sábado, 16 de fevereiro de 2013

Meditação da Mulher 2013


Meditação da Mulher



1º de fevereiro Sexta

Deus é soberano


Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é Teu. Teu, ó Senhor, é o reino; Tu estás acima de tudo. 1 Crônicas 29:11

Mais de uma pessoa já me comparou a um Jó moderno, porque os últimos 20 anos têm sido carregados de adversidades. A despeito das tentativas de Satanás de me convencer, sei que eu não trouxe esses problemas sobre mim mesma. Também sei que Deus não me permitiria continuar nessa prolongada sequência de provações, ano após ano, se Ele não me considerasse digna de ser preparada e aperfeiçoada para a vida eterna com Ele. Posso ser tola acerca daquilo que devo aprender ou desaprender, ou posso não reconhecer as testemunhas que estão sendo abençoadas enquanto lido com minhas provas, mas ainda assim tenho podido colher algumas verdades entre meus desafios de cada dia.

Meu soberano Deus está no controle, e Ele conhece meu passado, presente e futuro. Além disso, embora, por vezes, eu tenha questionado se Ele não espera demais de mim, Ele nunca me pediu que suportasse mais do que aquilo que consigo enfrentar com Sua ajuda. Tendo perdido quase tudo o que um ser humano pode perder, tenho condições de percorrer com leveza o que me resta de vida. Sem família imediata, sem renda permanente e com poucos bens materiais, posso ir aonde Deus decida me encaminhar a seguir.

Fui curada do meu antigo hábito de me preocupar, pois Deus tem sido tudo para mim e tem providenciado tudo de que verdadeiramente necessito. Embora tendo sido “quebrada” e não mais tenha tolerância ao estresse, sei que posso esperar e confiar no Senhor, em vez de ficar frustrada. Supondo que eu ainda esteja viva quando chegar o tempo de angústia final deste mundo, já estarei acostumada a ter uma confiança inabalável no meu soberano Deus. Aquele que é meu Criador, Salvador, melhor amigo, guia, provedor e grande médico estará comigo até o fim.

Minha experiência com provações permite que eu fortaleça e anime outros que são submetidos a testes. Tenho experimentado a alegria e a paz que somente Deus pode dar, porque Ele Se mostrou digno de minha gratidão, fé, entrega e amor. Cristo, em Sua soberania, tem mantido Sua promessa de dar-me a paz que o mundo não conhece nem entende.

Heidi Vogt

2 de fevereiro Sábado

O Mundo BMW


Viemos a ser um espetáculo para o mundo, tanto diante de anjos como de homens. 1 Coríntios 4:9

Não pude resistir a uma visita ao Mundo BMW quando visitei Munique, porque gosto de dirigir veículos alemães. Tudo o que se relaciona com o Mundo BMW expressa qualidade, desde o projeto arquitetônico dos prédios até às atividades e exposições lá dentro. Você pode, inclusive, comprar roupas da marca BMW, assentos BMW para bebês, bicicletas BMW e autênticos cadeados para bicicletas BMW que se fecham com satisfatória precisão. BMW não é simplesmente a marca; é o estilo de vida!

Mas o drama real no Mundo BMW é o “reality show” que se desdobra no palco central, suspenso no ar, para que todos o vejam. O acesso a esse palco se restringe aos compradores. Depois de comer e de beber vinho no restaurante, os afortunados se apresentam no “check-in” como se estivessem para embarcar no voo de uma empresa aérea. São acompanhados ao palco através de elevadores exclusivos. A seguir, o carro tão longamente aguardado aparece como mágica em outro elevador grande de vidro e desliza para fora, dá uma volta por uma pista que contorna o perímetro e estaciona sobre um disco rotativo, fazendo brilhar sua pintura e os cromados. Então, uma demonstradora proporciona um “tour” pelas maravilhas dessa nova máquina. Por fim, são entregues as chaves, e o novo proprietário faz a volta da vitória antes de descer do palco. Portas invisíveis no fim da rampa se abrem de modo deslizante e inaudível, e então, piscando sob a luz do sol, o motorista se afasta. Os espectadores assobiam e aplaudem enquanto as portas deslizantes se fecham sobre o teatro.

Cada um de nós desempenha um papel numa dramatização, na qual o que está em jogo não são mercadorias, mas vidas. Como no caso do Mundo BMW, não se trata de uma escolha única. Trata-se de um completo estilo de vida e um padrão de escolhas. Uma fala esquecida ou uma cena mal-interpretada não representam o show. É o estilo de vida da fé que importa.

Alguns de nós temos partes difíceis a desempenhar, com provações, reveses ou limitações físicas. Talvez tenhamos que assistir, impotentes, ao sofrimento daqueles a quem amamos. Tentamos agir de modo inteligente e corajoso, mas, às vezes, nos desesperamos, achando que a cena nunca se alterará.

Mas veja! As cortinas já se fecham. Elas se reabrirão para o espetacular final, no teatro do Universo. Em breve, Deus será vindicado para sempre, junto com todos os que nEle colocaram sua confiança, e as cenas finais de eterna alegria desafiam a imaginação.

Lisa M. Beardsley

3 de fevereiro Domingo


A vaga de estacionamento


Ouve, Senhor, e tem misericórdia de mim; Senhor, sê Tu o meu auxílio. Salmo 30:10

Certa noite, meu genro Shannon notou uma saliência estranha na região da virilha esquerda, após sair do chuveiro. Chamou minha filha Julie para dar uma olhada. Chegaram à conclusão de que ele poderia estar com uma hérnia inguinal. O médico da família confirmou seus temores e providenciou uma consulta com um cirurgião. Após o exame, o cirurgião disse que ele não tinha apenas uma, mas três hérnias: duas inguinais e uma umbilical. A cirurgia foi marcada para a semana seguinte.

Na manhã da cirurgia, fui ao hospital para estar com eles durante o procedimento. Orei: “Querido Senhor, Tu sabes que tenho dificuldade para me orientar; por favor, encontra para mim uma vaga de estacionamento perto da entrada do hospital.” De repente, meu celular tocou. Julie disse: “Mamãe, o estacionamento aqui está simplesmente horrível; precisei deixar o carro a quarteirões de distância. Não fique chateada se não puder chegar antes da cirurgia. Seja cuidadosa; a gente se vê quando a senhora chegar.” Desliguei e fui para o hospital. Enquanto, temerosamente, entrava no estacionamento, vi uma mulher caminhando na garagem, baixei a janela do carro e lhe perguntei se estava saindo. Ela acenou com a cabeça e eu fiz um círculo, só para perceber que havia ido na direção errada. Dei marcha a ré e segui para os níveis seguintes. Minha fé vacilou enquanto eu olhava o mar de carros estacionados. Quando um homem saiu da porta do hospital, reduzi a marcha e observei enquanto ele corria até seu carro. Ele manobrou para sair, deixando espaço para que eu ocupasse a vaga. Em meio à chuva que caía, pude ler a placa: Hospital St. Joseph – Sala de Espera de Pacientes com Cirurgia no Ambulatório. Olhei fixamente a placa, incrédula. Era exatamente o lugar onde eu devia estar! Fiquei num estado de tanta admiração e gratidão, que só pude sussurrar: “Muito obrigada, Senhor; obrigada, Senhor!”

Em pouco tempo, encontrei o quarto onde Shannon e Julie estavam esperando. A cirurgia fora adiada por uma hora, e tive tempo de contar minha experiência com o estacionamento. Eles também sentiram que o Senhor me dirigira para encontrar o lugar perfeito que Ele havia arranjado para mim. Todos nos demos as mãos e agradeci a Deus o modo como me guiou, pedindo também que estivesse na sala de cirurgia durante a operação. A cirurgia transcorreu bem, e Shannon está plenamente restabelecido.

Importa-Se o Senhor, realmente, em responder aos nossos menores pedidos, proferidos em tempos de preocupação e estresse? Minha resposta é: “Ah, sim, Ele Se importa! Sei disso por experiência própria!”

Rose Neff Sikora

4 de fevereiro Segunda


Como favo de mel


Deus não é injusto. Ele não esquece o trabalho que vocês fizeram nem o amor que Lhe mostraram na ajuda que deram e ainda estão dando aos seus irmãos na fé. O nosso profundo desejo é que cada um de vocês continue com entusiasmo até o fim, para que, de fato, recebam o que esperam. Hebreus 6:10, 11, NTLH

As lágrimas brotaram nos seus lindos olhos (e nos meus também), enquanto me despedia. “Foi um prazer ter conhecido vocês, partilhado minha fé e prestado serviços durante os últimos 14 meses.”

Eles responderam: “Vamos sentir sua falta; você é muito bondosa.” Então trocamos algo de valor inestimável: o sorriso dos que têm afinidade de espírito. Você sabe do que estou falando – aquela centelha de esperança, acreditando que todas as nossas experiências cooperarão para o bem, porque realmente amamos a Deus.

