Liberdade para
ministrar
Sábado à tarde
|
VERSO PARA MEMORIZAR: “Como
pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos
que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!” (Rm 10:15, RC).
Pensamento-chave: Não
é suficiente que as pessoas sejam treinadas para o evangelismo e testemunho;
elas devem trabalhar ativamente em favor das pessoas.
Muitos membros da igreja lamentam o fato de que, embora
estejam prontos para assistir a seminários de capacitação sobre testemunho e
evangelismo, quando voltam à sua igreja, não são encorajados a se envolver no
trabalho. Consequentemente, muitas igrejas que não são realmente ativas nas
atividades evangelísticas e de testemunho não estão cientes acerca das pessoas
bem treinadas em seu meio. Ocasionalmente alguns oferecerão voluntariamente
seus serviços, mas muitos outros concluirão que não são necessários nem
desejados.
A maneira mais bem-sucedida de sufocar o envolvimento dos membros na atividade da igreja é negar-lhes a participação em áreas nas quais eles estão habilitados a atuar. É responsabilidade de cada igreja local descobrir onde e como cada membro pode contribuir com as estratégias de testemunho e evangelismo. Todos os que estão dispostos têm um lugar. A chave é descobrir qual é esse lugar.
A maneira mais bem-sucedida de sufocar o envolvimento dos membros na atividade da igreja é negar-lhes a participação em áreas nas quais eles estão habilitados a atuar. É responsabilidade de cada igreja local descobrir onde e como cada membro pode contribuir com as estratégias de testemunho e evangelismo. Todos os que estão dispostos têm um lugar. A chave é descobrir qual é esse lugar.
Nesta semana, estudaremos o conceito de enviar missionários de modo planejado e as formas pelas quais o envolvimento máximo dos membros contribui para a harmonia geral da igreja e para o crescimento espiritual e numérico.
Responsabilidade compartilhada
Muitos dedicados líderes de igreja têm interrompido ou, na
melhor das hipóteses, diminuído sua eficiência por falta de vontade de
compartilhar a responsabilidade do ministério. Esse problema não é uma novidade
gerada pelo mundo moderno com seu ritmo acelerado. Até Moisés, o grande líder
do Antigo Testamento, precisou de ajuda para ter visão mais ampla a respeito da
liderança compartilhada. Podemos aprender muito com sua experiência e com o bom
conselho recebido de seu sogro Jetro.
1. Conforme o conselho de Jetro, quem deveria assumir o
trabalho de julgar as questões mais simples entre o povo? Êx 18:13-26, especialmente o verso 22
Podemos apenas imaginar quanto tempo Moisés teria sido
capaz de manter uma agenda de trabalho fora da realidade. Da mesma forma, só
podemos supor até que ponto Moisés estava ciente da disponibilidade de
auxiliares capazes. No entanto, o que a história revela é que havia muitos
homens capazes e dispostos a ajudar. Moisés precisaria permitir que eles se
envolvessem, delegando a eles determinadas funções de liderança.
O ministério no qual os líderes da igreja devem voluntariamente tomar parte inclui o testemunho e evangelismo. Os princípios da responsabilidade devidamente organizada e compartilhada que encontramos na experiência de Moisés são de valor inestimável aos nossos esforços para ganhar pessoas para o reino de Deus.
2. Por que Moisés escolheu homens com semelhantes
qualidades, mas deu a eles variados graus de responsabilidade? Que talentos
específicos podem ter determinado suas funções? Como esses princípios se
aplicam às estratégias evangelísticas das igrejas atuais? Êx 18:21, 25
Provavelmente tenha sido a natureza profundamente
espiritual da tarefa de falar em nome de Deus que tornou Moisés relutante em
compartilhar suas responsabilidades. Nós também sentimos a tremenda
responsabilidade de falar às pessoas sobre Deus e em nome de Deus. Nosso
testemunho e evangelismo é um assunto sério. Somos cuidadosos porque a vida
eterna está em jogo. E embora isso deva nos levar a ter cuidado quanto à forma
de proceder, devemos estar sempre dispostos a envolver todos na tarefa de
evangelizar e alcançar pessoas.
Arriscar para alcançar sucesso
Os membros da igreja têm um tremendo potencial para o
ministério. Muitos são entusiastas com o envolvimento nas estratégias
evangelísticas da igreja, mas, às vezes, os líderes são relutantes em deixar
que eles se envolvam. Por trás do pensamento de que apenas “os profissionais
podem fazer o trabalho” está o medo de que os membros da igreja façam ou digam
algo errado, fazendo com que as pessoas se afastem de Cristo e de Sua igreja.
