domingo, 23 de dezembro de 2012

Inspiração Juvenil 2012 - Histórias para uma vida


Inspiração Juvenil 2012

Sábado 1º de dezembro

Telhas ou Crepúsculos


Escolhei, hoje, a quem sirvais. Josué 24:15

Em pé, na ondulante campina de uma fazenda, Tiago esboçava a gloriosa paisagem que se estendia diante de seus olhos. Com o pincel na mão, concentrava-se no quadro que emergia na tela. O sol se punha, lançando uma cintilação dourada sobre as árvores e dando a impressão de que a terra pegava fogo.

Em primeiro plano, via-se um velho celeiro, em ruínas, contra o fundo do crepúsculo. Tiago apertava os olhos contra a luz, ao esforçar-se para captar o padrão intrincado da disposição das telhas de madeira no telhado do celeiro. Algumas estavam faltando, e ele queria ter certeza de retratar tudo corretamente.

Durante 15 minutos, William Hunt, seu professor de arte, observou Tiago pintando o telhado do velho celeiro. Todo o céu poente estava em fogo. Ele observou que as cores passavam de um brilhante carmesim para um dourado de tirar o fôlego.

Por fim, o Sr. Hunt disse em voz baixa:

– Filho, se você gastar muito tempo nesse telhado, não conseguirá pintar o pôr do sol, pois as cores mudam rapidamente. Em pouco tempo, estará escuro. Você terá de escolher entre as telhas e o pôr do sol. Qual é a sua escolha?

Tiago tirou os olhos da paleta. Engoliu em seco, ao ver a beleza que se espraiava diante dele. Seu rosto refletia as cores do entardecer, enquanto ele tomava o pincel e dizia com repentino discernimento:

– O pôr do sol, senhor. Escolho o pôr do sol.

A vida estende-se diante de nós como um glorioso quadro. O que escolheremos pintar? Em que focalizaremos a atenção? Em celeiros ou no crepúsculo? Em coisas que realmente importam ou nas que são triviais? No bem ou no mal? Naquilo que é eterno ou no que é terreno?

As escolhas que você faz hoje são vitalmente importantes. Os amigos que escolhe terão muito a ver com sua vida – tornando-a um esplêndido crepúsculo ou um velho celeiro sem graça. Os amigos podem levá-lo a concentrar-se naquilo que é passageiro, ou conduzi-lo para mais perto das coisas celestiais. Todos os dias você precisa escolher entre o celeiro e o pôr do sol.

Escolhendo Amigos
Diariamente temos escolhas a fazer. Elas podem determinar nossa felicidade aqui e no futuro.

Domingo 2 de dezembro


O Desafio


Eis que tenho procedido como louco e errado excessivamente. 1 Samuel 26:21

– Você sabia que, se tiver 17 anos de idade, pode alistar-se na Marinha sem precisar da permissão de seus pais? – perguntou Luís.

– Mesmo? – surpreendeu-se Guilherme.

– É sim. E eu vou me alistar. Meus pais querem que eu espere três meses até minha formatura, mas a guerra está em andamento e quero ir agora. Dentro de três meses, já terei concluído o treinamento e saído para o mar. Vou fazer o alistamento amanhã.

– Que maravilha!

– Vá comigo, Guilherme. Vamos vencer a guerra juntos. Vai ser uma aventura!

– Achei que teria de esperar para ser recrutado ao completar os 18 anos – respondeu Guilherme.

– Isso é bobagem! – Luís começava a ficar zangado. – Se esperar os 18 anos, vão lhe dar os piores trabalhos. Se você se alistar agora, vai poder fazer aquilo que for da sua escolha. Eu vou trabalhar num porta-aviões.

– Parece emocionante – hesitou Guilherme. – Mas não gosto da ideia de não contar a meus pais. Além disso, só vou completar meus 17 anos daqui a três dias.

– OK, então eu espero os três dias para você ir comigo – concordou Luís. – Ou será que você está com medo?

– Não tenho medo nenhum! – negou Guilherme. – Aceito o desafio.

Durante três dias, Guilherme não conseguiu pensar em nada além do seu alistamento. Dizia consigo mesmo: “Eu deveria ter dito ‘não’. Isso é insensato. Não quero ir, e deixei Luís me enrolar. Estou assustado, mas não vou retroceder agora. Ele riria de mim.”

Finalmente chegou o momento de os dois amigos entrarem na agência dos correios e se dirigirem à sala onde a Marinha estava recebendo as inscrições. Preencheram alguns formulários e foram fazer os exames médicos. Guilherme foi chamado primeiro. Dentro de alguns minutos, estava diante do oficial e fez o juramento da Marinha. Depois, ficou esperando por Luís.

Luís saiu da sala furioso.

– Não passei nos exames médicos – disse ele. – Não vão me aceitar.

Dentro de alguns dias, Guilherme precisou partir. Muitas vezes, durante o treinamento, arrependeu-se da decisão de aceitar o desafio de Luís.

scolhendo Amigos
Uma escolha apressada pode afetar a vida durante muitos anos. Pense antes de acompanhar um amigo por um caminho que você não quer trilhar.

Segunda 3 de dezembro


A Força de Mohandas


Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens. Atos 24:16

Certo dia, em sua escola indiana, Mohandas Gandhi e um amigo conversavam acerca do povo que governava a Índia na época.

– Por que você acha que os ingleses estão aqui para governar-nos? – perguntou Mohandas.

– Por que são mais fortes do que nós – respondeu o amigo.

– O que os torna mais fortes? – quis saber Mohandas.

– A carne – respondeu o amigo. – Os ingleses comem carne, e os hindus são vegetarianos.

– Mas você é forte e é um hindu.

O amigo riu.

– Não diga nada a ninguém, mas como carne secretamente. Vá até a minha casa qualquer dia, e vou lhe dar um pouco de carne. Então você também ficará forte!

Mohandas pensou: “Talvez ele tenha razão. Ele é alto, forte e um fantástico corredor. Eu sou baixo, magrinho e não consigo correr bem.
Talvez ele tenha encontrado o segredo da força.”

– Vou lá amanhã – concordou Mohandas. – Vou aceitar um pouco de carne. Quero ver se ela me deixa forte.

Na tarde seguinte, depois da aula, os dois amigos foram a um lugar calmo junto às margens do rio. O amigo desenrolou um pacotinho entre seu material escolar e ali estavam dois pedaços de carne de carneiro temperados. Mohandas observou seu amigo, que mordeu um pedaço e o mastigou com prazer.

– Vamos, seu bobo! – riu o amigo. – Está querendo continuar fraquinho a vida toda?

Mohandas deu uma mordida e começou a mastigar a porção rapidamente. Não gostou do sabor, mas esforçou-se para engoli-lo, imaginando o tempo todo quão forte se tornaria.

Naquela noite, sentiu como se o animal lhe estivesse chutando o estômago, impedindo-o de dormir. Sua consciência também o importunava.

Antes do amanhecer, Mohandas decidiu: “Nunca mais. Se algum dia deveremos vencer os ingleses, terá de ser de outra maneira, porque minha consciência não me permitirá matar ou comer carne.”

Mohandas Gandhi cresceu e tornou-se Mahatma Gandhi, o grande mestre da não violência e líder de um movimento que trouxe à Índia a libertação do domínio inglês. Sua força adveio de ter seguido a própria consciência.

Escolhendo Amigos
Precisamos avaliar as sugestões de nossos amigos à luz daquilo que nossa consciência diz ser o correto.

Terça 4 de dezembro


Pressão do Grupo


Temeram as multidões. Mateus 21:46

Você já percebeu que muitas vezes agimos de modo diferente quando estamos numa multidão? O grupo tem uma capacidade incrível de pressionar os indivíduos. Se todos acham que está bem, somos tentados a acompanhar. Algumas vezes preferimos fazer algo errado a passar pela experiência de ver outros zombando de nós.

Todos nós enfrentamos a pressão do grupo, mais cedo ou mais tarde, e precisamos tomar uma decisão. Não foi exceção um menino de 12 anos de idade, chamado Horatio Nelson (que mais tarde se tornou o Almirante Nelson, famoso por causa da batalha de Trafalgar). Aconteceu pouco depois de ele se transferir para uma nova escola na Inglaterra. Um grupo de garotos conversava.

– Estou com fome – disse um. – O que eu não daria por uma pera suculenta!

– Eu sei onde podemos conseguir algumas – sugeriu outro. – Há uma árvore carregadinha no quintal do diretor da escola.

– É mesmo! Por que não vamos lá apanhar algumas? – disse um terceiro, estalando os lábios. – Quem tem coragem de ir?

A maioria balançou a cabeça negativamente. Um respondeu:

– E ser castigado pelo diretor ou, pior ainda, expulso da escola? Não contem comigo.

– Você está com medo – desafiou alguém.

– Claro que estou com medo – respondeu o outro. – Todos estão.

– Eu não – anunciou Horatio, vendo ali a oportunidade de provar seu valor diante do grupo. – Qual é o problema? Você quer peras? Eu sou a pessoa indicada.

