sábado, 9 de março de 2013

MEDITAÇÃO DA MULHER MARÇO 2013



MEDITAÇÃO DA MULHER MARÇO 2013




Sexta, 1º de março

Controle perfeito do tempo


Antes de clamarem, Eu responderei; ainda não estarão falando, e Eu os ouvirei. Isaías 65:24

Recebi uma carta declarando que, por ser estudante universitária, eu poderia apresentar a carta em qualquer agência de automóveis que tivesse o logotipo mencionado – e adquirir um carro. Não pensei muito sobre a questão, porque já possuía um carro que fazia um ótimo número de quilômetros por litro de gasolina. Alguns familiares brincavam comigo, comentando com que velocidade eu ia de um lugar para outro no meu Dodge Omni cor creme. Eu ia para o trabalho e para fora da cidade nesse veículo. Minha prima e eu transportamos bolos de casamento até o lugar da recepção no meu carro. Não era um carro novo (eu o havia comprado de uma agência de automóveis usados), mas ele servia ao propósito de me levar do ponto A ao ponto B – ou mesmo ao ponto Z. Estava começando a trabalhar como professora, e não tinha muito dinheiro para um carro novo.

Minha mãe, porém, não gostava de andar no banco de trás, por causa do porta-malas tipo hatch, e achava que sua cabeça ficava perto demais dos cabos que conduziam o comando automático para abrir o porta-malas. Certa vez, minha avó e eu viajávamos pela rodovia quando o motor parou de funcionar enquanto estávamos na pista de ultrapassagem, e uma caminhonete vinha na direção contrária. Mas o bom Senhor permitiu que ela passasse pelo lado e finalmente consegui fazer com que o carro andasse.

Antes desse incidente, não tive, realmente, problemas com o carro até a noite em que houve uma dificuldade com a biela e precisei mandar guinchá-lo por mais de 80 quilômetros até minha casa. Eu não tinha dinheiro para o conserto e me disseram que, provavelmente, seria melhor comprar um veículo novo do que gastar mais dinheiro com aquele. Eu disse: “Senhor, o que é que eu faço? Preciso de um carro.”

Então me lembrei daquele envelope que me enviaram. Contei à minha mãe sobre a correspondência, fomos a uma agência e apresentamos a carta. Não tivemos problemas! O Senhor sabia que eu precisava de um carro antes que eu. Ele, definitivamente, tem o controle perfeito do tempo. Aleluia!

Deus não apenas atenta para nossas necessidades e sabe do que precisamos antes de nós, mas também é fiel em Sua resposta. Como diz Isaías 25:1: “Senhor, Tu és o meu Deus; eu Te exaltarei e louvarei o Teu nome, pois com grande perfeição tens feito maravilhas, coisas há muito planejadas.”


Sábado, 2 de março

Bênçãos mistas


Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus! Salmo 46:10

Quando minha mãe veio me visitar, decidi levá-la para visitar amigos e familiares em Birmingham, Inglaterra, onde residem os primos do meu pai (que eram originalmente de Monteserrat). Estávamos passando momentos bastante agradáveis, até que comecei a sentir dor na mão direita.

Naquela noite, ela estava inchada e mais dolorida, e tivemos que mantê-la sob observação. Por volta da meia-noite, estava tão inchada e dolorida que eu não conseguia dormir. Chorei, esperando e orando pela chegada do amanhecer, para ir ao hospital ou entrar em contato com o médico da família. Minha mãe não podia dormir por causa do meu choro; assim, levantou-se e tentou me ajudar. Colocou uma bolsa de gelo sobre a mão, o que ajudou por pouco tempo. Quando tive condições de pensar e senti um pouco de alívio daquela dor, orei e chorei pedindo um alívio mais prolongado.

A manhã raiou finalmente, e era hora de preparar-nos para voltar para casa. Decidi ir à farmácia em busca de analgésico, até poder consultar meu médico em casa, já que tomaria muito tempo ir ao pronto-socorro. A viagem foi massacrante, mas finalmente chegamos.
Meu médico me mandou fazer um exame de raio X no hospital, para eliminar a possibilidade de síndrome do túnel do carpo, que ele havia diagnosticado anteriormente. Enquanto aguardava ser chamada para fazer o raio X, fiquei sentada na sala de espera, lendo o livro de Susan Wales, Firme nas Promessas. A passagem que li era sobre aguardar resultados numa sala de espera. Simplesmente precisei rir diante de como Deus Se faz presente em nossa vida, guiando-me, inclusive, à leitura de um livro específico para me fazer lembrar dessa mensagem. Quando não estamos bem, Deus nem sempre nos cura fisicamente – trata-se também da nossa cura espiritual.

Tudo isso me levou a refletir sobre o que estava acontecendo no meu trabalho e sobre como eu me preocupava mais com a situação do que com o Deus que me moldava enquanto me fazia passar pela situação. Ele desejava me purificar espiritualmente, para que eu pudesse servir ao propósito que Ele tinha em mente. Eu precisava manter o foco. Recordei-me de Provérbios 3:5: “Confia no Senhor [...] e não te estribes no teu próprio entendimento” (ARA).

Também desejo que você se lembre de confiar em Deus, pois todas nós necessitamos de encorajamento para lembrar-nos dEle em todas as circunstâncias.



Domingo, 3 de março


Bênçãos limitadas


Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Porque todos aqueles 
que pedem recebem; aqueles que procuram acham; e a porta será aberta para quem bate. Mateus 7:7, 8, NTLH

Imagino que haja outras mulheres que fazem o mesmo que eu, quando se trata de compras. Existem algumas lojas nas quais não perco meu limitado tempo (ou dinheiro), nem sequer para olhar, porque já tenho uma ideia preconcebida de que estão muito fora do alcance do meu orçamento. Assim, nem mesmo piso lá dentro.

Cedo, num dia de primavera, eu havia ido a uma conferência. Quando a última reunião terminou um pouco antes do previsto, restava tempo extra à disposição. Tive vontade de condescender com um dos meus passatempos favoritos: olhar vitrines. Enquanto me encaminhava para uma das lojas conhecidas, passei primeiro por uma que eu sempre via, mas onde nunca tivera coragem de entrar.
Desta vez, fiz um desvio e entrei. Quando comecei a olhar as coisas, vi alguns artigos dos quais gostei e os examinei mais de perto, ousando verificar a etiqueta do preço. O preço do primeiro artigo parecia particularmente atraente. Bem, pensei, deve ser engano. Mas estava claramente marcado. Examinei vários outros artigos e mal pude acreditar nos meus olhos. Sim, estavam vendendo artigos fora da estação, e pude adquirir várias coisas a um bom preço.

Retornei àquela loja mais de uma vez nos meses subsequentes. O interessante é que também notei que, uma vez ou outra, havia folhetinhos de propaganda daquela loja em minha caixa de correspondência. E me perguntei se já haviam estado ali antes e eu simplesmente os ignorara, limitando, assim, as minhas bênçãos.

Mais recentemente, refleti sobre essa situação. Perguntei a mim mesma se, por vezes, tenho agido na vida espiritual do mesmo modo como na atividade de fazer compras. Limito as bênçãos que poderia dar e receber, por não ousar lançar-me às áreas não testadas que meu Pai celeste deixou esperando por mim? Minha oração, hoje, é que Deus me abra os olhos para novas possibilidades, e que eu não limite aquilo que Ele pode fazer em mim e por meu intermédio. Deus nos convida a bater à porta de Seu depósito; Ele pode mostrar-nos o caminho para sair de nossa timidez e incredulidade. Convido-a para fazer isso junto comigo!



Segunda, 4 de março


Livra-nos do mal


E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Mateus 6:13, ARA

Alguma vez você já pensou naquilo que Deus odeia? A primeira vez em que li uma passagem na Bíblia acerca do ódio, fiquei chocada. Ódio é uma palavra que me chama a atenção. O dicionário a define como “aversão intensa”, “raiva”, “execração”, “ira”, “repulsão”. A Bíblia diz que há seis coisas que o Senhor aborrece e sete que Lhe são detestáveis. Estão mencionadas em Provérbios 6:16 a 19.

A primeira: olhos altivos. Acho que isso significa um olhar orgulhoso, arrogância, e incluiria aqueles que procuram exibir seu conhecimento. A seguir, vem a língua mentirosa. A mentira é odiosa a Deus porque Ele é a verdade. Satanás é o pai das mentiras. Deus não aceita uma língua mentirosa na boca dos Seus filhos.

Mãos que derramam sangue inocente são a terceira coisa que Deus aborrece. Isso implica crueldade. Homicídio. Mas podemos ser culpados de julgar alguém com base em boatos e criticar alguém que, na verdade, é inocente de algo supostamente errado. A verdade real é que não devemos julgar ninguém.

Em quarto lugar, Deus odeia um coração que trama projetos iníquos. Planos maldosos vêm de um coração mau; o sangue de Cristo purifica o coração. Seu desejo é que escondamos Sua Palavra no coração. A quinta coisa que Deus detesta são pés que se apressam a correr para o mal.

Notou que as cinco primeiras coisas que o Senhor odeia mencionam partes do corpo – olhos, língua, mãos, coração e pés? Parece haver uma progressão rumo ao mal. Se nos encontramos dentro de um esquema do mal, ou inclinados a uma atividade pecaminosa, precisamos abandoná-la e levar nossos pés a fugirem dela.