Infelizmente, essa resistência ao envolvimento dos membros está tão arraigada
que prevalece mesmo quando as pessoas foram devidamente treinadas para um
ministério. O Espírito Santo e Suas promessas não são apenas para os líderes,
mas para todos os que estão dispostos a se entregar ao Senhor com fé e
submissão, para todos os que estão dispostos a negar a si mesmos e trabalhar
para a salvação dos outros.
3. Que princípio ensinado por Jesus deve aliviar os temores
dos líderes preocupados? Como podemos distinguir entre os frutos bons e maus, e
como a liderança da igreja como um todo deve se envolver nesse processo? Como
podemos fazer isso sem julgar os outros? Mt 7:17, 18
Se toda árvore boa produz bons frutos, os líderes da igreja
devem se concentrar nas árvores boas e que estão crescendo. Assim como acontece
com tudo que se relaciona com nossa resposta ao chamado do evangelho,
precisamos primeiramente ser alguém para Jesus antes de ter sucesso em fazer
coisas para Ele. Se dermos a devida atenção à obra de conduzir pessoas a um
relacionamento significativo e cada vez mais profundo com Jesus, o Espírito
Santo fará com que elas produzam o fruto correto. Nossa parte é liderar, ensinar
e treinar. A parte de Deus é abençoar o ministério dessas pessoas. Precisamos
confiar nelas e em Deus. Se dermos a devida atenção ao crescimento espiritual e
habilidades práticas, podemos acreditar que as pessoas produzirão o fruto
correto do sucesso evangelístico. Certamente, pode haver um elemento de risco,
dependendo do ministério realizado e do nível de treinamento, mas devemos
lembrar que nem mesmo os discípulos, que tiveram o maior Mestre da História,
ganharam todas as pessoas a quem apelaram.
Você já sentiu que seus dons e talentos não foram
apreciados? Qual pode ter sido a causa? Faça uma avaliação pessoal e verifique
se a culpa está com você e com alguma atitude sua (orgulho, e assim por diante)
e não em outras questões.
Adaptando trabalhadores para a colheita
Quando as pessoas demonstram interesse em aprender mais
sobre Deus e Sua igreja, devemos escolher com cuidado os que receberão a tarefa
do testemunho. Em uma sociedade multicultural, faríamos bem em designar alguém
da mesma nacionalidade e língua do interessado e, possivelmente, alguém de uma
faixa etária similar. Além disso, poderíamos considerar a maturidade
espiritual, conhecimento bíblico, habilidades de comunicação e experiência de
salvação do missionário. Em outras palavras, devemos levar a sério a adaptação
do obreiro àqueles com quem eles estão trabalhando.
Quando se trata de testemunho e evangelismo, não existe algo como “tamanho único” ou uma solução que sirva para todos os casos. A jornada da vida de cada pessoa é única, e isso vale para a jornada espiritual. No entanto, embora exista essa singularidade, também há semelhanças na experiência das pessoas, e existe bom senso em ajustar da melhor forma possível a experiência do cristão e a do interessado.
4. Que diferentes tarefas eram realizadas pelos cristãos?
Quais foram os resultados quando os ministérios e habilidades específicos foram
harmonizados? At 6:1-8
Observe a progressão destes eventos: os discípulos foram
informados de um problema urgente, e pediram que os cristãos escolhessem sete
homens para lidar com o problema. Os crentes trouxeram os nomes selecionados
aos discípulos, que os nomearam com a imposição das mãos. E o número dos
discípulos se multiplicava grandemente.
Embora Estêvão e os outros seis escolhidos devessem “servir às mesas”, não parece que a qualificação para essa tarefa fosse a capacidade de organizar e distribuir alimentos. Os cristãos ainda procuravam homens cheios do Espírito, porque seu ministério em favor das viúvas judias de fala grega também seria uma obra de testemunho e evangelismo. Assim, vemos que esses homens recém-nomeados foram vitais para a evangelização da igreja primitiva por terem liberado os evangelistas da linha de frente e também apoiado ativamente sua obra (v. 8). Mais uma vez podemos afirmar que, seja qual for o ministério em que os membros se envolvam, direta ou indiretamente seu trabalho será uma contribuição e apoio às atividades de testemunho e evangelismo da igreja.
