A Bíblia e a história
25 de fev a 03 de mar/ 2012
Sábado à tarde
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Ano
Bíblico: Dt 1–3
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VERSO
PARA MEMORIZAR: “Eu Sou o Alfa e Ômega,
diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso”(Ap 1:8).
Pensamento-chave: Nosso Deus atua na história e por meio dela. Dessa forma, Ele nos
deu forte evidência para a fé.
A história humana é uma série de
eventos sem sentido? Ou há um rumo central em direção a um objetivo específico,
tudo de acordo com um plano? A Bíblia deixa claro que a segunda opção é a
verdadeira. Os escritores da Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento,
insistem em afirmar que Deus dirige a história e Se revela nela.
No entanto, nem tudo na história revela a vontade de Deus: os seres humanos são
livres para fazer más escolhas, que acabam influenciando a história. A questão
é: o fato de que Deus atua na história não significa que Ele causa tudo que
acontece. Em vez disso, significa que, apesar das maquinações e da maldade do
ser humano, Deus está presente, executando Sua vontade soberana e trará a
história da humanidade a um fim grandioso e glorioso.
Os cristãos acreditam que os escritores bíblicos atuavam dentro de um sistema
que Deus revelou e que Ele os inspirou a registrar os eventos mais
significativos da história humana. Deus muitas vezes provia até mesmo a
interpretação desses eventos para que entendêssemos seu significado.
Nesta semana, estudaremos como Deus tem atuado na história e por meio da
história.
Ano
Bíblico: Dt 4–7
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O passado e o futuro
A história do mundo comumente é
ensinada como a história das civilizações. Os fatos importantes geralmente são
os que influenciaram o desenvolvimento dessas civilizações. Algumas pessoas
argumentam que os assuntos humanos, assim como o restante da natureza, são essencialmente
de caráter cíclico, movendo-se continuamente através do ciclo de nascimento,
crescimento, maturidade, decadência e morte, em uma sucessão que não tem começo
nem um fim significativo.
O mostrador circular de um relógio pode ser enganoso. Enquanto os ponteiros
giram repetidamente, eles podem dar a ilusão de que o tempo segue em um ciclo.
Mas essa não é a realidade. O fato é que a vida humana corre em uma linha, não
em um círculo repetitivo. De acordo com a Bíblia, o tempo é um caminho de
sentido único.
1. O
que os escritores bíblicos afirmam sobre o início e o fim da história humana? Gn 1:1; Jó 38:1-7; Sl 104:1-9; Ap 1:1-3, 19;21:1-6
A história humana não é uma
série interminável de ciclos repetidos. Ela teve um começo definido e está
diante de um futuro glorioso. A história humana tem um objetivo, um alvo.
Normalmente, você não pode ter certeza do objetivo de uma história até que
chegue ao fim. Muitas vezes pode haver surpresas no fim. Nas melhores histórias
elas existem. Como podemos saber o objetivo dessa história cósmica, se ainda
estamos participando dela? No nosso caso, sabemos porque Deus nos revelou por
meio de Seus profetas.
Evidentemente, estamos falando sobre a revelação divina. O Senhor conhece o
futuro, conhece todas as possíveis escolhas que os seres humanos podem fazer e
que, livremente, farão. Ele nos revelou como tudo terminará, não importando
quais sejam as escolhas que façamos enquanto não chegamos ao fim.
A menos que desconfiemos da
Palavra de Deus e do que ela diz sobre si mesma, podemos saber que o Senhor
conhece o fim e o revelou a nós. Ele é não apenas o Deus do passado e do
presente; é também o Senhor do futuro. Assim, podemos acreditar que o futuro se
desdobrará assim como Ele predisse.
É fácil prever o futuro? Quantas
vezes você já o entendeu da forma errada? A boa notícia é que Deus conhece o
futuro e sabe tudo o que acontecerá. Você sente conforto em compreender que um
Deus de amor conhece tudo o que acontece em nosso caminho?
Ano
Bíblico: Dt 8, 9
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Profetas como historiadores
Em toda a Bíblia, os profetas
usam a expressão “a Palavra do Senhor” (ou equivalentes, como “assim diz o
Senhor”, “diz o Senhor”, e outras). Em resumo, o que eles estão dizendo é: “Não
sou eu que estou falando essas verdades para você. Deus é quem está falando
através de mim. Então, é melhor você ouvir.”