Quando perguntada por que eu estava saindo, contei a alguns a dolorosa verdade. Houvera um confronto com a administração acerca do pagamento das minhas férias, o que acabou por me levar a uma escolha: ou eu deixaria de partilhar minha fé com colegas de trabalho e clientes, ou seria despedida.

Essa batalha espiritual me deixara paralisada. Eu não tinha a força para levantar-me da cadeira e sair da sala sem irromper em lágrimas. Inclinei a cabeça, fechei os olhos o orei silenciosamente. Amo o meu trabalho aqui, mas, Senhor Jesus, eu Te amo ainda mais; que devo fazer? Vez após vez, repeti em silêncio essa oração até encontrar coragem para levantar-me. Quando minha mão tocou a porta, lembrei-me de uma carta dentro da bolsa. Essa carta me deu coragem; foi mais doce que um favo de mel [Provérbios 16:24].

Em obediência ao Espírito Santo, fui ao armário, peguei a carta e a levei à administração, para ser lida. Ela chegara com a correspondência apenas um dia antes que começasse essa desagradável situação. A carta fora manuscrita por um piedoso cavalheiro de 80 anos de idade, que testemunhara pessoalmente a jornada de minha vida nos últimos 40 anos. Na carta, ele me descreve como uma mãe em Israel, fazendo um bom trabalho e partilhando o amor de Jesus ao redor do mundo.

Para mim, essa bendita carta é equivalente a um ósculo santo do Rei do Universo, dando-me a força necessária para seguir a jornada. É uma afirmação lá do alto de que sou o que professo ser: uma cristã, animadora da torcida na campanha de Jesus, contando ao mundo sobre Seu breve retorno. Hoje, ao enfrentar qualquer desafio, agradeço a Jesus e anseio estar no Paraíso com Ele. Oro para que você também prove a mesma doçura do favo de mel, conforme a sua necessidade de hoje.

Deborah Sanders

5 de fevereiro Terça


Antes que eu clamasse...


Antes de clamarem, Eu responderei; ainda não estarão falando, e Eu os ouvirei. Isaías 65:24

Otrailer alugado só para a viagem de ida continha o que restava dos meus pertences. Estava escuro, e eu temia o longo percurso de São Francisco até a casa de minha mãe, em São Diego. Lutando contra meus sentimentos, embarquei no pequeno Chevy e me dirigi para o sul. As lágrimas me enchiam os olhos com frequência, embaçando a visão da sinuosa estrada da montanha. E se eu despencasse pela ribanceira? Alguém se importaria?, perguntei a mim mesma. “Por que aconteceu tudo de uma vez só?”, chorei. Meu marido se fora, meus filhos também; meu emprego e meu lar se foram e meus móveis, passados adiante. Depois de muitas horas penosas, cheguei à casa de minha mãe. “Apegue-se a Deus”, incentivou ela.

Arranquei do peito um suspiro. “Eu só queria acreditar que Ele Se importa.” Após alguns dias, saí para procurar trabalho. A entrevista não foi bem-sucedida (o que não era surpresa). Eu estava deprimida. Mais tarde, naquela semana, meu ex-empregador, em São Francisco, ligou para dizer que meu antigo emprego estava disponível outra vez. Fiz a viagem de volta, ainda entorpecida.

Encontrei um quarto minúsculo no centro da cidade, perto do escritório. Depois de trabalhar uma semana, eu não tinha dinheiro para comer, mas me senti constrangida de pedir um adiantamento. Que devo fazer?, pensei, enquanto aguardava, após o expediente, que a luz do semáforo mudasse. O florista na esquina interrompeu meus pensamentos, entregando-me uma flor. Quando lhe agradeci, ele a tomou de volta e, sem uma palavra, empurrou um ramalhete inteiro na minha direção. “Ah!” engoli em seco. Chegando ao meu quarto, encontrei um cheque enviado pelo entrevistador de São Diego, para cobrir as despesas da viagem. Quem sabe, Deus Se importa!, ousei expressar esperança.

Naquela mesma noite, fui à igreja que havia frequentado anos antes. Do saguão vazio, escutei o pregador. Ele contava a respeito de uma mulher deprimida, e de como ele a motivou a ser agradecida. Saí da igreja correndo e pensando: Vou tentar isso!

Na manhã seguinte, consegui pensar em duas coisas, apenas, pelas quais ser grata. Saí para trabalhar, desalentada. Enquanto descia pela rua, clamei: “Senhor, se Te importas, por favor, mostra-me que não há nada entre nós!” Então meus olhos foram atraídos para cima, entre os arranha-céus. O nevoeiro se fora! Sorri. Que azul lindo!

Marjorie Ackley

6 de fevereiro Quarta

Despertada por um anjo


O anjo do Senhor é sentinela ao redor daqueles que O temem, e os livra. Salmo 34:7

Desde a infância, fui ensinada a fazer oração antes de dormir, para agradecer a Deus as bênçãos recebidas durante o dia e pedir Sua proteção para a noite. Muitas vezes, ficava deitada na cama, sem sono. Então me lembrava de que não havia orado. E hoje acontece a mesma coisa.

Um dia, dormi na casa de uma amiga. Ela morava só, com seus três filhos. Arrumei o travesseiro e o cobertor, e me virei na cama para tentar dormir. Então vi a porta do quarto abrir-se, rangendo. Estava escuro, e vi apenas uma luzinha, parecendo a de uma lanterna minúscula.

Sem entender o que estava acontecendo, e supondo que fosse alguém da casa, eu disse: “Pode acender a luz; estou acordada.” Depois, ouvi algumas palavras que não pude entender, e a pessoa saiu rapidamente pelo corredor, descendo a escada.

Perguntas cruzavam minha mente. A pessoa ainda estaria por perto? Por que alguém entraria no meu quarto? Reuni toda a minha coragem e saí para chamar minha colega no seu quarto, onde ela dormia com os filhos. Vi que todos estavam ali, e por isso não podia ter sido um deles. Quem, então, era a pessoa que tentara entrar no meu quarto?

Quando todos estavam acordados, tentamos descobrir uma pista e notamos que faltavam alguns objetos. Alguém invadira a casa para furtar. Chamamos a polícia, que inspecionou o lugar com armas em punho, mas não encontraram ninguém. O ladrão tinha fugido.

E se eu não me houvesse acordado no momento certo? Para onde teria ido o invasor? O que poderia ter feito? Teria entrado no meu quarto e me abordaria? Imagine o terror de acordar à noite e ver alguém que você não conhece no seu quarto de dormir!

Acredito que, naquela noite, não me acordei, simplesmente – fui despertada. O Senhor enviou Seu anjo para me acordar. Até hoje, tenho certeza de que “o anjo do Senhor é sentinela ao redor daqueles que O temem, e os livra.”

Darlen Cibeli Martelo Bach

7 de fevereiro Quinta

A bondade faz a diferença


Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. Mateus 6:12

Amúsica parece ter-se tornado uma parte sempre presente da vida. Quando fazemos compras num centro comercial, há música. No supermercado, há música. No banco e até quando precisamos esperar ao telefone durante uma transação comercial, há música, música, música! Amo a música, mas há momentos em que prefiro não ouvir nada.

Recentemente, saí da cidade de ônibus para visitar uma amiga. Os motoristas de ônibus dessa empresa, em particular, sempre pedem que os passageiros que ouvem música conservem o som em volume baixo, para que somente a pessoa que tem o aparelho possa ouvi-la.

Esforcei-me para colocar a bagagem no compartimento acima do banco, na metade traseira do ônibus. Escolhi o assento do corredor, acomodei-me e fechei os olhos. Ah, como eu saboreava a ideia de passar um tempo tranquilo, de serenidade e paz naquela viagem de quatro horas!

Uns 45 minutos depois de iniciada a viagem, notei um rapaz sentado duas ou três filas atrás de mim, do outro lado do corredor, ouvindo música hip hop. Ele usava os fones de ouvido, mas o volume da música me chamou a atenção. O som era muito incômodo, e, no fim da viagem, eu havia decidido informar-lhe que aquilo fora perturbador, e que eu não apreciara ouvir sua música por mais de três horas. Eu estava furiosa!

Esperei até que o ônibus parasse por completo, depois me levantei do assento, virei-me e o vi estendendo a mão para a minha bagagem. “Creio que esta é a sua, não é mesmo?” disse ele suavemente, enquanto sorria e me entregava a bagagem.

Imediatamente pensei em como devo, às vezes, perturbar nosso Pai celeste, não intencionalmente, mas ainda assim Ele olha para baixo e sorri, enquanto me estende bênçãos para suprir minhas necessidades. “Creio que estas são suas”, diz Ele com voz suave.

Aquele rapaz pode não ter tido ideia de que estava incomodando as pessoas à sua volta. Por outro lado, eu poderia ter lidado com a situação de modo mais cristão, não permitindo que a raiva me dominasse. Aquela foi uma lição bem aprendida; que valeu a pena. Hoje, pelo poder do Espírito Santo, quero ser mais consciente do modo como estou afetando as pessoas ao meu redor, e ser mais cristã em minhas ações.