Embora os talentos naturais, dons espirituais e treinamento específico sejam importantes para um ministério espiritual bem-sucedido, as atitudes pessoais são ainda mais importantes. Note que em Atos 16:1-5 e 4:36, 37, Timóteo e Barnabé fizeram tudo o que foi preciso para apoiar o ministério evangélico. Barnabé ofereceu seus recursos pessoais e Timóteo se submeteu à circuncisão para não ofender alguns judeus. As lições para nós são, de fato, óbvias.
Crescimento espiritual por meio do trabalho
Uma igreja não pode colocar a espiritualidade
automaticamente no coração de seus membros. No entanto, é uma grande verdade
que, quando os cristãos respondem ao chamado de Deus para ser discípulos, sua
caminhada pessoal com o Senhor se aprofunda e se fortalece. Embora não devamos
nos envolver no testemunho e evangelismo apenas como tentativa de crescer
espiritualmente, quando realizadas com amor genuíno por Deus e pelos perdidos,
essas atividades trazem inúmeras bênçãos espirituais a todos os envolvidos.
5. Qual é a relação entre a prática voluntária da vontade
divina e o crescimento no conhecimento de Deus e na espiritualidade? Jo 7:17
Como uma pessoa que procura a verdade pode ter certeza de
que encontrou a verdade genuína? No verso 17, Jesus apresenta uma verdade que
ajuda a todos os que desejam segui-Lo. Os que estão dispostos a fazer a vontade
de Deus podem saber se uma doutrina é ou não de Deus. Como isso pode ocorrer?
Evidentemente, há um crescimento espiritual através da ligação com Deus. Os que
vivem de acordo com a verdade bíblica que conhecem receberão maior luz.
Há uma forte conexão entre ouvir e fazer (Ap 1:3). Os que fazem a vontade de Deus, por menos que a conheçam, são abençoados com um relacionamento cristão cada vez mais profundo que, unido ao estudo da Bíblia com espírito de oração, levará a mais amplas revelações da verdade e a um estimulante crescimento espiritual.
6. Qual é o salário espiritual recebido como resultado do
envolvimento na colheita de pessoas? Que comunhão espiritual é sugerida na
imagem do semeador e do ceifeiro se alegrando juntos? Jo 4:36
Muitos comentaristas sugerem que os discípulos estavam
ceifando onde João Batista e Jesus tinham semeado. A própria mulher samaritana,
evidentemente, havia plantado algumas sementes do evangelho entre o povo de sua
cidade. Como eles devem ter se alegrado juntos, quando a colheita espiritual
amadurecida foi recolhida no reino! Quando respondemos ao chamado de Deus para
nos envolvermos na conquista de pessoas, esse vínculo, essa proximidade e
crescimento espirituais brotam como resultado natural de estarmos na equipe
divina.
Sua fé se tornou mais forte por meio de seu testemunho
pessoal, tanto nas situações de vitória quanto nas de derrota? O trabalho de
testemunhar influencia seu relacionamento com o Senhor?
Harmonizando por meio do envolvimento
Há um fenômeno que às vezes é difícil explicar, mas pode
ser mais bem descrito como “Influência circular”. No que diz respeito à
harmonia e envolvimento, a influência circular funciona assim: ao envolver
pessoas, você promove harmonia, que, por sua vez, incentiva o envolvimento das
pessoas, o que, por sua vez, promove a harmonia. Você pode ver o princípio da
influência circular no trabalho. Está claramente demonstrado no velho ditado:
“Os que estão puxando os remos não têm tempo para balançar o barco.”
Houve algumas decisões importantes feitas no desenvolvimento da organização da igreja primitiva que poderiam ter causado grandes conflitos, mas as preferências pessoais dos cristãos foram submetidas ao que era melhor para a tarefa que seu Senhor lhes tinha dado.
7. Considere o importante processo da nomeação de Matias.
Embora não lancemos sortes hoje, que pontos fundamentais eles estavam
procurando ali, e que princípios podemos tirar desse exemplo para a obra do
ministério hoje? At 1:15-26
É claro que, sempre que os seres humanos estão trabalhando
juntos, há possibilidade de conflitos. Estamos certos em pensar que o maligno
está trabalhando para minar a eficácia dos cristãos. É perfeitamente justo,
então, que recapitulemos brevemente um incidente no ministério evangelístico da
igreja primitiva, no qual houve um conflito real.
