linguagem corporal do irmão mais velho?
Posso vê-lo parado atrás de seu pai, com os braços cruzados e um olhar
carrancudo de desaprovação.
Pernas
ou braços cruzados comunicam desagrado ou falta de receptividade. Pessoas com
os braços cruzados estão transmitindo a mensagem segundo a qual desejam que
você fique a distância. É sua forma de proteger-se de sua aproximação. Braços
cruzados comunicam rejeição.
Melissa
era casada com um evangelista que viajava bastante. Visitavam uma igreja
diferente quase a cada sábado. Já que seu esposo em geral estava pregando,
Melissa ficava sentada sozinha na congregação.
“Por
que será que ninguém se senta ao meu lado?” refletia ela, enquanto semana após
semana ficava num banco vazio. “Parece que as pessoas me evitam por alguma
razão.”
Um
dia, então, ela percebeu sua linguagem corporal. Estava sentada no final do
banco, tendo as pernas e os braços cruzados firmemente. Por sua escolha da
extremidade do banco e por suas pernas e braços cruzados, ela estava
inconscientemente afastando as pessoas.
Sua
linguagem corporal dizia a todos: “Mantenham distância! Não quero que se sentem
aqui comigo. Este banco é só para mim!”
Na
semana seguinte, Melissa fez uma experiência na área da comunicação. Sentou-se
perto do centro do banco. Descruzou braços e pernas, deixando-os numa posição
descontraída. Sorria e acenava levemente com a cabeça quando as pessoas olhavam
na sua direção.
O
banco se encheu de pessoas à sua esquerda e à sua direita.
Agora
sua linguagem corporal dizia: “Por favor, fiquem junto comigo! Gostaria que
vocês ficassem neste banco. Gostaria de ser sua amiga.”
Se
um rapaz está em pé junto à parede com os braços cruzados, provavelmente não
seja hora de convidá-lo para jogar uma partida. Se uma garota estiver sentada
numa posição fechada, provavelmente dirá “não” a um rapaz que a convide para um
passeio.
Mensagens dos Olhos
Vem, meçamos armas. 2 Reis 14:8
Nosso cachorro perdigueiro, Matt, é bem inteligente! Ele sabe que o contato dos olhos é importante na comunicação. Outro dia, observei enquanto ele procurava obter a atenção de meu esposo, que lia o jornal.
Matt
sentou-se na frente de Ron e emitiu uma espécie de ganido que ele dá quando
quer ir para fora.
–
Oi, Matt! – disse Ron, sem tirar os olhos do jornal.
Matt
levantou-se e correu para a porta, ganindo um pouco mais alto.
Nenhuma
resposta de seu dono!
Matt
retornou e sentou-se na frente de Ron, olhando fixamente para o jornal por um
momento, aquele jornal que o impedia de fazer chegar sua mensagem. Estendeu
então uma pata e tirou o jornal das mãos de Ron!
–
Matt! – repreendeu Ron.
–
Arf, arf! – respondeu Matt, correndo na direção da porta.
–
Ah, você quer sair; é isso? – perguntou Ron, levantando-se finalmente.
Matt
revirou os olhos para Ron, como se estivesse dizendo: “Rapaz, como você é
lerdo! O que é que você acha que estive tentando dizer nos últimos três
minutos?”
O
nível do olhar também é importante. Se você deseja dar uma mensagem amistosa e
receptiva, precisa colocar-se no mesmo nível do olhar de seu amigo. Se você se
coloca acima dele, olhando para baixo, está passando uma mensagem de
superioridade, de querer
exercer
o controle.
Até
nosso cachorro Matt sabe disso acerca da amizade! Muitas vezes, nós o levamos
para uma caminhada, numa trilha ao longo de um rio que passa perto de nossa
casa. Geralmente encontramos várias pessoas que também estão caminhando com seus
cães. Quando Matt vê que outro cão se aproxima, imediatamente se deita com o
focinho no chão, abaixando-se o máximo possível. Isso transmite uma mensagem de
amizade e aceitação para o outro cachorro.
Está
você querendo transmitir uma mensagem para uma criancinha? Não dê a impressão
de que você é um gigante ameaçador, olhando lá de cima. Abaixe-se até ficar no
mesmo nível de seu olhar, e dê a mensagem. É certo que a criança vai achar você
o máximo!
Postura de Aceitação
Não me ocultes o rosto; […] inclina-me
os ouvidos. Salmo 102:2
O salmista está pedindo que Deus assuma uma postura de aceitação. Vamos descrever uma postura amigável.