Cora A. Walker

8 de fevereiro Sexta

Deus ouve


Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, Ele nos ouvirá. E se sabemos que Ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dEle pedimos. 1 João 5:14, 15

Outra grande mudança emocional ocorrera na minha vida. Era hora de tirar nosso pequenino de sete meses de idade do nosso quarto! Mas desta vez foi muito mais fácil, porque eu já havia feito isso com nosso filho mais velho. A única luta agora era que os dois meninos ficariam no mesmo quarto, e os dois têm horários diferentes para dormir.

Naquela noite, em particular, meu filho mais velho foi dormir tarde, porque havia tirado uma soneca no fim da tarde. Sentei-me na cama dele, como fazíamos todas as noites, li uma história, fiz oração com ele e cantamos seu corinho favorito, “Eu te amo”. Normalmente, ele fica em pé na cama, faz os gestos e canta em voz alta; e foi isso o que ele começou a fazer. Então, gentilmente, toquei a mão dele para que se sentasse e cochichei no seu ouvido que ele estava cantando alto demais.

Naturalmente, o garoto de quatro anos perguntou: – Mas por quê, mamãe? – Lembrei-o de que agora dividia o quarto com seu irmão, que já estava dormindo; assim, se cantasse muito alto, acordaria o irmãozinho, que começaria a chorar.

Olhando seu rosto depois de eu ter dito isso, percebi que ele ficou muito triste. – Mas mamãe – disse ele –, Deus não vai me ouvir se eu cantar baixo.

– Deus vai ouvir você em qualquer momento, quer você fale alto ou baixinho – garanti, sorrindo.

Daquele noite em diante, meu filho sussurrava sua oração a Deus. Naquela noite ele orou: “Jesus, abençoa a mamãe, o papai e o Patric; e, por favor, me ouve quando falo baixinho. Amém.”

Deus nos ouve quando oramos, por pequenos que sejamos neste planeta. Deus ouve nossas orações, não importa quem sejamos. Deus ouve as orações do Seu povo. Ele Se importa com todos nós, pecadores, se aceitamos Seu perdão e a promessa de uma vida nova.
Lembremo-nos de que Ele nos escuta. Quando tomamos conhecimento de que Deus nos ouve, um poder miraculoso proveniente dEle flui para dentro do nosso coração e da nossa vida, e começamos a compreender que não somos invisíveis a Ele, mas plenamente conhecidos, plenamente ouvidos e plenamente amados por Ele. Quando falamos, Jesus ouve.

Shelly-Ann Patricia Zabala

9 de fevereiro Sábado

Uma espécie de milagre


Pois Eu lutarei contra os inimigos de vocês e Eu mesmo salvarei os seus filhos. Isaías 49:25, NTLH

Talvez você já tenha experimentado a dor de ver um filho “colidir” de uma forma ou outra. Uma mãe horrorizada, certa vez, viu seu filho de 19 anos colidir contra a parede de uma pista de gelo, enquanto ensaiava para um concurso de patinação. J. R. Celski estava caído sobre o gelo, com a coxa esquerda ferida.

Como meus filhos já haviam ocasionalmente levado alguns tombos graves na pista de patinação da vida, prestei atenção especial quando esse rapaz conquistou sua primeira medalha olímpica, apenas alguns meses mais tarde. Uma vez mais, havia uma mãe torcendo por ele!
De modo impressionante, Celski conseguiu competir nas Olimpíadas de Vancouver, na prova final de velocidade dos 1.500 metros em pista curta. Ele mantinha um lúgubre quinto lugar na última volta. As câmeras de televisão giraram brevemente na direção do rosto tenso da mãe dele enquanto ela o incentivava a prosseguir. De súbito, sem nenhuma razão aparente, os patinadores nas posições prata e bronze colidiram, e o jovem J. R. Celski cruzou a linha de chegada em terceiro lugar – um medalhista olímpico! “Uma espécie de milagre”, foi como um repórter esportivo descreveu o final inesperado do patinador.

O Originador dos milagres ainda atua em resposta às orações das mães – especialmente quando se trata de levar os filhos a cruzarem a linha de chegada no Céu. Não importa quão gravemente nossos filhos se machuquem, ainda podemos torcer por eles, reivindicando promessas de bênçãos como no texto de hoje.

Durante anos um amigo meu, a quem chamarei Sonny, caíra repetidas vezes – moral, física e espiritualmente. A mãe dele, porém, até o momento de sua morte, reclamou promessas quanto à salvação de seu filho. Anos mais tarde, Sonny conheceu e aceitou Jesus Cristo como o Senhor de sua vida. Isso também foi uma espécie de milagre, não é mesmo?

Sonny gosta de descrever como será o próximo encontro com sua mãe. Ele diz: “Quando eu cruzar aquela linha de chegada estendida entre os portais de pérola do Céu, minha mãe me verá. Suas primeiras palavras serão: ‘Louvado seja Deus, Sonny; como foi que você chegou aqui?’ E minha resposta será: ‘Pela graça de Deus, mamãe, e por causa de suas orações de fé.’”

Lutemos em favor de nossos filhos, diante da Palavra aberta de Deus. Incentivemo-los a prosseguir, quando estiverem fazendo seu melhor. E, por fim, deixemos que Deus opere Seus milagres de último minuto na vida deles.

Carolyn Sutton

10 de fevereiro Domingo

Enquanto eu ainda estava falando


Antes de clamarem, Eu responderei; ainda não estarão falando, e Eu os ouvirei. Isaías 65:24

Minha mãe morava na ilha de Antigua, e eu, na cidade de Nova York, quando fiquei sabendo que ela sofrera um AVC devastador. Fui vê-la assim que consegui um voo, mas, quando cheguei, ela estava em coma. O médico não via muita esperança de recuperação, mas permitiu que ela permanecesse em casa, e ia vê-la todos os dias. Encontrei um grupo de mulheres cuidando dela e ministrando seus remédios caseiros. Elas haviam colocado um pequeno recipiente com uma mistura de sumo de lima e sal ao lado da cama dela. Haviam-lhe amarrado um lenço ao redor da cabeça e o molhavam com a mistura. Toda vez que ela começava a se contorcer e parecia que estava a ponto de ter uma convulsão, elas rapidamente embebiam o lenço e o espasmo cessava. Enquanto isso, elas a esfregavam com um unguento muito forte fabricado na Inglaterra, chamado Fiery Jack, para estimular os nervos.

Mamãe continuou em coma durante semanas. Então, certo dia, abriu os olhos. Outro dia, eu a vi mexendo muito levemente o dedão do pé. Vibrei e relatei o fato ao médico. Ele sorriu, achando que eu estava imaginando aquilo que esperava ver. Mas, para espanto dele (e de muitos outros), mamãe melhorou dramaticamente e conseguiu andar com ajuda. Não precisavam mais esfregar nela o unguento. Como não havia, tampouco, nenhum outro sinal de atividade convulsiva, suspenderam também a aplicação da mistura de sal com lima.

Então, o inesperado aconteceu. Eu estava sozinha com mamãe quando ela começou a se contorcer. Olhei ao redor à procura do pires, mas ele estava vazio, e não havia uma única lima em casa. Comecei a orar em voz alta, como só alguém profundamente aflito pode orar: “Senhor, salva minha mãe!” De repente, alguém bateu à porta. Corri até a porta e vi o carteiro ali, segurando um engradado cheio de limas, que alguém havia despachado para nós da ilha de Nevis, dias antes. Não me lembro de como abri o engradado, mas consegui abri-lo. Rapidamente, espremi o sumo de lima sobre o sal na tigelinha e apliquei a mistura à testa de mamãe. Imediatamente cessou a agitação.

Antes que eu clamasse, Deus respondera. Ele sabia do momento em que aquelas limas seriam necessárias e impressionou alguém a despachá-las para nós com antecedência. Enquanto eu ainda estava falando, elas chegaram.

H. Elizabeth Sweeney-Cabey

11 de fevereiro Segunda

Hora marcada


Em tempos de angústia eu Te chamo, pois Tu me respondes. Salmo 86:7, NTLH

Moro numa pequena ilha, onde certos profissionais de saúde especializados, como dentistas, são poucos. Consequentemente, é muito difícil para os moradores marcarem um horário. Não é incomum esperar meses para fazer uma limpeza de rotina. Assim, muitas pessoas optam por ir em busca de atendimento fora da ilha.

Eu estava tendo problema com um dente, e o dentista disse que eu precisava fazer tratamento de canal. Contudo, não consegui marcar horário num prazo curto. Enquanto as semanas se arrastavam, o mesmo acontecia com minha dor periódica, uma dor lancinante que me interrompia a vida diária. Eu chorava amargamente por causa de sua intensidade.