Naquela noite, dois de seus amigos fizeram uma corda com lençóis e baixaram Horatio pela janela do quarto. Seu coração disparava. Pé ante pé, avançou pelas sombras, passou pelo portão do quintal e chegou à pereira. Encheu os bolsos e a camisa com peras, e subiu para o quarto com a ajuda dos amigos.

Todos o rodearam enquanto ele distribuía as peras.

Alguém percebeu que ele não guardou nenhuma para si.

– Você não quer? – perguntou o amigo.

– Não. Só fui lá porque vocês todos estavam com medo – disse Horatio. – Não quero pera nenhuma. – A verdade era que Horatio estava sentindo a repreensão de sua consciência, sabendo que tinha feito algo errado.

Escolhendo Amigos
Você já fez alguma coisa insensata só porque quis impressionar a multidão? Submeter-se à pressão do grupo não costuma ser a melhor escolha.

Quarta 5 de dezembro


O Caminho Errado


[…] Te propus a vida e a morte; […] escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência. Deuteronômio 30:19

Uma jovem assistente social subiu as escadas do prédio de apartamentos no subúrbio e bateu em uma das portas. Um homem embriagado cambaleou em direção à porta e abriu-a de supetão.

– O que você quer?

A moça estremeceu diante daquela saudação grosseira.

– É o Sr. Czolgosz? – perguntou ela.

– Sou eu mesmo. O que deseja?

– É sobre seu filho, Leon. Gostaria de convidá-lo para um programa especial para as crianças, na igreja. Haverá histórias da Bíblia e coisas interessantes para fazer, e achamos que ele gostaria de participar. O senhor permite que ele vá?

O homem fechou a cara.

– Não há necessidade de Bíblia nenhuma – disse ele. – Meu filho não vai para a igreja. – E bateu a porta.

Ele não sabia, mas tinha tomado uma decisão acerca do caminho que seu filho seguiria a partir de então, um caminho que o afastava de Deus e o conduzia para a morte.

Leon cresceu nos becos e ruas do subúrbio. Seus amigos eram uma turma “da pesada”, sempre fugindo da polícia. Quando cresceu, passou a fazer parte de uma gangue que queria causar transtornos para o governo.

No dia 5 de setembro de 1901, Leon uniu-se a uma enorme multidão que se reunira em Buffalo, estado de Nova York, para ouvir o discurso de William McKinley, então presidente dos Estados Unidos. Leon abriu caminho entre a multidão até chegar ao início da fila que esperava para apertar a mão do presidente.

Quando chegou sua vez, estendeu a mão esquerda para cumprimentá-lo. Sua mão direita segurava um revólver coberto com um lenço. Ele puxou o gatilho e o presidente caiu para a frente, fatalmente ferido pela bala assassina.

A vida de Leon poderia ter acabado de modo diferente, se seu pai tivesse escolhido outro caminho anos antes. A certa altura, Leon também escolheu esse caminho, e seus amigos ajudaram a mantê-lo nele.

Escolhendo Amigos
Que caminho você escolherá – o caminho da vida ou o da morte? Os amigos fazem diferença no sucesso ou fracasso de nossa vida.

Quinta 6 de dezembro


Amor ou Verdade?


Escolhi o caminho da fidelidade. Salmo 119:30

Sara suspirou, sentada na frente de sua amiga Catarina.

– Estou com um problema e não sei o que fazer – começou ela. – Gosto demais do Jáder. É tudo o que sempre quis num homem, com exceção de uma coisa, a bebida. Ele não é alcoólatra e nunca o vi bêbado. É uma boa pessoa, mas a bebida é um tipo de símbolo de algumas ideias dele. Não tem interesse em Deus e em coisas espirituais. Sabe o que quero dizer?

– E parece que isso a está incomodando um bocado – confirmou Catarina com a cabeça.

– Incomoda mesmo – continuou Sara. – Às vezes, eu me pergunto se Deus está tentando dizer-me que devo romper com Jáder.

– Pode ser – disse Catarina. – O que a faz pensar assim?

As lágrimas brilharam nos olhos de Sara.

– Acho que não poderia ser leal a minha fé e a Jáder ao mesmo tempo. Por mais que eu o ame, meu relacionamento com Deus é ainda mais precioso. Obrigada, Catarina. A conversa com você me ajudou a enxergar o que devo fazer.

– E o que é?

– Vou romper o noivado. Se Deus quiser que eu me case com o Jáder, vai fazer com que as coisas mudem. Se não, é porque Ele tem outra pessoa para mim. Vai ser difícil, mas preciso fazer isso.

– Então vamos contar ao Senhor acerca de sua decisão – sugeriu Catarina. As duas amigas se ajoelharam.

Com lágrimas correndo pelo rosto, Sara orou: “Senhor, estou colocando meus sonhos desfeitos e meu futuro desconhecido em Tuas mãos. Sei que posso confiar que farás o melhor por mim.”

O hábito da bebida e as ideias de Jáder acerca de Deus não mudaram. Sara rompeu o noivado, como havia decidido. Um ano depois, Catarina recebeu uma alegre carta de Sara. “Quase morri ao desistir de Jáder. Mas Deus sabia que ele não era para mim. Conheci recentemente um maravilhoso homem cristão. Vamos nos casar. Como me sinto agradecida por ter confiado em Deus! Muito obrigada pelo apoio.”

Escolhendo Amigos
Deus é um Amigo em quem você pode confiar. Se puser seu futuro nas mãos dEle, Ele o guiará aos amigos que podem ajudá-lo.

Sexta 7 de dezembro


A Última Ceia


Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os Seus passos. 1 Pedro 2:21

Era o ano de 1494. A cidade era Milão, na Itália. Leonardo da Vinci deu uns passos para trás, contemplou o mural da Última Ceia, que estava pintando, e suspirou. Estava completo, com exceção das figuras de Cristo e de Judas.

“Onde encontrarei um semblante tão inocente e sublime que verdadeiramente represente a Jesus?”, refletiu ele. “E onde encontrarei um rosto tão endurecido pelo pecado e engano, que possa representar Judas Iscariotes?”

Certa manhã, no coral de uma capelinha, Leonardo viu um jovem com um rosto tão inocente e sublime, que concluiu ter encontrado seu modelo para Jesus. Durante vários dias, o rapaz posou para o grande artista. Quando a figura de Jesus foi concluída, o jovem olhou para a pintura.

– Impressionante, não é? – disse o rapaz. – Como eu gostaria de ser mesmo semelhante a Ele!

– Você pode – respondeu Leonardo. – Simplesmente Lhe siga o exemplo.

Mas a obra de arte não estava concluída. Faltava ainda a figura de Judas. Leonardo caminhou pelas ruas da cidade à procura de uma face marcada pelas linhas da amargura e do remorso. Nenhum rosto era suficientemente depravado para servir de modelo a Judas.

Meses e anos se passaram, e o mural continuava inacabado. Então, certa noite, Leonardo voltava para casa quando foi abordado por um pedinte. Ao olhar para o rosto do homem maltrapilho, viu olhos inteligentes mas anuviados pelo remorso, e uma fronte marcada por anos de iniquidade.

– Acompanhe-me – disse Leonardo com agitação. – Vou dar-lhe alimento e cama por esta noite. Preciso pintar uma figura, tendo-o como modelo. Pago bem.

Na manhã seguinte, o rude e maltrapilho mendigo sentou-se enquanto Leonardo lhe pintava a face na forma de Judas. Terminado o trabalho, o mendigo contemplou a pintura pronta. Uma lágrima lhe rolou pelo rosto.

– Não me reconhece? – chorou ele. – Sou a mesma pessoa que serviu de modelo para seu Cristo, anos atrás. Quem dera que eu tivesse seguido o seu conselho!

Escolhendo Amigos
Escolha a Jesus como seu Amigo hoje. Nunca terá motivos para arrepender-se dessa decisão.

Sábado 8 de dezembro


O “Amigo” Álcool


O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio. Provérbios 20:1

Um velho cambaleava por uma rua de São Francisco, levando uma garrafa de vinho barato no bolso.

– Oi, Al! – Um homem com barba crescida, caído na frente de uma loja, acenou com sua garrafa.

– Dia bonito – disse Alfred, enquanto passava trocando as pernas.

– Para onde você está indo, colega? – perguntou o homem da calçada. – Venha tomar um trago comigo.

– Estou indo para casa – disse Alfred. – A gente se vê depois.

O homem da calçada nunca mais viu Alfred. Alguém o encontrou em seu barraco, atrás da zona portuária, com uma garrafa vazia de vinho barato ao seu lado. A polícia perguntou se alguém conhecia os familiares de Alfred.

– Não sei nada a respeito dele – disse o amigo da calçada. – Nem mesmo seu sobrenome. Nunca vi seus parentes. Às vezes, eu lhe emprestava dinheiro para um traguinho, e ele sempre me reembolsava. Sempre conversava comigo. Vou sentir falta do velho Al. De que ele morreu?

– Cirrose hepática – disse o policial. – Bebeu até morrer, ao que parece.

