sábado, 24 de novembro de 2012

Meditação da Mulher - Novembro 2012

Meditação da Mulher
Novembro 2012

1º de novembro quinta

Metamorfose

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar
e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2, NVI

Era verão, e a vegetação luxuriante ao longo da costa atlântica do Brasil produzia mangas e cajus, bem como outras exuberantes delícias nativas. A casinha na qual estávamos hospedados era simples, mas confortável. O sol era muito quente, porém uma brisa constante vinha do oceano e aumentava à tarde, refrescando a casa de noite.

Um dia, vi uma lagarta presa à parte interna da janela da cozinha. Que descoberta alegre! Eu podia acompanhar sua metamorfose, passo a passo. Durante os dias seguintes, cuidei das tarefas domésticas regulares e necessárias, mas não me esqueci de espiar a lagarta, de vez em quando. Os dias pareciam passar lentamente, por causa da minha curiosidade e do meu desejo de observar a mudança que ocorreria com a “minha lagarta”. Um dia, notei uma mudança na cor; tinha passado para o estágio de crisálida. Que diferença! Minhas visitas se tornaram mais frequentes, pois não queria perder os estágios finais da metamorfose. Após o número necessário de dias para que se completasse o processo, a crisálida se sacudiu, em movimentos repentinos, e depois emergiu dali um inseto – uma linda borboleta. Sorrindo, feliz, eu me sentia vitoriosa. O inseto, vacilante, parecia cansado, e descansou perto da janela. Após o que pareceu uma soneca, a borboleta abriu as asas em breves movimentos e voou pela primeira vez, passando pela janela e subindo alto por sobre o quintal.

Depois de testemunhar essa cena, meditei sobre o poder de Deus, que nos pode transformar em outra pessoa. Essa mesma transformação aconteceu com Saul, o primeiro rei de Israel: “O Espírito do Senhor se apossará de você [...] e será um novo homem” (1 Samuel 10:6, NVI).

Aquela borboleta nunca retornou ao estágio de crisálida ou lagarta; infelizmente, porém, Saul voltou a ser o “velho homem”. Que fim triste e trágico para esse rei!

Que conservemos os olhos fixos no Senhor, e que nossa oração, cada dia, seja: “Não me expulses da Tua presença, nem tires de mim o Teu Santo Espírito” (Salmo 51:11, NVI).

Noemia N. Carvalho

2 de novembro sexta

Venha para casa

Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas. Isaías 53:6

Sempre gostei de cães da raça collie, e desejei ter um, em algum momento da minha vida. O Senhor me abençoou com Max. Um dia, vi um anúncio no jornal, dizendo: “Collie grátis, querendo uma casa boa.” Respondi ao anúncio e, quando cheguei ao endereço, Max pulou em mim. Eu soube, então, que ele era meu – o cachorro certo para mim.

Levei Max para casa, caminhei com ele pelo quintal, deixei que corresse e lhe arranjei uma casinha. Em pouco tempo, ele se acostumou ao novo ambiente, bem como à nossa rotina. Então, decidiu que queria explorar além das cercanias imediatas. Tentou, tentou, até conseguir soltar-se. Da primeira vez, ele simplesmente correu ao redor da casa várias vezes, e depois subiu para a varanda, onde ficou deitado até de manhã. Depois, soltou-se mais algumas vezes, indo cada vez um pouco mais longe. Sempre o trazíamos de volta e tentávamos prendê-lo com mais segurança. Da última vez que Max se soltou, ausentou-se por três dias. Fiquei doente. Comentei com meu esposo: “Alguém está com ele”, e fomos a uma loja da vizinhança para colocar um cartaz de cachorro perdido. No dia seguinte, recebemos o telefonema de uma mulher que disse que estava com o Max. Anotei o número e lhe disse que telefonaria quando meu esposo voltasse para casa. Quando ligamos de novo, ela disse: “Ele escapou. Tive que sair e o desamarrei, e ele saiu correndo com alguns cães da vizinhança.” Pediu desculpas e disse que, se o visse de novo, nos avisaria.

Decidimos procurá-lo outra vez, mas nem sinal de Max. Finalmente, quando voltávamos para casa, nossa neta disse: – Olhem, lá está ele!
– Onde? – meu marido e eu perguntamos, sem fôlego. Dito e feito: era Max! Nós o chamamos, e ele veio correndo. A senhora da casa onde ele estava saiu para se encontrar com os donos do Max. Disse que ele era um bom cachorro, e que lhe havia comprado um pouco de ração.

Assim como Max, às vezes queremos explorar o território além das adjacências. Desprendemo-nos e nos enredamos com as coisas deste mundo, e depois nos perdemos. Distanciamo-nos do nosso Criador. Graças a Deus, temos um Pai que nos quer de volta em casa. Na parábola da ovelha perdida, lemos: “Alegrai-vos comigo, porque já achei a Minha ovelha perdida” (Lucas 15:6).

Elaine J. Johnson

3 de novembro sábado

Irmãzinha

E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras
coisas passaram. Apocalipse 21:4

Estou sentada na mesma igreja em que, apenas cinco meses atrás, assisti ao casamento da minha irmã mais nova, Bárbara. Foi ótimo vê-la se casando e reencontrar o restante da família. Fazia tempo que eu não voltava para meu estado natal, a Califórnia. Mas agora, aqui estou de volta, e não pelo motivo feliz que me trouxe antes.

        Lembro-me vividamente do dia em que Bárbara me contou que seu esposo havia falecido. Ainda não consigo acreditar. Mas, sim, preciso acreditar. Aqui estou, no seu funeral, com a família e os amigos. Olho ao redor e vejo muitos rostos conhecidos, pois a maioria das pessoas no funeral assistiu ao casamento. Sentada ao meu lado está Bárbara. Sua tristeza vai além das palavras. Seu futuro, sem dúvida, trará mais sofrimento, já que ela enfrenta desafios financeiros e outros. Isso me faz pensar em meu esposo. Quantas vezes fui ríspida com ele ou me dirigi a ele com palavras não tão positivas. Eu tenho meu marido, e agora tudo o que minha irmã tem são lembranças do curto período que ela e o esposo passaram juntos.

Muitas vezes, consideramos como um direito adquirido as bênçãos que Deus nos dá. Sejam bens, sejam pessoas, tendemos a ser menos do que bons mordomos daquilo que Ele coloca sob nosso cuidado.

Hoje é um dia muito triste para mim e minha família, mas com ele aprendo algumas lições. Primeira, fico agradecida porque minha família pôde assistir ao casamento. Quase não viemos devido a razões financeiras. Mas teríamos perdido uma parte importante e feliz da vida de minha irmã. Deus é impressionante! Ele pensa nas pequenas coisas que podem se tornar importantes no futuro. Segunda, tenho procurado ver meu esposo sob uma luz diferente. Não me entenda mal. Ele é um bom homem, mas até um homem bom tem coisas que incomodam a esposa – como deixar abertas as portas do guarda-louça, roupas espalhadas por toda parte, se esquecer de buscar as crianças, e a lista continua. Sob as circunstâncias presentes, tudo isso parece tão pequeno! Assim, hoje, reconsagro minha vida a Deus... e ao meu esposo, aguardando mais aventuras com ambos. Testemunhei a alternativa, e ela é de cortar o coração.

Por favor, Senhor conforta minha irmã.

Mary M. J. Wagoner-Angelin

4 de novembro domingo

Pegadas na neve

E aquele que não carrega sua cruz e não Me segue não pode ser Meu discípulo. Lucas 14:27, NVI

Era um belo dia de inverno. Alguns amigos e eu decidimos caminhar na neve. Depois de seguir por uma estrada, fomos atravessar um campo.

A neve havia formado uma crosta durante as frias noites de inverno, e começamos a pisar com força para avançar. Seguimos uns aos outros; o homem, sua esposa, e depois eu andando nas pegadas deles. Eu tentava acompanhar seu ritmo, mas era difícil andar em suas pegadas. Então decidi deixar sua trilha e fazer meu próprio caminho. Achei que seria mais fácil, mas não demorou para que eu percebesse que o mais fácil era seguir nos passos deles, em vez de abrir o meu caminho na neve profunda.

O que dizer sobre seguir a Jesus? Estamos no caminho certo, seguindo Suas pegadas, ou tentamos abrir nosso próprio caminho? Nem sempre é fácil seguir a Jesus. Quando decidimos seguir o Senhor de todo o coração, temos que lutar contra dificuldades e tentações. Jesus sabia disso e declarou: “E aquele que não carrega sua cruz e não Me segue não pode ser Meu discípulo” (Lucas 14:27), e: “Quem não toma a sua cruz e não Me segue, não é digno de Mim” (Mateus 10:38, NVI). Essas são palavras duras. Que significam elas para nós?

É uma decisão crucial. Quem a tomar não se lamentará, embora as pessoas e as circunstâncias possam tornar difícil segui-Lo. Mas precisamos pensar em Jesus, que é nosso exemplo e percorreu o caminho antes de nós. Ele sofreu em nosso lugar, tomando sobre Si nossos fracassos e pecados, para que pudéssemos seguir com segurança as Suas pegadas. A trilha que Jesus tomou não foi fácil – custou-Lhe a própria vida. Ele fez isso porque ama a você e a mim.