Outro ódio (relacionado com o segundo) é uma testemunha falsa que profere mentiras. Esse é o sexto ódio. Deus é verdade e espera que Seus filhos digam a verdade e sejam testemunhas fiéis, segundo o máximo de sua capacidade. Por último, vem a pessoa que semeia contendas entre irmãos. O corpo de Cristo necessita de todos os seus membros para viver em harmonia. “Como é bom e agradável quando os irmãos [e irmãs] convivem em união!” (Salmo 133:1).

Se nosso desejo é agradar a Deus, por que não procuramos, cada manhã, entregar-nos a Cristo? Todas as manhãs, quando o mundo ainda está quieto e escuro, podemos consagrar-nos a Ele e à Sua glória, pedindo que não O desagrademos em nenhum sentido.


Terça, 5 de março


Confiar em Deus


Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor
em todosos seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas. Provérbios 3:5, 6

Todos os empregados foram convocados a se reunir na lanchonete, para a notícia surpresa de que o hospital seria fechado em três meses, porque outro hospital local assumiria a direção. A administração deu a notícia para que não nos alarmássemos no dia seguinte, ao vê-la nas manchetes.

Fomos apanhados de surpresa. Pareceu como se alguém houvesse puxado o tapete sob nossos pés. Havíamos pensado que ficaríamos juntos para ver nossos filhos se formarem no ensino médio, saírem para a universidade e até se casarem – em resumo, vivermos juntos as passagens da vida. Em vez disso, juntos passamos por miríades de emoções, desde perguntar-nos se e onde trabalharíamos até como pagaríamos nossas contas. Soubemos que o novo hospital não acomodaria todos nós. Depois de trabalhar no hospital por 22 anos, eu agora enfrentava a possibilidade de procurar outro emprego por causa da venda.

Durante esse tempo de estresse emocional, tive a oportunidade de testemunhar aos meus amigos e colegas de trabalho acerca das preciosas promessas de Deus. Animei-os – e a mim mesma – a colocar a confiança em Deus. Ao mesmo tempo, a gerência do hospital encontrou maneiras de eliminar empregos facilmente: exigindo que nos candidatássemos novamente aos nossos cargos atuais. Isso levou muitos funcionários veteranos a perder o emprego porque, embora com muitos anos de experiência, faltavam-lhes os títulos por trás do nome. Como resultado, muitos foram solicitados a assumir cargos que pagavam muito menos, e quando se recusaram porque o pagamento não era suficiente para cobrir suas despesas correntes, eram dispensados com base em sua recusa. Muitos perderam os benefícios que haviam acumulado ao longo de anos passados. Derramamos muitas lágrimas juntos e nos despedimos.

Finalmente chegou minha vez, e me informaram que eu seria uma das afortunadas funcionárias a serem conservadas pelo novo hospital. Percebi que Deus havia preparado o caminho para mim, muito tempo antes de toda aquela provação. Ele me colocara ali para que eu pudesse apontar a outros os Seus confortadores braços num tempo de crise. Também permitira que eu me atualizasse na minha especialidade e me mantivesse a par das inovações na minha área. Ele endireitara minhas veredas, e sinto que ainda me conduz.


Quarta, 6 de março

A revelação da banana


O Senhor, contudo, disse a Samuel: Não considere sua aparência nem sua altura, pois Eu o rejeitei.
O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração. 1 Samuel 16:7

Banana não é minha fruta preferida. Então, por que como banana todos os dias, antes de ir para o trabalho? Porque é uma prática saudável, que iniciei mais de um ano atrás.

Ao formar o hábito de comer bananas cada manhã, comecei a notar algumas coisas a respeito delas. Algumas eram grandes, algumas pequenas. A casca de algumas era amarela sem manchas, e era firme, enquanto a casca de outras era manchada e macia ao toque. Instintivamente, eu escolhia as bananas com o exterior sem manchas e firme ao toque, prevendo que, ao descascá-las, o interior estivesse íntegro e imaculado. Para meu espanto, muitas vezes o interior tinha pontos escuros em diferentes lugares, e esses lugares eram moles e murchos, ou as pintas escuras estavam por toda a extensão. Incapaz de salvar alguma parte da banana para comer, eu a descartava rapidamente.

Sem recurso, eu então pegava uma das bananas que tinha o exterior manchado e era macias ao toque. Para minha surpresa, depois de descascá-la, descobria que o interior estava impecável, maduro e perfeito para o consumo.

Que lição! Você vê? Nós, seres humanos pecadores, frequentemente julgamos as pessoas pela aparência exterior, em vez de procurar conhecer um pouco acerca da história de sua vida para depois chegar às nossas conclusões a respeito delas. Pense só nas muitas bênçãos que perdemos no que se refere a ajudar, servir ou aprender com os outros, quando julgamos o exterior.

O que você aprendeu com as bananas? Já teve alguma revelação, ao examiná-las? Mais importante, já aprendeu alguma lição quanto a julgar outras pessoas ou ações antes de olhar por baixo da casca?

Fico feliz porque servimos a um Pai celestial compassivo, amoroso e justo, que olha o íntimo de todos nós, não só para julgar, mas para enobrecer, purificar e renovar diariamente um espírito reto dentro de cada um. Deus não nos descarta assim como fiz com as bananas sem mancha na casca e que estavam estragadas por dentro; antes, Ele tem o propósito de nos salvar por Sua graça e pelo sangue de Seu Filho, derramado no Calvário.



Quinta, 7 de março

Chuvas de bênçãos


“Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimentoem Minha casa. Ponham-Me à prova”, diz o Senhor dos Exércitos, 
“e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las. Impedirei que pragas devorem suas colheitas, e as videiras nos campos não perderão o seu fruto”, diz o Senhor dos Exércitos. Malaquias 3:10, 11

Minhas roupas parecem durar muitos anos, e também não preciso comprar sapatos por longo tempo. Mesmo assim, quando visto minhas roupas usadas, as pessoas costumam achar que são novas e expressam admiração por me verem com elas. O mesmo acontece com as roupas do meu esposo. Já faz muitos anos que ele não compra roupas novas, e também é abençoado por receber roupas novas como presente. Contamos esses presentes como bênçãos e devolvemos fielmente o dízimo de Deus, porque não precisamos gastar dinheiro para comprá-las.

Imagine só quanto dinheiro economizamos por ter Deus preservado nossas roupas e calçados! O que devolvemos como a parte de Deus é tão pouco, e Deus nos devolve bênçãos tão abundantes, que não há espaço para recebê-las. Essa experiência me faz lembrar do povo de Deus no deserto. Suas roupas e calçados duraram 40 anos. Deus supriu tudo de que necessitavam.

Deus os amava tanto que providenciou sombra, para que o Sol não lhes causasse desconforto. Deu-lhes luz à noite, e calor também. Às vezes, me pergunto por que calculamos apenas nossa renda, para podermos devolver um dízimo fiel, como se essa fosse a única bênção que recebemos. Que dizer da energia solar, do ar puro e da água fresca?

Damos graças a Deus pelas árvores frutíferas do nosso pequeno pomar. Gostamos de partilhá-las com outros ao nosso redor. Não nos alegraríamos tanto se fôssemos vendê-las. Não nos esquecemos, naturalmente, da parte que cabe ao Senhor. Quanto mais damos, mais as árvores produzem, e é impressionante observar como Deus cumpre Sua promessa, conforme o texto de hoje.

Ao começarmos a contar as bênçãos de Deus, a lista vai longe: bênçãos do companheirismo, do amor e da confiança por parte de nossos familiares, amigos e irmãos da igreja. A boa saúde nos poupa dinheiro com despesas médicas. O bom sono à noite, com nosso fiel anjo da guarda ao lado, é uma bênção. A alegria, o riso, o nascer e o pôr do sol, a bela natureza ao nosso redor... Podemos apenas ser gratos ao nosso fiel Senhor e Salvador, que generosamente derrama Suas bênçãos sobre nós.


Sexta, 8 de março

Abrigo seguro


Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois Aquele que prometeu é fiel. Hebreus 10:23

Enquanto eu crescia em Queens, Nova York, meu pai mantinha casinhas para alimentar pássaros no quintal. Fielmente, ele alimentava o que carinhosamente chamava de “seus filhotinhos”, pela manhã e à tarde. Papai olhava para fora através da pequena janela da cozinha, para ver todas as aves. Cada uma era única, e papai mostrava as coisas que aprendia ao observá-las. Nós, meninas, crescemos apreciando observar esses pássaros também.

Acredite ou não, embora morássemos numa cidade grande, um falcão vinha de vez em quando ao nosso quintal. Os falcões são belos e poderosos, mas assustam as aves pequenas, que rapidamente se escondem nos arbustos. Certa vez, depois que um falcão foi embora do quintal, papai saiu e conseguiu segurar um passarinho que tremia. Ele pegou o ainda amedrontado pássaro do meio de um dos arbustos. Enquanto as aves permanecem escondidas, estão completamente seguras. Um falcão não penetra entre os ramos cerrados dos arbustos, mas usa táticas para atemorizar a ave e fazer com que ela deixe seu refúgio seguro. O falcão voa de um lado do arbusto para o outro. Às vezes, um pássaro sai voando, e é esse que o falcão apanha.

Aqui temos uma aplicação espiritual e uma importante lição. Deus nos deu uma igreja, um lugar seguro no qual somos nutridos e onde crescemos. Mas o inimigo não quer que nenhum de nós permaneça dentro do redil de Deus e está constantemente inventando maneiras de fazer com que saiamos. O inimigo usa táticas de todo tipo – medo, conflitos, descontentamento, mexericos etc. – e algumas pessoas, então, decidem que é melhor sair – exatamente o que o inimigo deseja. Infelizmente, os membros que deixam a igreja são geralmente levados para longe do aprisco de Deus.