Uma noite, na igreja, alguém deu um testemunho de como o Senhor providenciara uma consulta para ela no único hospital da ilha, depois de ela ter orado. Foi desse testemunho que me lembrei durante um dos meus dolorosos episódios. Clamei ao Senhor, mencionando a maneira como Ele havia respondido à oração dessa pessoa, e supliquei que Ele operasse em meu favor de igual modo. Terminei a oração que fiz ajoelhada e liguei para o consultório dentário. Desculpando-se, a cortês recepcionista informou que não havia horários disponíveis, mas que ela me ligaria se houvesse algum cancelamento. Desliguei o telefone, resignada a continuar sofrendo, e mais uma vez fiz uma oração silenciosa. Dentro de uma hora, o telefone tocou. Era do consultório dentário, chamando para ver se eu poderia ir no dia seguinte.

Essa experiência ocorreu alguns meses atrás, mas, ao refletir sobre a relevância da oração, lembro-me do seguinte texto, escrito faz alguns anos por um autor cristão desconhecido: “A oração é a resposta para cada problema da vida. [...] Com demasiada frequência, deixamos de orar em certas situações porque, do nosso posto de observação, a perspectiva não traz esperança, mas nada é impossível para Deus. Seja qual for nossa necessidade, se confiarmos em Deus, Ele pode supri-la. Se alguma coisa está causando preocupação ou ansiedade, paremos, relatemos a dificuldade e confiemos na cura, no amor e no poder de Deus.”

Jesus disse, em João 14:13, 14: “E tudo o que vocês pedirem em Meu nome Eu farei, a fim de que o Filho revele a natureza gloriosa do Pai. Eu farei qualquer coisa que vocês Me pedirem em Meu nome” (NTLH). Já testei isso, e Deus respondeu de maneiras maravilhosas. Graças a Deus porque Ele ainda ouve as súplicas dos Seus filhos.

Tamar Boswell

12 de fevereiro Terça


Um beijo rosa e branco do Céu


Para Mim você vale muito. Você é o povo que Eu amo, um povo que merece muita honra. Isaías 43:4, NTLH

Houve um temporal ontem; chuvas vitalizadoras refrigeraram o solo crestado e ressequido do interior, em nosso cantinho da Austrália. Assim, hoje de manhã, tudo estava excepcionalmente limpo e fresco. O mundo era belo! Saí para a caminhada matinal, regozijando-me com toda a natureza diante do milagre da regeneradora chuva e refletindo sobre as óbvias aplicações espirituais diante de mim.

Como é lindo o modo como as chuvas lavam todo o pó e as máculas da vida, deixando tudo limpo. Elas não só limpam – também refrescam. As árvores, a grama, os pastos, as aves em pleno voo e o gado – todos são, de alguma forma, transformados. Especialmente minha alma! Restaura-se a vitalidade, brota uma vida nova. Ah, como gosto do milagre da chuva, da transformadora beleza da água da vida!

Enquanto caminhava, ao meu redor os pássaros cantavam sua alegria, regalando-me com uma sinfonia de sons e imagens, deleitando meus sentidos. Simplesmente não pude evitar; um cântico espontâneo de louvor e ação de graças brotou do fundo da minha alma, e me uni a eles.

Então, de súbito, eu a vi. Ali, na estrada diante de mim, sob uma grande árvore de caucho, estava uma pena de cacatua – nova, limpa, macia, rosa e branco. Era perfeita: um branco suave por baixo, coroado com um tom pastel róseo por cima. Tão delicada, e, talvez, romântica?

Era o suave rosa do amor e da ternura. Meu coração se encheu de admiração e alegria ao reconhecer o que era realmente aquilo – um beijo de Deus, do Céu para mim! Um momento particular de intimidade entre o Criador e a criatura, entre o Pai e a filha, marcado por uma pena miúda, nas cores rosa e branco. Era como se eu pudesse ouvi-Lo falando terna e suavemente: “Minha querida, isto é exclusivamente para você, para dizer-lhe o quanto eu a amo!”

Parei e peguei aquele minúsculo tesouro, colocando-o junto ao meu peito, com reverência. Tomei consciência de quão preciosa sou realmente para o meu Deus. Quanta honra e bênção, por ter recebido um presente assim! Como sou amada!

Simplesmente me espanta o fato de que o Deus do Universo tire tempo para tomar uma coisinha e torná-la tão especial, e que a tenha feito para mim! Mas Ele o fez. E o restante daquele dia foi belo, por causa disso.

Lynette Kenny

13 de fevereiro Quarta

A tremenda majestade de Deus


Senhor, Senhor nosso, como é majestoso o Teu nome em toda a terra! Tu, cuja glória é cantada nos céus. [...] Quando contemplo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto: Que é o homem, para que com ele Te importes? Salmo 8:1-4

Minha filha, Sam, e eu aguardávamos a chuva de meteoros. Usaríamos o despertador, a fim de que no momento preciso acordássemos para ver o evento celeste. Sob o frio, e nas primeiras horas da madrugada, pensamos ser as únicas na vizinhança olhando fixamente para o céu, atentas e aguardando. Por fim, vimos o primeiro meteoro riscando o céu, depois outro – e mais – e, em nosso entusiasmo, agradecemos a Deus aquele momento. “Você viu aquele?” “Olhe lá!” “Não aqui; é lá!”

Aqueles que passavam de carro por ali provavelmente se perguntavam o que estaríamos fazendo, enroladas em cobertores, sentadas em banquinhos no meio da noite, apontando para o céu. Achávamos graça da admiração das pessoas, porque, no lugar delas, certamente estaríamos pensando a mesma coisa. A chuva de meteoros cessou e, uma vez mais, era hora de voltar para a cama e preparar-nos para o trabalho e a escola.

Hoje, Sam tem 21 anos. Sei que, quando ouve falar em chuva de meteoros, ela se lembra daquelas noites frias no pátio lateral, com sua mãe.

Enquanto permaneci sentada no frio da noite, agradecendo a Deus o privilégio, senti admiração diante da magnificência de tudo aquilo, da grandiosidade e do esplendor do céu noturno, e do mistério que jaz além. Um número incalculável de estrelas parecia estar no céu, e tudo se movia na sua ordem. O Universo, genuinamente criado pelo Mestre Artesão, é uma massa de ordem e planejamento, na qual tudo conhece seu tempo e lugar.

E outra maravilha: com a multidão das produções diárias da vida, que nosso Salvador atende, Ele toma tempo para mim. Ele me conhece por nome. Cuida de mim de forma pessoal, como se eu fosse a única pessoa existente. Ele sabe quando meu coração dói e me conforta, falando comigo no período da noite, quando estou ocupada demais durante o dia para ouvi-Lo. Ele me dirige, me aconselha e me defende em tempos problemáticos. Minha confiança está depositada somente nEle.

Ao ler o Salmo 8 na íntegra, sou lembrada de Sua majestade, de Seu imenso poder e da natureza impressionante de Sua existência. Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a Terra é o Teu nome!

Sylvia Bennett

14 de fevereiro Quinta

Trabalho de parto com amor


Porque Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16

Enquanto a dor contorcia seu corpo, ela cantava louvores: “Jesus, conserva-­me junto à cruz.” A cabeça do bebê apareceu, enquanto o médico e a enfermeira trabalhavam para que o recém-nascido chegasse com segurança. Mesmo em meio à dor, ela continuou cantando como um passarinho: “Há uma fonte preciosa.” A cabeça do bebê escapou do canal do nascimento, mas algo deu errado, e o médico usou um instrumento. Enquanto era virado e torcido no canal do nascimento, o bebê morreu. Não chegou a respirar pela primeira vez. Deixou de viver por ocasião do nascimento.

Bem, como é que alguém continua adorando um Deus que permite que isso aconteça? Mas ela continuou. E meus pais foram abençoados com mais filhos, e a cada parto ela continuava cantando louvores. A equipe médica até se acostumou com os seus cânticos. Era como se ela tivesse feito um trato com Deus em relação a um parto seguro, toda vez que trouxesse uma criança ao mundo – e Deus ouvia e respondia.

Minha mãe me contou essa história quando eu era uma jovem adulta. Era um testemunho especial de sua fé. Também contou que fora instrumento em dar início a um ministério que trouxe muitas pessoas a Cristo em sua comunidade. Várias décadas mais tarde, ela me contou seus pensamentos acerca das pessoas que vinham ao Senhor e depois pareciam tomar outro rumo, e questionava seu próprio labor no ministério. Comentei com ela que o prédio da igreja era apenas uma incubadora, que dava a cada novo converso a oportunidade de crescer, como uma ave que deixa o ninho e aprende a confiar em Deus, voando. Ela pareceu aceitar essa explicação.