No poema “Pegadas na Areia”, Mary Stevenson escreve: “Quando viste na areia apenas um par de pegadas, foi exatamente aí que te carreguei nos braços.” Não estamos sós. Temos alguém conosco, alguém que Se interessa intensamente por nós. Não importa qual seja a sua vida, Jesus conhece as dificuldades e caminha com você. Ele a carrega, quando você não consegue avançar por conta própria. Quando você não souber como continuar, quando sua cruz parecer pesada demais, Ele a ajudará a carregá-la. É mais fácil colocar os pés nas pegadas na neve do que fazer a própria trilha. É mais fácil andar nas pegadas de Jesus do que avançar sem Ele. Decida seguir a Jesus hoje. Não desista!

Katharina Heise

5 de novembro segunda

Antes de pedirmos...

E será que, antes que clamem, Eu responderei; estando eles ainda falando, Eu os ouvirei. Isaías 65:24

Tínhamos recentemente feito a mudança para uma nova cidade, e soubemos, através de novos amigos, que a região era quase isenta de crimes. As coisas, porém, mudaram bem depressa. Um dia, eu voltava do trabalho e encontrei nossa casa totalmente saqueada. O ladrão havia levado vários objetos de valor, incluindo um gravador de cassetes com todas as nossas fitas religiosas. O alimento para a semana também se fora.

Fiquei aflita. Estava grávida, e por isso não queria me sentir indevidamente agitada. Meu esposo havia voltado a estudar, e por isso estávamos vivendo um momento financeiro difícil. Eu era a única responsável pelo ganha-pão. Comecei a derramar a alma perante o Senhor. Enquanto falava com Ele, comecei a expressar-Lhe agradecimento e louvor, por ter permitido que estivéssemos ausentes no momento do furto, o que nos salvou de maiores danos.

Nesse momento, o telefone tocou. Era meu esposo, ligando do colégio, e o som da sua voz me trouxe paz. Ele contou que a polícia havia prendido o ladrão, e pedido que meu esposo fosse à delegacia. Lá, ele foi solicitado a identificar vários objetos – e todos nos pertenciam. Antes mesmo que ele chegasse em casa para ver o que fora roubado, tudo havia sido recuperado.

Uma senhora havia ido à delegacia. Ela contou à polícia que seu filho rebelde havia recentemente voltado da cidade grande. Enquanto ele dormia, ela ouviu música religiosa tocando no quarto dele, algo que não lhe era característico. Entrando no quarto, ela viu os sacos de objetos roubados e nosso nome nos cassetes. Então, pegou tudo e o levou à delegacia. Antes mesmo que houvéssemos clamado a Deus, Ele resolveu a situação.

Aquele rapaz não desistiu, porém. Um ano depois, entrou novamente na nossa casa. Dessa vez, os vizinhos nos socorreram, armados. Clamei de novo ao meu Deus, pedindo que salvasse aquele jovem; que simplesmente nos permitisse ter nossas coisas de volta. Deus interveio uma segunda vez. As coisas roubadas foram encontradas e devolvidas; o rapaz não chegou a ser capturado. Creio que minhas orações e as de sua mãe o livraram da morte certa. Deus, realmente, chega na hora. Antes que clamássemos, Ele respondeu, enviando auxílio enquanto ainda falávamos.

Shirnet Wellington

6 de novembro terça

Nenhum engano!

O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as Suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. Filipenses 4:19, NVI

Meu esposo era pastor em Midland, Texas. Nosso filho havia acabado de ir para um internato cristão, e nossa filha mais velha estava na escola da igreja local. Eu ficava em casa com nossa menina mais nova, que ainda era bebê. Cada mês era uma batalha financeira. Havíamos, inclusive, assumido a tarefa do nosso filho, de entregar jornais, para ajudar a cobrir as despesas. Num determinado mês, quando se aproximava o dia de chegar a conta escolar, meu esposo me informou que devíamos uns 200 dólares à escola.

Ao receber o pagamento mensal, meu esposo sempre devolvia fielmente o dízimo. Também era muito generoso com o orçamento da igreja e outras ofertas. Reter o dinheiro do dízimo ou de outras ofertas para pagar a mensalidade da escola – ou qualquer outra conta – nunca entraria em suas cogitações, e nesse mês não foi diferente. Ele simplesmente confiaria na providência de Deus para suprir o dinheiro necessário.

A conta chegou. Meu esposo a abriu e a estudou por um tempo muito longo. Finalmente, entregou-me a conta e disse: “Acho que a escola cometeu um engano. O extrato mostra que temos um crédito de 200 dólares.”

Mais tarde, naquele dia, ele escreveu uma carta à escola, dizendo que tinha certeza de que eles haviam cometido um equívoco; nós estávamos certos de que devíamos 200 dólares.

Não temos mais a resposta que a escola nos enviou, mas me lembro bem dela: “É um prazer informar-lhe que não cometemos erro nenhum. Um amigo seu, muito generoso, e que deseja permanecer anônimo, enviou à escola o dinheiro para a conta de Brian. O extrato está correto e o senhor não nos deve nada. Tenha um ótimo dia!” E tivemos mesmo!

Jesus promete que suprirá exatamente aquilo de que necessitamos, quando necessitarmos. A viúva do tempo de Elias não recebeu um abastecimento de farinha e óleo para um ano, de uma vez só. Ela obtinha apenas o necessário para um dia de cada vez. Jesus disse que não nos preocupássemos quanto ao dia de amanhã: “Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal” (Mateus 6:34, NVI). Ele deseja que confiemos nEle para o dia de hoje, apenas.

Sharon Oster

7 de novembro quarta

Um cântico no rádio

Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela
súplica, com ações de graças. Filipenses 4:6

A caminho do trabalho, eu chorava tanto que mal via a estrada. Era uma gloriosa manhã de inverno na Flórida, minha hora preferida do dia, meu tempo a sós com Deus. Mas aquele dia foi diferente. Eu tinha pensado que Deus estava guiando minha família e que havia aberto uma porta para mim, mas agora não tinha tanta certeza. Sete meses antes, meu esposo, Steven, e eu tomamos uma decisão dolorosa de nos mudarmos de Nova York para a Flórida. Nossa filha mais nova, Cassandra, sofria de asma grave, e de alergias a produtos alimentícios que lhe ameaçavam a vida. Seu único alívio vinha durante as férias de verão na Flórida, com minha família. Assim, querendo que ela tivesse maior qualidade de vida, decidimos que eu me mudaria com as meninas para a casa dos meus pais na Flórida, a fim de determinar se morar lá durante um ano seria vantajoso para Cassandra. Steven permaneceria em Nova York até que soubéssemos o resultado, e então, no caso de ser favorável, ele pediria uma transferência.

A transição foi suave para as meninas, já que estavam acostumadas a ficar com meus pais. Todavia, decidi que deveria mudar de carreira. Orei a respeito e dei um passo pela fé. Fiquei animada ao saber que tinha créditos suficientes para me candidatar a um certificado de educadora na Flórida. Mas, antes do início do curso, fui informada de que houvera um equívoco e que eu não me qualificava. Fiquei arrasada. Questionei por que Deus me houvera conduzido até esse ponto e depois me abandonado.

Dois meses depois, fui aceita no programa. Nunca fiquei tão sobrecarregada na minha vida. Trabalhava em tempo integral, cuidava das duas meninas e fazia meus trabalhos para a escola! Por isso, as lágrimas. Havia chegado ao ponto de não aguentar mais, e Deus sabia disso. Chorei tanto, que doeu. Aos poucos, tomei consciência de um cântico pelo rádio. A letra aconselhava: fique firme, está chegando a ajuda – Deus salvará o seu dia.

Senti-me como se Deus me houvesse tocado suavemente. Eu estava precisando do Seu toque e conforto. Sabia que a estrada à minha frente não seria fácil, mas sabia também que meu Deus cuidava de mim e me sustentaria – acontecesse o que acontecesse.

Tamara Marquez de Smith

8 de novembro quinta

Uma lição na fila do caixa

Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os Teus decretos. Salmo 119:71

Eu estava na mercearia pela terceira vez naquela sexta-feira, muito aborrecida comigo mesma por ter esquecido um ingrediente muito importante da minha receita preferida, que estava preparando para o sábado. Eu havia convidado várias pessoas para o almoço e queria que tudo estivesse perfeito. A longa fila andava devagar, e me sentia infeliz porque estava amarrada antes do pôr do sol. Para piorar, enquanto todos esperávamos, uma mulher à minha frente, começou a contar piadas que nem sequer eram engraçadas. Eu desejava que ela simplesmente ficasse quieta, e me alegrei por não estar perto dela.

Quando ela chegou ao caixa, vi que o funcionário foi bondoso e simpático, perguntando-lhe como estava. Esforcei-me para ouvir a resposta, curiosa para saber por que ela se comportava daquela maneira. O que ela disse me apanhou de surpresa, e estou certa de que me lembrarei daquela resposta até o dia da minha morte. Ela disse: “Procuro ficar rindo, porque, se não o fizer, começo a chorar.” O caixa a animou a fazer o melhor que pudesse e a continuar assim. Quando a pessoa seguinte chegou ao caixa, o funcionário lhe contou que, duas semanas antes, o filho de 15 anos daquela mulher fora encontrado morto a tiros. Eu me senti mal, culpada, e a ponto de chorar também.