– Pobre companheiro – disse o outro bêbado, enxugando uma lágrima no rosto. – Vou sentir falta do Al.

– Seu nome era Alfred L. Beatie – continuou o policial. – Anos atrás, era tenente da Força Aérea, graduado pela escola de aeronáutica do Texas, onde foi um dos mais promissores pilotos da nação.

– Não me diga! – disse o pobre homem, chocado. – Ele nunca falou nada sobre aviação. Foi por isso que ficou aleijado?

– Sim. Sofreu um acidente logo depois da formatura, e ninguém mais teve notícias dele. Parece que veio para cá afogar as mágoas no álcool.

O homem na calçada pegou sua garrafa.

– É, isto faz a gente se sentir melhor. Coitado do Al. Vou sentir saudade dele.

Escolhendo Amigos
O álcool, como companheiro, é uma triste escolha. Aqueles que são sábios deixam-no de lado.

Domingo 9 de dezembro


Amizade Malcheirosa


Não imites o que é mau, senão o que é bom. 3 João 11

Trudy ficou feliz ao perceber que Júlia e Lana queriam ser suas amigas. As duas pareciam ser o centro das atenções. Vestiam-se muito bem, e Trudy considerou-se uma pessoa de sorte por encontrar amigas com tanta facilidade após mudar-­se para uma nova cidade.

Então, um dia, aconteceu algo que fez Trudy reconsiderar aquela amizade. As três estavam no shopping, fazendo as compras de Natal. Tinham acabado de sair de uma loja de departamentos.

– Vejam vocês o que peguei! – disse Lana, tirando de sua bolsa uma linda echarpe de seda vermelha.

– Não vi você comprando nada! – disse Trudy.

– E não comprei mesmo, sua boba! – Peguei isso enquanto você e Júlia experimentavam as viseiras. Que movimento na loja! Foi emocionante!

– Mas isso é furto! – disse Trudy com a boca seca. – Você pode até ir para a cadeia por causa disso!

– Ah, não seja desmancha-prazeres! – disse Júlia. – A gente faz isso o tempo todo. De onde você pensa que tiramos nossas roupas incrementadas?

– Somos muito espertas para alguém nos interceptar – continuou Lana. – Vamos ensinar você.

– Não, obrigada! – disse Trudy. – Não é essa a minha ideia de diversão. A gente se vê qualquer dia.

Naquela noite, Trudy conversou com sua mãe acerca do que havia presenciado.

– Eu gosto mesmo da Júlia e da Lana, mas não quero fazer o que elas estão fazendo. Sei que é errado. A senhora acha que eu poderia mudá-las, se me esforçasse?

– Se fosse você, eu não tentaria – respondeu sua mãe. – É mais fácil fazer o que é errado quando várias pessoas o praticam. O mal é como o cigarro: fique perto dele, e começará a cheirar do mesmo jeito. Acho que eu procuraria outras amigas.

– É, eu estava pensando a mesma coisa – admitiu Trudy. – Vou continuar conversando com elas, normalmente, mas não vou andar com elas por aí. De qualquer maneira, é possível que elas nem queiram mais, depois do que aconteceu hoje. “Dize-me com quem andas, e irei te dizer quem és”, não é, mamãe?

A mãe riu, repetindo o ditado:

– “Dize-me com quem andas, e irei te dizer quem és”. “Cada qual com seu igual.”

Escolhendo Amigos
É difícil romper uma amizade, mas às vezes é o rumo certo a seguir.

Segunda 10 de dezembro

A Proposta de Crawford


Não se juntem com descrentes para trabalharem com eles. 2 Coríntios 6:14 (NTLH)

Lottie Moon, missionária na China, foi para o seu quarto a fim de ficar sozinha e reler a carta de Crawford. Uma felicidade emocionada lhe enchia o coração, enquanto lia: “Eu a amo, Lottie. Volte para sua pátria. Case-se comigo, e poderemos ir juntos para o Japão como missionários.”

Lottie e Crawford eram amigos desde que ela fora aluna dele na faculdade. Ele admirava a nobreza dela e sua facilidade para aprender idiomas. Incentivou-a a estudar grego. Os dois se correspondiam desde que ela havia chegado à China.

“Vou, sim”, pensou Lottie. “Eu o amo muito. Querido Senhor, sou Tua em primeiro lugar. Se isso não for de Tua vontade, ajuda-me a saber.”

Foram feitos os planos para o casamento na primavera. Lottie avisou à mesa administrativa da Missão que estaria deixando a China. Já estava até planejando seu trabalho na Universidade de Harvard, onde Crawford era professor. No tempo oportuno, os dois iriam para o Japão.

Havia um problema só, e ele insistia em intrometer-se nos planos de casamento de Lottie. Crawford não acreditava na inspiração da Bíblia. Ria-se da ideia de que Deus havia criado o mundo em seis dias, e de que a Terra tinha apenas poucos milhares de anos de existência. Cria na teoria da evolução, que ensina que a vida na Terra evoluiu durante milhões de anos e que os seres humanos vieram de antepassados simiescos.

“Como posso viver o resto da minha vida com alguém que crê de modo diferente?”, pensava Lottie. “Sei que ele não sente a mesma vontade que eu, de trabalhar no campo missionário. Isso não poderia ser um problema nos anos futuros? Acabarei quebrando meu concerto com Deus a fim de manter meu voto matrimonial com Crawford?”

Depois de muita oração e luta, Lottie rompeu o noivado. Anos mais tarde, alguém lhe perguntou se ela se arrependia daquela decisão. Disse Lottie:

– Deus é o primeiro a ter direito sobre a minha vida. Já que os dois entravam em conflito, não podia haver dúvida quanto ao resultado.

Escolhendo Amigos
“A menos que desejes ter um lar de onde nunca se levantam as sombras, não te unas com um homem que é inimigo de Deus” (Mensagens aos Jovens, p. 440).

Terça 11 de dezembro

Visitante Semanal


Não vos embriagueis com vinho. Efésios 5:18

A sineta tocou no colégio. As portas se abriram, e uma inundação de adolescentes alegres encheu os corredores. Bill Coleman encaminhou-se para o ginásio de esportes.

Um longo corredor ligava o prédio escolar e o ginásio. Nos dois lados do corredor havia quadros de atletas famosos que tinham sido alunos daquela escola. Eram estrelas do esporte nos últimos 40 anos. Bill nunca prestou muita atenção àqueles quadros. Não havia ali ninguém que ele conhecesse.

Caminhando com pressa pelo corredor, quase colidiu com um idoso senhor de cabelos grisalhos e ombros curvados. As roupas dele eram antigas, mas limpas e bem passadas. Um charuto estava preso entre seus dedos. O homem ficou ali, olhando os quadros na parede.
– Com licença – disse Bill.

O homem parecia não ter notado Bill nem os outros alunos que por ele passavam, como um rio que contorna uma pedra. Simplesmente ficou ali parado, olhando os quadros.

Depois daquilo, Bill observou que o velho do charuto aparecia naquele corredor uma vez por semana. “Que homem estranho!”, pensou Bill. “Por que será que ele vem aqui?”

– Já viu aquele velho no corredor? – perguntou Bill a seu professor, certo dia. – O que ele vem fazer aqui?

– É uma história triste – disse o professor. – Ele foi aluno aqui. Para falar a verdade, era um astro do atletismo. Alguns de seus recordes ainda não foram superados até hoje. Era um bom aluno e planejava ir para a universidade. Todos achavam que seria um grande sucesso na vida.

– Ah, é? Mas o que aconteceu? – perguntou Bill. Era óbvio que o homem não parecia muito bem-sucedido agora.

– Na noite da formatura, foi festejar e beber um pouco, junto com um grupo de amigos. Apertaram-se dentro de um carro e partiram para a rodovia. Aconteceu um acidente. Ninguém se feriu muito, a não ser o homem do corredor.

Então Bill entendeu por que o velho vinha olhar seu quadro na parede. Tentava recordar como tinham sido as coisas antes daquela festa. Pensava no sucesso que poderia ter conquistado.

Escolhendo Amigos
Os jovens sábios afastam-se de amigos que incluem o álcool ou as drogas em suas comemorações.

Quarta 12 de dezembro


Liberdade Para Ândrocles


Cristo nos libertou. Gálatas 5:1

Muito tempo atrás, em Roma, um escravo chamado Ândrocles fugiu de seu cruel patrão. Cansado de correr, escondeu-se dentro de uma caverna, deitou-se e adormeceu.

De repente, um rugido apavorante ecoou pela caverna. Aterrorizado, Ândrocles despertou e viu um leão. Mas em vez de saltar sobre o escravo, o leão veio mancando lentamente na direção dele. Percebendo que o leão queria ajuda, o escravo ergueu-lhe a pata machucada para ver qual era o problema. O leão esfregou a cabeça contra o ombro do escravo.

Ândrocles viu um longo espinho encravado na pata e cuidadosamente puxou-o com os dedos. O agradecido leão saltou por ali como se fosse um filhotinho e lambeu as mãos e os pés do novo amigo. Naquela noite, Ândrocles e o leão dormiram lado a lado na caverna.