1.
Face a face. Se você quer mostrar que está interessado em alguém, fixe os olhos
no rosto da pessoa que está falando e fique face a face, ombro a ombro.
2.
Posição aberta. Uma pessoa amiga conserva as pernas e os braços descruzados.
3.
Inclinação para a frente. Você pode comunicar aceitação e interesse, inclinando
o corpo um pouquinho na direção da pessoa que está falando. Pense numa partida
de futebol. Quando o jogo está “esquentando”, qual é a postura dos torcedores?
Eles ficam na extremidade do assento, inclinados para a frente, numa posição de
expectativa.
Inclinar-se para trás quer dizer: “Não concordo com você” ou então “Não tenho interesse naquilo que você quer dizer” ou ainda “Não quero aproximar-me de você”.
Inclinar-se para trás quer dizer: “Não concordo com você” ou então “Não tenho interesse naquilo que você quer dizer” ou ainda “Não quero aproximar-me de você”.
4.
Contato do olhar. Para muitos de nós é difícil estabelecer contato através dos
olhos. Olhamos em volta da sala, para o chão ou para alguma outra coisa que
está acontecendo. Quando não olhamos para o rosto da pessoa, estamos dizendo:
“Não estou muito interessado naquilo que você tem a dizer. Eu gostaria de sair
daqui o mais rápido possível.”
Inconscientemente interpretamos a falta de contato visual como hostilidade. Não ficamos junto de pessoas que se recusam a nos olhar dentro dos olhos.
Inconscientemente interpretamos a falta de contato visual como hostilidade. Não ficamos junto de pessoas que se recusam a nos olhar dentro dos olhos.
5.
Músculos relaxados. Músculos tensos dizem às pessoas que temos medo delas, que
não confiamos nelas. Uma postura relaxada comunica que nos sentimos à vontade
com a pessoa, felizes por estar na sua companhia ou que confiamos nela.
O Toque do Amor
E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe.
Mateus 8:3
Quando Jesus tocou o homem leproso, este foi curado. Quando Jesus tocou o cego, este pôde ver. Quando Jesus tocou a menina morta, ela retornou à vida. Há um poder operador de milagres no toque do amor.
Certa
vez, Helen Colton, repórter do New York Times, entrevistou Marilyn Monroe,
popular atriz de cinema há algumas décadas. Marilyn contou acerca de sua
infância, quando passava de uma casa para outra como filha de criação, sem
nunca sentir-se realmente aceita.
–
Você alguma vez se sentiu amada por alguma das famílias com quem morou? –
perguntou Helen.
–
Uma vez, quando eu tinha oito anos de idade – respondeu Marilyn. – A senhora
com quem eu morava estava fazendo sua maquiagem enquanto eu a observava. Ela
virou-se e deu uma batidinha nas minhas faces com sua esponjinha do pó de
arroz. Naquele momento, eu me senti amada por ela.
Marilyn
pegou então uma pluminha de pó de arroz de sua penteadeira e passou-a no rosto,
ilustrando o que havia acontecido. Lágrimas lhe encheram os olhos. A lembrança
daquele toque de amor fora poderosa.
Um
toque suave comunica amor e aceitação. Um leve toque no braço, uma batidinha
nas costas, um braço em volta do ombro ou um gentil aperto de mãos quer dizer:
“Estou interessado em você. Quero ser seu amigo.”
Tente
pensar em pelo menos três pessoas a quem você poderia fazer feliz por um toque
de amor. Aqui estão algumas ideias:
1.
Seus pais. Quanto tempo faz que você não abraça seu pai ou passa a mão nas
costas de sua mãe? Um beliscãozinho no braço antes de sair correndo poderia
fazer maravilhas nas relações familiares!
2.
Pessoas idosas. Lembre-se de alguém no seu quarteirão, num asilo ou na igreja.
Crie a oportunidade de dar um abraço em alguém esta semana. Não se surpreenda
se a pessoa começar a chorar!
3.
Pessoas deficientes. Em geral, evitamos tocar pessoas que estão em cadeira de
rodas. Elas têm as mesmas necessidades que as outras. Você poderia fazer a
diferença, pondo a mão no ombro delas e dizendo “Oi!”