A impressão era de que uma nuvem sombria descera sobre o mercado inteiro, pois nada nem ninguém parecia igual. Depois de pagar minhas compras, saí aturdida. Fora do mercado, tudo parecia diferente devido ao meu estado de espírito. A cena continuou a repetir-se em minha mente, e me senti pesarosa. Orei por aquela mulher à noite e continuei a interceder por ela diante de Deus, toda vez que me lembrava daquela sexta-feira no mercado.

No sábado, enquanto almoçava com meus convidados, contei a história da mulher na fila do caixa, que tentava animar a si mesma. Pensei em quantas vezes nos aborrecemos com coisas que as pessoas fazem ou dizem, sem saber a razão de seus atos. Oro para que não só eu, mas todas nós entendamos que as pessoas são levadas a algum tipo de comportamento por causa de uma necessidade em sua vida. Dou graças a Deus pelas lições que me ensinam a aceitar todos com quem entro em contato, sabendo ou não o motivo de seu comportamento. Somos, todos, filhos de Deus e Ele nos ama.

Irisdeane Henley-Charles

9 de novembro sexta

O poder da oração

Alegrem-se sempre. Orem continuamente. Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. 1 Tessalonicenses 5:16-18, NVI.

Toda vez que leio 1 Tessalonicenses 5:16-18, tenho vergonha de mim mesma, lembrando-me de quantas vezes resmunguei diante de Deus, em vez de agradecer-Lhe. Um dia, desejei realmente mudar minha atitude e, como forma de conseguir isso, comecei a escrever frases de oração. A princípio, escrevia em minhas anotações tanto as coisas pelas quais me sentia agradecida, como pedidos de oração. Poucas semanas mais tarde, Mateus 21:22 me chamou a atenção e me ajudou a perceber que crer era o primeiro passo. Diz: “E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão” (NVI).

Desde então, mudei meu modo de escrever meus pedidos de oração. Por exemplo, se eu tinha uma prova no dia seguinte, antes eu escrevia: “Senhor, por favor, dá-me da Tua sabedoria para o exame de amanhã.” Mas agora escrevo: “Senhor, muito obrigada por me dares Tua sabedoria para o exame de amanhã.” De modo surpreendente, a maioria das minhas orações tem sido atendida.

Um dos meus ansiosos pedidos era que meu pai frequentasse a igreja. Ele havia sido batizado antes que meu esposo e eu fôssemos estudar nas Filipinas, e íamos à igreja juntos. Mas, depois que partimos, ele deixou de frequentar. Toda vez que eu insistia com ele para que fosse à igreja, ele ficava bravo. Na verdade, papai bebia e fumava muito. Um dia, recebi uma notícia impressionante. Ele estava tentando deixar o cigarro. O que o fizera mudar? Deus. Uma vez por semana, eu procurava saber se ele havia fumado ou não, e descobri que ele não tinha nem mesmo o desejo de fumar. Seis meses passaram. Meu pai deixou de fumar, permanentemente.

Além disso, recebi notícias boas de minha mãe. Papai não gostava que os membros da igreja o visitassem em casa. Se soubesse que alguém viria, ele saía e só voltava para casa depois que houvessem ido embora. Mas um dia os membros da igreja chegaram para uma visita e papai conversou com eles.

Não sei expressar plenamente, com palavras, o reconhecimento a Deus que me enche o coração. Todo o mundo dizia ser impossível que meu pai abandonasse o cigarro e se convertesse. Contudo, aprendi que Deus nunca desistiu do meu pai. Nada é impossível para Deus. Não há oração que Ele ignore. Como é incrível o amor de Deus!

Romi Chae

10 de novembro sábado

Lágrimas

E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. Apocalipse 21:4

Meu esposo e eu estávamos no hospital. O centro de hemodiálise havia recomendado que ele fosse até lá, já que não haviam conseguido tirar fluido suficiente do seu corpo após uma insuficiência cardíaca congestiva. Observei outras pessoas que também estavam esperando.

Sentada sozinha, numa cadeira de rodas, estava uma mulher, talvez com seus 20 e poucos anos. Tinha uma enorme mancha preta ao redor de um olho e, enquanto eu a observava, ela começou a chorar. Ninguém parecia notá-la. Eu me senti mal por ela, e quando vi que ela não tinha lenço para enxugar as lágrimas, fui até lá, coloquei meu braço no seu ombro e lhe dei um lenço de papel.

– Há algo que eu possa fazer por você? – Ela balançou a cabeça. – Há algo que eu possa buscar para você?

– Um pouco de água seria bom – respondeu ela.

Então, comprei uma garrafa de água e levei-a para ela. A moça me agradeceu e voltei ao meu assento. Mas ela continuava a chorar.

Logo depois chegou uma senhora e sentou-se com ela. Senti alívio porque ela não mais estava sozinha. Então chegou um homem jovem. Parece até natural que às vezes pensemos o pior em algumas situações, e me perguntei se teria sido ele quem lhe aplicara um soco no olho. Esperei que não.

O nome do meu esposo foi chamado e saímos da sala de espera. Não vi mais a mulher, e a chance é de que nunca mais a veja. Mas tenho pensado nela muitas vezes.

As lágrimas são uma forma de expressar nossas tristezas quando ocorre um falecimento, quando nosso corpo sofre ou quando o coração dói. Elas expressam alegria e felicidade por muitas coisas que nos alegram o coração. Nunca saberei das circunstâncias, mas sei que as lágrimas da mulher me tocaram, e senti a necessidade de ajudá-la.

Algum dia, em breve, não mais haverá lágrimas. Deus as enxugará. Não mais haverá dor nem tristeza, somente alegria e felicidade. Onde quer que haja alegria e felicidade, ali está Jesus. Estou aguardando aquele dia, e tenho certeza de que você está também.

Donna Sherrill

11 de novembro domingo

O vestido perdido

Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. 1 João 1:9, NVI

Não faz muito tempo, me pediram que contasse a história para as crianças durante o culto. Contei algo que me aconteceu quando eu era menina. Como você sabe, as coisas eram muito diferentes naquele tempo. As pessoas não tinham a fartura de coisas que têm hoje. Não havia TV nem video games. Eu tinha apenas dois vestidos para usar na escola e um para a igreja. Tinha um par de sapatos para a escola e um par para a igreja.

Um dia, uma garotinha que ia ao jardim da infância comigo, veio brincar e trouxe sua boneca. Eu também tinha uma boneca. Essa menina tinha dois vestidos para a sua boneca. Dois vestidos! Puxa! Divertimo-nos muito, trocando as roupas das bonecas. Enquanto a amiga brincava com meus brinquedos, vesti minha boneca com seu próprio vestido, tirando o vestidinho que era da boneca da amiga. Pensei em quão divertido seria se minha boneca tivesse dois vestidos. Num instante, enfiei o vestido da boneca da minha amiga na lateral do sofá, bem no fundo.

Não demorou muito, a mãe da minha amiga voltou, e a menina pegou sua boneca para ir para casa. Mas onde estava o outro vestido? Ninguém sabia. Todas nós procuramos o vestido. A mãe dela. Minha mãe. Minha amiga. Até eu, mas ninguém o encontrou. Em seguida, tiveram que sair sem o vestido. Mais tarde, peguei o vestido e o levei para o meu quarto, mas nem cheguei a brincar com ele porque tinha medo de que mamãe o visse na minha boneca, e ficasse sabendo o que fiz.

A segunda vez que me lembrei do vestido foi quando quis ser batizada. Não sabia onde estava a menina – nem o vestidinho! Como poderia acertar as coisas? Decidi dar todo o dinheiro que tinha – 1 dólar e 16 centavos – na hora da oferta para pagar pelo vestido. A outra vez que o vestido da boneca me veio à mente foi quando eu estava na igreja e o pastor falou sobre endireitar as coisas. Às vezes, Satanás gosta de nos dar um tapinha no ombro e perguntar: “Está lembrada do vestido da boneca?” – ou o que for que tenhamos feito. Mas Jesus diz: “Peça perdão, e será perdoada.” Não precisamos ficar pagando indefinidamente.

Falei às crianças sobre os três imperativos “Vá”: Se você fez (ou ainda faz) algo errado, vá à pessoa que você prejudicou e peça desculpas. Vá a Jesus e peça que Ele lhe perdoe. E diga a Satanás que vá embora, pois Jesus já perdoou você.

Judy Gray Seeger Cherry

12 de novembro segunda

Ele o deixou cair

Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.
Mateus 6:33, 34, NVI

Dou risada sozinha, às vezes, quando me acontecem coisas estranhas por causa do meu esquecimento, coisas que menos espero. Houve um período na minha vida em que me encontrava financeiramente no nível mais baixo. Talvez você também já tenha estado lá, procurando fazer coisinhas aqui e ali para esticar o dinheiro até o fim do mês.

