segunda-feira, 12 de março de 2012

Momentos para Meditar


Meditação Matinal
de 11 á 17 de março de 2012


11 de março Domingo

Calvário

Mas Ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre Ele, e pelas Suas feridas, fomos curados. Isaías 53:5

Não foram os romanos que inventaram a cruz. Mas eles adotaram a ideia e a colocaram em prática por séculos para deter a todo custo a oposição ao império.

A cruz cumpriu muito bem o seu propósito. Foi utilizada na grande maioria das vezes como um meio de execução pública. O inimigo da paz romana era forçado a desfilar pelas ruas, carregando a cruz ou parte dela. Os transeuntes viam – e tremiam diante da cena. O local de execução era público. O objetivo era que todos vissem o destino daqueles que ousavam levantar-se contra Roma! E a morte vinha lentamente. Às vezes, a vítima permanecia vários dias pregada ou amarrada à cruz, até que a exposição ao Sol e a perda de fluidos corporais trouxessem o tão esperado alívio da morte.

Os romanos fizeram grande uso da cruz, mas nunca para executar os compatriotas. Nas ocasiões em que alguns imperadores ignoraram essa restrição, a indignação se espalhou entre o povo e surgiram revoltas. A cruz simbolizava vergonha e humilhação – algo terrível demais para um cidadão romano. O apóstolo Paulo, por exemplo, cidadão romano, não foi crucificado. Ele foi executado pela espada.

Mas Jesus de Nazaré, que não tinha a cidadania romana, podia ser crucificado, e foi. “O imaculado Filho de Deus pendia da cruz, a carne lacerada pelos açoites; aquelas mãos tantas vezes estendidas para abençoar, pregadas ao lenho; aqueles pés tão incansáveis em serviço de amor, cravados no madeiro; a régia cabeça ferida pela coroa de espinhos; aqueles trêmulos lábios entreabertos para deixar escapar um grito de dor.

“E tudo quanto sofreu – as gotas de sangue a Lhe correr da fronte, das mãos e dos pés, a agonia que Lhe atormentou o corpo, e a indizível angústia que Lhe encheu a alma ao ocultar-se dEle a face do Pai – tudo fala a cada filho da família humana, declarando: É por ti que o Filho de Deus consente em carregar esse fardo de culpa; por ti Ele destrói o domínio da morte, e abre as portas do Paraíso. Aquele que impôs calma às ondas revoltas, e caminhou por sobre as espumejantes vagas, que fez tremerem os demônios e fugir a doença, que abriu os olhos cegos e chamou os mortos à vida – ofereceu-Se a Si mesmo na cruz em sacrifício, e tudo isso por amor de ti.
Ele, o que leva sobre Si os pecados, sofre a ira da justiça divina, e torna-Se mesmo pecado por amor de ti” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 755, 756).

12 de março Segunda

Viver Para Sempre

Pois vejam! Criarei novos céus e nova terra, e as coisas passadas não serão lembradas. Jamais virão à mente! Isaías 65:17

Você já imaginou como será viver para sempre? Atingir os 100 anos de idade e estar apenas começando? Completar 500 anos e ainda ser considerado um bebê e então ultrapassar a idade de Matusalém, 969 anos, o período mais longo de vida registrado na Bíblia, até atingir 1.000 anos? E pensar que ainda assim um futuro sem fim se estende à sua frente!

É quase impossível imaginar algo assim. Estamos acostumados a medir o tempo em dias, meses e anos. Temos como parâmetro a expectativa de 60 a 80 anos de vida. Se alguém completa um século de existência, recebe uma carta do presidente ou da rainha. São raros os que continuam vivos o bastante para sair nos noticiários antes de falecer aos 118 anos ou quem sabe um pouco mais.

Na nova criação de Deus não haverá morte. Não havia morte no Éden; não haverá morte no Éden restaurado. A morte é um inimigo, e será o último inimigo a ser vencido.

Em vista do que conhecemos hoje, viver para sempre pode parecer entediante. Mas pensamos assim apenas porque não conseguimos compreender a habilidade de Deus de introduzir uma ordem social totalmente nova. Totalmente nova e totalmente melhor.

Uma citação de Ellen White (uma de minhas favoritas, que sempre mantenho em mente) afirma o seguinte a respeito da nova ordem de Deus: “Sempre sentiremos o frescor da manhã, e sempre estaremos longe de seu termo” (O Grande Conflito, p. 676).

