sábado, 27 de outubro de 2012

Meditação da Mulher Outubro 2012

Meditação da Mulher Outubro 2012
 


27 de outubro sábado

A alegria do Senhor

 
Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Lucas 2:11, NVI

Quatro dólares e oitenta e quatro centavos – nem tanto dinheiro assim para um CD de Natal; então, por que simplesmente não deixar isso de lado e suspender a procura?

Algum tempo antes, enquanto o mês de outubro ainda ostentava folhas de outono, eu me havia acomodado junto à lareira, sentindo o aroma de velas perfumadas e ouvindo meu CD novo. Algumas noites depois, meu esposo e eu assistimos a um concerto. Num programa da escola, nosso cupom foi sorteado e nos deu o direito de desfrutar um passeio com um moderno automóvel de uma locadora da cidade. Às vezes, ele já vem com um CD, mas desta vez levamos nossa própria música, meu novo CD de Natal. Foi uma grande noite.

O dia seguinte raiou com uma longa lista de coisas por fazer. Mas onde estava meu CD novo? Olhei atrás das caixas de som. Ali não estava. Com certeza, devia ter ficado no carro. Liguei para a locadora – nenhum CD. A procura girou mais em torno do mistério do que da localização. O CD podia ser substituído.

Minha filha telefonou no dia seguinte, sugerindo que fizéssemos uma caminhada e depois fôssemos ao Walmart para comprar outro CD. Você adivinhou – não sobrara nenhum. Eu tinha uma agenda e um monte de coisas por fazer, mas, por alguma razão, fiquei ali, perdida e imóvel.

Querido Senhor, a caça ao CD é tolice. Não preciso dele. Mas, de alguma forma, não é mais pelo CD que estou procurando. Quero encontrar a Ti. Meus dias têm sido assoberbados, empurrando para o lado meus pensamentos. Meu filho anda por aí, o emprego do meu esposo está por um fio, minha saúde é frágil e meus amigos parecem distantes. Senhor, seria da Tua vontade conceder-me este pequeno sinal que diz respeito apenas a mim, e a ninguém mais? Ah, como preciso sentir Tua presença, Senhor! Amém.

Alguns momentos mais de procura e então, por alguma razão desconhecida, abri a porta. Ali, no meio do chão da varanda, estava o CD perdido. Naquele pequeno disco, vi meu Deus como um Ser tremendo. Acabava de tomar consciência de que Ele ama meus filhos mais do que eu mesma. Ele cuida do emprego do meu esposo, da minha família e de cada parte da minha vida. Ainda no mês de outubro, dedico a você meus pensamentos de Natal: “a alegria do Senhor é a vossa força” (Neemias 8:10).

Judy Good Silver

28 de outubro domingo

Beleza disfarçada

Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. 2 Coríntios 11:3

Embora houvesse saído da cidade em numerosas ocasiões para visitar familiares e amigos, eu deixava de perceber as diferenças extremas entre a vida na cidade e na área rural. Desde que me mudei para o campo, tenho contato com animais que não são geralmente vistos numa cidade. Vejo muitas aves de diferentes espécies. O ar é muito mais puro e há menos barulho.

Recentemente, eu falava com Bob ao telefone sobre levar um pacote ao meu filho André, já que Bob e a esposa Tina iriam visitá-lo. “Pode, por favor, esperar um minuto?” perguntei.

“Sim”, respondeu Bob. Acendi a luz e desci correndo a escada até o porão, a fim de buscar outro item para mandar ao André. Quando estava a ponto de pisar no chão do porão, parei no último degrau olhando algo que parecia um belo colar preto com lustrosos ornamentos vermelhos, sobre o carpete recentemente instalado. Não tenho colares, pensei, e ninguém me visitara ultimamente usando colar. Olhando outra vez, dei-me conta de que simplesmente não era um colar – era um filhote de cobra, com cerca de trinta centímetros de comprimento. Disse a Bob que tornaria a telefonar, pois havia uma cobra no porão.

Bob sugeriu que eu a colocasse dentro de um vidro. Rapidamente encontrei um vazio e peguei um graveto na lareira. A cobra se contorcia e retorcia e fez tudo o que pôde para evitar ser confinada ao vidro. Por fim, após uns cinco minutos tentando capturar o réptil, coloquei o vidro em cima dele. Isso expôs seu belo ventre cor de laranja.