Um dia, enquanto preparava um plano de aula para meu filho, a quem leciono em casa, percebi que tinha um bocado de coisas para fazer, e decidi procurar um caderno na estante. Queria anotar alguns projetos e me organizar. Encontrei, sim, um caderno novo, mas quando o tirei, algo caiu ao chão. Olhei para baixo e vi – um maço de cédulas de dólar dobradas! Fiquei impressionada, mal acreditando nos meus olhos. “Deus, isso é para mim?” gritei, eufórica. “De onde veio esse dinheiro? Tu o deixaste cair?” Curvei-me rapidamente, peguei o dinheiro e então passei a contá-lo: 10, 20, 30, 40... Fiquei atônita, até às lágrimas, quando cheguei à última nota e encontrei 310 dólares na minha mão. De onde veio todo esse dinheiro?, foi o que me perguntei, enquanto me sentava, aturdida. Então me lembrei.

Enquanto trabalhava num projeto, decidi pôr de lado algum dinheiro, simplesmente porque não queria gastá-lo com despesas corriqueiras. Mas eu tinha esquecido completamente que havia colocado o dinheiro ali. Uma tonta! Como pude ter esquecido? Só Deus sabe. Mas tudo o que posso dizer é que Ele o deixou cair justamente quando se tornou necessário. Como fui abençoada! Muito obrigada, Pai, por Tuas misericórdias de cada dia! Elas são novas cada manhã.

Quando a esperança se vai e a frustração lhe toma o lugar, quando o espírito se abate e deixamos de pedir porque nossa fé também se foi, tenhamos confiança e creiamos nEle. Deus vai deixar cair na sua frente uma chuva de bênçãos. Isso é o que Ele tem. Assim como disse a compositora de um hino: “Há um Amigo que sabe dos ais que da alma se vão, e no momento oportuno os torna em suave canção.”

Shelly-Ann Patricia Zabala

13 de novembro terça

Jesus resplandece

Tu és a minha lâmpada, ó Senhor! 2 Samuel 22:29, NVI

Enquanto descíamos a rua da vila naquela noite de sexta-feira, não precisávamos de lanterna para ver o caminho. Tudo o que precisávamos fazer era ouvir. A bela música era nosso guia. Vozes de jovens que se reuniam para adorar a Jesus Cristo e começar o sábado juntos enchiam o ar da noite. As vozes eram a lâmpada que nos guiava em meio à escuridão.

Sempre há algo de especial nos cultos de sexta-feira à noite nas vilas da Índia. A música pode continuar por horas a fio, e a simpatia e o amor irradiam de igrejas e locais de encontro. Essa sexta-feira não era exceção.

Minha mensagem naquela noite foi sobre o amor de Jesus Cristo. Quando comecei a falar à congregação, a eletricidade se foi. Isso não era incomum. Rapidamente foram trazidas velas, e colocadas em lugares estratégicos na igreja. Esse é um processo bem conhecido entre os aldeões. Naquela noite, a luz de velas acrescentou algo especial à atmosfera.

Os jovens se aglomeravam na cabana de barro e bambu. Muitos estavam em pé contra a parede dos fundos, e os que ficaram do lado de fora ouviam junto às janelas e portas. Com a luz fraca, pude vê-los sorrindo e concordando com movimentos da cabeça. Fiquei emocionada quando percebi quão famintos estavam eles para ouvir a Palavra de Deus e adorá-Lo. Orei continuamente para que o Espírito Santo falasse por meu intermédio, a fim de que ouvissem exatamente aquilo que o Senhor desejava que ouvissem. Quando minha tradutora e eu terminamos, a música começou de novo, e entendi que algo maravilhoso havia acontecido naquela noite. Como louvei a Deus por ter-me permitido ser parte daquilo tudo!

Eu tinha sido convidada para ir àquele estado do nordeste da Índia a fim de presenciar os batismos que se realizariam no sábado. Foi meu privilégio falar, tanto na sexta-feira à noite quanto no sábado pela manhã. Como foi maravilhoso e emocionante interagir com aqueles jovens e vê-los seguindo o exemplo de Jesus, ao serem batizados! Sua bela música está sendo usada agora para disseminar o evangelho de Jesus Cristo e trazer outros das trevas para a luz.

Aqui, nesta vila primitiva, aprendi que, mesmo nas trevas, a luz de Jesus Cristo resplandece. Ele está no controle, mesmo nas horas e nos lugares mais escuros da nossa vida.

Candy Zook

14 de novembro quarta

Confia no Senhor

Esperei confiantemente pelo Senhor; Ele Se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Salmo 40:1

Não havia saída diante de algumas provas. Comecei a perguntar a Deus: “Por quê?” Enfrentando uma angústia assim, desejei saber por que o apóstolo Paulo fora inspirado a escrever Romanos 8:28: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” Como pode uma angústia como essa sobrevir àqueles que amam a Deus? Não entendo, Senhor!

Comecei a implorar o auxílio divino, orando mais do que nunca. A presença do espírito de perdão era necessária em minha vida, e essas súplicas se tornaram parte da minha vida diária. Eu lutava contra a mágoa e o ressentimento e pedia o fruto do Espírito mencionado em Gálatas 5:22, 23. Como eu precisava ser transformada! Achei que estivesse incomodando a Deus, ao orar tanto. Então pensei: Se Ele diz que devemos orar sem cessar, não vai ficar incomodado com minhas orações pedindo socorro a cada momento.

Conflitos insuportáveis me rodeavam, mas havia a esperança de ser feliz algum dia. Felicidade – que palavra difícil! Hoje, porém, sei que ela existe. Felicidade neste mundo, só, não é o importante – Jesus faz a diferença. Devemos acreditar na promessa que Ele fez de estar conosco.

Os “por quês?” que eu usava para questionar a Deus deram a volta e começaram a me questionar. Hoje, posso afirmar que só Deus é perfeito, só Deus não nos engana. Nós erramos e sofremos por causa das faltas dos outros. Mesmo assim, Deus ouve nosso clamor e responde aos nossos pedidos. Às vezes, acho que nossas orações não passam do teto, mas isso é só impressão. Em minha compreensão limitada, achava que Deus demorava um longo tempo para me ouvir. Hoje, diante da certeza de que Ele me ouve, preciso dar-Lhe graças. Senhor, muito obrigada por Teu amor, por estares presente sempre em minhas tribulações. Louvado seja o nome de Deus porque Ele nos ouve, independentemente do transcurso do tempo.

Devemos ser pacientes enquanto esperamos pelo Senhor, pacientes quanto ao momento certo de receber a resposta dEle. Para Deus não há atraso. Não devemos exigir que Ele nos responda tão logo peçamos. Devemos crer que Ele nos ajudará. Muito obrigada, Senhor, por nos salvares, embora não o mereçamos!

Marivan de Oliveira Almeida

15 de novembro quinta

Travessia na África

Eis que Eu envio um Anjo adiante de ti, para que te guarde pelo caminho e te leve ao lugar que tenho preparado. Êxodo 23:20

Tínhamos viajado de carro toda aquela sexta-feira rumo ao parque Masai Mara, no Quênia. A maior parte da estrada era irregular e cansativa. Estávamos de volta à África por apenas três semanas, e esse era nosso primeiro “safári” depois de morar 14 anos em Sidney, Austrália. Ao longo do trajeto até Mara, havíamos dado carona a algumas pessoas e, no fim do dia, louvávamos a Deus pelo passageiro com o saco de batatas. Isso porque um homem alto de Masai, voltando para casa com alimento para a família, estava conosco quando irrompeu a tormenta.

A chuva caía em torrentes, e logo nos encontramos enfrentando um rio caudaloso – que havia sido uma estrada! Paramos numa “ilha” em meio a toda aquela água. Meu marido teve a ideia de dirigir até ela e continuar ali com nosso veículo de tração nas quatro rodas, mas fiquei aterrorizada com isso. O homem Masai, James, disse: “Vamos dar a volta e retornar ao ponto mais alto da planície, para encontrar outro caminho.” Concordei, ansiosamente, e ele nos conduziu através de um “lago” de água. A visibilidade era quase zero, sem sinal de estrada. Ele dizia: “Vire para a esquerda, vire à direita, por aqui, por ali”, e nós, cuidadosa e lentamente, levamos o carro por onde ele nos conduzia, embora não houvesse, absolutamente, evidência de alguma estrada. Chegamos, por fim, à casa dele. Expressamos-lhe nosso agradecimento. Cremos que Deus o enviara a nós.

A chuva tinha diminuído um pouco, mas ainda tínhamos um trecho a percorrer. À nossa frente, ia uma pequena caminhonete branca. Dissemos um ao outro: “Se aquele carro pode, certamente nosso veículo com tração nas quatro rodas vai conseguir!” Então, devagar, conduzimos nosso veículo sobre pedras e correnteza, assim como o carro à nossa frente fazia. Chegamos à ponte sobre o rio Mara, gratos porque ela não estava sob a água, pois o rio é cheio de crocodilos e hipopótamos. Atravessamos, subimos a colina e, após passar por algumas zebras e girafas que se alimentavam, encontramos nosso local de acampamento, enquanto caía a noite africana. Que alívio! Sei que Deus mandou James para nos guiar e o carro branco à frente para nos mostrar o caminho. Louvado seja Ele!

Foi muito tranquilizador, no momento em que começávamos nosso trabalho como missionários, ter a certeza de que Deus ouvia nossas orações e cuidava de nós. Que bênção é confiar nEle!