Tipos de Abraços
Tendo Labão ouvido as novas de Jacó,
filho de sua irmã,
correu-lhe ao encontro, abraçou-o, beijou-o e o levou para casa. Gênesis 29:13
correu-lhe ao encontro, abraçou-o, beijou-o e o levou para casa. Gênesis 29:13
Tenho
a curiosidade de saber que tipo de abraço Labão deu em Jacó. Aqui estão algumas
possibilidades:
1.
Abraço em Forma de A. As duas pessoas inclinam-se, uma para a outra, tocando
somente a parte superior de seus corpos.
2.
Abraço Arroto de Bebê. A pessoa bate rapidamente em suas costas, como se você
fosse um bebê precisando arrotar. Esse abraço dá a impressão de que a pessoa
está fazendo aquilo porque é necessário.
3.
Abraço Toque de Pandeiro. A pessoa nervosamente faz um rá-tá-tá-tá nas suas
costas com os dedos. Parece que ela quer se desincumbir de algo o mais depressa
possível.
4.
Abraço Chimpanzé. A pessoa bate alternadamente a mão direita e a esquerda, de
leve, em suas costas. Parece que a pessoa não se sente à vontade.
5.
Abraço de Corpo Inteiro e Palmas Inteiras. Acontece quando a pessoa aperta as
palmas de suas mãos, com os dedos juntos, nas suas costas, ou passa as mãos
gentilmente para cima e para baixo nas suas costas. Esse carinho faz bem. É
como se dissesse: “Sou seu amigo.
Gosto
de estar perto de você.” Quando queremos ter a sensação de proximidade com
nossos familiares, como numa ocasião de crise emocional ou num funeral, damos
esse tipo de abraço.
Tente
o seguinte: faça um teste de abraços com os membros de sua família, como se
fosse um jogo. Exagere os movimentos de seu corpo, dedos e mãos. Experimente os
cinco estilos de abraço. Peça-lhes que adivinhem que tipo de abraço você está
dando. Qual é a reação deles em cada tipo? Que estilo você prefere?
Virgínia
Cason, filha do falecido pastor H. M. S. Richards, fundador e orador da Voz da
Profecia, nos Estados Unidos, gosta de lembrar-se dos abraços do seu pai.
Recorda que muitas vezes ele colocava o braço ao redor dos ombros dela,
apertando-a contra si e dizendo:
“Filhinha,
sua mãe e eu a amamos muito. Deus também a ama. Estamos pedindo ao bom Senhor
que a ajude a tomar as decisões acertadas.”
O Medo de Martinho
O Senhor é misericordioso e compassivo;
longânimo e assaz benigno. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos
retribui consoante as nossas iniquidades.
Salmo 103:8, 10
Salmo 103:8, 10
– Martinho, venha cá! – A Sra. Lutero estava carrancuda e segurava um chicote na mão.
–
Sim, mamãe. – Martinho tremia enquanto se aproximava da zangada senhora.
–
Você pegou uma noz da cozinha. Isso é furtar! Nenhum filho meu vai ser um
ladrão! – A Sra. Lutero gritava, batendo com o chicote nas pernas e costas de
Martinho.
–
Me perdoe, mamãe! Não vou fazer isso de novo! – gritava Martinho, mas ela
continuou o espancamento até o sangue começar a correr.
–
Isso deve ensinar-lhe uma boa lição, rapazinho! – disse ela, colocando o
chicote de lado. – Seu pai vai ficar sabendo.
Durante
o dia inteiro, Martinho ficou preocupado com o que aconteceria quando seu pai
voltasse para casa. “Ele provavelmente vai me dar outra surra”, pensou
Martinho. “Não vou levar mais uma. Vou fugir desta cidade. Vou para tão longe,
que eles nunca mais me encontrarão.”
Martinho
escapuliu de casa e correu pelas ruas estreitas. Passou correndo pelas minas e
fornalhas fumegantes do outro lado da cidade.
Viu
árvores e campos a distância, mas estava ficando escuro, e ele se sentia
cansado.
“Vou
procurar um lugar onde dormir agora”, pensou ele. “Amanhã de manhã vou para o
campo.” Olhando ao redor, descobriu uma velha casa. Parecia que ninguém morava
ali. Martinho encolheu-se ao lado da casa e tentou dormir.
Já
estava escuro quando seus pais perceberam sua ausência. Procuraram-no por toda
parte, achando que poderia estar escondido dentro de casa. Quando não o
encontraram, pediram que os vizinhos os ajudassem a procurar pela cidade. Por
fim encontraram Martinho – com frio, fome e medo – perto da velha cabana.