Pensei em Eva e em como fora iludida por Satanás. Que bela criatura mortífera! É assim que o pecado se apresenta. O pecado é mortal e muitas vezes vem lindamente enfeitado, chegando de modo inesperado e sob disfarce. Às vezes, as pessoas podem não ser tão afortunadas quanto eu. Acendi a luz e ainda estava sobre o degrau antes de pisar no porão. Mas às vezes pisamos no pecado porque não permitimos que Cristo nos ilumine o caminho. Uma vez tendo dado um passo na direção do pecado, podemos ser perdoados se nos arrependemos e pedimos perdão. Assim como a cobra foi contida num vidro, Cristo aprisionou o pecado e o selou sobre a cruz, derramando Seu sangue. Graças a Deus por Jesus!

Cora A. Walker

29 de outubro segunda

Oração de criança

Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele. Provérbios 22:6

Eu tinha apenas 6 anos de idade quando me ajoelhei ao lado da cadeira na minha classe, na igreja, e pedi que Jesus entrasse no meu coração.

Quando voltamos da igreja para casa naquela tarde, não perdi tempo em convidar minhas amigas da casa ao lado para virem brincar. No quintal, preguei meu primeiro sermão para elas,

dizendo-lhes que orassem porque Deus as amava e podia enxergá-las através do telhado! Não sei que impressão isso exerceu sobre elas no momento, mas acho que foi importante.

Aquele inverno foi particularmente rigoroso. Como sempre, fui a primeira da família a adoecer. Depois de eu passar três dias com febre alta e dor de garganta, mamãe e papai me levaram à clínica infantil. Ela estava extremamente movimentada naquele dia, e esperamos num cubículo por um tempo que pareceu horas. Por fim, papai foi ao balcão para saber por quanto tempo teríamos que esperar. Enquanto ele estava lá, desci da maca e espiei pela cortina o cubículo ao lado. Eu ouvira um choro vindo de lá e queria ver o que estava acontecendo. Ali, sobre a maca, estava sentado um adolescente; um médico estava enfiando uma longa agulha no nariz dele. Isso me assustou tanto que me afastei da cortina e voltei para a maca, tremendo. “Por favor, Deus”, orei, “não deixes que ele faça isso comigo. Por favor, manda o doutor embora ou me deixa ir para casa.”

Meu pai voltou e disse que não havia encontrado ninguém no balcão. Assim que ele se assentou, uma enfermeira entrou no cubículo e disse: “O médico foi chamado para uma emergência, e vocês terão que voltar amanhã, ou então dirigir-se ao pronto-socorro.” Garanti ao meu pai que eu estava me sentindo melhor e fomos para casa. Daquele dia até hoje, estou convencida de que o Senhor ouviu minha oração. Através dos anos, quando fico desanimada, penso em como Deus respondia às minhas orações de criança e como minhas dúvidas e apreensões desapareciam.

Deus tem respondido a muitas das minhas orações desde então – nem sempre do modo como desejei. Mas entendi que Ele fez o melhor.

Muito obrigada, Senhor, por teres respondido à minha oração de criança, tanto tempo atrás. Sei que tens sempre pleno conhecimento de nossa vida e estás disposto a auxiliar em tempos de necessidade. Amém!

Margaret E. Fisher

30 de outubro terça

Um cântico de graças

E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. Efésios 4:7

Vários anos atrás trabalhei como coordenadora de encaminhamento hospitalar. Não trabalhava diretamente com os pacientes; apenas os conhecia pelo que os membros de outra equipe me informavam. Fiquei emocionada quando nossa coordenadora voluntária parou, certa manhã, e me perguntou se eu poderia cantar para uma paciente internada que gostava muito de hinos.

A Sra. Morris era uma dama encantadora. Aparentava estar bem, e não alguém morrendo de uma doença terminal. Estava muito lúcida, contente, sentada numa espreguiçadeira, com uma manta de crochê no colo.