Joy Butler

16 de novembro sexta

Lavanderia Graça

Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas. Apocalipse 22:14

A Lavanderia Graça está instalada ao lado do mercado Giant Food, em Chillum, Maryland, na Eastern Avenue, que vem de Washington, DC. Uma placa do lado de fora da porta, na calçada, diz: “Graça – Nosso propósito é dar-lhe uma boa aparência. Todo trabalho é feito no local. Lavagem a seco. Lavanderia. Reformas.”

As pessoas nem sempre precisaram de roupa lavada a seco ou reformada; na verdade, nem sempre precisaram de roupa. Em certo sentido, nossos primeiros pais, Adão e Eva, se vestiam apenas com inocência. O pecado substituiu sua inocência com sentimentos de vergonha. Depois disso, eles viram que estavam nus. Deus matou um dos animais a quem Adão tinha dado nome e, com sua pele, fez trajes para Adão e Eva. Ali jazia o corpo de um animal inocente que, eles sabiam, sacrificara a vida para que eles tivessem boa aparência outra vez.

Durante milênios, as pessoas sacrificaram animais como ofertas pelo pecado, para fazer roupas, para alimento, proteção e esporte. Cada animal sacrificado insensibiliza um pouco mais o choque de matar. Deus precisou escrever os Dez Mandamentos porque as pessoas se haviam esquecido dos elementos básicos de como ser bom. Em pouco tempo, as ofertas pelo pecado se tornaram rotina; os animais se tornaram meros bens móveis.

Então, Jesus veio ao mundo.

Jesus conviveu com pessoas. Jesus viveu uma vida inocente de pecado. Sua inocência chocava, incomodava e enraivecia as pessoas. Quem deseja viver perto de alguém que faz você se sentir sujo e vil, enquanto você está querendo impressionar? Depois, Jesus foi crucificado; morreu como sacrifício para fazer com que as pessoas tivessem boa aparência de novo. Três dias depois, Jesus voltou à vida, visitou Seus amigos e retornou ao Céu para estar com o Pai.

Qualquer pessoa que deseje causar boa impressão, sentir-se bem, ser boa, pode pedir isso diretamente a Jesus, através da oração. Eu gosto da Lavanderia Graça! É um lembrete de que a graça é um grande favor. A graça de Deus veste você com a inocência imaculadamente limpa e sem rugas de Jesus, fazendo com que ela lhe sirva perfeitamente, dando-lhe a melhor das aparências.

Carol June Hooker

17 de novembro sábado

De geração em geração

O Senhor é bom e o Seu amor leal é eterno; a Sua fidelidade permanece por todas as gerações. Salmo 100:4, 5

Era sexta-feira à noite. Jo Ann, de quatro anos, observava a mãe, Ethel, sentada na cozinha, com a bolsa no colo. Ethel procurou em todos os compartimentos da bolsa e então, pela segunda vez, despejou seu conteúdo sobre a mesa. Talvez alguma moeda houvesse caído para dentro do forro da bolsa e ela não a tivesse visto. Mas não havia nada ali. Por fim, ela disse a Jo Ann que talvez não pudessem ir à igreja na manhã seguinte, pois não havia dinheiro para a passagem do bonde.

Jo Ann estava sentada no chão, aos pés de Ethel. Não gostou de pensar que não poderiam ir à igreja. Afinal de contas, elas estavam prontas. O cabelo havia sido lavado com xampu e penteado, e elas já sabiam que roupa iam vestir. Olhando para o rosto da mãe, viu que ela estava igualmente desapontada. Jo Ann se surpreendeu ao ver que um adulto podia se sentir tão mal quanto ela. Mas sabia que, para as duas, o ponto alto da semana era a Escola Sabatina e o culto – e agora parecia que teriam que ficar em casa. Ir caminhando até a igreja estava fora de cogitação. St. Louis é uma cidade grande e a igreja ficava a quilômetros de distância. Precisavam, inclusive, tomar dois bondes. Ethel acreditava que, se tão somente pudessem chegar lá, alguém faria a gentileza de levá-las para casa. Tudo de que precisavam era de uma moeda para a passagem.

Durante toda aquela semana, enquanto brincava na cozinha, Jo Ann havia notado uma coisa elevada sob a extremidade da passadeira de linóleo, perto da porta. Tivera a intenção de olhar embaixo, para descobrir o que causava aquela protuberância, mas por alguma razão não olhara – até aquele momento. Então algo lhe chamou a atenção: Ali estava aquele altinho. Ela foi até lá e afastou para trás o linóleo.
Ali, para seu deleite, encontrou uma moeda de dez centavos! Ela correu até Ethel e mostrou a moeda. O rosto de Ethel se iluminou com um sorriso. “Nós vamos à igreja amanhã!” anunciou. O que lhes faltava eram exatamente dez centavos.

Ninguém soube como uma moeda de dez centavos entrara embaixo do linóleo, mas ela estava ali, esperando. Incidentes como esse produzem fé em crianças pequenas, permitindo que saibam que Deus Se interessa pelos menores detalhes da vida daqueles que desejam agradá-Lo. “E será que, antes que clamem, Eu responderei” (Isaías 65:24).

Jo Ann Wetteland

18 de novembro domingo

Conheça Jesus

Em Deus eu confio, e não temerei. [...] Pois me livraste da morte e os meus pés de tropeçarem, para que eu ande diante de Deus na luz que ilumina os vivos. Salmo 56:11-13, NVI

Nasci no Japão e cresci no seio de uma família cristã. Meus pais incutiram em mim o respeito para com Deus. Sou muito grata a eles.

Quando eu tinha 15 anos, meu pai foi aos Estados Unidos para fazer doutorado. Por várias razões, fui matriculada num internato da igreja, longe da minha família, e morei no dormitório. Tudo o que eu via era novo para mim. As pessoas ao meu redor eram bondosas e amigáveis, mas tive dificuldade por causa da barreira do idioma. Muitas vezes, sentia-me desnorteada, sozinha e assustada. Quando me sentia só, falava com Jesus através da oração. Ele entendia minhas palavras e meus pensamentos, e Se tornou meu melhor Amigo.

Certa manhã, apareceu uma erupção nas minhas pernas. A enfermeira da escola me levou para consultar um médico e ele diagnosticou sumagre venenoso. Sugeriu que eu tomasse um banho de espuma e me deu uns comprimidos. Mas, uma semana depois, a alergia se havia espalhado por todo o meu corpo, com exceção do rosto. Causava coceiras terríveis. Eu não conseguia dormir à noite, e durante o dia sentia grande incômodo. Orei a Deus para que me socorresse.

Vários meses passaram, mas não houve melhora; a situação ficou pior. Consultei outro médico e tentei outros medicamentos também. Nessa ocasião, comecei a ler acerca de Jó, que sofreu com chagas dolorosas. Quando olho para trás, vejo que Deus estava me preparando para que eu me humilhasse diante dEle. Ele estava tirando de mim toda a minha força e orgulho humanos.

Um dia, voltei da aula e fui para o meu quarto, onde podia ficar sozinha. Fechei a porta e chorei em silêncio. Tinha medo de que pudesse ser ouvida chorando. Então, de repente, vi Jesus sentado numa pedra, no Jardim das Oliveiras. Era meio-dia, mas ao meu redor estava escuro como a noite. Uma luz fraca brilhou do Seu corpo e me vi no Seu colo. Ouvi Sua voz suave dizendo: “Não tema. Fique em paz.” Naquele momento, todas as minhas tristezas e amarguras desapareceram, e uma paz perfeita tomou conta da minha mente. Há um Deus que me conhece e me ama, e Ele ama você também. Gradualmente, Ele restaurou minha saúde; sou-Lhe grata porque Ele sustenta minha vida até hoje.

Eriko Suzuki

19 de novembro segunda

Ele me ama!

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16

João 3:16 talvez seja o verso mais memorizado e conhecido da Bíblia. Nós, cristãos, temos repetido essas palavras com muita frequência, mas quantas vezes paramos e meditamos no que o verso quer dizer? Deus me amou tanto que deixou o Céu para vir a este planeta amaldiçoado pelo pecado a fim de morrer por mim! Esse é um amor incrível!

Deus tem me dado muitas experiências que apresentam um lampejo daquilo que Seu amor significa – o aperto da mãozinha de um bebê enquanto mama, o sorriso e o aceno de uma criança feliz, um cartão do Dia das Mães. Mas os exemplos mais impressionantes têm vindo do meu esposo. Ele fez muitas coisas ao longo dos anos, coisas que me mostram o quanto ele se interessa por mim. Duas delas, porém, se evidenciam em minhas lembranças. Uma foi nas nossas Bodas de Prata. Queríamos fazer algo muito especial, mas um chamado repentino para que meu esposo pastor se mudasse para outra cidade exigiu alterações em nossos planos. Fiquei desapontada. Mas, no nosso aniversário de casamento, meu esposo me “sequestrou” e me carregou para um lugar ao qual sempre desejei ir. Ele cuidou de tudo – arrumou minha mala, arranjou para que nossa filha ficasse na casa de uma amiga, conseguiu que meu chefe me desse alguns dias de licença e providenciou todas as amenidades no hotel.

Então, no ano seguinte, ele preparou outra surpresa, dessa vez para o meu quinquagésimo aniversário. O dinheiro andava apertado e descobrimos que ele teria que se ausentar. Ele sugeriu que eu o encontrasse em Miami e assim poderíamos passar alguns dias ali. Você pode pensar que dessa vez fiquei desconfiada, mas eu simplesmente ansiava passar algum tempo com ele.