O leitor pode perceber o
doloroso processo histórico pelo qual Jerusalém, a capital dos judeus, devia
ser entregue à Babilônia, em cumprimento das predições de Deus sobre o destino
de Israel.
Reis humanos raramente acreditam que a história funciona dessa maneira. Eles
imaginam que as decisões de seu governo dirigem a vida pública. Pensam que, em
última análise, eles estão no controle. Mas Jeremias (e outros profetas)
afirmaram o contrário. Os governantes de Israel descobriram que o processo
histórico estava levando a nação à devastação e ao exílio. O livro de Jeremias
é um lembrete impressionante do poder da Palavra de Deus, que se cumpre nos
eventos históricos.
O infinito poder de Deus visto
na história humana também é revelado na natureza. O Salmo 104, por exemplo, descreve os processos da natureza não como um
mecanismo autossuficiente, com funcionamento independente, mas, ao contrário,
como processos nos quais Deus atua a cada momento. A Bíblia não diz que Deus
criou o mundo e, em seguida, o deixou por conta própria, em completa sujeição
às leis naturais. Estas são, de fato, parte da forma pela qual Deus sustenta o
mundo, mas todas essas leis existem apenas porque Ele as criou e mantém.
Muitos cientistas declaram que o
mundo começou por acidente e que também acabará dessa forma. Assim, não há
muito significado no que acontece entre esses dois pontos (como poderia
haver?). Por que, no fundo, você sabe que essa visão não pode estar correta?
Ano
Bíblico: Dt 10, 11
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Daniel 2 e
a providência de Deus na história
Se acreditássemos que os seres
humanos não tivessem livre-arbítrio, então seria mais fácil para Deus
estabelecer o futuro, porque todas as ações humanas estariam predeterminadas.
De fato, no século dezoito, um ateu francês especulou que, visto que todo o Universo,
incluindo as ações humanas, foram predeterminadas por leis naturais, então, se
alguém pudesse conhecer todas essas leis e todas as posições de todas as
partículas do Universo em um dado momento, então essa pessoa poderia saber tudo
que aconteceria.
É claro, os seres humanos têm livre-arbítrio e livre escolha. Deus nos fez
assim. Como seres que podem amar, tivemos que receber a liberdade de escolha,
porque o amor que é forçado não pode ser amor. Para nos tornar capazes de amar,
Deus precisou nos criar com liberdade. E ainda, o poder de Deus é tão grande
que, mesmo com o livre-arbítrio humano, Ele conhece perfeitamente o futuro,
independentemente das escolhas livres que fazemos.
5. Que
evidências poderosas e até mesmo “provas” são apresentadas na profecia de
Daniel, indicando que Deus conhece o futuro com muita antecedência? Dn 2
Esse capítulo foi escrito há
mais de 2.600 anos. Considere como a história tem se desenrolado exatamente
como Deus predisse. Em certo sentido, essa profecia deve ser mais significativa
para nós hoje do que para os que viveram milênios atrás. E por isso nós, hoje,
olhando para nossa história, podemos ver exatamente como esses impérios
surgiram e desapareceram, como foi previsto. Se você tivesse lido essa profecia
durante o tempo do império Medo-Persa, você não teria visto a ascensão e queda
dos impérios que vieram depois. Hoje, olhando para trás, podemos ver muito mais
do que alguém de muito tempo atrás podia ver. Assim, para nós, a profecia tem
um poder que as pessoas do passado não podiam apreciar.
É incrível que, apesar dos milhões de pessoas, todos com livre-arbítrio, que
viveram durante as longas épocas retratadas em Daniel 2, o Senhor sabia exatamente o que aconteceria, e que reinos
surgiriam e cairiam. Ele conhece o futuro com muita antecedência.
O profeta Daniel estava certo sobre a ascensão e queda de todos os reinos:
Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma, incluindo a divisão de Roma em poderes
menores, que ainda existem. Do ponto em que estamos na história, só resta
surgir o reino eterno de Deus, o último da profecia (Dn 2:44). Se ele estava certo acerca de todos os outros até agora, seria
muita insensatez não acreditar no profeta a respeito do último!