No dia seguinte, o leão trouxe alimento para seu novo amigo. Os dois viveram juntos e felizes por algum tempo. Então, um dia, os soldados descobriram o esconderijo do escravo e levaram-no de volta para Roma.

Ândrocles foi condenado a lutar com um leão faminto, como era costume naquele tempo. Milhares de pessoas foram à arena para ver a luta. Quando o leão entrou rugindo, a multidão aplaudiu-o como os torcedores de futebol vibram diante de sua equipe.

Ândrocles, tremendo de medo, deu repentinamente um grito de reconhecimento ao ver o leão que avançava em sua direção. A enorme fera parou de súbito e ficou completamente imóvel, enquanto Ândrocles colocava o braço ao redor de seu pescoço. O leão, a seguir, deitou-se e lambeu os pés do escravo.

A multidão fez silêncio total. O que significava tudo aquilo? Ândrocles contou a história de sua amizade na caverna. Uma grande aclamação ergueu-se do estádio: “Que ele viva e seja livre!”

Assim, Ândrocles e o leão foram libertados pelo imperador e viveram juntos em Roma por muitos anos – livres pelo poder da amizade.

Quinta 13 de dezembro


Disposto a Morrer


[Cristo] morreu por nós para podermos viver com Ele. 1 Tessalonicenses 5:10 (NTLH)

Assim que seu pai entrou com o carro na garagem, Jimmy correu-lhe ao encontro. Naquela manhã, o pai havia levado Bobby, o irmãozinho de Jimmy, para o hospital, depois de um grave acidente.

– Como está o Bobby? – perguntou o menino. – Ele vai viver?

O pai colocou o braço ao redor dos ombros de seu filho.

– Ele perdeu bastante sangue – disse o pai. – O médico disse que você precisa doar um pouco de sangue para que Bobby possa viver. Você está disposto a fazer isso, Jimmy?

– Claro que sim, papai!

– Então entre no carro. Precisamos voltar correndo para o hospital. Cada minuto é importante.

Jimmy ficou em silêncio durante todo o trajeto para o hospital. Estava assustado. Não entendia como poderia dar seu sangue para ajudar Bobby, e tinha vontade de saber se aquilo doeria.

Seu pai também dirigia em silêncio. Estava preocupado com Bobby. Esperava que aquilo que o médico havia dito fosse verdade – que o sangue de Jimmy pudesse salvar a vida de Bobby. Era assustador ver seu pequenino tão machucado, sem saber se viveria ou morreria. Nem sequer pensou no que Jimmy pudesse estar sentindo.

Chegando ao hospital, Jimmy quis perguntar a sua mãe algo que o estava preocupando, mas não houve tempo. Uma enfermeira vestiu-o com um roupão de hospital e conduziu-o à sala de cirurgia, onde o irmãozinho estava deitado. Inseriram uma agulha no braço de Jimmy. Ele observava enquanto o sangue de seu braço subia pelo tubinho e entrava no de seu irmão.

Por fim, Jimmy não suportou mais. Olhou para cima, para o médico, e perguntou:

– Quando é que eu vou morrer, doutor?

Sua mãe começou a chorar. Uma das enfermeiras também. Seu pai piscou, e o médico disse:

– Enfermeira, dê-me uma toalha. Entrou alguma coisa no meu olho.

Nenhum deles se lembrara de explicar a Jimmy que ele não iria morrer ao doar sangue para uma transfusão. Ele não havia entendido, mas também não se importava. Jimmy estivera disposto inclusive a morrer, a fim de salvar seu irmãozinho.

Escolhendo Amigos
Jesus fez mais do que isso por nós. Não só Se dispôs a morrer, como na realidade morreu para que pudéssemos viver para sempre.

Sexta 14 de dezembro


Amor Materno


Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16

Aconteceu há várias décadas, durante a Segunda Guerra Mundial. Todas as noites, os aviões inimigos voavam sobre Liege, na Bélgica, despejando bombas que incendiavam a cidade. Naquela noite, as pessoas se amontoaram nos porões e abrigos subterrâneos, perguntando-se se alguém sobreviveria ao pior ataque aéreo que já haviam presenciado.

A luz do dia revelou centenas de edifícios em ruínas, com muitas pessoas mortas ou gravemente feridas, presas entre os escombros. Os gritos das pessoas presas enchiam as ruas, e em breve dezenas de sobreviventes afastavam as pedras, tentando ajudar alguém cujos gemidos podiam localizar.

Os lamentos de pessoas apavoradas, à procura de seus queridos, misturavam-se com os clamores por socorro daqueles que não conseguiam desvencilhar-se dos escombros.

A população de Liege trabalhou muitos dias, tentando resgatar quem ainda estivesse vivo. No quarto dia, as equipes de resgate começaram a trabalhar em mais um prédio. Quando principiaram a escavação, ouviram os gritos de uma criança:

– Por favor, me ajudem! Estou com sede! Quero água!

O dia estava muito frio, e só depois de muitas horas chegaram ao local onde estava a criança. Não sabiam se ainda estaria viva. Começaram a falar com ela, na esperança de que se apegasse à vida até que pudessem retirá-la.

– Água – dizia ela. – Quero água.

– Como é possível estar alguém vivo sob um monte tão grande de escombros? – perguntou alguém, enquanto continuava a escavação.

Quando os membros da equipe de resgate removeram a última laje, encontraram um menino ainda consciente, com apenas alguns arranhões.

– Água – choramingava. – Quero água.

– Impressionante! – exclamou alguém. – Como pode ser? – Examinando mais de perto, entenderam. O garotinho se encontrava sob o corpo curvado de sua mãe, que o protegera como um arco do peso dos escombros e do frio do inverno.

Nos últimos segundos antes do desmoronamento do prédio, aquela mãe havia deliberadamente acolhido o filho nos braços, sabendo que seria sua única possibilidade de sobrevivência. Ela morreu para que ele pudesse viver. Ele foi salvo pelo poderoso milagre do amor materno.

Escolhendo Amigos
Não temos Amigo maior que Jesus Cristo, que morreu a fim de conceder-nos vida. Somos salvos pelo poderoso milagre do amor divino.

Sábado 15 de dezembro

O Novo Africâner


Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. 2 Coríntios 5:17

Robert Moffat estava decidido a levar o evangelho ao famoso Africâner, chefe de Namaqualand. Haviam oferecido uma recompensa de mil dólares por sua captura. As pessoas estavam aterrorizadas, porque ele havia assassinado colonizadores brancos, roubado outros e queimado suas propriedades.

– Não vá! – insistiram os fazendeiros com Moffat. – Ele vai usar sua pele para fazer tambor! Vai usar seu crânio como tigela.

– Vou, sim – disse Moffat com convicção. – O evangelho de Jesus Cristo tem o poder de transformar todas as pessoas.

– Africâner, não! – declararam os fazendeiros. – Ele é perverso demais. Não lhe dará ouvidos.

Moffat foi em frente. Logo, ele e Africâner tornaram-se amigos. Moffat construiu uma casa e uma igreja. Africâner vinha muitas vezes ouvir a mensagem do livro preto de Moffat. Finalmente, aceitou a Cristo como seu Salvador e tornou-se uma pessoa completamente diferente – bondoso, compreensivo e amável.

Moffat convenceu Africâner a acompanhá-lo numa viagem à Cidade do Cabo, para testemunhar que o poder de Deus é capaz de vencer inimizades e unir pessoas.

No caminho, Moffat parou na casa de um fazendeiro, mas deixou Africâner na carruagem. Queria contar aos poucos a notícia sobre seu novo amigo africano. Ele sabia que Africâner havia matado o tio daquele fazendeiro.

– Nem posso crer nos meus olhos! – exclamou o fazendeiro, diante de Moffat. – Achávamos que o senhor estava morto.

– Acreditaria que Africâner é agora um cristão? – perguntou Moffat.

– Não mesmo! A menos que o visse com meus próprios olhos!

– Então venha comigo – disse Moffat, piscando os olhos de expectativa. Ao se aproximarem da carruagem, Africâner desceu, tirou o chapéu e cumprimentou-o polidamente.

– Ah, Deus, que milagre do Teu poder! – exclamou o fazendeiro. – O que não pode Tua graça realizar!

Escolhendo Amigos
A amizade com Jesus é a mais poderosa que existe, porque tem o poder de mudar completamente a vida de uma pessoa.

Domingo 16 de dezembro


Colhendo Avelãs


Salvarei os teus filhos. Isaías 49:25

– Todos no carro! – ordenou o pai, certa manhã. – É tempo de colher avelãs!

– Obaaa! – gritou Lonnie. – Vai ser divertido!

Os irmãos menores, Joedy, Dallas, Rudy e Eugene contagiaram-se com a animação do irmão mais velho. Em pouco tempo, entraram sorridentes no carro da família Melashenko. A mamãe embarcou também. Naquele verão, já haviam colhido cerejas e moranguinhos com seus pais. Cada ocasião daquelas fora uma grande aventura em família.