Voltou
para casa com eles, mas depois daquilo empenhou-se por ser bom, a fim de não
ser castigado de novo. Tinha medo de seus pais e de Deus. Achava que Deus era
mesquinho e cruel, como seus pais. Quando cresceu, Martinho Lutero descobriu
que Deus não é assim, de jeito nenhum!
O Menino que Perdeu o Nome
Chamei-te pelo teu nome, tu és Meu.
Isaías 43:1
– Eu não quero fazer oração! – reclamou o pequeno Daniel, de três anos de idade, na hora de dormir.
–
Vamos lá! – a mãe tentou persuadi-lo.
–
Não mesmo! Não quero! – E Daniel pulou para a cama, cruzou os braços e fez cara
feia.
Mamãe
sentou-se na cama dele.
–
Você sabe por que escolhemos o nome Daniel para você? – perguntou ela.
Daniel
balançou a cabeça.
–
Porque Daniel foi um homem que sempre orava. Lembra-se de que ele foi jogado na
cova dos leões porque queria continuar fazendo oração? Deus o livrou porque ele
orava.
–
Não me importo – retrucou Daniel. – Não quero fazer oração.
–
Está bem – disse a mamãe, levantando-se. – Acho que não poderemos mais chamá-lo
de Daniel daqui para a frente. Você será apenas um menino sem nome.
Na
manhã seguinte, quando Daniel apareceu para o desjejum, ouviu a seguinte
saudação:
–
Oi, garoto! Sente-se aqui e tome o seu leite.
–
Meu nome não é garoto; é Daniel – disse ele, mas sua mãe fez de conta que não
ouviu.
–
Quer uma torradinha, garoto? – perguntou ela.
Durante
todo aquele dia, ninguém o chamou pelo nome. Ele começou a ficar com pena de si
mesmo. Finalmente, decidiu fazer oração – e obteve seu nome de volta.
Não
são apenas os meninos de três anos que querem ser chamados por seu nome; todos,
de 3 a 93, acham que seu nome é o som mais doce na face da Terra!
Nosso
nome nos distingue de todas as demais pessoas. Ser chamado pelo nome faz com
que nos sintamos reconhecidos como um indivíduo, alguém importante.
Gostamos
das pessoas que se lembram do nosso nome. Quando esquecem, concluímos que não
se importam muito conosco.
Aqui
estão algumas formas de recordar nomes:
1.
Certifique-se de ter entendido bem o nome na primeira vez em que o ouve. Não
hesite em pedir que a pessoa o repita.
2.
Use o nome imediatamente, na conversa.
3.
Anote o nome, por escrito.
4.
No fim do dia, procure relacionar nomes e fisionomias.
5.
Use o nome da pessoa, cada vez que for cumprimentá-la.
Arno Cedeu
Não seguirás a multidão para fazeres
mal. Êxodo 23:2
Arno Shipowick conheceu um pouco da tristeza que o álcool pode causar. Seu pai havia desperdiçado com bebidas alcoólicas muito do seu dinheiro adquirido com sacrifício. Aos 14 anos de idade, Arno decidiu que nunca beberia.
Mas
as coisas podem mudar em dois anos. Certa noite, seus amigos o convidaram para
uma comemoração no barzinho da cidade.
“Não
preciso tomar nada”, disse Arno para si mesmo. “Vou junto só para me divertir.”
Uma
vez lá dentro, as bebidas começaram a ser servidas. Alguém colocou uma taça na
mão de Arno. Por um momento, ele hesitou.
Lembrou-se
de sua decisão de jamais beber. Mas depois viu que seus amigos olhavam para
ele, esperando sua reação.
“Todos
estão bebendo”, pensou Arno. “Esperam que eu me divirta, que beba e dê risada
com os demais.” Aceitou a taça e a bebeu, estendendo-a para uma nova dose.
O
calorzinho da bebida chegando ao cérebro silenciou qualquer resistência que ele
ainda tivesse. Se era necessário fazer aquilo para ser aceito, então ele o
faria.
O
resto da noite foi um pouco confuso. Arno despertou na manhã seguinte com o
estômago indisposto, boca amarga e uma tremenda dor de cabeça.
–
Preparei um bule de chá para você – disse sua mãe. – Tome um pouco. Sei que vai
ajudar.