Assim, a lição para todos nós é que a igreja de Deus é o melhor lugar para estar, e o lugar onde Deus deseja que estejamos. Embora as coisas possam não ser perfeitas, não devemos permitir que o inimigo nos enxote da igreja remanescente de Deus; em vez disso, apeguemo-nos àquilo que Deus providenciou para nossa segurança. Como diz Apocalipse 3:11: “Venho em breve! Retenha o que você tem, para que ninguém tome a sua coroa.”


Sábado, 9 de março

Vencendo tentações


Deus cumpre a Sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. 
Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair dela. 1 Coríntios 10:13, NTLH

Pouco depois que meu esposo e eu decidimos despedir-nos de nossa família da igreja em Kohala, Havaí, o diretor do Colégio Missionário na Tailândia nos convidou para fazer parte do seu corpo docente e equipe. Meu esposo seria o pastor titular da igreja do colégio, e eu seria professora de inglês como segundo idioma. Havíamos pensado em nos aposentar por completo, mas então consideramos uma honra e um privilégio continuar trabalhando para o Senhor, mesmo como voluntários. Chegamos, portanto, ao belo campus do Colégio Missionário. Que alegria estar de volta à Tailândia, depois de uma ausência de 22 anos! Imediatamente nos envolvemos com nossos respectivos trabalhos. E como me deleitei por estar de volta à sala de aula!

Um dia, um distinto cavalheiro veio nos visitar, depois que ele, meu esposo e um rico doador terminaram de distribuir alguns itens de primeira necessidade e outros artigos ao povo carente na área próxima. Enquanto o primeiro cavalheiro se assentava e falava comigo, ele comentou: “A senhora fala um inglês muito bom.” Ele estava saindo da presidência de uma instituição bem conhecida e aceitara o convite para ser administrador de uma escola internacional recentemente estabelecida. Então ele fez a proposta: “Se a senhora lecionar em nossa escola, poderá receber facilmente um salário de 70.000 baht.” Naquela época, o câmbio era de um dólar americano por 38,50 baht, ou seja, 1.818,18 dólares. Que enorme quantia de dinheiro!

Na Tailândia, o custo de vida era muito baixo, de modo que os 70.000 baht eram muita coisa. Pensar que eu receberia tudo isso, em comparação com lecionar (como voluntária) no Colégio Missionário, era uma grande tentação. Contudo, eu nem mesmo disse que pensaria sobre o assunto.

Em vez disso, respondi, sem hesitação: “Muito obrigada, senhor, mas não posso aceitar sua oferta. Meu esposo e eu temos um contrato de dois anos com este colégio, e desejamos honrar o compromisso.”

As Escrituras dizem: “[Deus] não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la.”

Você já foi tentada a fazer algo que sabia não ser a vontade de Deus para a sua vida? Como lidou com a tentação? Voltou-Se para Deus em busca de guia e forças? Ele é fiel!


Domingo, 10 de março

Palavras ferinas


A palavra proferida no tempo certo é como frutas de ouro incrustadas numa escultura de prata. Provérbios 25:11.

No último ano do ensino médio, participei de uma gincana. Eu precisava competir com outras moças para arrecadar fundos para bolsas de estudos, participar de reuniões preliminares e me apresentar num show de talentos. Eu havia cantado muitas vezes num pequeno coral e num grupo gospel de adolescentes em minha igreja, executando numerosas partes como solista. Sentia-me preparada para cantar sozinha. Como era quieta e tímida, isso seria uma grande realização para mim, e disse aos coordenadores que cantaria. Ao mesmo tempo, planejei usar um conjunto de vestido e chapéu combinando, que eu havia feito nas aulas de costura da escola.

Várias semanas mais tarde, uma de minhas tias, que havia ajudado na gincana, estava presente ao ensaio. Fiquei muito nervosa enquanto esperava, mas quando minha vez chegou, cantei e fui aprovada para cantar no programa de talentos. Fiquei bastante orgulhosa de mim mesma. Enquanto eu recolhia minhas coisas, minha tia veio e me disse: “Íris, você devia mesmo era se voltar à costura. Cantar não é para você.” Meus sentimentos foram profundamente feridos, embora eu tentasse não aparentar o fato.

A despeito de meu espírito machucado, cantei minha música no show de talentos e fiquei satisfeita com o que fiz. Eu não me comparava a nenhuma das outras. Era eu mesma, e sabia que havia superado muita coisa, a ponto de sentir confiança suficiente para cantar. Fiquei agradavelmente surpresa ao descobrir que havia conquistado o segundo lugar na gincana. Concederam-me uma modesta bolsa de estudos, que me ajudou no primeiro ano da faculdade.

Faz mais de 43 anos que aquelas palavras ferinas me foram ditas, mas ainda sinto a agulhada. As palavras de minha tia me desanimaram quando eu começava a sentir que cantar poderia bem ser um dos meus talentos. Não cantei outro solo por mais de 16 anos. Aos trinta e poucos anos, porém, tive novamente o desejo de cantar e usar outros talentos que havia desenvolvido. Ao longo dos anos, as pessoas perguntavam se gravei um CD. “Sua voz é tão melodiosa!” dizem outros. “Você ainda canta?”

Assim, eu lhe pergunto: Você ainda está cantando, ou falando, ou costurando, ou atuando como voluntária em algum ministério que a faz vibrar? Deus tem um plano especial para você, e Ele lhe dará aquilo de que você precisa para executá-lo. Quando tiver oportunidade, tome tempo para animar alguém. Suas palavras podem fazer a diferença.



Segunda, 11 de março

Bons planos



“Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês”, diz o Senhor, “planos de fazê-los prosperar
e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.” Jeremias 29:11

Desde que eu era menina, minha mãe me dizia que era importante estudar para tornar-me uma profissional. Embora nunca houvesse estudado, mamãe tinha o direito de dizer isso porque procurava dar o melhor a seus cinco filhos. Assim, aos 23 anos de idade, me tornei dentista. Por ocasião da formatura, um dos momentos mais emocionantes da minha vida aconteceu no ensaio. A mulher que conduzia o programa me pediu que subisse à plataforma porque eu era a primeira da turma. Naquele instante, louvei ao Senhor e prometi que todas as conquistas da minha carreira seriam dedicadas a Ele.

Depois disso, voltei feliz para casa, mas então minha mãe insistiu no fato de que eu não estaria completa sem um título de mestrado. Disse que seria mais fácil estudar agora do que se eu fosse casada e tivesse filhos. Sábias palavras! Então, a seguir, comecei a pesquisar universidades dentro e fora do meu país em busca de programas de mestrado. Eu me decidi por uma, preenchi todos os formulários e estudei todo o material que pediam para o exame de admissão. Para meu desapontamento, após meses de pesquisa e noites de estudo, publicaram que o dia do exame seria um sábado. Durante todo o curso universitário, nunca tive um exame no sábado, e isto era como uma prova de minha fé. Imediatamente liguei para saber se seria possível fazer o exame em outro dia. A mulher riu e disse que era absolutamente impossível.

Assim, precisei mudar os planos, mas não sem antes pedir que Deus me guiasse. Muitas pessoas me disseram que eu era doida de perder aquela oportunidade, mas fiquei firme em minha decisão. Eu não faria o exame no sábado.

Oito meses depois, meu pai visitou outra universidade que oferecia o mesmo mestrado. Uma vez mais, enviei todos os formulários e eles telefonaram para informar que o exame de seleção seria numa quinta-feira. Fiz o meu melhor no exame e, no grupo de umas 80 pessoas que haviam feito a inscrição, fui por fim selecionada para um curso de odontopediatria.

Tudo isso aconteceu oito anos atrás, mas ainda me lembro de como Deus guiou minha vida em momentos cruciais. Ele abre portas quando elas parecem fechadas para nós. Precisamos confiar nEle de todo o coração e ser fiéis.



Terça, 12 de março


Demora inesperada


Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. 1 João 1:9

Meu esposo e eu havíamos acabado de desfrutar férias maravilhosas em São Tomé, Ilhas Virgens, e estávamos no aeroporto para nosso voo de retorno para casa. Havíamos chegado cedo, de modo que não fora necessário correr, e sim percorrer calmamente o trajeto até o balcão da companhia aérea. Depois de despachar nossa bagagem, fomos encaminhados à fila da inspeção de segurança. Desde 11 de setembro de 2001, medidas extras de segurança têm estado em vigor, num esforço por mitigar a possibilidade de outros ataques terroristas. Tivemos que tirar cintos, sapatos, relógios, dinheiro trocado e outros itens, conforme a orientação da segurança.

Depois de concluída essa rotina, a “varinha mágica” foi balançada à frente, atrás e dos dois lados de cada um. Entendemos que estávamos liberados, até que um oficial da segurança nos chamou a um lado. Perguntou: “Algum de vocês recebeu recentemente alguma injeção de contraste?” Uma semana antes da viagem, eu fizera um teste de esforço com injeção de tálio, durante o qual uma quantidade muito pequena de tinta fora injetada para verificar se havia algum bloqueio cardíaco, já que eu andava sentindo dor no peito. O teste deu resultado normal, e concluímos que umas férias eram “exatamente o que o doutor receitara” para nós.

O oficial nos instruiu a ir até uma área lateral, porque a “varinha mágica” havia detectado algo incomum, e eles queriam ter certeza de que eu não levava alguma forma de contaminação. Uma vez lá, dois outros oficiais fizeram perguntas, passaram a varinha de novo e explicaram o que acontecera. A tecnologia altamente sensível usada na segurança havia detectado a tinta, embora medisse menos do que meia colher de chá. Sem que eu soubesse, ela permanecia no meu organismo, significando um potencial risco para a segurança.