– As avelãs vão ficar ótimas em bolachinhas para o inverno – disse a mãe. – Com a ajuda de vocês três, os irmãos mais velhos, vamos colher bastante hoje.

O pai saiu da rodovia e entrou numa estradinha de cascalho que ia até à entrada do mato. Encontrando as árvores de avelã, ele estacionou o carro num aclive da estrada.

Rudy e Eugene, que ainda tinham dois e três anos de idade, ficaram brincando no assento traseiro, enquanto o restante da família colhia as avelãs. Cansados de brincar e de esperar, os dois pequeninos adormeceram.

Enquanto isso, de maneira misteriosa, o carro começou a andar para trás. Ganhou velocidade e foi na direção de uma profunda valeta na parte inferior do aclive. Saltou por cima dela e foi parar no meio da vegetação, entre enormes pedras.

– Ai, não! Meus filhinhos! – gritou a mãe, quando viu o que tinha acontecido.

O pai pulou a valeta e descobriu que os bebês dormiam profundamente no assento traseiro. O restante da família ficou em volta da mãe, orando para que o pai conseguisse tirar o carro da valeta.

O pai ligou o motor e conduziu o carro para fora da íngreme inclinação, sem um único arranhão que contasse a história! Estacionando o carro com toda a segurança de novo, ele saiu e disse:

– Vamos ajoelhar-nos e agradecer a Deus por ter salvado a vida de Rudy e Eugene.

A família ajoelhou-se no cascalho. Os meninos viram lágrimas correndo pela face dos pais, enquanto agradeciam a maravilhosa proteção de Deus.

Segunda 17 de dezembro

A Mãe de Jane


Você será testemunha dEle para dizer a todos aquilo que você tem visto e ouvido. Atos 22:15 (NTLH)

– Quem aqui promete conduzir uma pessoa a Jesus neste ano? – perguntou o pastor May. – Se é isso o que desejam, coloquem-se em pé, por favor.

Todos continuaram sentados, como se não tivessem ouvido o que o pastor falara. Então, na primeira fila, a pequena Jane, de sete anos de idade, levantou-se e ficou o mais ereta que pôde. Depois disso, todos se levantaram também.

No fim do culto, Jane esperou sua vez de cumprimentar o pastor May.

– O senhor viu que me levantei? – perguntou ela.

– Com certeza! – respondeu ele. – Foi fabuloso!

– Acho que fiz errado – disse ela.

– Não; para mim, você fez certinho – sorriu o pastor May.

– Mas o senhor disse que deveríamos ficar em pé se quiséssemos levar uma pessoa a Jesus. Só que eu não quero ganhar uma pessoa. Quero duas: meu pai e minha mãe. Está bem assim?

– Melhor ainda! – garantiu-lhe o pastor. – Vou orar por seus pais e vou visitá-los também.

Algumas semanas mais tarde, o pastor visitou a mãe de Jane e convidou-a a ir à igreja com sua filha.

– Nem preciso ir! – disse ela. – Jane vem para casa e prega o sermão inteiro cada semana.

– Está brincando! – exclamou o pastor.

– Verdade! Ela prega! – insistiu a mãe. – Posso repetir tudo o que o senhor pregou na semana passada. E ela repetiu para o pastor tudo o que Jane havia contado. O sermão completo.

– Jane gostaria mesmo que a senhora fosse com ela – disse o pastor. – Estaremos esperando a senhora na igreja, no próximo sábado.

Jane estava toda orgulhosa no sábado seguinte, quando sua mãe entrou com ela. Depois daquilo, sua mãe a acompanhou sempre, desfrutando cada minuto de sua presença na igreja.

– Agora precisamos trabalhar com papai – disse Jane ao pastor. E assim ele foi visitar o pai dela, enquanto a igreja toda orava por ele.

Como você acha que o pai de Jane reagiu quando recebeu a visita do pastor? Vamos ficar sabendo amanhã.

Escolhendo Amigos
É simplesmente natural desejar que nossos queridos conheçam um amigo tão maravilhoso como Jesus.

Terça 18 de dezembro


O Pai de Jane


Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível. Mateus 19:26

Quando o pastor May convidou Marvin, o pai de Jane, para ir à igreja, ele recostou-se em sua cadeira e deu uma gargalhada.

– De jeito nenhum! – disse ele. – O senhor nunca me verá numa igreja!

O pastor pediu que os membros da igreja orassem por Marvin.

– É impossível persuadi-lo a acompanhar Jane, mas Deus pode fazer qualquer coisa.

Num sábado, quando se sentaram à mesa para almoçar, Jane disse:

– Papai, devemos orar antes de comer. Podemos fazê-lo?

– Não! Não sei orar. Esqueça!

– Não quero dizer que o senhor tenha de orar – explicou Jane. – Estou perguntando se posso orar. O senhor me permite orar?

– Sim, acho que está bem, se você quiser – respondeu Marvin. E ficou com os olhos abertos para ver o que Jane faria.

Ela colocou-se em pé, inclinou a cabeça e fechou os olhos. Depois agradeceu a Jesus o alimento, mas não parou aí. “Agora, Senhor, temos um problema aqui em casa, e é meu pai”, orou Jane. “Ele não quer ir para a igreja e não guarda o sábado. Não me deixa pregar para ele e não quer Tua ajuda para livrar-se dos maus hábitos.”

Marvin engoliu em seco. Não pôde mais suportar aquilo. Levantou-se na ponta dos pés e foi para o banheiro, onde se trancou. Ficou lá e chorou como um bebê. Quando conseguiu controlar-se de novo, voltou para a mesa. Jane olhou para ele com se dissesse: “Rapaz, você é osso duro de roer mesmo! Até sai da mesa na hora da oração!”

No sábado seguinte, Marvin foi à igreja e depois desapareceu. Jane e sua mãe ficaram muito preocupadas, pois ele permaneceu vários dias fora de casa.

Na sexta-feira de manhã, Marvin apareceu na casa do pastor May.

– Saí da igreja e me embriaguei – disse ele. – Quis fugir de Deus, mas não posso. Por favor, ajude-me a saber como me tornar cristão.

O pai de Jane decidiu ir à igreja depois disso. Batizou-se e foi o primeiro ancião durante muitos anos.

Escolhendo Amigos
Jesus é o mais poderoso Amigo que podemos ter. Ele é capaz de fazer qualquer coisa.

Quarta 19 de dezembro

Encontro no Bonde


O Senhor nosso Deus está com vocês. Deuteronômio 20:4 (A Bíblia Viva)

O pastor F. B. Meyer entrou num bonde em Londres e sentou-­se num banco vazio. Do outro lado, estava uma senhora idosa, de rosto triste, com uma cesta no colo.

“Ela é provavelmente uma faxineira que está voltando do trabalho para casa”, pensou o pastor Meyer.

As pessoas começaram a desembarcar. Em pouco tempo, aquela senhora e o pastor eram os únicos passageiros que restavam. Então, ela se dirigiu a ele:

– Pastor Meyer?

– Sim, posso ajudá-la? – perguntou ele.

– Sou viúva há bastante tempo – começou ela. – Minha única companheira era minha filha aleijada. Ela me dava tanta alegria! Todos os dias, quando eu voltava do trabalho, ela me recebia. Todas as noites, no escuro, eu podia estender a mão e tocá-la. Mas minha filha morreu. Fiquei só e infeliz. Estou a caminho de casa agora, mas ela não parece mais um lar, pois minha filha não está lá.

– Deus estará lá quando a senhora entrar em casa – disse o pastor Meyer. – Quando abrir a porta, diga em voz alta: “Jesus, cheguei! Sei que estás aqui!” Então, ao acender o fogo para preparar o jantar, conte a Ele os acontecimentos do dia. Converse com Ele assim como costumava conversar com sua filha. E à noite, no escuro, estenda a mão e diga: “Jesus, sei que estás aqui ao meu lado.”

O bonde chegou ao fim da linha, e o pastor e a viúva desembarcaram, seguindo direções opostas.

Vários meses mais tarde, o pastor tomou o mesmo bonde e foi alegremente cumprimentado por uma senhora que ele não reconheceu.

– Não se lembra de mim? – perguntou ela. – Sou a mulher que perdeu a filha aleijada e sentia tanta falta dela. Conversamos neste mesmo bonde.

– Ah, sim! – lembrou-se ele. – E o que aconteceu?

– Fui para casa e disse: “Jesus, sei que estás aqui!” e continuei dizendo isso. Ele Se tornou meu mais querido e constante Companheiro. Que diferença Jesus já fez em minha vida!

Escolhendo Amigos
Tem você consciência da presença de Jesus a cada momento de seu dia? Converse com Ele. Jesus é seu amigo.

Quinta 20 de dezembro

O Homem e a Chave


Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama. Salmo 40:2

– Você precisa prometer que vai deixar de pregar acerca de Jesus – disse severamente o principal sacerdote budista ao jovem.

– Não vou deixar de pregar ao povo do Tibete – declarou Sundar Singh.

– Joguem-no no poço! – ordenou o sacerdote.