Poucos anos atrás, meu irmão mais velho também tomou outro rumo. Enquanto a família se esforçava para aceitar a morte dele, minha mãe continuou a acreditar que Deus a faria superar a dor da perda de outro filho. Foi através desse processo de luto que aprendi a crer que Deus me fortaleceria também. Eu sabia que meu irmão estava apenas dormindo até a segunda vinda, quando os mortos em Cristo ressuscitarão. Aprendi a aceitar que Deus sabia o que era melhor para o meu irmão naquele momento particular da sua vida. Gravado em seu sepulcro está João 3:16; é uma mensagem para todos os que visitam o local do seu sepultamento, proclamando que Deus deu Seu Filho, Jesus, por causa do Seu amor por nós, a fim de que tenhamos vida eterna.

Fartema M. Fagin

15 de fevereiro Sexta

Despedida


Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria. Salmo 90:12

Os seres humanos parecem odiar naturalmente despedidas, mesmo quando elas acontecem com um bom propósito – filhos saindo para a escola, amigos ou parentes mudando-se para ir em busca de oportunidades em sua carreira ou simplesmente saindo em férias. Considerando as fragilidades e incertezas da vida, sabemos que existe a possibilidade de não nos vermos mais nesta vida. A pior despedida é a que vem por causa da morte. Até mesmo cristãos sinceros, cuja teologia está firmemente enraizada na crença de que a morte é um mero sono prolongado, ainda acham difícil dizer adeus.

Recentemente, um membro da equipe trouxe a notícia de que um eminente advogado, que se apresentava regularmente diante do meu tribunal, estava enfermo. Na ocasião, o diagnóstico era desconhecido. Aquele homem vibrante, de aparência saudável, estava no apogeu da vida. Don era tão popular entre os colegas como entre os clientes, os funcionários do fórum e o judiciário, devido a sua conduta agradável e profissional. Dentro de três semanas, ele se viu confinado a uma cadeira de rodas porque estava fraco demais para ficar em pé ou caminhar. O diagnóstico foi o de câncer inoperável nos pulmões e no fígado, e com seis meses para viver. Como ele não era fumante, presumia-se que a fonte primária da malignidade fosse outra.

Na sexta-feira, recebi uma carta aberta, enviada em nome de Don. Nela, ele nos pedia que não nos entristecêssemos com sua partida. Mesmo naquela circunstância difícil, ele encontrou a energia e a vontade de tornar a situação mais fácil para aqueles que deixaria para trás.

A pergunta para hoje é esta: Como você passaria o resto da sua vida se soubesse que teria apenas seis meses para viver? Muitos de nós tomariam a decisão de ser mais bondosos, gentis e muito mais generosos e carinhosos com os que nos rodeiam. Passaríamos menos tempo perseguindo coisas materiais, irritando-nos e discutindo sobre questões inconsequentes.

Sobre a cruz, Cristo tomou tempo em meio à dor e tristeza para conceder salvação ao criminoso que se arrependera (Lucas 23:39-43). Tomou tempo para garantir que sua mãe, Maria, teria supridas as suas necessidades físicas e emocionais, dando a ela Seu discípulo, João, como filho (João 19:26, 27).

Pela graça de Deus, vivamos cada dia da melhor forma possível. Nunca sabemos quando teremos que dizer adeus.

Avis Mae Rodney

16 de fevereiro Sábado

Confiar em meio a desapontamentos



Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, dos que foram chamados de acordo com o Seu propósito. Romanos 8:28

Quando você é cristã, não existe algo como sorte ou coincidência. Quando você caminha todos os dias com o Senhor, Ele a guia e realiza coisas para o seu bem. Confirmei isso muitas vezes; contudo, o incidente que fixou essa verdade na minha mente aconteceu quando eu completava o mestrado. Durante o último semestre, estava programado que eu concluiria o estágio no Canadá. Meu supervisor, um professor canadense, ofereceu-se para me levar de carro até a escola, uma viagem de oito horas, já que estaria indo visitar seus familiares.

Quando chegamos à fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, mostrei meus documentos ao oficial e esperava que ele fizesse o sinal para atravessarmos a ponte. O oficial da imigração, porém, nos mandou de volta à Embaixada dos Estados Unidos em Detroit, dizendo que eu precisava de uma licença para trabalhar. Ironicamente, o oficial em Detroit havia dito que eu precisava de um visto canadense para estudantes. Depois de ir para trás e para a frente por várias horas, finalmente me disseram que eu não poderia concluir meu preparo no Canadá!

Fiquei profundamente desapontada. Durante todo o caminho de volta para Berrien Springs, Michigan, pedi que Deus assumisse o controle da situação. Mesmo tendo orado, eu não via como o Senhor mudaria aquela situação ou tiraria dela alguma coisa boa. Mas eu ainda estava para ver como é que trabalha um Deus poderoso! Durante dois dias, meus professores tentaram me mandar para outra escola. No terceiro dia, recebi um telefonema dizendo que eu fora colocada numa pequena escola da igreja, com internato, em Holly, Michigan. Eu não sabia nada sobre essa escola, mas, naquela conjuntura, não tive escolha a não ser ir.

Apesar da minha hesitação inicial, adaptei-me rapidamente à escola, a seus alunos e a Patty, minha supervisora. Em pouco tempo, descobri que havia uma bênção inesperada pelo fato de estar perto da minha universidade. Outra estagiária de lá fora designada para a mesma escola, e ela fazia frequentes viagens de fim de semana para o campus. Também fiz amizade com um rapaz do campus, e apreciava nossas frequentes conversas. Foi numa dessas viagens que meu amigo me surpreendeu com uma proposta de casamento! Se tivesse ido para o Canadá, estou convencida de que os eventos teriam um desdobramento bem diferente. Agora, estou casada com esse amigo há 27 anos. O Senhor solucionou as coisas para o nosso bem.

Lynn C. Smith

17 de fevereiro Domingo


A caixa


Agradeço a meu Deus toda vez que me lembro de vocês. Em todas as minhas orações em favor de vocês, sempre oro com alegria. Filipenses 1:3, 4

Aamiga de Becky estava para aposentar-se, provavelmente com muito pouca idade e de uma hora para outra. Sua aposentadoria também significava mudar-se do seu ambiente familiar para outro estado, onde estaria perto de sua neta.

Becky ficou desapontada e lamentou que sua querida amiga fosse morar tão longe dela, mas queria garantir-lhe que nunca estaria longe do seu coração. Becky comprou uma caixa simples, mas bonita, e colocou dentro dela 12 cartas, marcando cada uma com um mês do ano. Em todas as cartas, Becky usou expressões que mostravam à sua amiga quão preciosa era para ela, e como considerava aquela amizade um presente.

A mudança aconteceu e a amiga de Becky descobriu que se sentia mais sozinha do que poderia ter imaginado. Seu esposo, vendedor, estava muitas vezes fora de casa. Sua neta era um encanto, mas quando não estavam juntas, ela se sentia muito abandonada – a não ser por causa da caixa. A caixa presenteada ficava guardada na cozinha. Cada mês, ela abria a carta e se lembrava dos bons tempos com Becky em sua antiga casa.

Hoje ela se sente animada e fortalecida ao ler as cartas, vez após vez. Precisa de muita determinação para não abrir todas de uma vez só, mas aguarda com expectativa a hora de abrir a carta do mês seguinte! E ela escreve para Becky, mandando uma carta cada mês, para dizer como a amiga e a carta são importantes em sua vida. Becky sente que ela própria recebe a maior bênção através das cartas e expressões de apreço, e tudo por causa do singelo presente de uma caixa.

A Palavra de Deus para nós é como essa caixa. Cada promessa é um bilhete de amor, um lembrete de como somos preciosas e especiais para Ele. Ele nos fala de Seu amor, perdão, alegria e anelo para que estejamos em Sua presença durante a eternidade. Com esperança, aguardamos o encontro com nosso Deus Criador, nosso Amigo, que está tão distante, mas tão perto de nós em Sua Palavra. E quando Lhe retribuímos com nossas orações de ação de graças, Ele Se sente muito abençoado.

Dou graças ao Senhor por Seu amoroso cuidado por nós, sejam quais forem as circunstâncias. Sua Palavra continua a ser força e conforto para nós, enquanto ansiamos a ida para o lar. Minha oração é que lá estejamos juntas.

Wanda Grimes Davis

18 de fevereiro Segunda

Deus cuida dos pormenores


Deem graças ao Senhor porque Ele é bom; o Seu amor dura para sempre. Salmo 107:1

É impressionante como pormenores fazem grande diferença. Pode ser um pontinho ou uma linha numa obra de arte, ou uma vírgula numa sentença – coisas muito pequenas e simples. Mas mudam o significado daquela frase ou a beleza da obra de arte. O mesmo é verdade quando trabalhamos em algo importante para nós. Deus cuida de detalhes em nossa vida porque somos importantes para Ele. E quando procurarmos obedecer a Deus em pormenores, as coisas grandes virão mais facilmente.

A vida de uma moça nem sempre é um sopro de brisa ou um mar de rosas; ela tem seus espinhos, e o diabo sabe onde colocá-los. Mas aprendi que, só porque não vemos os resultados ou benefícios imediatos da obediência a Deus, isso não quer dizer que eles não estejam aí.