Que maravilha! Amo a manhã. Acordo e louvo a Deus pelo novo dia que nasce para me saudar, brilhante de esperança, radiante de boas expectativas. Na nova criação de Deus sempre sentiremos o frescor da manhã que traz energia e esperança. Os anos não a diminuirão, os milênios não a enfraquecerão.

Nessa esperança de futuro encontramos a linha de divisão final entre os crentes e descrentes. Para os últimos, esta vida, a ordem social atual, é tudo o que podem imaginar. Apenas esta vida, nada mais. Assim bebam, comam e divirtam-se, pois logo chegará o fim.

Mas, para os seguidores de Jesus, esta vida não é o fim. Nosso Salvador e Senhor nos oferece vida em abundância, aqui e agora, e a promessa de uma existência eterna, repleta de alegria genuína. Aleluia! Que Salvador!

13 de março Terça

A Máquina de Cortar Grama

O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade. Provérbios 17:17

Há algum tempo o jornal Washington Post publicou a fotografia de um homem idoso com uma longa barba branca encaracolada. Ele usava um chapéu de vaqueiro, que havia comprado no México 15 anos antes, decorado com uma corrente de pesos, a moeda mexicana. Estava sentado numa máquina de cortar grama da marca John Deere 1966.

A história que acompanhou a foto tinha como título: “Uma Máquina de Cortar Grama na Estrada.” Trata-se da história de Alvin Ray Straight, 73 anos, que dirigiu sua máquina de cortar grama de Laurens, Iowa, até Blue River, Wisconsin, um total de 400 quilômetros de distância, a uma velocidade de cinco quilômetros por hora. Straight levou seis semanas para completar o percurso.

Comentaristas de rádio e repórteres passaram um dia ao lado desse sujeito idoso de cabelos grisalhos que percorria lentamente estradas secundárias, plantações de milho e pastos, rebocando um trailer improvisado com uma cama de espuma, algumas cobertas e comida.

Não se tratava de uma comédia, mas de uma história de amor. Straight desejava ver seu irmão, Henry, que tinha sofrido um derrame. O que um homem podia fazer morando a 48 quilômetros de distância da rodoviária mais próxima (e que não confia nos motoristas), numa idade em que já não enxerga muito bem para dirigir um carro, com um irmão de 80 anos de idade e o tempo se esgotando a cada segundo? Straight passou o inverno inteiro “matutando” para descobrir como resolveria o problema. Por fim, decidiu fazer a viagem do seu jeito, com as próprias mãos ao volante.

A primeira máquina de cortar grama que usou durou apenas 50 quilômetros antes de o motor fundir. Voltou guinchado para casa, comprou outra máquina, agora da marca John Deere, e começou tudo de novo. Após quatro dias de viagem, teve que trocar o motor de arranque e o gerador. Depois de rodar 145 quilômetros ficou sem dinheiro. Receberia a aposentadoria apenas dali a duas semanas. Estacionou no acostamento e esperou.

A 50 quilômetros da divisa de Wisconsin, Straight foi obrigado a esperar mais uma semana devido às fortes chuvas. Finalmente, chegou ao trailer do irmão em Blue River. A máquina de cortar grama quebrou e Straight completou os quilômetros finais guinchado por um fazendeiro.

O que fez Alvin Straight percorrer aquela longa estrada em sua máquina de cortar grama barulhenta? Ele disse: “Tinha que ver meu irmão.” Isso me faz lembrar de outro Irmão que não conseguiu ficar em casa.

14 de março Quarta

Colarinho Engomado

Não temos a pretensão de nos igualar ou de nos comparar com alguns que se recomendam a si mesmos. Quando eles se medem e se comparam consigo mesmos, agem sem entendimento. 2 Coríntios 10:12

O espírito de justiça própria ou crítica nunca está longe do povo de Deus, como ilustrado num incidente engraçado relatado pelo pioneiro adventista Tiago White.

Durante o mês de junho de 1844, o jovem Tiago White, com 22 anos de idade, participou de uma reunião adventista realizada em Poland, Maine, Estados Unidos, em que compareceram aproximadamente 40 fiéis. Estava calor e a roupa de Tiago White sujou durante a viagem. Surpreso, durante a reunião, Tiago ouviu certo irmão H orar: “Ó Senhor, tenha misericórdia do irmão White. Ele é orgulhoso e será condenado a menos que se livre do orgulho. Tenha misericórdia dele, Senhor, e livra-o do orgulho. [...] Quebre-o, Senhor, e torne-o humilde. Tenha misericórdia dele. Tenha misericórdia.” A oração continuou por um bom tempo.