Isso me fez lembrar de que estamos constantemente sob o olhar vigilante de Deus, e a sofisticação de Seu sistema de detecção não se compara com um dispositivo criado pelo homem. Serei “liberada” para a viagem ao Céu naquele dia, ou serei rejeitada por causa de algum pecado não abandonado e não perdoado, invisível ao olho humano – talvez um pecado que nem eu mesma perceba estar cultivando?

Dou graças ao Senhor porque Ele nos dá a força para confessar e abandonar todos os pecados conhecidos e desconhecidos, e porque Ele perdoa todos, a fim de que não haja atraso quando nos aproximarmos dos portais do Céu.


Quarta, 13 de março

Quero realmente ir para o Lar?


Todavia, como está escrito: “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus 
preparou para aqueles que O amam.” 1 Coríntios 2:9

Recentemente, tive a oportunidade de visitar a ilha de Porto Rico, o lugar da minha infância. Continua lindo como sempre. Foi impressionante ouvir o galo cantando ao romper da aurora e a canção noturna do coqui (um parente nativo da rã); ver pintinhos respondendo ao chamado da mãe galinha para a refeição, flores que crescem entre palmeiras e amendoeiras, e tantas outras coisas bonitas. Deleitei-me com o verdejante e luxuriante cenário, as montanhas, colinas e vales, a vista do oceano, o som da chuva dançando nos telhados e o cheiro das folhas de bananeira e de especiarias nativas na cozinha. Parecia um sonho. Ouvir pessoas cantando, ao longo do dia, sobre um amor perdido há muito tempo, mexeu com meu coração. O ar cálido me abraçava, despertando os sentidos para um mundo completamente novo. Sim, o mundo é totalmente diferente na ilha.

Ver o arco-íris após a chuva da tarde, apreciar o céu estrelado à noite, contemplar o vale do topo da montanha – esses foram apenas alguns dos prazeres que desfrutei uma vez mais. Foi gostoso saborear lentamente a garapa (caldo da cana-de-açúcar espremido na hora), as carambolas e muitas outras frutas nativas.

Os diferentes tons de verde contra um céu de azul intenso são suficientes para tirar o fôlego e fazer com que você se encante com esse paraíso tropical, vez após vez.

Quero realmente ir para casa? Entendo que, embora a ilha seja na verdade um lugar deleitoso para uma visita, ela não é mais o meu lar. Seu charme e seus prazeres não me convenceriam a voltar para casa, para minha família.

Embora este mundo esteja maculado pelos efeitos do pecado, ainda oferece muitas vistas e lugares fascinantes. Também oferece incontáveis prazeres temporários. Não requer esforço se adaptar e se apegar a um lugar assim. Mas, tendo uma vez aceitado a Jesus como meu Salvador, este mundo não é mais meu lar. Sou apenas transeunte. Estou a caminho do meu Lar celestial e não devo permitir que meus sentidos sucumbam aos encantos deste mundo. O conjunto dos seus prazeres não pode comparar-se àquilo que meu Pai está reservando para mim.

Como nosso texto deixa claro, não podemos sequer imaginar as cenas, os sons, aromas e belezas do Céu. Quero realmente ir para o Lar? Pode acreditar que sim!


Quinta, 14 de março

Mudança de novo?


Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em Mim. [...] Vou preparar-lhes lugar. João 14:1, 2

Estamos de mudança para Greenville, Carolina do Sul, depois de termos morado na capital da nossa nação por uns seis anos. Nossa família já se mudou cinco vezes, enquanto presta serviço à Marinha dos Estados Unidos, há 25 anos. Os filhos se adaptam e têm lindas recordações dos lugares onde passaram a infância. Já estivemos em San Diego, Califórnia (duas vezes); Guam; Corpus Christi, no Texas, e Washington, DC. Meu esposo, Jun, viajou por todo o país e a região do Pacífico, por terra, ar e mar, durante esses 25 anos. Esperamos que esta seja nossa mudança final, na sequência de sua aposentadoria. Precisamos decidir o que levar e que coisas passar adiante. Após 25 anos acumulando objetos de diferentes lugares, precisamos de bastante coragem para nos desfazermos de coisas que nos são caras ao coração! Os empacotadores estarão transportando nossos pertences domésticos dentro de poucos dias.

As mudanças sempre foram uma aventura para nós – ver lugares novos, conhecer pessoas e fazer novas amizades, encontrar um novo trabalho e uma nova escola. Num dos lugares, ajudamos a estabelecer uma escola da igreja, para que nossos filhos recebessem educação cristã. A mudança também significava procurar um local para chamar de lar e escolher uma igreja que nos suprisse as necessidades espirituais. Deus nos dirigiu e abençoou ao longo dessa jornada, e somos gratos por Sua orientação e providências.

Estamos entusiasmados com a mudança para Greenville e esperamos uma mudança de ritmo, depois da cidade grande. Passamos pelos ataques terroristas de 11 de setembro, pelo temor e terror dos ataques do atirador de elite munido de fuzil com mira telescópica em 2002, e pela guerra no Iraque. Tivemos que lidar com a ansiedade de usar o sistema do metrô, após o incidente das bombas no metrô de Londres. Mesmo assim, aprendemos a seguir em frente com a vida, confiando no Pai celestial, sabendo que Ele cuidaria de nós.

Continuando esta jornada terrestre, estamos igualmente emocionados por saber que Jesus virá em breve. Aguardamos com expectativa nosso lar permanente no Céu. Sem precisar encaixotar coisas para a mudança. Sem o estresse da mudança, ou medo. Nem sequer precisamos selecionar coisas entre nossos pertences terrenos – Jesus já fez tudo por nós e preparou nossa casa. Precisamos escolher o tipo de casa na qual desejamos morar pela eternidade? Isso não importa; conhecemos o Construtor, e Ele sabe o que é melhor para nós.



Sexta, 15 de março

Preparando-se para o Céu


Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os Seus eleitos dos quatro ventos,de uma a outra extremidade dos céus. Mateus 24:30, 31

Parecia que toda a vida no lago despertara de um momento para o outro. Mais de mil patos grasnavam ruidosamente, e as rãs entoavam suas cantigas para proporcionar a necessária harmonia. Sentada à margem do lago, eu observava e escutava. Era o fim da tarde, e eu tinha ido observar as aves e ser abençoada pela natureza.

Então, de súbito, o barulho silenciou. Todos os patos na água subiram para o barranco até que todo ele se encheu de patos, deixando a água livre. Suspeitei que algo aconteceria. Eles pareciam antecipar alguma coisa. O céu escurecia aos poucos. Olhei rapidamente para o horizonte e fui recompensada ao presenciar a maior nuvem de patos voando que eu já vira. Cobriam a metade do céu e voavam em minha direção. Essas aves voavam num arranjo organizado, em formato quase triangular. Não fiz nenhum movimento; os patos à margem do lago, então, emitiram outro som, tão alto e tão de repente, que fiquei assustada.

Enquanto os patos em voo se aproximavam do lago, ouvi grasnidos felizes e o som das asas batendo naquela grande multidão de patos. A metade dos patos em voo desceu e pousou sobre a água do espaçoso lago, recentemente liberado pelos outros que já estavam no chão. Os restantes continuaram voando, e então a metade deles pousou no lado oriental do lago, enquanto os demais voaram ainda mais longe naquela formação triangular, para o lago no outro lado da colina.

O que me impressionou foi como aqueles patos sabiam da aproximação da multidão que chegava, e se prepararam para ela. Houve um estardalhaço alegre quando os patos em voo por fim chegaram, e foram recebidos no espaço preparado.

Essa experiência me fez lembrar de que o Senhor, um dia, aparecerá nas nuvens do céu. Estou pronta e preparada? Estou ocupada, anunciando Sua chegada e preparando todos aqueles que me rodeiam para recebê-Lo? Aprendi uma lição maravilhosa com os patos naquele dia, a respeito de preparar-se e aguardar para receber o Rei Jesus que está chegando. Que cada uma de nós estejamos prontas!


Sábado, 16 de março

Despreparada para entrar


Em vez disso, esperavam eles uma pátria melhor, isto é, a pátria celestial. Por essa razão Deus não Se envergonha de 
ser chamado o Deus deles, e lhes preparou uma cidade. Hebreus 11:16

O Vietnã é um lugar que estava seguidamente no noticiário quando eu frequentava a escola. Era um pesadelo descobrir que alguém havia sido recrutado e precisava ir para lá. Mesmo assim, dizem que é um lugar bonito para visitar hoje em dia. Assim, planejei um belo período de férias em Hanói, para fazer alguns passeios.

Com toda a tecnologia moderna agora disponível, uma coisa que resolvi fazer como preparativo para a viagem foi solicitar meu visto online. O procedimento era simples, o preço era baixo e me senti orgulhosa de mim mesma por cuidar dessa questão sem ir à embaixada. Então chegou o dia de partir. Minha mala estava pronta e eu tinha a passagem na mão. Passei um longo tempo em trânsito na Tailândia, pois tomaria um voo tarde da noite para o Vietnã.

Bem, cheguei ao aeroporto de Hanói e fui imediatamente ao balcão do visto para retirar o documento com o carimbo necessário – só para descobrir que não tinha tudo de que precisava. Eu tinha deixado de verificar todos os documentos online antes de sair de Seul, e o visto não foi processado. De repente, percebi como estava despreparada para a viagem. O hotel havia sido pago, o serviço de transporte estava do lado de fora do aeroporto esperando por mim, mas eu não podia sair do aeroporto. Depois de todos os preparativos que fizera, não pude entrar em Hanói. Os oficiais examinaram e reexaminaram, mas meus registros nem sequer estavam no sistema do computador.