E meu atencioso marido repetiu a dose. Providenciou uma semana em Nova York! Assisti a concertos e vi lugares que sempre desejei ver. Que semana!

Quando reflito sobre essas ocasiões e percebo que meu esposo planejou muito e fez um orçamento para as surpresas, penso em tudo o que Deus tem feito para tornar a vida eterna disponível para mim. Lembro-me das promessas das Escrituras, segundo as quais Ele virá um dia para levar-nos para o Seu lar, onde passaremos a eternidade com Ele. Ah, mal posso esperar essa festa surpresa!

Lynn Smith

20 de novembro terça

Não mais haverá lágrimas

Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou.
Apocalipse 21:4, NVI

Meu esposo e eu estávamos nas Ilhas Gregas, na viagem dos nossos sonhos. O tempo estava lindo, e o mar era de um azul que nunca tínhamos imaginado. Havia passeios maravilhosos e dias cheios de felicidade. Tudo era perfeito. Uma tormenta, porém, se formava.

Um dia, para ter notícias de casa, telefonei para minha filha Neila. Perguntei se estava tudo bem, e ela me respondeu que sim.

Mas percebi tristeza na voz dela. – O que aconteceu? Você está triste.

– Mamãe, acabo de saber que tenho um tumor no pâncreas.

Tumor? Pâncreas? Meu mundo pareceu desmoronar num instante. Ao perceber minha angústia, ela disse: – Não fique assustada, mãe. Pode ser benigno.

Voltamos para casa imediatamente. Começou uma sucessão de dias escuros, seguidos por dias ainda mais tristes de cirurgia, quimioterapia, alguns dias de descanso e depois uma nova série de químio. Desejávamos conservar a esperança, mas sentíamos que a doença progredia.

“Ó Deus”, orei, “não estou preparada para perder minha filha. Por favor, salva minha filha!” A parte difícil foi dizer: “Que se faça a Tua vontade.”

Vieram os longos dias no hospital: analgésicos, morfina, depois doses maiores de morfina para ajudá-la a suportar a dor. “Mamãe, se Deus me ama, por que estou sofrendo deste jeito?”

Como responder? Como fazer com que ela entendesse – e eu também – que, embora não vejamos o Sol, sabemos que ele está lá? Embora não entendêssemos, tínhamos que confiar e saber que Deus estava conosco durante aquele tempo de extrema dor; que Ele sofria conosco e nos enxugava as lágrimas. Minha oração mudou: “Pai, não deixes que ela perca a crença em Ti. Ajuda-a para que ela se apegue à sua fé!” Por fim, ela pediu: “Mãe, ore para que Deus perdoe meus pecados.” Ela havia entregado a vida totalmente a Jesus! Então, como um barco que navega para mais e mais longe da praia, a vida dela se foi.

Mas esse não é o fim. Um dia, a morte será tragada pela vitória. Então proclamaremos: “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” (1 Coríntios 15:55, NVI).

Eunice Michiles Malty

21 de novembro quarta

Preste atenção aos sinais

Olhando o céu, vocês sabem como vai ser o tempo. E como é que não sabem explicar o que querem dizer os sinais desta época? Mateus 16:3, NTLH

Não estava me sentindo bem naquele dia – havia contraído uma gripe durante a viagem – mas, assim mesmo, estava voltando de Trinidad para minha casa em St. Lucia. Quando o avião fez um pouso em Barbados, a caminho de St. Lucia, saí do avião na frente da minha companheira de viagem, Carmen, uma colega de trabalho e amiga. Normalmente esperamos uma pela outra, mas eu estava com um pouco de pressa, ansiosa por descansar meu corpo dolorido. Na pressa, simplesmente segui uma multidão de pessoas à minha frente.
Em pouco tempo, eu me vi parada numa fila da alfândega. Olhei em volta, à procura de Carmen. Ela não se encontrava em lugar nenhum. Estaria eu no lugar errado?

Aproximei-me de uma funcionária da alfândega, entreguei-lhe meus documentos e perguntei se estava no lugar certo. Ela confirmou meus piores temores. Apontou para trás, para as portas por onde eu havia entrado. Uma grande placa dizia “Chegadas”, mas eu estava em trânsito. Como deixei de ver a placa?

Entrei por outro conjunto de portas, orando enquanto andava. Dessa vez, tive certeza de que veria Carmen, mas ela não se encontrava em lugar nenhum. Comecei a ficar realmente preocupada. Como fui me perder tanto, em tão pouco tempo? Olhei pelas janelas de vidro e reconheci a área onde devia estar, mas, de alguma forma, não sabia como chegar lá. O aeroporto estava em reforma, e as saídas e entradas regulares estavam bloqueadas. Olhei meu bilhete e percebi que era hora de embarcar. Orei: Deus, por favor, não me permitas perder o voo para casa!

Nesse momento, uma comissária de bordo entrou por uma porta e lhe perguntei como chegar ao portão certo. Ela apontou para a saída. Passei rapidamente por ela e desci o corredor até o portão. Na metade do caminho, vi Carmen aproximar-se da grande porta automática de vidro. Que alívio!

Se eu tão somente houvesse prestado atenção a alguns sinais importantes, em vez de seguir a multidão, não me haveria perdido. Aquilo que teria sido uma caminhada fácil e breve até o avião seguinte se transformou em apuros desnecessários e pânico. Quase perdi o voo para casa. Ao se aproximar a volta de Jesus, não sigamos a multidão, mas prestemos atenção especial aos sinais ao nosso redor, para não perder o único voo para o lar eterno.

Cavelle S. Regis

22 de novembro quinta

Atitude de gratidão

Deem graças ao Senhor, porque Ele é bom. O Seu amor dura para sempre! Salmo 136:1, NVI

Ação de graças é uma atitude de gratidão. Em 1 Tessalonicenses 5:18, lemos: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” Ao contrário da cultura ocidental de ação de graças, na qual as mesas ficam repletas de peru, purê de batata, recheios e tortas de abóbora, meus avós enfeixavam um décimo de sua colheita e o entregavam à igreja. Isso demonstrava seu espírito de gratidão. Testemunhar sua fidelidade a cada ano, enquanto crescia, alicerçou minha compreensão daquilo que significa ser grato ao Criador do Universo, ao Provedor da vida para cada planta que cresce e cada ser vivo que respira.

Certa vez, fiz uma palestra matinal de Ação de Graças, centralizada na essência da gratidão, comparada com o nascimento de uma borboleta. Ela não começa a vida como uma criatura linda, voadora e feliz. Começa como uma lagarta que rasteja. No momento certo, ela tece um casulo ao seu redor e então, ainda dentro do casulo, é transformada numa bela, colorida e alada borboleta, aparentemente dizendo: “Muito obrigada, muito obrigada!”

Nosso crescimento, como seres humanos, segue o mesmo padrão. Bebês, criados à imagem de Deus, são dependentes de nutrição e amor. Enquanto crescem, Deus Se ocupa formando e moldando-os conforme Seu caráter através das experiências – incluindo as provações – da vida.

Visitando a fábrica de vidro Murano em Veneza, Itália, vi um quadro autêntico de como Deus me molda. Observar como o vidro é colocado sob o fogo e moldado da forma como os artesãos desejam, me fez lembrar que cada lágrima que desliza indica o modo pelo qual Deus me molda à semelhança do Seu caráter. Aqueles belos candelabros e lâmpadas eram autênticas criações testadas pelo fogo. Ter sido apurada no fogo me faz sair como ouro puro. Na verdade, 1 Pedro 1:7 nos diz que nossa fé genuína é ainda mais preciosa que ouro.

Saber que Deus está ocupado em me transformar e moldar, habilitando-me para o Céu, me dá esse espírito de gratidão como um fôlego de vida. Jó, em meio ao seu turbilhão, disse: “Bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1:21). Em resposta a seus amigos, disse: “Embora Ele me mate, ainda assim esperarei nEle” (Jó 13:15, NVI). Ser agradecido significa andar pela estrada da gratidão, pois o espírito de ação de graças nasce na adversidade e nas dificuldades da vida.

Edna B. Bacate-Domingo

23 de novembro sexta

Deus e as conservas

E o meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades. Filipenses 4:19

Quando eu vivia o início da adolescência, nossa família passou por algumas experiências difíceis da Grande Depressão. Para aumentar nosso escasso abastecimento de comida, às vezes viajávamos a regiões onde as frutas eram menos caras – ou até de graça – para aqueles que as colhiam.

A viagem da qual mais me lembro foi aquela para colher mirtilos no pantanal. Antes do nascer do dia, naquela manhã, estávamos todos em pé e prontos para ir – mamãe, papai, meu irmão, minha irmãzinha e eu. Baldes e algumas tinas de lavar roupa haviam sido colocados no carro, na esperança de que estivessem cheios no fim do dia. Assim que o sol surgiu, chegamos às áreas pantanosas onde cresciam os mirtilos. Com um ancinho que meu pai inventou, feito em casa, ele logo encheu uma tina com as frutinhas. Cada um de nós levou um balde e colheu tanto quanto pôde.