A princípio, conversamos um pouco, a título de apresentação. Rapidamente descobri que ela era dotada de muito conhecimento de música. Gostava, especialmente, da história da música de igreja e dos clássicos sacros. Também gostava de corais e havia cantado em muitos, ao longo dos anos. Sugeri alguns hinos que poderíamos cantar juntas, para começar, mas ela me interceptou, escolhendo os hinos que queria, do seu hinário. “Hoje”, anunciou ela, “vamos cantar hinos de ação de graças!”

Assim fizemos. Cantamos por quase uma hora. “Graça Excelsa”, “Gratidão” e assim por diante. Eu cantava soprano e ela se harmonizava comigo. Cantamos até a hora do jantar. Ajudei-a a tomar a refeição, depois li uma passagem da Bíblia, no Salmo 91, e fizemos oração. Foi uma hora muito abençoada.

“Você virá outra vez?” perguntou ela, enquanto eu me preparava para sair.

Claro que viria! Assim, quando a visitei, duas semanas mais tarde, levei dois dos membros do meu coral para cantarem comigo. Mas a Sra. Morris não estava sentada. Seu estado declinava e ela estava quieta, deitada na cama, como uma flor murchando. Entristeci-me ao vê-la daquela maneira, e fiquei ali por algum tempo, sem dizer nada. Ela olhou para mim e deu um fraco sorriso. Eu sabia que ela não poderia cantar conosco. Em voz baixa, cantamos três hinos e saímos do quarto, enquanto ela dormia. Ela faleceu uma semana depois.

Às vezes é bom, para nós, entrarmos no mundo de alguém, mesmo que só por um momento. Sempre encontraremos Deus ali, e, quem sabe, um cântico de graças.

Márcia R. Pope

31 de outubro quarta

A inundação que não chegou

Trazei todos os dízimos à casa do tesouro. [...] Por vossa causa, repreenderei o devorador [...] diz o Senhor. Malaquias 3:10, 11

Quando eu tinha aproximadamente 10 anos, nossa casa precisou de um telhado novo. Minha mãe fez os arranjos com um empreiteiro para começar o trabalho no domingo seguinte. Esse também seria o dia em que ela ira à cidade a fim de adquirir mercadorias para nosso comércio. A equipe que trocaria o telhado chegou bem cedo e começou a trabalhar logo.

Havia chovido quase todos os dias por uma semana – desde pancadas leves de alguns minutos até chuvas pesadas e repentinas que causavam alguma inundação. Apesar disso, os homens removeram rapidamente o telhado antigo. E, como era previsível, ao olharmos para cima, vimos nuvens de tempestade se acumulando no céu. Alguns dos vizinhos começaram a prever uma calamidade, anunciando que nossa casa seria inundada, já que os operários não tinham lonas suficientemente grandes para cobrir o telhado todo. Olhei para minha mãe com medo, porque sabia que ela nos deixaria sozinhos em seguida.

Minha mãe era fiel na devolução do dízimo e assim, pondo as mãos nos quadris, ela disse: “Bem, eu sou dizimista e Deus terá uma oportunidade de cumprir Sua palavra. Ele está fazendo Seu trabalho, então me deixem fazer o meu.” Com isso, saiu. Lembro-me de ter desejado ir a algum lugar para me esconder, mas, sendo a mais velha, tentei agir como se ecoasse os sentimentos dela.

Morávamos na ribanceira ocidental de um rio muito largo. Os pedreiros agora trabalhavam febrilmente a fim de escapar do inevitável. Dentro de meia hora, o rio começou a transbordar do lado leste. As grandes gotas de chuva, batendo na água, soavam como um exército marchando na direção da nossa casa. Os vizinhos, apressadamente, retiraram-se cada um para sua casa. Eles veriam o desastre de dentro de suas casas enxutas.

Depois de uns cinco minutos, todos perceberam que não havia indício de som de chuva batendo nas telhas de zinco galvanizado. Algo incomum estava ocorrendo. Você nunca vai adivinhar! A chuva avançou para o meio do rio – e parou. Foi como se Deus houvesse dito:
“Até aqui, e não mais adiante.” Que alívio para mim, e que testemunho quanto à bondade de Deus, que manteve Sua promessa de repreender o devorador! Os vizinhos mal podiam esperar para contar o fato à minha mãe quando ela voltou para casa, e chegaram até a mandar ofertas para a igreja. Deus honra aqueles que O honram.

Vashti Hinds-Vanier

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