Ano
Bíblico: Dt 12, 13
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O grande conflito e a história
Não importa se a trajetória
humana pareça muito caótica, ou aparentemente fora de controle, ela não se
desenrola em um vácuo. Há uma história por trás dela, um drama, uma luta entre
dois princípios radicalmente diferentes. Estamos falando, sem dúvida, sobre o
grande conflito. Somente com esse pano de fundo podemos começar a entender a
história humana e o significado de tudo.
6. O
que os textos a seguir nos dizem sobre a história do mundo? Ap 12:7-17; Jó 2:1, 2; Is 14:12-14; Gn 3:15; Ef 6:12; Rm 16:20
Satanás é real, a batalha é real. Somente na cruz ele foi derrotado e sua
destruição assegurada.
“Com dor e espanto o Céu contemplou Cristo pendente da cruz... No entanto, ali
estavam homens formados à imagem de Deus, unidos para esmagar a vida de Seu
unigênito Filho. Que cena para o Universo celestial!...
“Instrumentos satânicos se coligaram com homens maus para levar o povo a crer
que Cristo era o maior dos pecadores, e torná-Lo objeto de abominação...
“Satanás viu que tinha sido desmascarado. Sua administração foi exposta perante
os anjos não caídos e o Universo celestial. Ele se havia revelado um homicida.
Derramando o sangue do Filho de Deus, Satanás se privou das simpatias dos seres
celestiais... Estavam quebrados os derradeiros laços de simpatia entre Satanás
e o mundo celestial” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 760,
761).
Por que Satanás não foi destruído naquele momento?
“Os anjos não perceberam, nem mesmo então, tudo quanto estava envolvido no
grande conflito. Os princípios em jogo deviam ser mais plenamente revelados. E
por amor do homem, a existência de Satanás devia continuar. Os homens, bem como
os anjos, deviam ver o contraste entre o Príncipe da Luz e o das trevas.
Cumpria-lhes escolher a quem servir” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p.
761).
O que a Bíblia e Ellen G. White ensinam é que os eventos que ocorrem na Terra
estão ligados ao conflito mais amplo, o grande conflito entre Cristo e Satanás.
O grande conflito está na base de tudo que acontece aqui, seja em nossa vida
individual ou no curso mais amplo da história humana. Tudo se desenrola no contexto
desse grande conflito. E a boa notícia é que, na cruz, a derrota de Satanás foi
garantida; essa luta acabará, e com ela toda dor, sofrimento, violência, medo e
incerteza que enchem a história humana.
Ano
Bíblico: Dt 14–17
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A cruz na história
Você já reparou que a história
mundial é dividida por um evento? Esse evento não foi o surgimento nem o
desaparecimento de um grande império, como se poderia esperar. Nem foi a
descoberta de um novo continente. Em vez disso, a história do mundo foi dividida
pelo nascimento de um Mestre itinerante, que vivia em uma parte relativamente
obscura do vasto Império Romano. Considerando o número incontável de judeus que
nasceram naquele tempo, é ainda mais revelador que esse único nascimento, entre
tantos, tenha sido o marco que dividiu a história do mundo em seus dois maiores
períodos.
Esse evento, é claro, foi o nascimento de Jesus.
No contexto de Deus e a história, podemos apreciar mais o significado da
salvação. Devido ao óbvio fracasso de todos os seres humanos e,
consequentemente, da história humana, a cruz de Cristo revela o fundamento e
também o significado mais profundo da história do mundo. A cruz nos diz que, ao
nos perdoar e nos tornar Seus filhos, Deus abriu diante de nós uma nova
esperança para o futuro, em que não mais precisaremos carregar a grande culpa
pelo nosso caráter e pelos nossos pecados. Essa culpa foi tirada por Aquele que
“tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre Si” (Is 53:4).
Toda a doutrina da salvação pode ser expressa nesta frase: Deus cancela nossa
história irremediavelmente fracassada e, em seu lugar, coloca Sua história. Por
meio dEle, a história da escravidão do pecado é encerrada em nossa vida. Por
meio dEle, as manchas do passado não devem se levantar para nos acusar,
atormentar e zombar de nós. Nossa história pessoal, que condenaria cada um de
nós, é substituída pela perfeita história de Jesus. Assim, nEle encontramos não
apenas libertação do nosso passado, mas a promessa de um futuro maravilhoso. Na
cruz, o Senhor garantiu que, não importando o que acontecesse em nossa história
nem na história mundial, um novo e glorioso futuro está diante de nós e do
mundo.
