domingo, 23 de dezembro de 2012

Comentário da lição 13 - A renovação de todas as coisas


Comentário 13 – A renovação de todas as coisas


Felippe Amorim
Professor de História, Ensino Básico Iaene e Graduando em Teologia, Salt-Iaene, 2012
Otoniel de Lima Ferreira
D.Min. Professor de Evangelismo e Crescimento de Igreja Salt-Iaene


Introdução
Sem dúvida a maior esperança dos verdadeiros cristãos é a segunda vinda de Jesus, pois esse evento porá um fim definitivo ao sofrimento causado pela morte, doenças, separações e tantas outras coisas que nos afetam neste mundo de pecado.

O maior privilégio, no entanto, será abraçar nosso Salvador e ouvir Sua voz nos chamando pelo nome. Poderemos pedir todas as explicações sobre as dúvidas teológicas, científicas e existenciais que nos perturbam.

Deus deixou vislumbres desses momentos futuros por meio das palavras de Seus profetas. Estudaremos esse tema nas próximas linhas.

Eventos que darão início ao milênio.
O livro do Apocalipse 20:1-3 descreve os momentos iniciais do milênio. Esses eventos ocorrerão no fim do juízo investigativo, que está acontecendo neste momento no lugar santíssimo do santuário celestial. É a finalização antitípica do ministério realizado no santuário. Ellen White escreveu: “No culto típico, o sumo sacerdote, havendo feito expiação por Israel, saía e abençoava a congregação. Também Cristo, no encerramento de Sua obra de mediador, aparecerá ‘sem pecado, ... para salvação’ (Hb 9:28), a fim de abençoar com a vida eterna Seu povo que O espera. Como o sacerdote, ao remover do santuário os pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode emissário, semelhantemente Cristo porá todos esses pecados sobre Satanás, o originador e instigador do pecado. O bode emissário, levando os pecados de Israel, era enviado ‘à terra solitária’ (Lv 16:22). De igual modo Satanás, levando a culpa de todos os pecados que induziu o povo de Deus a cometer, estará durante mil anos circunscrito à Terra, que então se achará desolada, sem moradores. Finalmente, ele sofrerá a pena completa do pecado nos fogos que destruirão todos os ímpios. Assim o grande plano da redenção atingirá seu cumprimento na eliminação final do pecado e no livramento de todos os que estiverem dispostos a renunciar ao mal (O Grande Conflito, p. 485).

Logo após o fim do “grande dia da expiação” ocorrerá a segunda vinda de Cristo. Satanás fará uma falsificação desse evento: “Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt24:23-24).

Ao contrário do que alguns creem, a segunda vinda de Cristo será pública e literal, como está em Atos 1:11: “Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de vir assim como para o Céu O vistes ir”. Também será audível: “O mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro (1Ts 4:16).

A vinda de Cristo também será visível: “Como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt 24:27). Finalmente, a Bíblia descreve o momento da vinda de Jesus como algo glorioso: “O Filho do homem virá na glória de Seu Pai, com os Seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras (Mt 16:27).

Simultaneamente àvinda de Jesus à Terra e por causa dela, acontecerão alguns eventos importantes. Quando chegar o momento de Jesus sair de Seu trono e vir ao nosso planeta acontecerá aressurreição dos justos. O apóstolo Paulo descreveu esse momento: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade” (1Co15:52-54).

O evento imediatamente seguinte é a trasladação dos justos vivos. Finalmente, Satanás será preso como já lemos no início desta seção (Ap 21:1-3).

A Terra ficará desolada. Todos os justos subirão para o Céu e sobre a Terra estarão apenas os corpos dos ímpios mortos e Satanás, que não terá a quem tentar. Essa será a sua prisão (Is24:19,20; Ap 16:18-20).

“O escritor do Apocalipse predisse o banimento de Satanás e a condição de caos e desolação a que a Terra será reduzida. Ele declarou que essa condição existirá durante mil anos. Depois de apresentar as cenas da segunda vinda do Senhor e da destruição dos ímpios, continua a profecia: ‘[...] Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos’[...] E depois importa que seja solto por um pouco de tempo’” (Ap 20:1-3; O Grande Conflito, p. 658).

Durante o milênio
Passaremos mil anos no Céu com Jesus. O apóstolo João descreveu o milênio em Apocalipse 20:4-6.

Essa é a segunda grande fase do juízo de Deus, o juízo comprovativo. Os salvos deverão analisar cada caso humano. Os motivos pelos quais as pessoas foram salvas e os motivos pelos quais outras se perderam.

“Depois de serem os santos mudados para a imortalidade e tomados com Jesus, depois de haverem recebido suas harpas, vestes e coroas, e de entrarem na cidade, Jesus e os santos Se assentam em juízo. Os livros são abertos: o Livro da Vida e o Livro da Morte. O Livro da Vida contém as boas obras dos santos, e o Livro da Morte as obras más dos ímpios. Esses livros são comparados com o Livro-norma, a Bíblia, e, de acordo com esse Livroos homens são julgados. Os santos, em uníssono com Jesus, passam seu juízo aos ímpios mortos. Disse o anjo: ‘Eis que os santos, em uníssono com Jesus, assentam-se em juízo, e retribuem aos ímpios segundo as obras feitas no corpo; e aquilo que eles devem receber na execução do juízo é anotado em oposição ao seu nome.’ Vi que essa era a obra dos santos juntamente com Jesus durante os mil anos na Cidade Santa, antes que ela desça para a Terra” (Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 53).