Aprendi uma grande lição naquele dia. E se isso acontecesse durante minha trajetória para o Céu? Eu não poderia entrar pelos portais. Não poderia ficar brava com ninguém a não ser comigo mesma, por estar despreparada.

Decidi que não queria que isso me acontecesse na jornada para o Céu. E você? Está preparada para entrar lá? Tudo está em ordem? Eu não estava preparada para entrar no Vietnã, e fico feliz porque era o Vietnã, e não o Céu. Deus é muito generoso com Sua graça e misericórdia. Ao contrário de alguns governos terrestres, Ele nos dá oportunidade após oportunidade quando cometemos erros. Oremos para que esteja tudo em ordem quando chegar a hora de encontrar nosso Criador. Preparemo-nos!


Domingo, 17 de março


O Deus de muitos nomes


Portanto, quando falamos, nós usamos palavras ensinadas pelo Espírito de Deus e não palavras ensinadas pela sabedoria humana. Assim explicamos as verdades espirituais aos que são espirituais. 1 Coríntios 2:13, NTLH

Antes de ir para a cama, certa noite, decidi pôr em dia minha leitura da Bíblia. Não era um momento particularmente difícil ou emocionante pelo qual eu passava; antes, tudo parecia bastante calmo. Não tive pressa, como frequentemente tenho quando faço minha devoção. Leio a Bíblia toda cada ano, e nesse ano eu estava lendo o Antigo e o Novo Testamentos simultaneamente. Não percebi que, na verdade, estava um pouco adiantada quando terminei de ler. Depois de fazer algumas outras leituras devocionais, percebi que nem mesmo era tão tarde, como imaginava.

Por volta da meia-noite, eu me vi completamente desperta e senti a necessidade de orar. Achei que fosse, talvez, porque me esquecera de orar, mas o Espírito Santo tinha outros planos. Então me levantei e, ao fechar os olhos, aconteceu uma coisa miraculosa. A oração que eu faria decolou por conta própria. Na primeira parte, os nomes de Deus pipocaram na minha cabeça, um após outro. Foi uma experiência fantástica! A oração continuou espontaneamente – apenas algumas frases. Lembro-me de que ela parecia sair do livro do Apocalipse. Algo parecido com “A Deus seja toda a honra, glória e poder.”

Fiquei sentada em solene silêncio, contemplando minha experiência e os nomes de Deus. Alguns eram tradicionais, outros eram novos, e alguns pareciam um tanto incomuns. Acendi a luz e anotei alguns dos nomes. Eles haviam passado tão rapidamente pela minha cabeça que não consegui lembrar-me de todos: Deus como Observador (da Vida), Todo-Poderoso, Onisciente, Onipresente, Onipotente, Pleno de Sabedoria, Seiva do Espírito e Médico dos médicos. Eu me perguntava se esses representavam o Deus triúno. Apeguei-me ao título de Deus como o Grande Observador da Vida e o uso frequentemente, inclusive numa oração na igreja, quando me pediram para orar. Quando procurei a palavra “observar” na concordância, no dia seguinte, parecia ser uma ordem na maioria dos casos em que ocorre na Bíblia.

Deus é tão completamente interessante! Antes que sua vida espiritual se torne rotina, Ele a inunda com sabor. Agora tenho maneiras diferentes de vê-Lo e de me referir a Ele, ao Espírito Santo e a Jesus Cristo. Isso faz toda a diferença!


Segunda, 18 de março


Os benefícios da natureza


Cuidas da terra e a regas; fartamente a enriqueces. Os riachos de Deus transbordam para que nunca 
falte o trigo, pois assim ordenaste. Salmo 65:9

Anatureza testifica de Deus. A ideia de passar algum tempo em meio à natureza é bem recebida pela maioria das pessoas, se não por todas. Recentemente, fui com alguns amigos às quedas YS, na Jamaica. Essa beleza fotogênica, aninhada na natureza, revela muitas maravilhas da criação de Deus. O ambiente convida à meditação e reflexão.

Muitos artistas formam o elenco da natureza. As árvores altaneiras oferecem proteção paternal àquilo que cresce por baixo, assim como nosso Pai celeste toma providências em nosso favor. As dóceis folhas das plantas verdes testificam do cuidado terno e suave que Deus dispensa a cada uma de nós. O ar fresco e não poluído permeia nossos pulmões com oxigênio, fazendo-nos lembrar do fôlego da vida que Deus nos dá. Além disso, a luz do sol e o toque vitalizante da água sobre nossa pele nos remetem à água viva que Cristo oferece. Como complemento, temos o riso saudável, o rosto sorridente, a conversa cordial de amigos e familiares, todos expressando os benefícios da natureza.

Uma visita à natureza pode auxiliar para revigorar a mente e refrigerar os processos do pensamento, acrescentando uma nova perspectiva à vida e rejuvenescendo o corpo. Pode elevar o ânimo e aliviar o indesejado estresse e a tensão. O efeito tranquilizador é terapêutico e espelha o amor de Deus para conosco.

Enquanto esteve na Terra, Jesus tomou tempo para visitar a natureza e desfrutar uma pausa. Isso Lhe concedia a oportunidade de orar e meditar, enquanto buscava fazer a vontade de Seu Pai. Nos dias atuais, faríamos bem em separar tempo para conhecermos melhor a natureza e apreciar os benefícios duradouros à nossa disposição. Meus amigos e eu combinamos, antes de partir, que faríamos disso uma atividade frequente.

Há muitos salmos que falam das bênçãos de Deus através da natureza. O Salmo 66:5 nos convida a ir e ver “o que Deus tem feito; como são impressionantes as Suas obras em favor dos homens!” Amiga, decida hoje passar tempo nobre em meio à natureza, colhendo os seus benefícios – designados por Deus, preparados para você.


Terça, 19 de março


Fiquei só


Moisés respondeu ao povo: “Não tenham medo. Fiquem firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes trará hoje, porque 
vocês nunca mais verão os egípcios que hoje veem. Êxodo 14:13

Eu me encontrava sozinha, tendo ficado viúva fazia pouco tempo, e emocionalmente frágil a despeito de estar rodeada de amorosos amigos. Meu falecido esposo e eu havíamos morado na vila de aposentados por 18 anos, e agora era tempo de pintar e reformar o apartamento. Esse trabalho exigia que o imóvel fosse deixado vazio. Eu havia escolhido o carpete e as coberturas do piso de vinil, e foi marcada a data para o início do projeto. A tarefa de mudar os móveis, empacotar meus pertences e transportá-los para um depósito me parecia esmagadora. Para aumentar ainda mais o estresse, também decidi que faria a faxina da primavera e descartaria todas as coisas indesejadas que se haviam acumulado ao longo dos anos. Eu sentia demais a falta do apoio do meu esposo e me achava incapaz de tomar decisões importantes, até para começar o que vinha pela frente.

Eu havia ganhado uma caixinha de promessas, e meu nome fora acrescentado a cada texto. Tirei uma promessa e li: “Não tenha medo, Joy. Fique firme e você verá que o Senhor vai salvá-la hoje. [...] Você não terá que fazer nada: O Senhor lutará por você” (Êxodo 14:13, NTLH). Que promessa maravilhosa!

Decidi não me preocupar e simplesmente esperar a orientação do Senhor para resolver meus problemas. Imediatamente, Ele começou a usar meus amigos, e eles foram abençoados, tanto quanto eu. Logo em seguida, eu tinha um lugar onde ficar, uma garagem para o meu carro, outra garagem para meus pertences extras, ajuda para empacotar minhas coisas, caixas de papelão para acomodar (e depois desencaixotar), ajuda para descartar objetos indesejados e auxílio para substituir alguns móveis velhos, caindo aos pedaços. Não precisei pedir ajuda; quando as pessoas viram minha necessidade, foram levadas a oferecer assistência. O Senhor, sem dúvida, honrou minha fé e me resgatou naquele dia.

O Senhor não é negligente no que diz respeito às Suas promessas, e o que me parecera intransponível foi facilmente superado. Ele aplainou meu caminho sem a minha ajuda. Como é maravilhoso o Deus a quem servimos! Convido-a a aceitar Suas promessas. Coloque seu nome nelas e descubra o que Deus pode mostrar a você hoje.


Quarta, 20 de março


Aquietai-vos


Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus. Salmo 46:10, ARA

Aprendi na vida que ficar impaciente não ajuda. Posso ficar muito impaciente por vezes, de modo especial quando estou em pé em longas filas, esperando minha vez. Hoje penso nas muitas coisas que poderia ter realizado enquanto praticava a paciência. O Salmo 46:10 me ajudou a operar uma mudança na vida: aprendi que a paciência pode ser a resposta a algumas provas que cruzam o meu caminho.

Alguns anos atrás, minha casa foi arrombada. Essa foi a pior experiência da minha vida. Eu já havia ido para a cama e estava dormindo, quando vi as luzes acesas. Confusa, muitas perguntas me passaram pela cabeça. Não tranquei as portas? De repente, ouvi um barulho no quarto de hóspedes. Tremendo de medo, levantei-me para ver o que estava acontecendo. Dois homens estavam saqueando o quarto.
Outro estava no corredor, me observando, e mais tarde me manteve como refém.

A parte inferior da porta da cozinha estava no chão, de modo que agora eu sabia como eles haviam entrado. Meu telefone celular foi levado, de maneira que eu não podia ligar para a polícia. Meus quartos foram revistados. Perguntei-lhes o que queriam. “Dinheiro”, foi a resposta. Orei como nunca antes, pedindo forças ao Senhor.