8. O que causou a diferença de opinião entre Paulo e
Barnabé? Qual foi o resultado de sua discordância, e o que podemos aprender com
isso? At 15:36-40
Em uma viagem missionária anterior, João Marcos havia
deixado Paulo e seus outros companheiros e voltado para Jerusalém. Parece que
esse incidente (At 13:13) tornou Paulo relutante em levar João
Marcos com ele nessa nova viagem. Por outro lado, Barnabé achava que, se o
levassem, haveria benefício para o próprio João Marcos e também para o
empreendimento missionário. Consequentemente, enquanto Paulo escolheu Silas
para acompanhá-lo, Barnabé viajou com João Marcos.
Em lugar de permitir que as diferenças pessoais ofuscassem a tarefa evangelística, eles enviaram dois grupos de testemunho. Embora Paulo e João Marcos tenham trabalhado juntos novamente de modo proveitoso (2Tm 4:11), naquela ocasião anterior eles não permitiram que suas diferenças interferissem na missão.
Estudo adicional
Dependendo do programa de testemunho e evangelismo que você
está planejando, os prazos específicos variam de acordo com as diferentes
estratégias e prioridades utilizadas para alcançar o alvo. No entanto, existem
alguns pontos gerais a considerar.
1. Registre o que você procura alcançar ao longo dos próximos doze meses. Especifique alvos em termos de pessoas e discipulado, e não apenas a conclusão dos programas.
2. Escreva um planejamento de procedimentos. Ele deve incluir importantes períodos de treinamento, datas para início e término do programa e as datas específicas para avaliação.
3. Ao elaborar as principais etapas do programa, certifique-se de que você também especificou quais indivíduos ou equipes são responsáveis em cada etapa.
4. Especifique como as estratégias de seu programa se integram com o programa geral da igreja. Mencione onde e como as outras estratégias da igreja apoiarão sua estratégia e onde o trabalho de sua equipe fortalecerá o programa da igreja.
5. Considere se seu programa será permanente ou se ele será repetido no ano seguinte. Isso ajudará a determinar que tipo de treinamento deverá ser realizado.
Perguntas para reflexão
O que Deus espera da igreja em relação à conquista de pessoas? O que a igreja pode fazer para ajudar os membros a entender as expectativas de Deus? Como as citações abaixo se aplicam a você?
O que Deus espera da igreja em relação à conquista de pessoas? O que a igreja pode fazer para ajudar os membros a entender as expectativas de Deus? Como as citações abaixo se aplicam a você?
“Deus espera serviço pessoal da parte de todo aquele a quem confiou o conhecimento da verdade para este tempo. Nem todos podem ir como missionários para terras estrangeiras, mas todos podem ser missionários entre os familiares e vizinhos” (Ellen G. White,Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 30).
“A todos que se tornam participantes de Sua graça, o Senhor aponta uma obra a ser feita em favor de outros. Individualmente, devemos permanecer em nosso lugar, dizendo: “Eis-me aqui. Envia-me!” (Is 6:8, NVI; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 222).
Respostas sugestivas: 1.
Chefes de mil, chefes de cem, de cinquenta e de dez; homens capazes e tementes
a Deus, dignos de confiança e inimigos da avareza. 2. Considerou as
habilidades, o potencial de cada um deles e a influência exercida nas famílias
e tribos; e contou com a orientação divina. 3. A pessoa pode produzir frutos
bons ou maus; não devemos julgar antes que os frutos apareçam; devemos avaliar
com sabedoria. 4. Serviam alimento às viúvas; oravam e ministravam a palavra;
operavam milagres; com os diáconos a igreja passou a crescer mais. 5. A pessoa
que deseja fazer a vontade de Deus conhecerá e entenderá a doutrina verdadeira
e conhecerá pessoalmente o Senhor. 6. O salário são as pessoas conquistadas;
semeador e ceifeiro compartilham da mesma alegria pelo trabalho que realizaram
juntos. 7. A pessoa devia ter acompanhado o grupo de Jesus; devia testemunhar
acerca da ressurreição e devia ser indicada por Deus. 8. A presença de Marcos
na equipe; a equipe se dividiu; devemos evitar discórdias; Deus dirige a
igreja, apesar das divergências.
Nenhum comentário:
Postar um comentário