Nossos pecados foram colocados
sobre os ombros de um Senhor que voluntariamente morreu sob um fardo de culpa
humana e que, em seu lugar, nos deu salvação. Seu prometido clímax nos dará uma
história eterna com o próprio Autor da história. O destino de todas as pessoas
está envolvido. A segunda vinda de Cristo será decisiva. Tanto o Antigo quanto
o Novo Testamento prometem um “novo céu e uma nova Terra”.
Se você aceitou Cristo, e sabe que sua história não será usada para condená-lo,
não importando quanto você mereça ser condenado, que diferença essa certeza
pode fazer em sua vida?
Ano
Bíblico: Dt 18–20
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Estudo adicional
ABíblia é a mais antiga e
abrangente história… Somente nela é apresentada a história da humanidade, não
maculada pelo orgulho e preconceito humanos.
“Nos anais da história humana o crescimento das nações, o surgimento e queda de
impérios, aparecem como dependendo da vontade e façanhas do homem. O
desenvolvimento dos acontecimentos, em grande parte, parece ser determinado por
seu poder, ambição ou capricho. Na Palavra de Deus, porém, é afastada a cortina
e contemplamos ao fundo, em cima, e em toda a marcha e contramarcha dos
interesses, poderio e paixões humanas, a força de um Ser todo misericordioso, a
executar, silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade.
“A Bíblia revela a verdadeira filosofia da História” (Ellen G. White, Educação, p.
173).
Perguntas
para reflexão
1. Por muitos anos, filósofos e teólogos têm debatido a espinhosa questão da
presciência de Deus e o livre-arbítrio humano. Muitos os têm visto como
incompatíveis. Argumentam que, ou não temos livre-arbítrio, ou Deus não conhece
todo o futuro. Entretanto, por que as duas posições estão erradas? Quais são as
evidências bíblicas de que temos livre-arbítrio? Que evidência temos de que
Deus conhece o futuro?
2. Um dos ataques mais duros de Satanás foi contra o relato do capítulo 2 de Daniel. Parte de seu ataque foi usar
eruditos que afirmaram que Daniel 2 foi
escrito cerca de 165 a.C., muito tempo depois que muitos dos eventos preditos
nesse capítulo já tinham ocorrido. No entanto, o argumento foi destruído pela
própria profecia. Como Daniel poderia ter predito com tanta precisão a divisão
de Roma nas nações da Europa moderna, o que não aconteceu até mais de 500 ou
600 anos depois de 165 a.C.? O objetivo de colocar uma data tardia para Daniel
foi tentar despojá-lo de seu poder profético. Como podemos ver, essa tentativa
falhou de forma lastimável.
Resumo: Por mais caótica que a história do mundo pareça, acima de tudo o
Senhor está realizando Seus propósitos, e a história humana terminará com a
gloriosa segunda vinda de Jesus.
Respostas
sugestivas: 1: Tudo
começou com a criação no princípio; o pecado se intrometeu na história; em
breve Deus acabará com a história do mal, dando início à nova vida, na nova
Terra; Jesus é o Alfa e o Ômega. 2: Homens santos profetizaram da parte de
Deus, movidos pelo Espírito Santo. Assim conhecemos o princípio e o fim da
história. 3: O Senhor disse; Ele pronunciaria as sentenças; o profeta devia
dizer o que Deus havia mandado. 4: O que Deus pensa e decide acaba se
realizando na história; o poder de Deus é insuportável para os ímpios, mas
protege os que nEle Se refugiam. 5: Deus predisse a sucessão de impérios:
Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma, a divisão do Império Romano e a pedra que
simboliza o reino de Deus. A maior parte dessa profecia já se cumpriu. 6: Desde
o pecado de Lúcifer, que se tornou Satanás e foi expulso do Céu para a Terra,
existe um grande conflito entre o bem e o mal, entre anjos e demônios; o
conflito envolve a humanidade e a Terra. 7: Jesus veio à Terra para viver,
morrer e ressuscitar, para nos reconciliar com Deus e nos tornar novas
criaturas.
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