Os captores arrastaram-no pelas ruas até um poço que tinha uma pesada tampa de ferro. Destrancaram-na com uma chave e removeram a tampa, empurrando-o para dentro. Ele caiu sobre algo escorregadio e suave. Ouviu quando colocaram a tampa no lugar. Ouviu também quando viraram a chave na fechadura. Ficou então em total escuridão. O mau cheiro era insuportável. Sundar Singh apalpou ao redor e percebeu que estava entre cadáveres em decomposição.

– Ajuda-me, Senhor! – gritou ele. – Não me deixes morrer sozinho aqui neste lugar horrível! Mas não importa o que acontecer, nunca me afastarei de Ti!

Durante dois ou três dias, Sundar permaneceu naquele lugar fétido, a maior parte do tempo inconsciente, vencido pela fome, sede e o cheiro nauseante de carne putrefata.

De repente, ele se sentiu plenamente acordado. Alguém estava colocando a chave na fechadura. A pessoa puxou a tampa, e o ar fresco entrou pelo poço. Sundar viu as estrelas brilhando contra o céu noturno. Pôde distinguir a forma de um homem.

– Segure bem esta corda! – disse o homem, em voz baixa.

Sundar agarrou-se à corda com firmeza enquanto o homem o puxava lentamente para fora do poço. Quando chegou ao topo, estatelou-se exausto no chão fresco. Quando finalmente conseguiu sentar-se, não havia ninguém por ali.

Os sacerdotes budistas ficaram espantados ao vê-lo pregando outra vez na praça.

– Quem foi que o libertou? – perguntaram.

– Não sei – respondeu Sundar. – Nem cheguei a ver o rosto dele.

– Alguém deve ter roubado minha chave – disse o principal sacerdote. E ergueu o molho de chaves que pendia de seu cinto. Ali estava a chave do poço. O sacerdote ficou pálido.

– Seu Deus é terrível e poderoso – disse ele. – Vá embora, para que não sejamos castigados!

Escolhendo Amigos
Jesus Cristo, o poderoso Deus do Universo, pode ajudá-lo a enfrentar qualquer  problema.

Sexta 21 de dezembro


O Misterioso Viajante Noturno


O Senhor dará instruções especiais aos Seus anjos para te protegerem em qualquer lugar. Salmo 91:11 (A Bíblia Viva)

O trem PG-16 corria velozmente pelos trilhos entre as montanhas da Pensilvânia. A lua cheia iluminava a paisagem. Bill Henry, o maquinista, segurava a válvula reguladora, e Hank, o foguista, jogava carvão na fogueira.

De repente, à luz do luar, Bill viu um homem caminhando calmamente do lado de fora, indo da frente da locomotiva para a direção da caldeira. Com a mão esquerda, segurava o corrimão; com a direita, fazia o sinal de parada cautelar.

Bill observou que o homem estava bem vestido, com um terno cinza claro e chapéu.

– Hank, você está vendo aquele homem de terno cinza aí fora?

– Estou vendo, sim! Deve ser um desocupado, pegando carona!

Bill notou quando o homem de cinza pisou no estribo que levava à cabine do maquinista. Nesse momento, ele virou o rosto. Bill viu que o homem tinha um bigode castanho. Também percebeu que, embora o trem estivesse a toda velocidade, a roupa do homem não esvoaçava. O estranho deu mais um passo e fez o sinal de parada de emergência.

Bill soltou a válvula, fez o trem frear e o expresso parou de modo estridente.

Os homens da equipe de sinalização saltaram para fora. Um deles, que estava na frente, não havia caminhado nem quarenta e cinco metros, quando viu um abismo onde deviam estar os trilhos.

– A terra cedeu! – gritou ele.

A equipe que trabalhava no trem correu para ver o enorme buraco. Bill entendeu que todos teriam morrido se não fosse o homem de terno cinza. Quis perguntar-lhe o nome, mas ele havia desaparecido!

Embora tentassem localizar o homem de cinza, ninguém o encontrou. O misterioso caroneiro tinha sumido de modo tão estranho como aparecera.

Bill Henry tem sua própria opinião acerca do homem de cinza. Entendeu naquela noite que um mensageiro celestial havia viajado de carona em seu trem.

Escolhendo Amigos
Tem você uma experiência para relatar acerca de alguma ocasião em que teve certeza de que um anjo foi enviado para ajudá-lo?

Sábado 22 de dezembro


O Cavaleiro Desconhecido


O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem e os livra. Salmo 34:7

O adolescente George Mathews havia trabalhado durante as férias de verão, vendendo livros para pagar os estudos. No fim das férias, tomou emprestados uma carroça e um cavalo para fazer as entregas.

Tudo estava indo bem, até que começou a chover. Choveu dia e noite, durante vários dias. A viagem na lama era traiçoeira. Então George chegou ao que fora um regatinho que ele podia atravessar de um salto. Agora era um rio caudaloso de uns 30 metros de largura.

“Que é que vou fazer agora?”, ponderou George. “Se eu fizer a volta até à ponte mais próxima, isso dará uns 20 quilômetros até às casas do outro lado do rio. Vou perder um dia inteiro! Acho que vou em frente.”

George conduziu os cavalos para dentro das águas revoltas. Na metade da travessia, foram apanhados por uma forte correnteza que os levou rapidamente rio abaixo. Os cavalos lutavam para manter as narinas acima da água.

“Senhor, por favor, socorre-me!”, gritou George.

De repente a carroça parou, presa numa grande pedra. Os cavalos tentaram manter-se flutuando. Começou a chover de novo. Parecia não haver saída.

“Socorro, Senhor! Não conseguiremos aguentar por muito tempo!”, orou George.

Nesse momento, alguém gritou da margem oposta.

– Precisa de ajuda?

George abriu os olhos e viu um homem a cavalo, com uma corda enrolada, presa aos arreios.

– Sim, por favor!

George pegou a extremidade da corda que o homem lhe jogou e prendeu-a na carroça. O cavalo na margem oposta puxou-a, libertando-a, e George em pouco tempo estava a salvo do outro lado.

– O senhor me salvou a vida! – exclamou George. – Muito obrigado!

– Fico contente por ter sido útil – disse o homem ao partir.

No primeiro abrigo, George abriu as caixas e viu que todos os livros estavam secos, apesar de terem sido cobertos pela água. Em todas as casas, contou a história de seu resgate, mas ninguém conhecia o cavaleiro.

“Será que fui salvo por um anjo?”, perguntava-se George.

Escolhendo Amigos
Nossos anjos da guarda são amigos poderosos enviados pelo Céu para ajudar-nos em tempo de necessidade.

Domingo 23 de dezembro


Kata Ragoso


Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o Seu anjo e me livrou. Atos 12:11

– Você fará o que eu disser! – ordenou o oficial.

– Não, senhor! – respondeu Kata Ragoso. – Minha religião e minha consciência não me permitem obedecer-­lhe.

O oficial agrediu Kata Ragoso na cabeça com seu revólver, batendo nele até deixá-lo inconsciente. Quando ele recobrou a consciência, o oficial ordenou-lhe que ficasse em pé na frente de uma árvore. Um pelotão de fuzilamento colocou-se em posição a certa distância, todas as armas apontadas para o homem desobediente. Os soldados puseram o dedo no gatilho.

– Quando eu disser “Três”, atirem! – rosnou o oficial. – Prontos? Um. Dois. … – Por algum motivo, ele não conseguia dizer a palavra “Três”.

– Um. Dois. … – assim ele tentou de novo.

Frustrado, tentou a terceira vez, mas não conseguiu passar do “dois”. Por mais que tentasse, seu maxilar parecia travado quando ia dizer a palavra “três”.

– Não importa – disse o oficial, por fim. – Levem-no para a cadeia.

Tendo ouvido a notícia do aprisionamento de Kata Ragoso, os fiéis adventistas daquele local se uniram numa reunião de oração no momento em que a lua apareceu, lá pelas dez horas da noite.

Na mesma hora, um homem alto, levando um molho de chaves, entrou pelo portão da cadeia, destrancando-o.

– Siga-me – disse ele a Kata Ragoso.

Kata Ragoso seguiu o homem alto ao longo de um caminho que levava até ao mar. Na praia, o homem falou de novo:

– Aqui está uma canoa. Tome-a e vá para casa.

Kata Ragoso caminhou até entrar na água. Virou-se para agradecer ao homem com as chaves. Não havia ninguém ali.

O desaparecimento de Kata Ragoso causou grande consternação entre os oficiais da prisão. Uma investigação provou que o molho original de chaves estivera a noite toda num chaveiro da guarita da sentinela, à vista de todos. A sentinela não vira ninguém entrar na prisão ou sair dela. Contudo, pela manhã, Kata Ragoso desaparecera.

A sentinela não tinha explicação. Podia ter perguntado a Kata Ragoso. Ele sabia quem fora.

Escolhendo Amigos
Sabia que Deus designou um dos poderosos anjos do Céu para ser seu constante amigo e companheiro? Por que não dar graças hoje por esse dom de um anjo da guarda?