Pela graça de Deus, não fui agredida. Depois que eles saíram, olhei meu quarto. A cama fora emborcada, e o lugar totalmente saqueado. Meu coração se partiu. Mas o telefone fixo estava em perfeitas condições, e liguei para a polícia. Levaram 30 minutos para chegar. Telefonei a uma amiga para contar-lhe o incidente, e ela telefonou para o chefe dos diáconos da igreja, que chegou junto com outro irmão, antes da polícia. Senti-me aliviada.

Um dia, vi alguém na vizinhança com um cadeado exatamente como o novo que eu comprara. Alguns dias depois, ele estava telefonando num celular que parecia o meu, e usando luvas de couro como as minhas. Podia ser um dos ladrões. Minha mente retrocedeu ao dia do incidente, quando o ouvi dizendo: “Vou matar você.” Orei a Deus pedindo paciência e forças para não perder o controle, e para não confrontá-lo, já que ele era o filho do meu vizinho do lado.

Agora sei que há momentos e provas durante os quais devo simplesmente aquietar-me e esperar no Senhor. Deus me mostrou que pode fazer tudo. Você pode estar passando por uma provação, minha amiga. Eu lhe digo: aquiete-se, saiba que Ele é Deus, e espere com paciência.


Quinta, 21 de março


Quando Deus salva


Mas nós devemos sempre dar graças a Deus por vocês [...]
porque desde o princípio Deus os escolheu para serem salvos. 2 Tessalonicenses 2:13

Diante de mim estava o médico. Eu o ouvia falar, mas não entendia nada. Com uma expressão estranha, ele pronunciou a sentença de morte sobre meu esposo. Minhas esperanças e meus sonhos desmoronaram. Imediatamente comecei a arrazoar com Deus. “Não, Deus”, disse eu. “Onde está a Tua promessa? Ela não diz que, se honramos nossos pais, teremos vida longa sobre a terra que nos deste? Nós Te amamos, e tudo o que sempre fizemos foi servir-Te. Sei que és poderoso para salvar.” Mas, lá no fundo, eu pensava: Pode Deus salvar a vida do meu esposo, mesmo depois de o médico não ter dado um fio de esperança?

Depois de muito arrazoar com Deus e comigo mesma, consultei dois outros médicos para saber sua opinião, esperando que pelo menos uma fosse diferente. Mas não havia esperança nenhuma. Dois a três meses de vida – era toda a esperança que eles davam.

Depois de darmos a notícia a Edel de que ele tinha câncer no estômago, para minha surpresa ele disse que ainda cria que Deus podia operar um milagre para salvar-lhe a vida. Todos os dias, oramos ao Senhor para que preservasse a vida de Edel. Dia após dia, procurávamos sinais que indicassem que os médicos, todos, estavam errados. Após a primeira quimioterapia, vimos alguma melhora. Edel me reafirmava sua fé em que Deus o curaria completamente.

Meu querido esposo, com uma expressão decidida no rosto, me disse: “Prasy, por favor, ore comigo para que Deus faça a Sua vontade. Nunca desisti de Deus. Sei que Ele me salvou, e estou pronto. Quero que você e as meninas me encontrem no Céu.”

Você pode imaginar como fiquei arrasada e dividida entre concordar com ele e ainda acreditar que ele se curaria. Dois dias depois, numa sexta-feira à noite, após voltar ele à consciência, segurei sua mão, orei com ele, e pedi que entregasse a vida nas mãos de Deus. Fui para fora, a fim de lutar com Deus em oração. Enquanto eu ainda orava por um milagre, Deus, em Sua infinita misericórdia, decidiu salvá-lo para a eternidade e poupá-lo do seu sofrimento.

Foram necessários vários anos para que eu entendesse o que Edel quis dizer: que Deus o salvara, sabendo que ele iria morrer. Oro para que, mesmo em face da morte, creiamos que Deus escolheu salvar-nos para sempre. O que mais importa é a eternidade.


Sexta, 22 de março


A água da vida


Mas quem beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede. João 4:14

Hoje, 22 de março, comemora-se o Dia da Água no lugar onde moro. Essencial à manutenção da vida no planeta, a possível escassez desse precioso líquido tem sido uma preocupação e a razão para estudos quanto à disponibilidade da água. De toda a água existente na Terra, 97,6% se concentram nos oceanos, de modo que a água doce representa apenas 2,4%. Você acha que 2,4% é pouco? Então escute isto. Desses 2,4%, apenas 0,31% não se concentra nos polos, como gelo. O que significa que, de toda a água na superfície da Terra, menos de 0,02% está disponível em rios e lagos como água doce, pronta para o consumo mundial. Os brasileiros são um povo privilegiado porque, desse total, boa parte está no Amazonas.

Quando pensamos em nosso corpo, somos 70% água. Além de servir para a higiene e hidratação corporal, a água também previne várias doenças. Alguém disse que precisamos beber três copos de água por dia se queremos sobreviver, oito se queremos ser saudáveis e dez se queremos rejuvenescer. Podemos viver sem alimento por algum tempo, mas sem água morreríamos rapidamente.

Na Bíblia, a água ilustra muito bem algo essencial à nossa vida: Jesus. Assim como a água traz cura e saúde para o corpo, Jesus é a cura para o desalento, para a falta de esperança, para o problema do pecado. Certa vez, Jesus disse à mulher de Samaria: “Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você Lhe teria pedido e Ele lhe teria dado água viva” (João 4:10). Jesus não tem uma quantidade limitada de Sua graça para oferecer-nos. Ele é a fonte da nossa esperança e salvação, que jorra para a vida eterna (João 4:14). Do modo como a água é vital para nossa existência, Cristo, a água viva, é essencial para nossa jornada neste planeta. Sem Ele, começamos a morrer, ao nos distanciarmos de Seu amor e instrução, e finalmente morremos quando perdemos a vida eterna que Ele oferece a todos nós. Importa que, diariamente, procuremos essa fonte divina, as palavras de luz e vida que nutrem nossa mente e coração e nos transformam em fontes de esperança e luz, a serem partilhadas com os outros.

Diga a Jesus cada dia: “Dá-me, Senhor, essa água viva e salutar que é a Tua Palavra.” Somente essa água pode limpar-nos do pecado e guiar-nos para a Nova Jerusalém.


Sábado, 23 de março

Poder na fraqueza


Mas Ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” 2 Coríntios 12:9

Havia sido uma disputa extenuante, e eu e meus clientes, que haviam depositado tanta confiança em mim, tínhamos perdido uma rodada importante. Sentada no carro, do lado de fora do tribunal, fiz uma oração silenciosa pedindo a orientação do Espírito Santo, enquanto abria a Bíblia ao acaso. Meus olhos caíram sobre as palavras do verso bíblico acima.

Então o Teu poder deve ser grande, pensei, pois nunca me senti tão fraca! No dia anterior, eu havia recebido a informação de que minha petição relativa a um julgamento sumário fora negada. Agora eu me enchia de apreensão, enquanto imaginava o advogado da parte contrária se regozijando com a desgraça alheia. Ele será ainda mais irritante que de costume. Que faço agora? Isso resultará num processo demorado que representará uma dificuldade para os meus clientes, tanto financeira quanto emocionalmente.

Com relutância, encaminhei-me lentamente para a sala do fórum, onde o caso fora marcado como audiência. Nem o advogado nem a parte contrária haviam chegado. Sentando-me num banco, fechei os olhos e orei: “Confio em Ti, Senhor. Não sei como vais fazê-lo, mas confio em Ti.”

O advogado da parte contrária e os meus clientes chegaram. Um funcionário nos conduziu para a conferência com o juiz. Agora vai começar, pensei. O advogado vai me ridicularizar por eu ter perdido, e o juiz tentará pressionar por um acordo menos vantajoso do que meus clientes merecem. Como eu temia isso!

O juiz nos cumprimentou e começou. “Examinei esta questão e vocês dois devem ser capazes de chegar a um acordo que satisfaça a todos. Ceder um pouco é tudo de que vocês precisam.” Nem uma palavra sobre a petição negada de julgamento sumário. Nem uma palavra!

O juiz saiu da sala e o advogado contrário falou. “Estou cansado desse caso. Eu poderia aproveitar o dinheiro que um processo geraria, mas meu cliente não é razoável. Quero encerrar este caso logo que seja possível.” Ele, então, propôs um valor moderado para o acordo.
Em silêncio, agradeci a Deus e a negociação continuou. A proposta foi aceita por meus clientes e se chegou a um acordo. Executado e encerrado!

O poder de Deus fora aperfeiçoado na minha fraqueza! Ele já havia providenciado tudo, antes mesmo que eu chegasse à sala de audiências. Assim como os pais terrestres se alegram quando os filhos confiam em seu conselho, Deus também Se alegra quando acreditamos que Ele cumprirá Suas promessas.


Domingo, 24 de março

A laranjeira está produzindo


Senhor, como são importantes para mim os Seus pensamentos sobre a vida, ó Deus! São tantos que não consigo contar. Se eu os contasse, seriam mais do que os grãos de areia das praias. A cada novo dia, quando acordo, sinto que fico mais perto do Senhor.
Salmo 139:17, 18, NBV

Como é precioso, Senhor, entender que pensas em mim constantemente! Nem mesmo posso contar quantas vezes por dia Teus pensamentos se voltam para mim e, quando acordo, pela manhã, ainda estás pensando em mim.