No dia seguinte, em casa, todas as mãos se ocuparam fazendo conservas. Usamos aquilo que, na época, era uma nova forma de fazer conservas: as tampas Kerr. As instruções diziam como fechar os vidros. Instruíam sobre o modo de remover os anéis com cuidado, quando os vidros tivessem esfriado, para reutilizar esses anéis a fim de lacrar os demais vidros. Fizemos 200 litros de conserva, levando-os cuidadosamente para o porão, e colocando-os em filas caprichadas nas prateleiras. Como demos graças a Deus por aquelas frutinhas!

Aquele inverno foi rigoroso em Wisconsin. A temperatura caiu e chegou a - 43 ºC. Na primeira manhã daquela onda de frio, descemos ao porão para verificar nosso precioso abastecimento. Quando olhamos para as prateleiras, nosso coração quase parou. Todos os vidros se haviam congelado. As tampas estavam uns dois centímetros acima do topo do vidro, mas nenhum quebrou.

Aquela severa onda de frio durou três semanas. Então, uma coisa espantosa aconteceu. Quando os vidros descongelaram, as tampas voltaram ao seu lugar no topo de cada vidro. Mamãe levou um deles para usá-lo no desjejum, e descobriu que ele se havia lacrado novamente, por si. Não, ele não se lacrou sozinho: Deus poupara misericordiosamente os nossos 200 litros de conserva, selando novamente as tampas. Sempre que comíamos as conservas naquele inverno, dizíamos um “muito obrigado” extra a Deus, por tê-las lacrado novamente.

Naomi Zalabak

24 de novembro sábado

Belas tapeçarias

Pois eu quero muito vê-los, a fim de repartir bênçãos espirituais com vocês para fortalecê-los, quer dizer, para que nos animemos uns aos
outros por meio da fé que vocês e eu temos. Romanos 1:11, 12, NTLH

Cada ano, quando o verão se despede e o outono começa, faço um inventário enquanto preparo nossa lista de correspondência para o fim do ano. É o momento de fazer o censo, não de coisas, mas de amigos. Não que eu tenha ignorado os amigos – eles estão sempre nas minhas orações – mas porque a celebração do dia de Ação de Graças vem junto com o outono, e me sinto especialmente grata pelos amigos. Não é linda a maneira pela qual as amizades se entrelaçam com a nossa vida, fazendo de nós tapeçarias vivas? Juntos, tornamo-nos parte da obra do Tapeceiro Mestre.

Nada me agrada mais do que receber uma amiga que passa para fazer uma visita ou algum hóspede em viagem. Quando meu esposo e eu morávamos em Kansas City, recebíamos a visita de muitos amigos em viagem. Mas quando moramos no norte de Michigan, descobrimos que poucos viajantes passavam por lá. Mesmo sendo uma região bonita, ficava um tanto fora de mão.

Mas, onde quer que morássemos, embora as visitas não fossem possíveis, cartas e telefonemas conservavam próxima a amizade. Essas missivas têm sido uma presença confortadora. Considero cada carta que já recebi ou que escrevi uma forma de homenagem, uma expressão de “Eu te amo”.

Quando alguém se muda bastante, como aconteceu conosco ao longo dos anos, é necessário esforçar-se para conservar os tapetes em bom estado. Tenho muitas amigas que não vejo há 40 anos, talvez, mas nossa comunicação se mantém firme. Ainda nos telefonamos e rimos como o fazíamos quando éramos jovens. O riso nunca sai de moda nem de forma! Algumas vezes, porém, essas ligações envolvem aflição, e choramos juntas. Pode alguém compreender nossas lágrimas melhor que um amigo?

Nunca tive uma tapeçaria autêntica, pendurada na parede da minha casa. Mas já tive muitas belas tapeçarias penduradas no coração – as amizades. Às vezes, a vida se apresenta atravancada e não se tem tempo para escrever cartas. Contudo, isso não significa que não estamos pensando nos amigos. Conto cada um como um presente do Tapeceiro, e por isso não permito que se desgastem as bordas dessas valiosas obras de Sua arte.

Betty Kossick

25 de novembro domingo

O Senhor é nosso marido

Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o Seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; Ele é chamado o Deus de toda a Terra. Isaías 54:5

Eu os ouvi, bem antes de vê-los. Enormes bandos de gansos canadenses voavam para o sul, à procura de um lugar para passar o inverno. Vi um pesaroso ganso dando a volta – seria, talvez, para procurar um companheiro perdido? Por fim, ele retornou de novo e se uniu ao último dos bandos, ainda com seu grito de lamento.

Sei entendê-lo, se ele perdeu seu companheiro. Eu perdi o meu, há mais de um ano. Ainda sinto sua falta; sempre sentirei sua falta – até que o Senhor volte. Você se acostuma com um relacionamento confortável após 57 anos de casamento. Li que o acasalamento dos gansos canadenses dura para o resto da vida. A maioria das mulheres da minha família não se casou de novo após perder o esposo, e não creio que eu vá quebrar essa tradição.

A Bíblia diz que o Senhor é nosso marido, e fico satisfeita com isso. Não se pode pedir um substituto melhor para o marido, se isso se torna necessário. Deus promete que estará sempre ao nosso dispor quando precisarmos dEle; Ele nunca falha conosco e prometeu voltar para levar-nos com Ele para o lar.

Acho difícil tomar decisões sem alguém que sempre me ajudou a tomá-las. Sinto falta da experiência do meu esposo, mas estou aprendendo a depender do Senhor, e Ele encontra maneiras de me mostrar o caminho que devo seguir.

Moro numa grande área para jubilados, onde há muitas viúvas em minha igreja, e apenas alguns viúvos. As estatísticas nos dizem que o esposo é, com frequência, o primeiro a falecer. Tem sido assim em minha igreja e na maior parte das igrejas ao redor. Valorizo muito a minha família da igreja, pois, ao contrário de muitas outras pessoas, fiquei sem parentes próximos. Meu esposo e eu perdemos um bebê por ocasião do nascimento, e uma filha de 28 anos de idade. Meus pais já faleceram anos atrás, e meus dois irmãos se foram. Tenho duas sobrinhas, um sobrinho e uma tia-avó de 88 anos que mora no Canadá, bem como alguns primos.

Aqueles que assistem a seminários sobre o controle do estresse aprendem que o estressor número um na vida é a perda do cônjuge. Aguardo, assim como muitas outras pessoas, o dia em que nosso Senhor voltará para devolver-nos os nossos entes queridos que faleceram. Que chegue logo o dia da Sua vinda!

Loraine F. Sweetland

26 de novembro segunda

Ruídos estranhos

Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Salmo 91:1, RC

Passava da meia-noite quando acordei, e meu esposo me disse que ouvira um ruído estranho numa das portas do nosso quarto. Ele disse que era como se alguém tentasse abrir a porta. Não levei a questão muito a sério, já que nossa casa é grande e é comum ouvir sons diferentes à noite. Assim, apagamos a luz e nos acomodamos para voltar a dormir. Então, após alguns minutos, quando tudo estava em silêncio, ouvi claramente o som de alguém tocando a fechadura da porta. Com um salto, fiquei em pé, acendi a luz e olhei na direção da porta. Embora tivéssemos a impressão de que havia alguém do outro lado, tudo ficou muito quieto. Esperamos um longo tempo e apagamos a luz de novo, mas desta vez ficamos sentados para esperar. Após alguns segundos, o ruído começou de novo. Parecia que alguém estava usando uma chave de fenda para afrouxar os parafusos da porta. Acendemos a luz outra vez.

Eu estava arrepiada de medo e tremendo muito. Nem meu marido nem eu nos lembramos de que os parafusos da porta estavam do lado de dentro, de modo que ninguém poderia soltá-los do lado de fora. Também era estranho que nosso cachorro estivesse dormindo tranquilamente lá fora, sob a janela. Quisemos ligar para a recepção do condomínio onde moramos, porém estávamos um pouco apreensivos. Talvez não houvesse ninguém por trás da porta e, no dia seguinte, toda a vizinhança riria de nós.

Enquanto aguardávamos, olhei de repente para o chão e vi um camundongo correndo para se esconder embaixo da nossa cama. Não sei de onde ele surgiu, mas, ao ver-se sem saída, fizera sons de arranhar na porta, como alguém que tentava abri-la. Aquilo foi demais para mim. Dei um pulo e corri para o closet, fechando a porta atrás de mim. Meu gentil esposo ficou sozinho para pegar o camundongo.

Essa experiência me ensinou uma lição. Embora oremos e peçamos a proteção de Deus, na realidade não confiamos nEle como deveríamos. Quando deixamos que Ele nos guie, não nos sentimos tão assustados. Às vezes, acabamos por achar graça e rir dos problemas posteriormente, como foi nosso caso, embora tivesse sido assustador naquele momento. Todos precisamos crescer na maturidade cristã. Precisamos confiar plenamente em nosso Pai celestial, para que, em tempos amedrontadores, possamos sentir paz.

Ani Köhler Bravo

27 de novembro terça

O livramento de Deus

Busquei o Senhor, e Ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores. Salmo 34: 4, NVI

O dia primeiro do mês pode atacar os nervos, especialmente se você não tem o dinheiro necessário para pagar o aluguel ou a hipoteca. Orei fervorosamente a semana toda, fazendo a contagem regressiva para o dia primeiro, e clamando a Deus por auxílio. Várias vezes, fiz com que Ele Se lembrasse de que não tenho ninguém mais a quem recorrer, a não ser a Ele. O noticiário falou acerca de um cheque que o governo dos EUA emitiria para todos os pagadores de impostos, e supliquei ao Senhor: “Por favor, não permitas que sigam a ordem alfabética; a letra V ficaria muito distante.”