Uma situação que pode ser considerada um detalhe por algumas é a tentação de entrar em relacionamento com um homem que não pertença à nossa fé. Vemos isso como algo simples e pequeno, e algumas podem até dizer que, contanto que não nos casemos, não importa. O mesmo se pode dizer de qualquer relacionamento: ela decide ceder aos sentimentos (ou, quem sabe, à pressão do grupo). Mais tarde, para agradar a outrem, pode ceder em algo mais. Talvez o detalhe possa ser deixar de frequentar a igreja, ou ir a certos lugares aos quais costumeiramente não se iria. Por serem coisas pequenas, pode parecer que uma vez só não faça diferença. Mas é plano de Deus que estejamos com uma pessoa que nos ajude a crescer espiritualmente, uma pessoa que esteja presente para oferecer um conselho ou consolo espiritual em tempo de necessidade, uma pessoa com os mesmos valores e as mesmas convicções.

Do mesmo modo como a mãe conhece as necessidades do filho e faz todo o possível para cuidar dessas necessidades, nosso amorável e carinhoso Pai celeste sabe o que é melhor para nós e supre nossas necessidades – mas de acordo com o Seu tempo, o tempo que Ele julga ser o melhor. Deus cuida de coisas tão pequenas como o alimento que cozinhamos, a pontualidade para chegar ao trabalho ou nossos sentimentos de tristeza ou cansaço. Ele cuida de cada coisa, mas espera que confiemos nEle.

Nós somos suas frases, Suas obras de arte, e Ele cuidará de todos os pontos, linhas e vírgulas da nossa vida.

Yvita Antonette Villalona Bacchus

19 de fevereiro Terça

Abraços


“Não tenha medo; você não sofrerá vergonha. [...] Pois o seu Criador é o seu marido, o Senhor dos Exércitos é o Seu nome, o Santo de Israel é Seu Redentor. Isaías 54:4, 5

Separação e divórcio são coisas difíceis. Rasgam seu íntimo e a levam a questionar tudo. Aprendi essa lição por experiência própria durante os anos de 1999 a 2002. Encontrei-me no meio de uma separação que, mais tarde, se tornou definitiva e absoluta. Foi bastante difícil lidar com o fato de que meu casamento não tinha dado certo, mas a aspereza e a amargura experimentadas por causa disso foram ainda mais dolorosas. Meu esposo havia sido meu melhor amigo, e agora isso acabara.

Eu era uma mãe cristã, sozinha, ativa na igreja, e me perguntava o que estava errado comigo, e se Deus me amava. Meu esposo dissera que ele, na realidade, nunca havia me amado; então, por que Deus me amaria?

Eu procurava aparentar coragem, mas acabava chorando por todo canto quando ecoava aos meus ouvidos a frase “você não é a primeira e não será a última”. Sentia que precisava, pelo menos, ser forte para minha filha de quatro anos; em vez disso, era ela quem me consolava. Eu me sentia envergonhada, rejeitada. Não havia ninguém a quem recorrer; não havia ninguém que compreendesse. O vazio era como um buraco faminto que me sugava o íntimo e me deixava exaurida e derrotada.

Certa noite, em desespero, clamei a Deus, contando-Lhe quão solitária, magoada e confusa me sentia. Eu só precisava de um abraço; saber que alguém estava ali no meu canto, e não apenas comentando sobre mim, às minhas costas. Em meio a lágrimas, senti uma Presença ali no quarto, e braços que literalmente me abraçaram e seguraram. Senti paz e conforto. Eu não fora esquecida nem descartada. O Senhor me fez lembrar de Sua promessa segundo a qual seria meu marido quando o meu próprio me abandonasse; Ele me aceitaria quando o mundo virasse as costas.

Com o passar dos anos, de lá para cá, fiquei mais forte e sábia. Agora sei que o amor de Deus me pertence e que não posso ser separada dele. “Nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8:39).

Já recebi muitos abraços, mas nenhum se compara com o das mãos de Deus me segurando. Por que não pedir a Deus um abraço hoje? Ele está sempre acessível, disposto a dá-lo.

Greta Michelle Joachim-Fox-Dyett

20 de fevereiro Quarta

Emergência!


Portanto, vigiem, porque vocês não sabem o dia nem a hora! Mateus 25:13

No meu trabalho como assistente administrativa, vejo-me quase diariamente diante de “emergências”. “Eu me esqueci de reservar uma sala para a reunião.” “Preciso convocar uma assembleia para as 10 horas.” “Ah, por falar nisso, preciso de 50 cópias do documento para a reunião daqui a 30 minutos.” E assim vai, dia após dia. Isso foi mencionado em minha mais recente revisão de desempenho no trabalho. E foi isto que meu gerente disse: “A única área de oportunidade de Angèle seria conduzir melhor sua capacidade de pensar sob pressão. Ela faz isso muito bem, mas, ao buscar identificar as informações das quais precisa para fazer seu trabalho, especialmente projetos em cima da hora, ela pode ocasionalmente revelar resistência.”

Fiquei chocada e magoada! Sou uma pessoa organizada, e as pessoas que esperam até o último minuto tendem, sim, a estragar o meu dia. Um dos meus ditados favoritos é: “A falta de planejamento de sua parte não constitui uma emergência da minha.”

Naturalmente, sendo cristã, posso relacionar isso à caminhada espiritual e nosso preparo para o breve retorno de Cristo. Na verdade, enquanto digito este texto, sabendo que os livros devocionais são preparados com uns dois anos de antecedência, pergunto-me se este devocional chegará a ser impresso. E me pergunto isso porque verdadeiramente creio que a segunda vinda de Cristo está muito próxima.

Tão frustrada como fico no meu trabalho com aqueles que esperam até o último minuto, também fico triste por saber que haverá muitos que pensam poder esperar até o último minuto para entregar o coração ao Senhor, só para descobrir que o tempo se esgotou. Não haverá uma assistente administrativa para correr naquela “emergência”. E, graças ao Senhor, Ele nunca fica frustrado conosco! Sim, eu sei; isso é algo que ainda preciso melhorar.

Então, se este devocional for impresso e Cristo não tiver retornado, não pense “Ah, tenho algum tempo.” Não, não tem! Hoje é o dia! Como Paulo escreveu: “Digo-lhes que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação!” (2 Coríntios 6:2). Planeje agora passar a eternidade com Ele.

Angèle Peterson

21 de fevereiro Quinta

Confiar em Deus sempre


Confiem para sempre no Senhor, pois o Senhor, somente o Senhor, é a Rocha eterna. Isaías 26:4

Vários anos atrás, recebi o diagnóstico da doença de Ménière, uma disfunção do ouvido interno que causa vertigem e perda da audição. Embora Ménière não seja uma doença que represente ameaça à vida, foi a primeira vez que enfrentei uma questão de saúde que não tem cura.

Logo após o diagnóstico, pesquisei na internet para descobrir mais sobre a doença. Quando soube que a vertigem chega a ser tão forte em algumas pessoas a ponto de não poderem trabalhar durante semanas ou meses a fio, e que outras ficam totalmente surdas de ambos os ouvidos, entrei em pânico. Só pensava no fato de que moro sozinha, preciso viajar para ganhar meu pão e que, se perdesse a audição e não pudesse comunicar-me com as pessoas, perderia o emprego.

Um dia, mencionei meus temores a um pequeno grupo de mulheres sábias e piedosas. Uma delas me perguntou o que aconteceria se eu perdesse o emprego.

– Eu morreria de fome, porque não tenho ninguém que cuide de mim – respondi.

– Você não está confiando no cuidado de Deus por você – replicou ela, fazendo-me lembrar de que nada pode acontecer comigo para o qual Deus já não tenha tomado providências.

Ela estava certa. Eu me havia esquecido totalmente de que Deus sempre cuidou de mim. Eu havia passado por situações muito mais difíceis que a doença de Ménière e sempre senti Sua presença de modo muito real. Mas eu permitira que o temor me roubasse a paz que Deus tinha para mim. Dou graças ao Senhor por amigas piedosas, dispostas a me ajudar a encarar a verdadeira questão: falta de confiança. Isaías 30:15 nos diz: “No arrependimento e no descanso está a salvação de vocês, na quietude e na confiança está o seu vigor.”

Quietude e confiança significam não choramingar e perguntar “Por que eu?” quando as coisas dão errado. Paulo tinha muitas razões para choramingar e reclamar, quando foi aprisionado sob acusações falsas. Em vez disso, confiou em Deus e pôde usar seu tempo de modo produtivo na prisão. Algumas de suas cartas mais animadoras para as jovens igrejas cristãs foram escritas da prisão.

Ao confiar na capacidade de Deus para tomar conta de nós em todas as circunstâncias, também encontramos a força necessária para conviver com as provas que todos experimentamos. À medida que aprendo a confiar em Deus em minha enfermidade, Ele tem, realmente, sido mais do que fiel em me capacitar a fazer tudo de que preciso no meu trabalho, e para viver por conta própria.