Quando o irmão H terminou, todos estavam em silêncio absoluto. Tiago White finalmente falou: “Irmão H, temo que tenha se equivocado quanto às informações que deu ao Senhor. Você diz que sou orgulhoso. Penso que isso não seja verdade. Por que dizer isso a Deus? [...] Bem, se sou orgulhoso, [...] diga diante das pessoas aqui presentes que sou orgulhoso. Isso diz respeito à minha aparência geral, ou à minha forma de falar, orar ou cantar? [...] Por favor, examine-me. Será que são minhas botas remendadas? Meu casaco empoeirado? Meus trajes quase em farrapos? Minhas calças sujas? Ou o velho chapéu que uso?”

O irmão H assegurou a Tiago White que não era por causa de nada daquilo. Em vez disso, informou-lhe que o símbolo de orgulho do irmão White era o colarinho de linho engomado que usava na ocasião. Tiago White imediatamente explicou que a sua camisa estava suja e uma irmã piedosa havia se oferecido para lavá-la. Enquanto isso, emprestou-lhe uma das camisas do esposo, que tinha o colarinho de linho engomado. Logo em seguida, o irmão H caiu novamente de joelhos e orou: “Ó Senhor, acabei de orar em favor do irmão White e ele está zangado comigo por causa disso. Tenha misericórida dele! Tenha misericórdia!”

Essa foi a primeira experiência de Tiago White com os fanáticos. Sempre que o espírito de crítica e justiça própria se manifestar, podemos estar certos de que nos afastamos de Jesus.

15 de março Quinta

Mookie

Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Filipenses 2:4

Ao nosso redor, todos os dias, Deus escreve lindas histórias repletas de Sua graça. Para acompanhá-las, basta abrirmos nossos olhos. Às vezes, essas histórias acontecem bem ao nosso lado. Um exemplo é a história de Mookie, no escritório da Adventist Review.

Certo dia, Merle Poirier, uma das funcionárias do escritório, leu um anúncio publicado por um dos jornais locais convidando voluntários para se comprometerem em treinar um cachorro que ajudaria uma pessoa portadora de deficiência visual a viver com mais qualidade e independência. A organização Guiding Eyes for the Blind se encarrega da procriação dos filhotes e procura pessoas para doar 18 meses de sua vida a fim de treinar o cachorro, que, após esse período, será devolvido para a organização. E foi assim que Mookie, um labrador macho de cor preta, entrou para a família Poirier.

Primeiro, Merle teve que fazer um curso de seis semanas para aprender a treinar o filhote. Mookie ficava sempre preso à guia e aprendeu a não latir, a não pular nas pessoas ou a não se alimentar até que recebesse permissão para isso. Por incrível que pareça, ele aprendeu a obedecer a tal ponto que chegou a ficar em frente à tigela de comida, com a saliva escorrendo pelo canto da boca, mas sem tocá-la até Merle dar-lhe a ordem. Mookie abriu mão de tudo o que os cachorros naturalmente fazem para que um dia pudesse guiar um deficiente visual ao trabalho, ao supermercado, ao banco ou ao correio.

Mookie, no entanto, começou a trabalhar muito antes do tempo determinado, de uma maneira totalmente inesperada. Numa sequência cruel de eventos, a doença bateu à porta do lar da família Poirier. O marido, Tim, foi submetido a uma série de cirurgias e passou muito tempo se recuperando em casa. Durante esses meses de provação, Mookie ajudou a família a permanecer unida, levando para longe a preocupação do momento. E Tim, sozinho por longos períodos, encontrou em Mookie um companheiro.

Mookie recebeu um colete que o identificava como cão em treinamento da organização Guiding Eyes. A fase seguinte do treinamento consistia em instruí-lo a portar-se corretamente no interior de edifícios, a aumentar sua credibilidade e familiarizá-lo com novas situações. No fim, estaria pronto para cumprir seu dever.

Essa é uma linda história em todos os aspectos, tanto da parte de Mookie quanto da família Poirier. É uma história de bondade, compaixão, serviço e graça.

16 de março Sexta

Que Mulher!

Quem encontra uma esposa encontra algo excelente; recebeu uma bênção do Senhor. Provérbios 18:22

Um bom casamento é um presente da graça de Deus. Encontrar alguém disposto a nos amar apesar de nós mesmos (assim como Deus) e permanecer ao nosso lado na alegria e na tristeza, na saúde e na doença (assim como Deus) é, prezado amigo, uma bênção de valor incalculável.