Segunda 24 de dezembro


As Batatas de Sábado


Contende, Senhor, com os que contendem comigo; peleja contra os que contra mim pelejam. Salmo 35:1

O sol declinava naquele entardecer de sexta-feira. As crianças, de banho tomado, reuniram-se ao redor de Annette, junto ao piano. Começaram a cantar: “Desce o sol atrás dos montes…”

– Todos fora, para a plantação de batatas! – A voz de Joe fez parar o cântico. As crianças olharam para seu zangado pai, que estava em pé junto à porta, com as mãos nos quadris, repreendendo. – Todas as crianças, direto para o canteiro das batatas.

– Ah, Joe, por favor, elas já tomaram banho e estão prontas para o sábado! – suplicou Annette.

– Isso é problema seu! – disparou Joe. – Eu não disse que podiam parar de trabalhar. E depressa, crianças!

As crianças olharam desconsoladas para a mãe e depois foram atrás do pai para a plantação de batatas.

Lágrimas amargas corriam pelo rosto de Annette, enquanto ela desabafava seu desespero diante de Deus: “Senhor, amaldiçoa aquelas batatas!”

Algumas semanas depois, era época de plantar aipo. Mais uma vez, Joe interrompeu o culto de pôr do sol para fazer com que as crianças plantassem aipo. Mais uma vez, Annette orou com frustração: “Senhor, amaldiçoa cada fila de aipo que as crianças são forçadas a plantar no sábado. Mostra a meus filhos o Teu poder!”

Algumas semanas mais tarde, quando o esposo e as crianças tinham ido para a cidade, Annette saiu para a plantação de batatas e observou as filas que as crianças tinham sido forçadas a plantar no sábado. Apalpou ao redor das raízes da primeira planta e depois de outra. Não havia sinal de batatas! Experimentou outras fileiras que não tinham sido plantadas no sábado. Havia muita batata! Annette mal podia esperar para contar o segredo às crianças!

Quando o aipo cresceu, algo estranho começou a acontecer. As crianças perceberam. Entraram correndo em casa certo dia, exclamando:

– Mamãe, venha ver o aipo do sábado! Tudo o que plantamos no dia de sábado está ficando amarelado e seco, enquanto as outras filas estão verdes e bonitas.

Annette sorriu e olhou para o céu. “Obrigada, Senhor!”, orou ela. “Que Amigo poderoso és Tu!”

Escolhendo Amigos
Algumas batalhas são difíceis demais para nós. É então que precisamos recorrer ao nosso Amigo Jesus, que lutará em nosso favor.

Terça 25 de dezembro


Coragem no Natal


Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a Mim não é digno de Mim. Mateus 10:37

Era noite de Natal. Archie Shipowick conversava após o jantar com seu pai, Samuel, e seu irmão mais novo, Roman. De repente, Samuel levantou-se.

– Lembrei-me de uma coisa – disse ele, desaparecendo em seu quarto. Voltou com uma garrafa fechada de vodka.

Ele tirou a rolha da garrafa e encheu três copos. Empurrou dois para o outro lado da mesa, na direção de Roman e Archie.

– É Natal – disse ele. – Vamos fazer um brinde!

Archie não se mexeu para pegar o copo. Engoliu em seco duas vezes e limpou a garganta.

– Vamos lá, rapazes! Bebam! – ordenou Samuel, erguendo seu copo.

– Não bebo mais essas coisas – disse Archie.

Samuel ficou bravo. Havia oferecido um copo de bebida a seus filhos, como era costume entre os pais russos na noite de Natal, e Archie havia recusado.

– Por que não? – perguntou ele.

Archie procurou palavras para explicar sua experiência de conversão e a nova amizade com Deus.

– Archie virou um sabotnik (guardador do sábado) – disse Roman.

– Então você pensa que é melhor do que nós? – O rosto de Samuel se contorcia de raiva. – Sabotnik! Você desgraçou a família! – Foi então para o alpendre dos fundos e voltou com uma machadinha. Berrou para Archie: – Você não é mais meu filho!

– Não, papai! – gritou Roman, segurando o braço de seu pai. A machadinha caiu no chão.

– Saiam daqui! Vocês dois! – ordenou Samuel.

Apressadamente, Roman e Archie calçaram as botas, vestiram suas parkas e saíram para a noite estrelada, deixando Samuel em pé no meio da cozinha, com a machadinha a seus pés.

– Você podia ter tomado um ou dois golezinhos para agradar ao papai – disse Roman, após alguns momentos de silêncio. – Você não podia ter feito isso na noite de Natal para deixar o velho feliz? Que diferença faria?

– Se tivesse feito isso, magoaria meu Pai celestial – explicou Archie. – Tive de escolher. Não podia agradar a ambos. Amo meu pai, mas amo a Deus ainda mais.

Escolhendo Amigos
Se amamos a Deus, desejaremos agradá-Lo mais do que a qualquer outra pessoa.

Quarta 26 de dezembro

O Rio do Milagre


Tudo é possível ao que crê. Marcos 9:23

Uma multidão reuniu-se às margens do rio Vaiparu, no Sul da Índia. Não se podia propriamente chamá-lo de rio, porque era apenas o leito seco de um rio.

Aqui e ali, as mulheres da aldeia, com seus coloridos saris, agachavam-se junto a poças de água estagnada, batendo as roupas nas pedras. Algumas cabras perambulavam pelas ribanceiras, procurando um pouco de grama. Fazia vários meses que não chovia.

Durante a noite toda, um grupo de adventistas havia orado por chuva. Agora era de manhã, e não tinha chovido. O pastor Manual Mannasseh foi para o lado de fora e observou o céu, na expectativa de algum sinal, mas não se via uma única nuvem. Uma leve brisa roçava as palmeiras e levantava pequenos redemoinhos de poeira e folhas secas.

– Venham aqui, Paulraj e Meeran! Vocês podem ajudar-­me a encontrar um lugar para o batismo – disse o pastor Mannasseh, chamando os dois meninos que brincavam ali por perto. – Tragam suas pás e venham pelo leito do rio. Talvez, aprofundando as poças d’água, possamos arranjar água suficiente para o batismo.

Paulraj, de sete anos, e Meeran, de doze, correram para buscar as pás. Foram para junto do pastor Mannasseh, numa poça que cobria o tornozelo. Começaram a cavar, mas aquilo não fez muita diferença.

Uma multidão começou a reunir-se para o batismo. “Senhor, a menos que faças algo, não haverá batismo hoje”, orou o pastor Mannasseh. “Aqui não há água suficiente para imergir uma criança, muito menos para estes adultos. Por favor, Jesus, sei que podes fazer qualquer coisa. Confio em Ti.”

De repente, ele ouviu uma gritaria vinda das margens do rio.

– Água! Corram para salvar a vida!

Paulraj e Meeran viraram-se e observaram um paredão de água descendo na direção deles, pelo leito do rio. Deixando cair as pás, correram para a segurança da ribanceira. Assim que haviam chegado à parte superior, a água correu por onde eles haviam estado, inundando o leito até suas margens.

– É um milagre! – exclamou o povo.

Escolhendo Amigos
Jamais encontraremos um Amigo tão poderoso quanto Jesus Cristo, que faz coisas emocionantes e maravilhosas em resposta à oração.

Quinta 27 de dezembro


Exército de Branco


Se Deus é por nós, quem será contra nós? Romanos 8:31

– Nosso chefe está morto! O chefe está morto! – chorava o povo montanhês. – Quem matou nosso chefe?

– Deve ter sido aquele professor cristão de Maibikee – declarou o feiticeiro. – Vou colocar um feitiço em Faole e em todo o povo de sua vila. Precisamos ir lá hoje à noite, matar todos os moradores, queimar a igreja e a escola, ou então coisas piores começarão a acontecer ao nosso povo.

Naquela noite, 50 guerreiros tomaram seus arcos, flechas e espadas. Partiram para destruir Faole e todos os cristãos de Maibikee, em Papua-Nova Guiné. Um homem que não havia concordado com o plano, correu muitos quilômetros pelas montanhas, até chegar à costa onde vivia um missionário.

O missionário partiu imediatamente para ver o que poderia fazer para ajudar Faole. Mas demoraria vários dias para chegar lá.

Enquanto isso, em Maibikee, Faole não se sentia à vontade. Achava que algo iria acontecer naquela noite. Reuniu a família e abriu a Bíblia no Salmo 34:7, lendo: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra.”

– Nada temos a temer – disse ele. – Deus cuidará de nós. Vamos para a cama dormir.

Enquanto os moradores de Maibikee dormiam, chegaram os 50 guerreiros, que ficaram surpresos ao ver uma fila de guardas vestidos de branco, em pé ao redor da aldeia. Os guerreiros esperaram a noite toda, mas já que o número dos guardas era bem maior que o deles, voltaram para casa.

Quando o missionário chegou lá, dois dias depois, tudo estava tranquilo. Faole encontrava-se vivo e bem de saúde.

– Não houve nenhum problema – disse ele. – O que quer que tenha ocorrido, o Senhor tomou conta de tudo.

O missionário, então, foi para a vila cujo chefe havia morrido.