Carla Baker

22 de fevereiro Sexta


Embalada no berço das profundezas


Em paz me deito e logo adormeço, pois só Tu, Senhor, me fazes viver em segurança. Salmo 4:8

Poucas experiências são mais emocionantes do que passar pelo menos um dia ou dois num cruzeiro oceânico. Onze quilômetros abaixo de você está o fundo do mar de esmeralda, e, por incontáveis quilômetros ao seu redor, ondula o oceano. Durante o dia, enquanto se envolve com as atividades a bordo, toma requintadas refeições, tira fotos e assiste a entretenimentos, de algum modo o ambiente não parece ameaçador. Você relaxa, fica feliz e despreocupada. Está se divertindo. Então chega a noite e desce a escuridão. As máquinas cantarolam, as ondas se quebram, mas, de alguma forma, você ainda é capaz de deitar-se, fechar os olhos e desfrutar um sono tranquilo.
Que confiança! Que fé! Enquanto você repousa, alguém está no controle, dirigindo a enorme embarcação em meio à escuridão. Embora possa não ver nada, nem mesmo uma estrela no céu, você confia naquele que pode. Quando o relâmpago corta o céu e o trovão ribomba, você se vira e continua ressonando, confiante naquele que está no comando – um capitão de uniforme impecavelmente branco que prometeu levá-la, através do tenebroso desconhecido, ao seu destino.

Pela manhã, você desperta para ver a cálida cintilação do sol nascente. Esquecendo-se da escuridão da noite anterior, você se levanta e vê o brilho de um novo dia cheio de esperança. Como emociona olhar ao longe e ver o contorno de uma praia distante! Você está quase lá! Ao aproximar-se da terra, a vista se torna mais clara. Em pouco tempo, você vê casas e veículos. Sim, você está quase lá.

Nas noites escuras da nossa vida, acaso nos lembramos de que Alguém está ao leme, e de que Ele conhece o caminho em meio à escuridão, em meio às tempestades e em meio às lágrimas? Lembramo-nos de que Ele nos guiou através das trevas da noite anterior, quando achávamos que nunca chegaria o dia, através do terror do vento e do trovão amedrontador? Acreditamos que Ele nos levará para casa em segurança?

Nosso Salvador continua ao leme. Não perca a fé. Podemos não vê-Lo, mas sabemos que está lá. O mesmo Piloto que guiou nossa embarcação no passado, através dos escuros canais do desafio e da dúvida, ainda Se encontra no controle hoje. Ele não dorme e não cochila. Fique em paz. Tudo está bem.

Annette Walwyn Michael

23 de fevereiro Sábado

A filha do oficial


Ninguém as pode arrancar da mão de Meu Pai. João 10:29

Neste ano, tenho o privilégio de ser professora de Diana, a filha de um alto oficial do governo. Ela é uma garota encantadora, de 16 anos de idade, com necessidades especiais. Embora ela não participe das minhas aulas, sou responsável por levá-la para a reunião diária de oração no pátio da escola e providenciar para que ela volte com segurança à sala de aula. Suas pernas são deformadas, o que a leva a caminhar sem firmeza. Por causa disso, precisa de alguém para dar-lhe a mão, especialmente quando anda no meio de muitas pessoas ou para descer as escadas.

De tempos em tempos, seu professor particular está lá para ajudá-la a ir para a reunião da manhã no pátio. Com mais frequência, sou eu quem caminha com ela. Quando toca a sineta, fico para trás alguns minutos a fim de conduzir os alunos para fora da sala, e então Diana e eu caminhamos juntas. Mas não é com muita frequência que ela espera por mim. Sendo adolescente em busca de independência, ela corre na frente; mas não vai muito longe antes que eu a alcance. A essa altura, geralmente já está exausta de tentar manter o equilíbrio, e se sente agradecida ao segurar minha mão.

Certa manhã, como de costume, Diana correu na frente. Minutos mais tarde, alguns alunos me informaram que ela havia vomitado no corredor. Finalmente eu a encontrei, caminhando com outra professora. Levei-a à enfermaria, onde ela foi atendida. Nos dias seguintes, Diana fez questão de esperar por mim. Mas não demorou muito para que começasse a ansiar novamente por autonomia. Em mais de uma ocasião, ela fez todo o trajeto até o pátio sozinha; depois, fica confusa e acaba se juntando ao grupo errado. Enquanto dá voltas, tentando desesperadamente encontrar seus colegas, vou até ela e a conduzo para a fila certa.

Às vezes, retornando para a sala de aula, ela tenta soltar minha mão. Se a porta já está perto, solto-a porque sei que estará segura.

Minha convivência diária com Diana me faz lembrar do meu relacionamento com Deus. Com mais frequência do que posso lembrar, corro na frente, tentando fazer as coisas do meu jeito. Isso nunca acaba bem. Sou grata pelo forte braço de Deus, que me leva de volta à trilha certa. Sou grata pelas pessoas que Deus coloca em meu caminho para me segurar a mão e me guiar pela jornada da vida. Posso descansar com a certeza de que Deus tomou providências para que eu seja bem cuidada. Louvado seja esse tremendo Deus!

Dinorah Blackman

24 de fevereiro Domingo

Saciando a sede


Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. Salmo 42:1

Alguma vez você já desejou tanto alguma coisa que, a menos que satisfizesse esse anseio, não ficaria em paz? O salmista expressou esse profundo anelo pelo Senhor no texto bíblico de hoje. O desejo natural de uma corça pela água é necessário para a sua sobrevivência. Nossa sobrevivência também se baseia em nossa necessidade da água que somente Jesus Cristo pode dar. Essa água é refrescante para a alma. O desejo de estar em comunhão com o Deus altíssimo foi colocado em todos os seres humanos por ocasião da fundação do mundo. Não podemos satisfazer esse desejo dado por Deus com coisa alguma que não seja uma caminhada pessoal e íntima com o Senhor.

Quando soubemos da condição da nossa economia, e da motivação das pessoas que cometeram indizíveis atos de ganância, vimos os resultados daquilo que ocorre quando tentamos preencher o vazio de Cristo na vida com ídolos de feitura humana. Há um só Senhor, e Seu nome é Jesus. Ele nos ama tanto que deu a vida por nós. Se houvesse uma pessoa apenas que aceitasse a Jesus como Senhor e Salvador, Ele ainda teria vindo por amor a essa única alma. Pense nisto: o Rei da glória deixou Sua divindade, Seu lugar nos Céus, onde cada palavra Sua é cumprida com reverência, sem questionamentos e com louvor, a fim de assumir a natureza humana para cumprir o plano de Deus Pai, no sentido de pagar o preço dos nossos pecados. Ele pagou o preço que ninguém poderia pagar, sem insistir em Seus direitos ou preferências.

Por que, então, vamos em busca de coisas que não saciam a sede que sentimos? Considere isto por um momento: Temos medo de que, se entregarmos a vida a esse Deus que não vemos, não compreendemos e, em muitos casos, no qual não confiamos, sairemos perdendo algo. Como diz o salmista: “Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria os bens do Senhor na terra dos viventes” (Salmo 27:13, Almeida antiga). Nada, e ninguém a não ser Jesus, pode preencher o vazio que temos na alma. É exatamente assim que funcionamos!

Se Lhe abrirmos o coração, Ele entrará e nos dará a água viva que só vem dEle. A água que Ele dá não apenas sacia nossa sede, mas nos purifica de todos os nossos pecados e iniquidades. Tome tempo hoje para desfrutar o companheirismo com Ele e receber o refrigério do qual você necessita e pelo qual anseia. Ele trouxe cura e paz para a minha alma.

Eilean L. Greene

25 de fevereiro Segunda

Limite de peso


Entregue todas as suas preocupações ao Senhor. Ele levará o peso dos seus problemas. Deus nunca deixa o justo tropeçar e cair. Salmo 55:22, BV

Você já esteve num elevador, numa ponte ou num prédio de muitos andares e notou que existe um limite de peso? É um aviso de que aquilo foi construído para suportar apenas tantos quilos. Isso significa que, se o limite do peso for ultrapassado, o elevador, a ponte ou o piso podem despencar.

Para as mulheres, é natural assumir múltiplas tarefas. Algumas fazem malabarismo com a vida de casada, os filhos, a carreira, estudos, parentes, pais idosos, saúde e igreja, tudo ao mesmo tempo. E uma vez tendo servido a todos e tudo mais, o que nos sobra? Onde está nossa sanidade? Temos limite de peso também, mas, infelizmente, nossos pontos de fratura não estão rotulados em nenhum lugar do nosso corpo, assim como acontece com estruturas fabricadas. Embora saibamos que estão lá, nós as ignoramos porque temos a inclinação para servir. Minha mãe me disse, em várias ocasiões: “Você não pode fazer tudo.”