Encerramos uma suntuosa refeição de sábado e nos dirigimos ao nosso local favorito – o jardim. Meu jardim, ou qualquer jardim, é um lugar agradável onde ficar. Minha amiga Pat estava entusiasmada. “A laranjeira está produzindo os primeiros frutos”, disse ela. “Contei quatro laranjinhas.”

Fui examinar a árvore. Para dizer a verdade, contei mais algumas. Seis, depois nove, e então doze. Quanto mais observava, mais contava.

Incrédulos, Pat e seu esposo vieram ver o que me deixava tão eufórica. Diante dos olhos deles, as minúsculas laranjas se exibiam com orgulho.

Mais tarde, naquela noite, refleti sobre os eventos do dia e as lições que eu aprendera. Quando paramos para observar e contar as bênçãos, tomamos consciência de como somos mais abençoadas do que pensamos. Isso me faz lembrar do belo hino: “Conta as bênçãos, conta quantas são, recebidas da divina mão; uma a uma, dize-as de uma vez; hás de ver, surpreso, quanto Deus já fez” (HASD, nº 244).

Às vezes, nos concentramos tanto naquilo que parece óbvio, que deixamos de ver as muitas maneiras pelas quais Deus nos abençoa cada dia.

Pensando nisso, pergunto: Quando foi a última vez em que parei para contar minhas bênçãos, em vez de resmungar sobre aquilo que não tenho? Quando foi a última vez que fui para a cama com fome, andei sem sapatos ou não pude saciar a sede porque não havia água para beber? Quando foi a última vez em que Deus Se esqueceu de suprir cada necessidade minha? Sei que tenho sido abençoada.

Faça uma pausa no começo ou no fim do dia para contar as bênçãos. Você se surpreende ao ver quantas bênçãos recebeu a mais do que imaginava? Sim! Exclamo com você: “Senhor, muito obrigada por tantas bênçãos!” Até a laranjeira está produzindo frutos!


Segunda, 25 de março

Oferta


Ninguém compareça perante Mim de mãos vazias. Êxodo 34:20

Num sábado de manhã, como de costume, antes de ser recolhida a oferta na igreja, o ancião do dia ficou em pé para dizer algumas palavras acerca dessa parte da liturgia. O que ele disse me surpreendeu, e na verdade me fez rir um pouco, porque parecia uma repreensão a uma criança travessa. Ele disse que não deveríamos ir à igreja sem nossa oferta – isso era negligência, e levá-­la deveria ser um hábito. Além disso, acrescentou, era muito desconfortável, para os diáconos, passar a salva diante de uma pessoa que não trazia nada; eles não sabiam o que fazer, se sorrir de modo compreensivo, ignorar, ou desviar os olhos daquela situação. Depois, passou a declarar uma estatística hipotética: se todos levássemos a quantia mínima (10 centavos, digamos), quanto daria? Quanto mais eu pensava no que ele dissera, mais envergonhada ficava por causa de minhas pobres ofertas ocasionais.

Nosso verso de hoje se encontra no contexto dos sacrifícios e das ofertas no Antigo Testamento, sendo os animais e alimentos a moeda daquela época. Deus não esperava apenas sacrifícios; Ele exigia o melhor!

Mas por que Deus fez um pedido como esse, e será que o texto se refere apenas às ofertas na igreja? Geralmente, isso ocorre só uma vez por semana. Imagino que nos acheguemos a Deus com mais frequência do que isso. Por que Deus precisa de nossos “sacrifícios”, nossos melhores produtos? Deus é o doador de tudo; porque Ele quer isso de volta?

Não faz muito tempo, minha família foi convidada para jantar na casa de alguém. Nossos anfitriões tinham dois meninos que possuíam montes e montes de brinquedos. Os olhos do meu filhinho piscaram enquanto ele imaginava o que estaria reservado para aquela noite. Como é comum entre os pequenos, em pouco tempo estavam brigando por causa do mesmo brinquedo; meu filho, agarrando com força alguma coisa. Pensei: Que tolice, não querer entregar algo que nem mesmo é dele!

De repente, “caiu a ficha” – somos exatamente assim com Deus. Como ousamos nós, que somos tão abundantemente abençoadas, comparecer perante Ele de mãos vazias? Convido-a para pensar naquilo que você está devolvendo a Deus quando comparece à Sua presença. Será somente dinheiro, uma vez por semana, ou está você disposta a ofertar-Lhe seu tempo, seu brinquedo preferido, seu filho, sua profissão?


Terça, 26 de março


Ouvindo e fazendo


Aqueles que temem o Senhor aprenderão com Ele o caminho que devem seguir. Salmo 25:12, NTLH

Eram sete horas da noite numa quinta-feira, quando finalmente voltei ao escritório para limpar a mesa e pegar minhas coisas antes de ir para casa. Uns dez minutos depois, entraram a secretária e sua filhinha. Ela arrumou algumas coisas em sua mesa e então me desejou boa-noite, enquanto saíam.

Depois de passar mais alguns minutos no escritório, tranquei a porta e saí na direção do meu carro. Caminhando, pensei nas duas. O sol já se pusera e estava escuro; embora eu morasse na direção oposta, decidi que, se as visse ao passar pelo portão do campus, eu me ofereceria para levá-las para casa.

Nem bem havia saído, quando as vi caminhando na direção do portão. Depois de convidá-las para entrar no carro, levei-as à sua casa. Quando estacionei diante do portão da casa, a secretária disse: – Preciso lhe contar uma coisa.

– Que é? – perguntei.

Ela explicou: – Quando saí do escritório, fui ao sanitário para orar. Pedi que Deus nos mandasse uma carona para casa. A senhora sabe, hoje de manhã me esqueci de trazer o dinheiro para o táxi. Se a senhora não nos houvesse dado uma carona, teríamos que ir andando para casa no escuro.

Mal pude acreditar nos meus ouvidos, e disse: – Você quer dizer que Deus me usou para atender a sua oração pedindo carona? – Ela garantiu que sim.

Ali mesmo agradeci a Deus o fato de ter-me usado naquela noite para responder à oração de Sua filha.

Esse incidente me levou a pensar nas muitas vezes em que, talvez, Deus tenha posto um pensamento em minha mente para que eu oferecesse auxílio a um dos Seus filhos, e o descartei. Minha alegação poderia ter sido a de que seria um incômodo, ou que não era algo importante, ou que não era da minha conta.

Ao pensar nessa experiência, oro humildemente: “Querido Senhor, dá-me ouvidos para ouvir o clamor dos Teus filhos, um coração sensível às necessidades daqueles que me rodeiam e a disposição de sempre realizar as tarefas que pões diante de mim.”


Quarta, 27 de março


Essa coisa de barro


Miguel e Seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus anjos revidaram. Mas estes não foram suficientemente fortes, 
e assim perderam o seu lugar nos Céus. Apocalipse 12:7, 8

“Pequei. E imediatamente, a toda pressa, Satanás voou até a presença do Altíssimo Deus e ali fez uma acusação feroz: ‘Essa coisa de barro pecou,’.” Não me lembro das palavras restantes desse poema, que aprendi e recitava quando criança. Lembro-me, sim, de que contava a história de como Satanás argumentava a favor do meu castigo e de que Jesus intercedia por misericórdia, e que no fim o Seu sangue fora suficiente para me resgatar.

Recentemente, tive a oportunidade de me lembrar desse poema. Eu havia pecado. Satanás começou imediatamente uma dança de guerra para exigir justiça. Ria alto e rosnava diante de mim, por eu ter pensado que poderia ser uma dedicada e consagrada testemunha de Deus. Exigia minha morte, minha remoção da comunhão espiritual, o fim do meu ministério.

Fardos espirituais e financeiros ameaçavam me esmagar. Jejuei e orei para receber a direção de Deus e para obter alívio dos fardos esmagadores que ameaçavam destruir minha família. Eu esperava um milagre e um final feliz. Em vez disso, meus fardos se tornaram mais pesados e fui vergada sob um peso de culpa, vergonha e derrota. Satanás debochava da minha dor e ria diante da minha confiança de que Deus me livraria. Um panorama de todos os atos errados, todas as decisões questionáveis, todos os fracassos que eu havia experimentado, passou diante dos olhos da minha mente, em lenta e agonizante procissão.

Eu estava pronta para aceitar a derrota. Então me lembrei das minhas palavras de testemunho aos outros, e soube que, independentemente do resultado, eu não perderia a guerra, mesmo se, naquele momento, devesse perder a batalha. Talvez eu fosse apenas uma coisa de barro, sem valor inerente, mas Jesus morrera por esse pedaço de barro, e eu não seria tão ingrata a ponto de permitir que Ele morresse em vão. Assim, posso precisar lamber minhas feridas por enquanto. Posso até precisar de um descanso por algum tempo, antes de levar avante a obra que sei que Deus me deu. Mas que isto seja sabido hoje e todos os dias: Deus é Deus; e, independentemente de qualquer circunstância, continuarei a louvá-Lo e a executar Sua comissão.

Se hoje você se sente derrotada, não desista de lutar. Erga-se e volte ao combate. Servimos sob as ordens de um general invencível. Miguel Se levantará em favor do Seu povo; nossa vitória está assegurada.