– Alguém foi a Maibikee para matar Faole? – perguntou ele.

– Sim – respondeu o líder. – Mas não conseguimos.

– Por que não?

– O senhor sabe muito bem – disse o líder, zangado. – O senhor estava lá com um exército de soldados vestidos de branco, protegendo a aldeia.

Escolhendo Amigos
Quando escolhemos a Jesus como Amigo, temos o exército inteiro do Céu ao nosso lado!

Sexta 28 de dezembro


O Furacão


Tu és a minha proteção, a minha fortaleza. Salmo 91:2 (A Bíblia Viva)

Havia sido uma tarde monótona de sábado. A família Mutu, da Nova Zelândia, ficara trancada dentro de casa em razão de uma tormenta.

– É hora do culto – disse o pai. A família se reuniu e ajoelhou-se para a oração. Nesse momento, a tormenta ganhou intensidade.

Após a oração, os meninos levantaram-se de um salto e correram para a janela. De súbito, a monotonia ficara para trás. Não muito longe dali, o telhado de uma casa subia e descia. Uma porta se abria e fechava. Um vento feroz açoitava as árvores.

– A casa vai explodir – gritou um dos meninos.

O rosto do pai ficou pálido. “Se aquela casa explodir, o vento jogará pedaços dela em nossa direção!”, pensou ele.

– Talvez o vento esteja entrando por aquela porta aberta – sugeriu um dos meninos. – Quem sabe, se a fecharmos, poderemos salvar a casa.

– OK, venham comigo – disse ele, olhando para os dois meninos mais velhos. Com esforço, enfrentaram o vento e conseguiram fechar a porta, voltando depois para dentro de casa.

– Lá vem o funil! – gritou alguém. Observaram enquanto o tornado descia do céu cinza e tocava a casa, fazendo-­­a explodir em um milhão de fragmentos. Grandes pedaços vinham na direção da casa deles. Alguns atingiram os fios elétricos, produzindo um chuveiro de faíscas e iluminando o pomar. Aquilo era mais interessante que fogos de artifício!

– Nossa casa vai explodir também? – perguntou um dos meninos.

– A única coisa que podemos fazer é esperar e confiar no Senhor – disse o pai. – Não podemos fazer muito mais do que oração.

De repente, tudo ficou quieto. A tormenta passara. O funil tinha desaparecido. Os meninos correram para fora a fim de ver a confusão que ele havia deixado. Pilhas de metal retorcido jaziam em volta da casa. Tábuas quebradas se espalhavam por toda parte. Um enorme pedaço de parede havia parado a um metro da casa deles.

– Graças a Deus, nenhum de nós se feriu! – disse o pai.

A família Mutu nunca mais se esqueceu daquele sábado!

Escolhendo Amigos
Relembre experiências da proteção de Deus no perigo. Conte suas histórias durante o culto familiar. Discuta a questão: Deus sempre protege a propriedade dos cristãos?

Sábado 29 de dezembro


Amigo Invisível


Pois aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Romanos 8:14 (NTLH)

Era um dia quente de primavera. Tulipas e narcisos floresciam ao longo das calçadas no Seminário Teológico Princeton. Stanley Soltau aspirava profundamente o aroma da grama recém-cortada e da vegetação em crescimento. Definitivamente, não era o tipo do dia para se ficar trancado dentro de uma sala, ouvindo uma preleção tediosa.

Nos degraus para a capela, ele parou e virou-se para seu amigo, Arch Campbell.

– Arch – disse ele –, o que é que você acha de a gente “matar” a palestra de hoje e ir ao meu quarto para conversar? Durante o ano todo, não faltamos a nenhuma dessas reuniões de terça-feira à noite. Não vai haver prejuízo se deixarmos esta de fora.

– Comigo, tudo bem – concordou Arch. – Também não estou com vontade de ouvir palestra nenhuma.

Deram meia-volta, mas Stanley hesitou. Por algum motivo, aquilo não parecia certo. Algo dentro dele dizia: “É melhor não perder a reunião desta noite. Por que prejudicar seu bom registro? Além disso, você deveria dar um bom exemplo ao Arch. Você está no último ano, e ele no início do curso. É melhor entrar.”

– Espere um minuto, Arch – disse Stanley. – Mudei de ideia. Talvez devamos entrar, mas vamos ficar sentados na última fila, e assim poderemos sair se ficar muito maçante.

Quando os dois entraram na capela, a reunião já havia começado. O salão estava repleto. O auditório estava em pé para o cântico inicial, enquanto os rapazes andavam pelo corredor, procurando dois assentos. Por fim os encontraram, quase na frente, sob os olhares do professor Warfield.

O professor fez um sinal de cabeça aos dois rapazes, e Stanley entendeu que não haveria chance de escapar daquela reunião. Ele suspirou e resignou-se a ficar.

O orador era um missionário da Coreia. A certa altura, quando o homem começou a falar das necessidades do povo que não conhecia a Jesus Cristo, Stanley entendeu que o Senhor o estava chamando para a Coreia.

Ele pensou: “Uau! O Espírito Santo sabia que eu precisava assistir a esta reunião. Foi por isso que Ele me trouxe aqui, apesar de eu não ter esse plano. Que bom ter ouvido a palestra! Fico contente por ter vindo.”

Domingo 30 de dezembro


Amigos Para Sempre


Nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. 1 Tessalonicenses 4:17

Vinte e sete adolescentes estavam no ônibus, descendo a estrada da montanha. O motorista pisou no freio para diminuir a marcha na descida. Nada aconteceu. Pisou com mais força. Nada. Não havia maneira de parar o ônibus, que ganhava velocidade cada vez maior.

Os pneus guincharam na primeira curva. O motorista fez mudanças para reduzir a marcha. Não funcionou. Freneticamente, tentou o freio de mão. Nada funcionava!

– Joguem-se no chão! – gritou ele. Havia outra curva logo à frente. Ele jogou o veículo contra a parede do penhasco, esperando controlar o ônibus. Mas a manobra fez com que o ônibus saísse girando pela rodovia e batendo contra a cerca de proteção. O ônibus voou pelo ar e depois rolou montanha abaixo.

Quando a equipe de resgate chegou, ficou espantada ao ver apenas uma pessoa morta – Angela Jones, de 14 anos de idade. Muitos estavam feridos. Uma garota ficara inconsciente, com o pescoço quebrado.

Quando a moça com o pescoço quebrado recebeu alta do hospital, muitos de seus amigos foram dar-lhe as boas-­vindas em casa. Uma repórter entrevistou vários deles.

– Estão aqui hoje os pais que perderam a filha no acidente? – perguntou ela para um rapaz com muletas.

– Não – respondeu ele. – Mas eu os conheço bem. Acho que não diriam que perderam sua filha.

– Como assim? – quis saber a repórter.

– Angela não se perdeu. Eles sabem onde ela está. E planejam vê-la outra vez em breve, no Céu. Sabe, é dessa maneira que todos nós conseguimos superar esta tragédia – sabendo que estaremos definitivamente com Angela outra vez!

Uma das melhores coisas relacionadas com amigos cristãos é que podemos tê-los para sempre!

Os acidentes acontecem. A morte ainda nos rouba os amigos. Mas quando Jesus voltar, estaremos reunidos com aqueles a quem amamos. Que festa será aquela!

Escolhendo Amigos
As amizades que duram para sempre são as melhores. Pode você nomear três amigos que pretende encontrar no Céu?

Segunda 31 de dezembro


O Teste das Amizades Sólidas


Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal. 1 Tessalonicenses 5:21, 22

As amizades constituem uma poderosa influência em nossa vida – para o bem ou para o mal. Como é que você exerce o seu poder de escolha, concedido por Deus, quando se trata de selecionar amigos? Veja qual é o seu procedimento na formação de amizades que durem por toda a eternidade.

1. Considero cuidadosamente as sugestões que meus amigos fazem, antes de ter certeza de que desejo acompanhá-los.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

2. Faço aquilo que considero correto, independentemente de como os meus amigos se sintam.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

3. Consigo suportar a pressão dos amigos, recusando-me a permitir que influenciem minhas decisões.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

4. Converso com Deus acerca de minhas amizades, pedindo-Lhe que me conduza às pessoas que forem as melhores companhias.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

5. Digo “não” aos amigos que me oferecem álcool, fumo ou drogas.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

6. Estou disposto a romper uma amizade se vejo que é sábio fazê-lo.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

7. Aprecio o sacrifício que Jesus fez por mim na cruz, e desejo ser amigo dEle.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

8. Acho fácil conversar com meus amigos acerca de Jesus. Desejo contar o que Ele tem feito por mim.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

9. Tenho consciência da presença de Jesus comigo todos os momentos do dia. Converso com Ele sobre o que está acontecendo na minha vida.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

10. Tenho consciência de que meu anjo da guarda é um amigo poderoso que me acompanha sempre, onde eu estiver.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

11. Aguardo o momento de ir para o Céu, onde poderei ter um grande encontro com todos os meus amigos, para sempre.
( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Geralmente ( ) Sempre

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