Estou a caminho de uma reunião campal no Alasca. A pessoa sentada ao meu lado no avião é um executivo aposentado que está indo para o extremo norte pescar. Conversamos bastante e ele ficou sabendo que Noelene e eu nos casamos logo após a faculdade e fomos para a Índia trabalhar como missionários.

– Ela casou com você e foi para a Índia? – ele exclamou. – Que mulher!

Ele tem razão. Que mulher a minha! Poderia escrever um livro sobre ela, mas um incidente se sobressai acima de todos desde o corajoso “sim” de Noelene. Aconteceu num sábado. No dia seguinte viajaríamos para Fort Lauderdale, Miami, onde entraríamos a bordo de um cruzeiro de sete dias pelas ilhas ocidentais do Caribe. Estávamos ansiosos por trocar o frio e o gelo pelas águas cristalinas e dias quentes à frente.

Ao nos aproximarmos da porta da igreja, o salto de Noelene ficou preso numa pequena abertura no pavimento irregular. Nossa filha, que tinha vindo de Chicago para nos visitar, estava ao seu lado, e eu a um passo atrás. Mesmo assim, antes que pudéssemos fazer qualquer coisa para socorrê-la, ela caiu e bateu o rosto no chão de concreto. O sangue começou a jorrar de seu nariz e boca e a manchar o casaco pesado. Noelene ficou prostrada na calçada gelada.

Sem perder tempo, os amigos entraram em ação e chamaram uma enfermeira, que estancou o sangramento. Em seguida, fomos à sala de emergência do Hospital Adventista de Washington. Depois de os exames mostrarem que ela não tinha quebrado nada, exceto o nariz, sua primeira pergunta ao médico foi:

– Vou poder ir ao cruzeiro?

Não parou por aí. Receberíamos visitas para o almoço naquele dia. Cientes do acidente, os amigos ligaram para todos os convidados informando que o almoço fora cancelado. No entanto, às 12h45, horário em que recebeu alta, Noelene disse para os convidados irem almoçar. Ela se sentou à mesa com os olhos inchados, quase fechados, e os lábios machucados. E foi ao cruzeiro, usando óculos escuros para disfarçar as enormes manchas roxas. Que mulher!

17 de março Sábado

A Graça Salvadora do Riso

O coração bem disposto é remédio eficiente, mas o espírito oprimido resseca os ossos. Provérbios 17:22

Você alguma vez já se perguntou por que rimos? Apenas os seres humanos riem. Trata-se de uma ação aparentemente desnecessária à existência, apesar de a ciência moderna ter comprovado o que o sábio Salomão já tinha descoberto: o riso é terapêutico.

Em nossa era, o riso se tornou um negócio, com risadas artificiais trazidas à tona no momento previamente designado para intensificar as cenas cômicas dos seriados de televisão e para deixar em alta comediantes cuja profissão é contar piadas para pessoas que pagam para beber e ouvir – o equivalente moderno, talvez, do bobo da corte.

A vida é engraçada. Deus colocou o humor dentro de nosso próprio ser. Quando rimos, fazemos algo unicamente humano. Num mundo amaldiçoado pela queda de nossos primeiros pais, o humor vem como uma graça salvadora. Ao rirmos, mostramos que, por pior que a situação pareça, esse não é o fim e que a superamos, a transcendemos, através do riso.

Os africanos que foram levados acorrentados à América conheciam essa verdade. Sujeitos à brutalidade e à degradação da escravidão, eles encararam o mal e o venceram. Por meio de canções de fé e esperança, e através do bom humor, eles venceram.

Há alguns anos, uma universidade britânica se dispôs a descobrir de que maneira o humor atua em culturas diferentes. Eles enviaram uma seleção de histórias engraçadas a milhares de pessoas em diferentes países. Aqui está a história vencedora:

Sherlock Holmes vai acampar com o Dr. Watson. Eles armam a barraca sob as estrelas e vão dormir. Algumas horas mais tarde, Holmes acorda Watson.

– Watson, olhe para cima e diga-me o que deduz.

Watson olha para cima, observa o céu estrelado e responde:

– Deduzo que no vasto Universo existam outros planetas como o nosso e que há vida em alguns deles.

– Não, seu bobo – diz Holmes. – Alguém roubou a nossa barraca!

Por que rimos ao ler isso? Porque nos colocamos na situação, observando apenas as partes e não o todo, tirando conclusões absurdas.

Somos assim. A vida é assim. E rimos – um presente do Deus da graça.

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