–
Ah, mamãe! Fiquei bêbado ontem à noite, não foi? Sinto muito. – Arno olhou para
os escuros e tristes olhos dela. – Simplesmente não consegui evitar. Todos
queriam que eu bebesse junto e… e… bem, eu queria tanto fazer parte…
–
Eu sei – disse a Sra. Shipowick, acariciando o cabelo do filho. – Você queria
fazer parte do grupo. Tinha a intenção de parar depois de um ou dois, mas eles
continuaram oferecendo os drinques e você não pôde recusar.
Arno olhou espantado para sua mãe.
Arno olhou espantado para sua mãe.
–
Foi exatamente assim! Como eu queria ter tido forças para dizer Não!
A Decisão de Roberto
Aos que Me honram, honrarei. 1 Samuel
2:30
Roberto estava em Hong Kong pela primeira vez. Como capitão de um navio, esperava conseguir alguns parceiros de comércio.
“Se
eu tão somente encontrar as pessoas certas”, pensava ele, “estarei a caminho do
sucesso!” Olhando ao redor, no saguão do hotel, Roberto viu um executivo de
meia-idade, aparentando ser próspero. “Bem que eu poderia começar por ele!”
Roberto aproximou-se e se apresentou.
–
Então você está aqui para negociar? – perguntou o homem.
–
É por isso que estou aqui – concordou Roberto com um aceno de cabeça. – Espero
fazer um bom negócio transportando mercadorias entre Hong Kong e São Francisco.
–
Vamos tomar alguma coisa enquanto você me conta seus planos – disse o
comerciante, indicando a direção do bar.
–
Lamento, senhor – disse Roberto. – É muita bondade sua, mas não bebo.
O
comerciante ergueu as sobrancelhas.
–
Você não pode estar falando sério! É assim que se realizam os negócios aqui.
Muitos contratos são feitos junto a uma garrafa de uísque.
–
Sim, senhor. Estou falando sério – sorriu Roberto. – De qualquer maneira,
gostaria de conversar com o senhor a respeito dos meus planos. Poderíamos
sentar aqui?
Encontraram
um sofá e o senhor de mais idade continuou:
–
Permita-me dar-lhe um conselho, rapaz. Você é novo nos negócios. Se quiser ser
aceito, terá de beber socialmente aqui e ali com os parceiros comerciais.
Espera-se isso de você. Não precisa beber muito. Apenas um drinquezinho ou dois
para mostrar que deseja fazer amizade.
–
Não posso fazer isso, senhor – insistiu Roberto. – Seria contrariar minha
crença. Vou descobrir outra forma de ser amigável sem sacrificar meus
princípios.
–
E o seu negócio? Não quer ser bem-sucedido?
–
É lógico – respondeu Roberto. – Deus me ajudará.
–
Se o seu plano é esse, Deus terá de ajudá-lo mesmo! – riu o comerciante.
E
Deus ajudou Roberto. O Capitão Roberto Dollar tornou-se proprietário de uma
grande frota de cargueiros, com o escritório-sede dando vista para a Baía de
São Francisco. Empreendeu negócios no Pacífico, fazendo amizades onde quer que
estivesse.
Teste de Aceitação
Tudo posso nAquele que me fortalece.
Filipenses 4:13
Avalie suas próprias habilidades no terreno social. Em que áreas precisa da ajuda de Deus para melhorar?
1.
Tomo a iniciativa de fazer novas amizades.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
2.
Aceito pessoas de todas as etnias, culturas e nacionalidades.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
3.
Faço amizade com pessoas que têm necessidades especiais.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
4.
Aceito as pessoas como elas são, sem esperar que façam qualquer mudança.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
5.
Aceito as pessoas sem considerar seu visual.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
6.
Dou aos meus amigos a liberdade de expressarem seus sentimentos, sem o medo de
que eu vá criticá-los.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
7.
Não procuro identificar-me com o temperamento de alguém, nem espero que os
outros se amoldem ao meu.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
8.
Oro pelas pessoas que não aprecio e pelas que fazem coisas más contra mim.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
9.
Tiro minhas conclusões sobre as pessoas somente depois de descobrir quem
realmente são.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
10.
Uso a linguagem corporal da aceitação: face a face, posição aberta, inclinação
para a frente, contato dos olhos e músculos relaxados.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
11.
Uso o toque para comunicar aceitação.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
12.
Memorizo o nome das pessoas e uso-o na conversação.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
13.
Para mim é mais importante saber que sou aceito por Deus do que por meus
amigos. Consigo apegar-me aos meus princípios diante de uma multidão.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
14.
Creio que Deus me aceita assim como sou. Creio que Ele me ama, não importa o
que eu tenha feito.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre
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