Geralmente, recebo meu pagamento duas vezes por mês. O ideal é que eu reserve uma porção de cada cheque para cobrir o aluguel, mas o mês anterior tinha envolvido aumento drástico no preço do gás. Depois de pagar algumas contas, devolver o dízimo e dar ofertas, não consegui reservar a quantia necessária. O dia 1º chegou. Eu não havia recebido o tal cheque, e faltavam 200 dólares para o aluguel.

Pela fé, entrei no escritório e apresentei o cheque do aluguel, sabendo muito bem que, se ele chegasse ao banco antes de mim, a conta mostraria saldo insuficiente. Continuei esperando que houvesse dinheiro na correspondência, mas, quando fui à caixa do correio, vi que o funcionário ainda estava distribuindo a correspondência. Enquanto voltava ao meu apartamento, minha fé começou a vacilar e as dúvidas começaram a surgir. Orei: “Senhor, está nas Tuas mãos. Estou fazendo o melhor que posso. Confio em que me segurarás, agora que dei um salto de fé.” Quando entrei no meu apartamento, uma sensação de calma me envolveu e deixei de me preocupar com o assunto.

Algumas horas depois, me lembrei de que não havia buscado a correspondência. Chegando à caixa da correspondência, encontrei muita papelada de propaganda e, enquanto a angústia começava a me dominar, notei um envelope da minha empresa de seguros. Abrindo-o rapidamente, vi que eles haviam, por fim, atendido a minha solicitação quanto a substituir itens que haviam sido danificados pela água, quatro meses antes.

“Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que Ele prometeu” (Hebreus 10:36, NVI). Deus, que tudo pode, não falhará.

Desrene L. Vernon

28 de novembro quarta

Gravados

Eu não me esquecerei de você! Veja, Eu gravei você nas palmas das Minhas mãos. Isaías 49:15, 16, NVI

“Que bandeja linda!” disse Debra, ao colocar fatias de torta de abóbora nos pratinhos de sobremesa. “O que diz essa gravação?” “Ah, são os nomes dos meus pais. Eles a usaram no seu casamento e nas Bodas de Ouro. Na parte de trás estão os nomes dos seus netos – meu filho, duas sobrinhas e seus cônjuges. Todos esses casais usaram a bandeja na recepção do seu enlace matrimonial.” Meus pensamentos se voltaram para a bandeja.

Dorothie e Delbert, 29 de maio de 1939. Mentalmente, vi a risadinha de mamãe e o orgulhoso sorriso de papai, ao cumprimentarem seus amigos por ocasião das Bodas de Ouro. Mas minhas lembranças não pararam por aí. Lembrei-me de um filme doméstico antigo da recepção do casamento deles, realizada no gramado em frente à casa dos meus avós: mamãe segurando a cauda do vestido ao subir os degraus; papai olhando orgulhosamente para a noiva. Cumprimentando os convidados, estavam meus queridos avós, muito mais jovens do que a lembrança que tenho deles.

Lauren e Robert, 6 de maio de 2006. Ouvi as notas de um coral ascendendo à cúpula dourada da igreja, e vi Laurie e Rob, sérios mas alegres, trocando os votos matrimoniais. Stephanie e Garrick, 3 de setembro de 2006. Ouvi de novo a exclamação do meu filho, ao perceber que seu pai usaria mesmo uma gravata para a ocasião. Vi Garrick e Steph, com o rosto iluminado por sorrisos, dividindo um docinho com a palavra “Sim” escrita com glacê.

Liane e Jason, 28 de julho de 2007. Vi minha sobrinha e seu esposo caminhando de mãos dadas ao longo da praia, sob uma chuva de pétalas de rosa.

Se algumas palavras gravadas numa bandeja para bolo podem gerar lembranças tão fortes e imediatas, o que aconteceria se eu escrevesse o nome dos meus queridos na palma da minha mão? Toda vez que picasse uma cebola, eu me lembraria do meu filho. Toda vez que clicasse o mouse do computador, oraria por minhas sobrinhas. Quando limpasse o jardim, eu me lembraria da minha mãe. Quando apertasse a mão de alguém, me lembraria do meu pai...

Toda vez que usasse as mãos, eu me lembraria de cada um. Quanto mais deve Deus Se lembrar atentamente de cada um de nós! Ele sustenta as nossas esperanças em Suas mãos e no coração.

Denise Dick Herr

29 de novembro quinta

Um bebê sadio

Pois Tu formaste o meu interior, Tu me teceste no seio de minha mãe. Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem. Salmo 139:13, 14

Desde que completei 14 anos, sofro de uma doença intestinal crônica e simplesmente aprendi a conviver com ela. Acostumei-me, inclusive, a engolir as pílulas diárias. Com o tempo, tudo se torna rotina.

No início, havia ocasiões em que me sentia muito bem, mas também havia vezes em que me sentia apreensiva. Por fim, precisei mudar o tratamento e depois acostumar-me ao novo esquema. Então, aprendi a tomar o medicamento de acordo com minha condição física.

Quando engravidei, minha condição mudou rapidamente. Como a medicação era prejudicial ao feto, eu não podia mais tomá-la. Rapidamente perdi peso. Tinha intensas diarreias sanguinolentas e também vomitava. Só sobreviveria se ficasse deitada na cama. Por fim, fui para o hospital, já que minha vida e a do bebê corriam grande perigo. Eu me sentia mal demais, até para comer, e por isso fomos, os dois, alimentados por via intravenosa. Alguns dias mais tarde, colocaram um cateter para ajudar meu corpo a tirar proveito da medicação, sem danos para o bebê. Foi assim que seguimos por mais duas semanas. Eram feitos exames regulares de acompanhamento do feto.

Graças a Deus, ele estava se desenvolvendo bem! Até minha condição física melhorou, embora o bebê ainda corresse risco. Recebi, então, um tratamento médico diferente, que não devia prejudicar a saúde do bebê. Por fim, após cinco semanas no hospital, voltei para casa com meu filho recém-nascido. Meu esposo e eu estávamos tão felizes! Sentíamos gratidão para com Deus, por Ele nos haver protegido de grande perigo. Nosso filho é completamente sadio!

Independentemente da experiência do nosso próprio nascimento – tanto o nascimento físico quanto o renascimento em Cristo Jesus – podemos reclamar as promessas de Isaías 44:2, 21, 24 (NVI): “Assim diz o Senhor, Aquele que o fez, que o formou no ventre, e que o ajudará.” “Ó Israel, Eu não o esquecerei.” “Assim diz o Senhor, o seu Redentor, que o formou no ventre: Eu sou o Senhor.”

Sandra Widulle

30 de novembro sexta

Qual é o seu valor

Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo. 1 Coríntios 6:20, NVI

Durante um sermão, o pastor tirou uma cédula estalando de nova de sua carteira e disse: “Esta é uma nota de 100 dólares, novinha em folha, que tirei do banco para esta ilustração.” Ele dobrou a cédula pela metade e perguntou à congregação: “Agora que a dobrei pelo meio, seu valor se reduziu à metade?” É claro que responderam: “Não!”

Ele continuou dobrando a nota em quadrados, até que seu tamanho chegasse à de uma moeda de 25 centavos ou menos. Depois de cada dobradura, ele perguntava: “Qual é o valor da nota com este tamanho?” A resposta sempre voltava: “Continua valendo 100 dólares.” Ele enfatizou que, não importava quantas vezes a dobrasse, seu valor permanecia o mesmo.

Ele abriu completamente a cédula e a amassou com a mão. “Qual é seu valor agora?” perguntou. Depois, jogou a nota amarrotada ao chão e pisou em cima dela. Mais uma vez, perguntou à congregação: “Qual é o seu valor agora?” A pronta resposta ecoou: “O mesmo!”

“Vocês podem ser como esta nota de 100 dólares”, continuou o pastor. “Talvez tenham sido menosprezados. Podem se sentir valendo menos que 25 centavos. Por outro lado, podem ter sido esmagados por algo devastador como calúnia, doença ou luto. Podem ter sido pisoteados pela agressão de alguém da família ou de um falso amigo. Lembrem-se: assim como esta nota de 100 dólares, nenhuma dessas ocorrências ou tipos de tratamento mudará seu valor aos olhos de Jesus. Seu amor por vocês nunca muda. Seu amor nunca se altera. Ele é sempre o mesmo. Ele os comprou por meio de uma dor lancinante na cruz. Vocês têm valor inestimável para Ele.”

Mesmo que você tenha sido menosprezada, esmagada ou pisoteada, Jesus a comprou por um preço extremo. Você Lhe pertence, não importando as experiências que lhe sobrevenham. Lembre-se da ilustração da nota de 100 dólares amassada e pisoteada. A despeito da violência sofrida, ainda conservava o mesmo valor.

Isso me faz lembrar de Mateus 10:29-31: “Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Contudo, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês. Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Portanto, não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais!”

Nathalie Ladner-Bischoff

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