Deus nos pediu que carregássemos o peso de tudo? Não! O Salmo 55:22 diz: “Confia os teus cuidados ao Senhor, e Ele te susterá” (ARA). Também gosto da maneira como a versão Message expressa o texto: “Amontoe os seus problemas nos ombros do Eterno – Ele levará a sua carga e ajudará você a sair.”

Você não fica feliz porque Deus não tem um limite de peso? Ele é capaz de lidar com suas finanças, família, peso flutuante e problemas conjugais – e ainda dispõe de espaço para mais. Ele consegue lidar com sua saúde, moradia e problemas com o carro – e ainda dispõe de espaço para mais. Ele pode lidar com inseguranças e vícios – e tem espaço para mais. Problemas jurídicos, necessidade de emprego – e ainda tem espaço para mais. Relacionamentos, filhos e abuso sexual – Deus tem espaço para mais. Morte e depressão, prisão e recessão – Deus ainda tem espaço para mais! Assim, Ele diz em Mateus 11:28: “Venham a Mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei descanso.” Como é animadora essa promessa! Se vamos à presença de Deus e nEle confiamos para que cuide das coisas que são um peso para nós, Ele nos promete alívio.

Maravilhoso é o Deus a quem servimos! Sua capacidade não tem limite de peso, porque não há problema que Ele não resolva. “Amontoe os seus problemas nos ombros do Eterno – Ele levará a sua carga e ajudará você a sair.”

Tina Carriger

26 de fevereiro Terça

Eu vi um anjo


Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda. Isaías 58:8

Obedecendo ao chamado do Senhor, fomos trabalhar numa igreja recentemente estabelecida, localizada a uns 500 quilômetros de São Paulo, Brasil. Eu lecionava e ajudava meu esposo no ministério. O trabalho era árduo. Além da construção da igreja, tínhamos 600 pessoas para apascentar e confirmar na fé, e reuniões para dirigir.

Satanás estava muito zangado conosco, atacando-nos com doenças e sofrimento. Numa dessas ocasiões, precisei submeter-me a uma cirurgia em São Paulo. Como nossas reuniões estavam programadas para as noites de domingo, meu esposo me levou ao hospital no domingo bem cedo e depois dirigiu os 500 quilômetros de volta, para cuidar das suas responsabilidades. Ele planejava retornar na manhã da segunda-feira para ficar comigo enquanto eu era operada, e deixou nosso filho de 12 anos como acompanhante. Contudo, logo depois que fui levada ao centro cirúrgico, senti uma dor insuportável. Chamei a enfermeira, que verificou o tubo intravenoso e relatou que a medicação fluía normalmente. “Sua dor vai passar logo”, foi o que ela me garantiu.

Esperei por longo tempo, e a dor piorou. Eu a chamei de novo e disse: “Não posso mais suportar esta dor. Por favor, chame meu médico!” Quando ela voltou, disse: “O médico me informou que não posso lhe dar analgésicos por seis horas.” Fiquei desesperada, mas não queria chorar na frente do meu filho, que não entendia o que estava acontecendo. Era perto da hora do almoço, e pedi a ele que fosse almoçar.

Assim que ele saiu do quarto, comecei a chorar em voz alta. Olhando para o teto, orei: “Eu sei, meu Jesus, que sofreste muito mais na cruz do Calvário. Porém, se não vieres para dar-me alívio agora, vou morrer por causa desta dor.” Eu ainda falava quando, de repente, a porta se abriu. Vi um Ser entrando, vestido com trajes tão brancos como a neve. Imediatamente cobri o rosto. Ele veio para junto da minha cama e pôs Sua mão sobre meu ombro. Eu O espiei entre meus dedos, olhando para o Seu perfil. Tão belo!

Quase imediatamente, dormi, sem acordar até o dia seguinte. Não sei quando meu filho ou meu esposo entraram no quarto. No dia seguinte, recebi alta – completamente bem.

Quão maravilhoso é nosso Deus! Certamente Ele a sustentará também, quando você clamar a Ele.

Neusa Bueno Targas

27 de fevereiro Quarta


O Deus do impossível


Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros e a leu. Então subiu ao templo do Senhor e estendeu-a perante o Senhor. 2 Reis 19:14

Fiquei muito feliz quando descobrimos que eu estava grávida, e feliz especialmente porque esperava uma menina (já tínhamos um belo garoto). Meu esposo estava apreciando especialmente o fato de que seria pai de uma menina. Então, no sexto mês de gestação, tivemos uma surpresa não muito agradável. O médico disse que eu havia contraído um vírus, e que o vírus podia causar defeitos na audição ou visão do bebê.

Tenho ouvido pessoas dizerem que, quando passam por uma experiência ruim, sentem como se o chão se abrisse embaixo delas. Eu tinha dificuldade para imaginar isso, até aquele dia no consultório do médico. Fomos totalmente apanhados de surpresa. Depois de nos assustar, o doutor nos disse que, talvez, o laboratório pudesse ter cometido um erro. Todos os exames foram repetidos em dois laboratórios, confirmando a presença do vírus. O médico sugeriu que não realizássemos a ligação tubária que havíamos pedido, até sabermos da condição de saúde do bebê. Isso me preocupou ainda mais.

Então Rosely, uma grande amiga minha, a quem considero uma mulher de oração, telefonou e me disse que havia marcado um horário com uma médica ligada ao nosso plano de saúde, e me implorou que fosse à consulta. Antes de concordar, porém, lembrei-me da oração do rei Ezequias e expus meu caso perante Deus, suplicando um milagre em favor de minha filha e de mim mesma. Na semana anterior à consulta, orei bastante. Fiz uma lista de coisas que eu gostaria de ver na atitude da nova médica, para que eu me sentisse calma. Pedi até que ela fosse cristã, mas depois removi esse pedido, achando que eu estava pedindo demais.

Chegou o dia da consulta. A médica olhou todos os exames e depois me examinou. Quando lhe perguntei se ela via evidências do vírus, ela revisou os exames uma vez mais e disse que tudo havia sido um erro dos laboratórios. (Eu me havia esquecido da solicitação quanto à medica ser cristã, mas posteriormente fiquei sabendo que ela era.)

Hoje tenho uma linda menina de sete anos de idade. Ela é esperta, inteligente e saudável, para a honra e glória de Deus, que me ama tanto e pode fazer o impossível – em favor de cada uma de nós!

Érica Cristina Pinheiro de Souza

28 de fevereiro Quinta

A garotinha mimada de Deus


Ainda que me abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá. Salmo 27:10

Embora sendo a mais nova de três irmãos, nunca experimentei o prazer de receber muita atenção ou de ser mimada. Meus irmãos e eu somos tão próximos na idade que devíamos ser todos bebês ao mesmo tempo. Eu diria, porém, que meu irmão, o mais velho e o único menino, recebia não só bastante atenção, como geralmente também o que quisesse. Minha irmã, sendo a do meio, aprendeu como chamar alguma atenção para si e como conseguir também o que quisesse.

Meu irmão e minha irmã têm 10 meses de diferença de idade. Mamãe admitiu para mim que, quando ficou grávida de novo antes que minha irmã completasse um ano, recebera muita crítica das pessoas, que brincavam dizendo que ela era uma máquina de fazer bebês. Isso a levou a ficar um tanto depressiva enquanto me esperava.

Meus pais me amaram, eu sei, embora eu nem sempre tenha sentido isso. Agradeço a Deus o fato de que minha posição e experiência como a caçula me ensinaram a ser independente. Louvo a Deus também porque nossos pais nos criaram como cristãos, e aprendi que posso (e preciso) depender de Deus quanto a todas as minhas necessidades. Enquanto crescia e cultivava um íntimo relacionamento com Deus, acabei deixando de sentir pena de mim mesma.

Agora, fazendo um retrospecto da minha vida, posso ver que Deus tem suprido todas as minhas necessidades, e tem feito isso sempre no momento perfeito – o dEle. Consegui enxergar isso, de verdade, numa sexta-feira à noite, após uma semana muito difícil no trabalho e lidando com questões familiares. Duas coisas que me haviam mantido acordada, preocupando-me tarde da noite, foram resolvidas por Deus. Vi, também, que eram coisas com as quais eu desperdiçara tempo me preocupando. Deus havia estado no controle o tempo todo.

Subi para o meu quarto quando o sol se punha e, ah!, que vista magnífica! Também percebi que pela outra janela, do lado oposto do quarto, eu tinha com frequência uma vista maravilhosa do nascer do sol. Isso, na verdade, era a resposta a uma oração casual que eu havia feito tempos atrás, para morar numa casa de onde eu tivesse uma visão clara desses dois eventos diários. Isso me trouxe lembranças de todas as outras orações sérias e casuais que Deus havia atendido. E me fez acreditar que Deus cuidará de mim em meio a futuras lutas. Enquanto eu procurar viver de acordo com Sua vontade, as bênçãos fluirão. Essas bênçãos eu devo partilhar com outros.

Mirlène André

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