Quinta, 28 de março

A musicista


Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele. Provérbios 22:6, ARA

Minha sogra, June, é musicista. Foi membro do coro, regente do coro e organista da igreja. Lecionou canto, piano e órgão. Muitos dos seus planos e histórias giram em torno da música. Ela me conta orgulhosamente que foi a primeira pessoa a formar-se com especialização em canto no Union College. Fala, radiante, de ter cantado músicas de Natal na campanha da recolta. Folheia suas partituras, escolhendo peças para ensinar à minha nora. Aos 91 anos de idade, ela convidou 30 pessoas à sua casa para um recital. Aprendeu novas peças de solo, acompanhou a primeira violinista da orquestra sinfônica local e falou aos seus convidados sobre visitar a casa de grandes compositores. Aos 92 anos, finalizou os planos quanto ao programa musical para sua cerimônia fúnebre. Ela está em ótima forma, porém quer ter certeza de que seus amigos e familiares sejam abençoados com um belo concerto religioso por ocasião do término da sua vida. Algumas semanas atrás, inclusive, ela reuniu os músicos para o ensaio, sob sua regência, a fim de que produzam uma música sem falhas quando o dia chegar.

June consegue olhar uma partitura e saber como deve ser o som. Eu não tenho essa capacidade. Não creio que seja algo inato; simplesmente não tomei tempo para desenvolver esse talento. June, por outro lado, é aplicada. Não apenas se esforça para tocar as notas corretamente, mas também conta, praticando uma peça de música, e fazendo questão de que cada nota seja sustentada exatamente com a duração certa de tempo. O resultado? Notas que refletem perfeitamente as marcas da partitura. Mesmo quando toca hinos bem conhecidos, seus lábios se movem, contando baixinho: “Um, dois, três e quatro”.

Quando seu filho, meu esposo, mostra uma foto da casa da infância dela, June olha atentamente e depois dá um sorriso. “Nesta casa”, diz, “mamãe dava aulas de piano a 60 alunos por semana.” Sim, sua mãe também foi musicista, regendo um coral de 90 vozes da comunidade em eventos patrióticos, dando aulas e incutindo nos alunos o importante conceito de contar os tempos. Com efeito, uma da histórias familiares fala sobre June, aos dois anos de idade, batendo com uma colher na bandeja de madeira de sua cadeira alta, enquanto admoesta uma das alunas de sua mãe: “Um, dois, teis, Talita. Um, dois, teis!”


Quinta, 29 de março

Ele ouve


Disse a mulher: “Eu sei que o Messias (chamado Cristo) está para vir. Quando Ele vier, explicará tudo para nós.” João 4:25

Mulher destroçada. Deus não tem um lugar para mim. Era assim que se sentia, junto ao poço, a mulher de nome desconhecido, antes do seu encontro com o Senhor?

Eu queria que minha filha de cinco anos de idade O conhecesse, mas achava que minhas escolhas infelizes me impossibilitavam de andar perto de Deus. Eu não conseguia expressar Seu maravilhoso amor por nós. Assim como a mulher junto ao poço, eu procurava nos lugares errados.

Como diz Isaías 11:6: “Uma criança os guiará.” Minha filha aprenderia a respeito de Jesus na Escola Cristã de Férias! Levei-a à igreja, sem intenção de me “envolver” ou de “ser convertida”. Era mãe solteira, estava sem dinheiro e enredada numa situação miserável de moradia, a 48 quilômetros da cidade mais próxima.

Minha filha voltou, com o coração aberto e a mente cheia de novos conhecimentos. A história era conhecida (Noé e a arca), mas a alegria com que ela explicou a lição me tocou. Quantas vezes eu contemplara um arco-íris, deprimida, esquecendo-me da promessa de Deus?

Fomos convidadas para a Escola Sabatina. Eu ficaria na classe dos adultos, e minha filha iria para o grupo do “jardim da infância”. Naquele primeiro sábado, pensei em ficar sentada no estacionamento durante a classe da minha filha. Uma gentil senhora de mais idade leu claramente meus pensamentos – e sentamo-nos juntas para ouvir uma lição maravilhosa.

Estou perdoada? Não tenho razão para me preocupar se permito que Ele carregue meus fardos? Esse não era o Deus do qual ouvira falar por 32 anos! Seis meses mais tarde, fui batizada. Um ano atrás, num sábado, minha menina, agora com 9 anos, foi batizada. Somos obras em andamento.

Minha caminhada tem sido especialmente desajeitada. Quanto mais permito que Ele me molde, sem buscar obstinadamente a minha vontade, tanto mais sólida me torno. Agora estou casada, e esse homem aceitou minha filha como sua própria. Ela viceja na quarta série, na escola cristã.

Passei por algumas das minhas lutas mais difíceis nos últimos quatro anos. Que absoluta bênção é saber que não preciso enfrentar sozinha os problemas. Não tenho que me preocupar, nem permanecer deprimida. Quando me vejo nessa escuridão, minha filha me traz de volta. “Fale com Ele, mamãe. Ele vai ouvir você.”


Quinta, 30 de março

Plano mais elevado


Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, dos que foram chamados de 
acordo com o Seu propósito. Romanos 8:28

Normalmente, nos identificamos com um ou dois heróis da Bíblia. As pessoas precisam de alguém a quem contemplar com admiração. Meu favorito sempre foi José, o grande vice-presidente sonhador. Mas, para ser sincera, teria que admitir que minha vida passada foi mais parecida com a do profeta Jonas. É inegável que o Senhor verdadeiramente trabalha para o bem daqueles que são chamados segundo o Seu propósito.

Eu tinha 14 anos, era recém-batizada e me senti atraída a Cristo. Então, decidi deixar para trás meu envolvimento e preparo em dança, que fora meu maior interesse desde a infância. Assumi solenemente o compromisso de dedicar a vida para apressar o retorno do Senhor. Infelizmente, com o passar dos dias e anos, deixei de lado esse ideal e passei por decepções e tempos difíceis – emocional, moral ou espiritualmente.

Lembro-me de ter acordado, certo dia, e percebido que me encontrava numa encruzilhada, sem saber o que fazer ou para onde ir. Parecia não haver saída.

Então, um dia, fui convocada para traduzir durante um seminário sobre o contato com os muçulmanos, realizado pelo departamento do Ministério da Mulher. Com relutância, mas animada e apoiada por minhas mães que acreditavam em mim, enfrentei o desafio. (Tenho duas mães – complementos uma da outra). Secretamente, sonhei tornar-me como uma daquelas dirigentes. Lembro-­me de uma delas, enquanto orava comigo, pedindo a Deus que me ajudasse a compreender que Ele precisava de mim em Sua seara. Isso foi tudo o que ela disse antes de irmos para a plataforma. De imediato, minha mente se perturbou, enquanto me lembrava do meu compromisso da juventude. Eu ouvira o chamado do Senhor, mas meu coração ainda era enganoso e duvidava do Seu plano mais elevado para mim.
Minha mãe espiritual insistiu para que eu me matriculasse em estudos religiosos e descobrisse para onde o Senhor queria me conduzir. Demorei três meses inteiros para me decidir, três meses de luta com meus próprios pensamentos e desejos, três meses no deserto com meu Senhor!

Hoje, digo orgulhosamente que minha vida está completa, e que caminho sobre um plano mais elevado com Deus. Cada dia fico ansiosa por ver os milagres que Ele operará em minha vida, e lhe garanto que Ele já está fazendo isso. Para o que você foi chamada? Insisto em que você passe tempo aos Seus pés e descubra o Seu caminho para você – existe felicidade em andar num plano mais elevado.

Quinta, 31 de março

Ovos “desmisturados”


Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 1 João 1:9, ARA

Antes que meus filhos nascessem, fui a segunda mãe para várias de minhas sobrinhas – OK, titia de estimação. Elas vinham à nossa fazenda. Dormiam conosco e eu lhes ensinava um pouco de culinária e costura. Elas faziam com que minha atitude fosse mais positiva. Os médicos haviam dito que eu não poderia ter filhos por causa de um acidente automobilístico anos antes, de modo que eu “curtia” todas as crianças das minhas irmãs.

Um dia, íamos fazer bolos brancos, para que cada uma levasse para casa uma camada com cobertura branca, assim como os bolos de casamento, a fim de decorá-la. Toda agitada, Rhonnie quebrou os dois ovos diretamente dentro da tigela e acrescentou a manteiga e o açúcar, para fazer o creme. Billie Jean gritou: “É para ser um bolo branco – sem as gemas!” Antes que as lágrimas rolassem, garanti a ambas que o bolo sairia bom; apenas teria uma cor de branco cremoso. Uma vez misturada a clara com a gema, você não pode separá-las mais. Saboreamos os bolos – o gosto ficou maravilhoso.

Assim como acontece com os ovos, não podemos “desmisturar” nossos pecados. Não podemos recuperá-los. E Deus nos conhece melhor do que ninguém. Sabemos que não podemos esconder dEle os nossos pecados. Podemos pedir perdão e, como cristãos que oram, temos a certeza de que Deus nos perdoará. Mas, como humanos, embora peçamos que alguém nos perdoe, nem sempre saberemos se o modo como magoamos a pessoa danificará permanentemente ou não o relacionamento.

Perdoar a nós mesmos é a coisa mais difícil, mas parece redundante ficar lembrando a Deus, todos os dias, os pecados que Ele já lançou nas profundezas do mar. Demonstra falta de convicção em aceitar Seu amor e sacrifício. Quando nos aproximamos de alguém para pedir perdão, queremos que a pessoa veja que estamos arrependidos, que desejamos o seu perdão.

A maioria das pessoas deseja perdoar, mas, se a dor é profunda, talvez não queira nada com você por algum tempo – ou talvez nunca mais. É aí que precisamos pedir a Deus para que, de algum modo, a pessoa saiba do nosso propósito, e orar para que ela seja curada. Ele é o único que pode “desmisturar” nossas confusões. No texto de hoje, Ele promete fazer isso.

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