"Jesus descerá com os santos sobre o Monte das Oliveiras, que se partirá ao meio, e se transformará numa grande planície, para nela se estabelecer o paraíso divino. O restante da Terra não será purificado antes do fim dos mil anos, ocasião em que os ímpios mortos ressuscitarão e se reunirão em torno da cidade. Os pés dos ímpios nunca profanarão a Terra renovada. Deus fará descer fogo do céu e os devorará; os queimará sem lhes deixar raiz nem ramo. Satanás é a raiz, e seus filhos são os ramos. O mesmo fogo que devorar os ímpios purificará a Terra" (Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 52).

Eventos do fim do milênio
O apóstolo João descreveu o que Deus revelou para ele a respeito do fimdo milênio, em Apocalipse 20:7-10.

A cidade santa que estava em segurança no Céu, descerá em glória: “E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do Céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” (Ap 21:2).

A segunda ressurreição ocorrerá nesse contexto. Os ímpios que estiveram mortos durante todo o milênio ressurgirão (Ap 20:5). Esse é o evento que marca a soltura de Satanás de sua prisão circunstancial.

Arregimentados por Satanás, os ímpios tentarão invadir a cidade santa. Esse será o último engano de Satanás, pois nesse momento Deus executará a terceira grande fase do juízo: O juízo executivo. “E subiram sobre a largura da Terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do Céu, e os devorou” (Ap 20:9).

A destruição estava destinada apenas para Satanás e seus anjos. Porém,todos os seres humanos que estiverem agarrados ao pecado serão destruídos com o inimigo de Deus.

“Ao fim dos mil anos, Cristo volta novamente à Terra. É acompanhado pelo exército dos remidos, e seguido por um cortejo de anjos. Descendo com grande majestade, ordena aos ímpios mortos que ressuscitem para receber a condenação. Surgem estes como um grande exército, inumerável como a areia do mar. Que contraste com aqueles que ressurgiram na primeira ressurreição! Os justos estavam revestidos de imortal juventude e beleza. Os ímpios trazem os traços da doença e da morte” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 662).

“Depois que se concluiu o juízo dos ímpios, no fim dos mil anos, Jesus deixou a cidade; e os santos, bem como um cortejo do exército angélico, O acompanharam. Jesus desceu sobre uma grande montanha, a qual se abriu de alto a baixo, tão logo Seus pés a tocaram, e se tornou uma grande planície. Então, olhamos para cima e vimos a grande e bela cidade, com doze fundamentos e doze portas, três de cada lado e um anjo em cada porta. Exclamamos: ‘A cidade! Agrande cidade! Vem descendo de Deus, do Céu!’E ela desceu em todo o seu esplendor e deslumbrante glória, e fixou-se na grande planície que, para ela, Jesus havia preparado” (Ellen G. White, História da Redenção, p. 416, 417).

A nova Terra
Depois de todos esses eventos, finalmente poderemos usufruir para sempre a Terra renovada. Teremos um planeta perfeito, a vida perfeita e nunca mais sofreremos nenhuma consequência do pecado.

“Um receio de fazer com que a herança futura pareça demasiadamente material tem levado muitos a espiritualizar as mesmas verdades que nos levam a considerá-la nosso lar. Cristo afirmou a Seus discípulos haver ido preparar moradas para eles na casa de Seu Pai” (O Grande Conflito, p. 674 e 675.)

“O Céu é um lugar agradável. Anseio ali estar, e contemplar meu amorável Jesus, que por mim deu Sua vida, e achar-me transformada à Sua imagem gloriosa. Oh! Quem me dera possuir linguagem para expressar as glórias do resplandecente mundo vindouro! Estou sedenta das águas vivas que alegram a cidade de nosso Deus! O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas, e um anjo me acompanhou da cidade a um lugar brilhante e glorioso. A relva era de um verde vivo, e os pássaros gorjeavam ali cânticos suaves. Os habitantes do lugar eram de todas as estaturas; nobres, majestosos e formosos. Ostentavam a expressa imagem de Jesus, e seu semblante irradiava santa alegria, que era uma expressão da liberdade e felicidade do lugar. Perguntei a um deles por que eram muito mais formosos que os da Terra. A resposta foi: ‘Vivemos em estrita obediência aos mandamentos de Deus, e não caímos em desobediência, como os habitantes da Terra’. Vi então duas árvores. Uma se assemelhava muito à árvore da vida, existente na cidade. O fruto de ambas tinha belo aspecto, mas o de uma delas não era permitido comer. Tinham a faculdade de comer de ambas, mas era-lhes vedado comer de uma delas. Então, meu anjo assistente me disse: ‘Ninguém aqui provou da árvore proibida; se, porém, comessem, cairiam’. Então, fui levada a um mundo que tinha sete luas. Vi ali o bom e velho Enoque, que tinha sido trasladado. Em sua destra tinha uma palma resplendente, e em cada folha estava escrito: ‘Vitória.’ Pendia-lhe da cabeça uma grinalda branca, deslumbrante, com folhas, e no meio de cada folha estava escrito: ‘Pureza’, e em redor da grinalda havia pedras de várias cores que resplandeciam mais do que as estrelas, e lançavam um reflexo sobre as letras, aumentando-lhes o volume. Na parte posterior da cabeça havia um arco em que rematava a grinalda, e nele estava escrito: ‘Santidade.’ Sobre a grinalda havia uma linda coroa que brilhava mais do que o Sol. Perguntei-lhe se esse era o lugar para onde fora transportado da Terra. Ele disse: ‘Não é; minha morada é na cidade, e eu vim visitar este lugar.’ Ele percorria o lugar como se realmente estivesse em sua casa. Pedi ao meu anjo assistente que me deixasse ficar ali. Não podia suportar o pensamento de voltar a este mundo tenebroso. Disse então o anjo: ‘Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os 144 mil, terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus’ (Primeiros Escritos, p. 40-41).

Finalmente, um dos textosmais bonitos dos escritos de Ellen White se tornará uma realidade: “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor” (Grande Conflito, p. 678).



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